quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Perigo Das Conclusões Precipitadas


(by Cinthya)

Janelinha piscando no rodapé da tela e lá vou eu ler o que me dizem. Quando vi o “remetente” me animei toda na certeza de ler coisas boas. No entanto, recebi uma metralhada de acusações, indignações, confusões e mais um monte de “ões” que me deixaram atordoada.

Ele disse que eu não respondi ao seu sms, que eu não atendi as suas ligações e que isso só provava que ele não significa nada pra mim e que perde seu precioso tempo tentando conquistar um amor impossível... Muitas outras coisas foram ditas, descarregadas, arremessadas... E eu sem entender nada, porque o meu celular não tocou de forma alguma, não chegou nenhuma mensagem de texto... Nadinha...

No final do desaforo ele manda o desvendar do mistério: passou o domingo ligando para um numero que não era meu, aliás, que foi meu celular de trabalho há quase um ano atrás!

Essa situação me fez pensar em quantas vezes a gente faz um julgamento precipitado sem antes investigar todas as possibilidades que possam justificar o ocorrido. A gente já sente a dor, já sente a rejeição, já sente ódio pelo outro, já se programa para dizer tudo o que pensamos e miramos a metralhadora do rancor para a pessoa sem que essa pessoa sequer saiba o que está acontecendo.

É típico do ser humano se ver como vítima das situações. É fácil a gente se colocar no papel do prejudicado. Difícil é a gente parar, respirar e tentar ver a situação de fora, tentar pensar nas inúmeras possibilidades de explicações para o que aconteceu. É mais fácil aceitar que o outro não nos quis, não nos respeitou, fez pouco caso de nós. É mais fácil pensar dessa forma e com isso a gente se enche de coisa ruim e, de quebra, pratica a injustiça com alguém.

Quisera ter sabedoria e maturidade suficientes para não agir de impulso, para não abrir a boca na hora da raiva, para esperar pelo menos dez minutos antes de falar alguma coisa, de concluir alguma coisa. Quisera ter controle para esperar a justificativa do outro antes de metralhá-lo com conclusões equivocadas, porque, as palavras depois de arremessadas não se apagam, não se eliminam.

Agora é esperar o pedido de desculpas e aceitá-lo porque eu mesma já agi dessa forma algumas muitas vezes e hoje percebo que isso é um erro grave. A gente deixa um muro nascer entre nós, um muro baseado apenas em suposições, em "achismos", em "eu pensei", enfim. A gente tira as nossas conclusões e com isso deixamos de nos permitir. Quantas histórias foram interrompidas por conta disso...

Que o amor supere tudo e que o respeito nunca deixe de ser a base.














3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Cinthya, por mais um ótimo texto! Vir no divã é uma terapia diária, pois vcs sempre escrevem sobre assuntos que todos já passaram ou passarão! ;) Parabéns de novo! Adorei o texto, me identifiquei, mas hoje já consigo parar, respirar e pensar antes de tomar qlqr atitude! :)

Beijão!

Luciana

Mima D. disse...

Cinthya...
Eu também já agi por impulso muitas vezes e tirei conclusões sem perguntar a outra parte.
E já estive na outra ponta. Tantas vezes quanto.
O jeito é dar tempo ao tempo, perdoar, acalmar o coração.
Que seja o melhor.
Beijos

Ledyana Silvia disse...

Texto super verdadeiro, adorei!