sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um Garanhão Conquistador

(by Cinthya)

Em se tratando de assuntos relacionados ao coração, as mulheres normalmente amadurecem mais rápido que os homens e assim permanecem, passos à frente, durante toda a jornada.

Acho o máximo ver uma mulher (madura) manipular um homem que também deveria ser maduro (pela idade), mas que perde-se quando o alarme sexual é ativado, quando vê uma fêmea exalando feminidade. Nessas horas, todos parecem iguais. São quase sempre as mesmas conversas, as mesmas tentativas, as mesmas estratégias.

Se a mulher está carente, sozinha ou querendo “vingança” cai na onda deles e aproveita a situação (existem também as piris, claro). Se ela não tem nenhum desses sintomas, ela sorri, dá corda pra ver até onde ele vai, finge de desentendida para dar vazão ao “jogo de sedução” dele e, na hora H escolhe a alternativa que lhe for melhor.

O cara bonitão, meia idade, bom partido. Ela é dona de sua vida, independente, não dá muito ouvido ao que os outros falam, corre atrás do que deseja e pronto. Ela sabe o que ele quer e ele não faz idéia da surpresa que pode ter. Afinal, ela não é igual à maioria. Ela é diferenciada. Com ela a matemática é mais apurada, a rima é perfeita e as coisas correm num ritmo gostoso e vicioso.

Ele nem sabe... Acha que está arrasando, conquistando e que o comando é dele. Ela deixa, observa e segue. Vamos ver se ele tem cacife para conquistá-la e perder-se a si próprio. Afinal, quando ele vem com o milho, ela já está arrotando o cuscuz.

Ela, na verdade, sente saudade de encontrar um daqueles caras que fogem à regra e chegam desestruturando tudo, que não precisam bancar o garanhão, apenas conquistam.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Muita Calma Nessa Hora...





Quando você chegou em minha vida eu não pensava em me apaixonar. Nem passava por minha cabeça construir uma história com alguém e casamento, definitivamente, não fazia parte do meu vocabulário, muito menos estava nos meus planos, para os próximos dez anos.

Pois bem, você chegou, mudou tudo (tudo mesmo, até minha opinião), impôs as regras e eu cedi. Me deixei levar e me entreguei a você como nunca havia feito antes. Te amei de uma maneira tão intensa, tão completa e verdadeira que meu mundo se resumia a você. Priorizei o nosso amor em detrimento de todo o resto. Não me arrependo, afinal, não sou dada ao arrependimento, mas não o faria de novo. Não farei jamais. Por mais ninguém.

Eu percebi, bem depois, que havia contruído meu castelo de cartas numa montanha de areia e o vento das circuntâncias varreu tudo. Hoje em dia, se carrego esse sorriso no rosto e escondo as cicatrizes das feridas que esse amor deixou é por mérito prório. Caí por um erro meu, afinal, amar demais o outro e negligenciar a si mesmo é um erro, mas consegui me levantar, levantei sozinha e reaprendi a amar. Do meu jeito, ao meu tempo e na intensidade que me permita ter controle.

Aí você me pergunta aonde eu quero chegar te dizendo tudo isso (de novo) e eu te respondo: Não ouse chegar de mansinho e bagunçar tudo na minha cabeça. Não traga a sombra da dúvida. Aliás, por falar em dúvida, você até teve o benefício da dúvida por um período curto de tempo e nem isso soube aproveitar. A dúvida passou, a certeza voltou e é essa certeza que eu quero que você entenda de uma vez por todas. Nossa história acabou, nosso tempo se perdeu e se hoje sou gentil com você não é porque eu já esqueci as muitas vezes que foste grosseiro comigo. Se sou amável, não significa que não me lembre de como você já foi frio. Se te dou atenção, mesmo num assunto que não me interesse nem um pouco, não é porque eu não esteja lembrada de tantas vezes que me deste desprezo.

Cordialidade e educação não significam perdão. Não banque o ridículo me fazendo promessas que você sabe que jamais cumprirá. Não pense que eu acredito. Não seja tolo, a ponto de acreditar que eu me submeteria a uma noite de amor com você "para relembrar os velhos tempo". Aqueles beijos de outrora que me tiravam do chão e deixavam minha respiração ofegante hoje em dia, ao imaginá-los, sinto asco.

Você despertou em mim as sensações mais intensas que meu corpo já conheceu. O amor, o ódio, o desejo e o asco. Hoje você não me causa mais nada.

Sinceramente, "você não soube me amar..."

Verônica

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Parece Que Foi Ontem

(Cinthya)

Parece que foi ontem que eu peguei minha boneca "Meu Bebê" (que não era da Estrela) e feliz da vida fui brincar de ser mãe todos os dias, todas as noites. Eu montava uma casa só pra mim e lá dava vazão as fantasias de criança que sempre sonhou em ser mamãe.

Parece que foi ontem que eu me descobri pensando num menino o tempo todo, o dia todo e fantasiando que seria sua mulher, sua esposa e mãe de seus filhos. Que eu me vi escrevendo o nome dele em tudo que era papel, caderno, agenda.

Lembro tão nitidamente do meu primeiro beijo. Na praça da igreja. Tão lindo, tão cheio de emoção. Um furacão de sentimentos e dúvidas e medos e alegrias... Tudo junto dentro de mim e eu sorrindo e me entregando a tantas novidades que chegavam na minha vida.

Parece que foi ontem que eu recebi da minha mãe a notícia de que teria um emprego. Um emprego! Eu trabalharia! Eu receberia um salário só pra mim. Eu fiquei eufórica, feliz. Me senti crescida, responsável. Contei para todas as minhas amigas e feliz da vida recebi meu primeiro salário. Lembro o que comprei com ele: um perfume da O Boticário, uma camiseta, um par de tênis... Eu jamais esquecerei aquela sensação maravilhosa de estar pagando com o meu suor as coisas que eu queria comprar.

Parece que foi ontem a noite que eu me vi na minha primeira noite de amor. E na manhã seguinte eu era outra pessoa, era MULHER. Linda. Não sei explicar direito o que eu senti. Mas era muito bom. Era uma sensação muito boa de independência, de sentir-se completa, madura, viva. Lembro que vesti vermelho na manhã seguinte, pus um salto alto e abracei o mundo.

Parece que foi ontem que desconfiei que estava grávida. Que fiz o teste e deu positivo e tudo mudou... Mudou para muito melhor, mudou para o que eu sempre sonhei, mudou para sonhos realizados, para dias completos, enfim.

O que quero dizer é que a vida não pára. Que o tempo corre o tempo todo e a cada dia a gente vai vendo a nossa história ser escrita. E a gente escolher assistir e deixar o acaso escrever o que lhe for melhor ou tomar a caneta dele e escrevermos, nós mesmos, o texto de nossa existência.

Hoje tenho 35 anos. Se eu viver tanto quanto meus avós, então terei mais uns 60 anos pra viver. Que maravilha... E pensar que tem dias que a gente chora achando que está tudo acabado... Bobagem! Ainda há muito pra se escrever!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Roubo de carro





O Divã Dellas também é utilidade pública e atendendo ao pedido de uma amiga e leitora transcreverei tal qual recebi um e-mail que traz trechos de uma entrevista com um ladrão de carro.
Coisas simples que podemos fazer e evitar um transtorno bem grande às nossas vidas. Vejam o que passa na cabeça doente de um transgressor da lei. E veja o que fazer para evitar ser uma vítima.


PRINCIPAIS TRECHOS DA ENTREVISTA DE UM LADRÃO DE CARROS (no final da
entrevista ele faz um 'comercialzinho' para as seguradoras. E o pior é que ele está certo).

PERÍODO PREFERIDO
'Prefiro furtar de manhã. É quando todo mundo está com menos cuidado com as coisas'.

TRAVAS
'Travas segredos e alarmes são ridículos. Antigamente, alugava um carro para estudar como funcionava. Hoje nem faço isso'.

DESMANCHE
'Nunca desmontei carro. Odeio sujar a mão.. Sempre trabalhei sozinho, por encomenda. Já entrei em Concessionária, de terno, para ver o endereço e para onde iria o carro, ficava de campana (vigiando) e roubava. Já roubei muito carro que o pessoal da Concessionária me entregou'.

BUSCA
'Para quem tem o carro furtado, o ideal é procurar num raio de três quilômetros da vizinhança, pelas ruas menores, menos movimentadas'.

DESTINO DOS CARROS
'Este negócio de Paraguai é lenda. Ninguém vai levar carro roubado para lá... No Paraguai, o máximo que acontece é gente que entrega a uma pessoa, ela leva o carro até lá, vende no mercado negro e manda chave e documento de volta para ele dar a queixa de roubo. E são poucos.. O mais comum é o carro ir para o interior, onde não há fiscalização. Boa parte dos carros é cortada por ferros velhos. Aqui no Rio são todos na Dutra. Mas hoje em dia 50% das comunicações são falsas. Quase tudo é golpe na seguradora'.

ENCOMENDAS'Eu tinha encomenda para o resto da vida. Mas se disser quem é me complico. É melhor ser um preso vivo, que um morto em liberdade'.

TRÁFICO
'Esses roubos armados estão sendo feitos por pessoas que estavam no tráfico de drogas ou em quadrilhas que, por algum motivo, foram para o roubo de carro. Acho que foi porque a Polícia está dando em cima nestes crimes, porque não está fácil passar carro roubado. O mercado está concorrido'.
CARRO ROUBADO
'Já tive carro roubado. Nem procurei. Roubei outro e fiz um duble na hora'..

CONSELHOS
'Se a pessoa não quiser ter o carro furtado, não deixe nada dentro visível. Na minha mente doente, sempre acho que tem dinheiro, ouro, jóia, ali. Não equipe muito o carro, porque assim se ganha mais dinheiro. Além de vender o carro, ainda vendo os acessórios. Não coloque em rua calma demais'.

PREÇO
'Numa Blazer do ano, paga-se R$ 10.000,00, se você vender no interior. Se você passar para um atravessador, fica com uns R$ 4.000,00 ou R$ 5.000,00... Quando não dá para passar, algumas pessoas fazem o golpe com a Recuperadora. O ladrão fica com 3,5%, o recuperador com 3,5%, a Empresa com 3%, dos 10%, que a Seguradora paga'

JUSTIÇA
'Meu crime é igual a roubar uma carteira de uma bolsa. Vou ficar preso por um tempo, uns dois anos, mas vou sair. Infelizmente a justiça é assim'.

PROFISSIONAIS
'No Rio só existe uns dez profissionais no furto. São pessoas comuns, que vivem disso. Hoje sou mais uma lenda, mas já furtei seis carros por dia'..

DOM
'O furto é cara de pau. A pessoa não pode vacilar. Levo dez segundos para entrar no carro e ninguém percebe. Tenho dom'.

DESAFIO
'Se um fabricante quiser, coloca um carro aqui no pátio (da Delegacia) e, se eu não abrir, faço propaganda da Empresa dele, dizendo que a trava de segurança funciona. As montadoras fazem códigos para vender carros mais caros, mas os delas são os mais fáceis de furtar. A melhor coisa a fazer é ter Seguro'.

AUTOCONFIANÇA
'Não existe carro que eu não roube. Motor não tem vontade própria e não ama o dono. Se você der energia e combustível, ele vai andar'.

COMENTÁRIO
Não deveria existir bandido que não recebesse sua pena... Mas...'se der energia e combustível, ele vai andar'. Damos essa energia, esse combustível... Pense nisso...

UM ALERTA. PRESTE MUITA ATENÇÃO!
Algumas medidas que devem se incorporadas no dia-a-dia:

Não anotar telefone residencial no verso de cheques, especialmente em postos de gasolina. No caso de assalto ao posto, as informações pessoais podem ser usadas para ameaças, especialmente contra mulheres. Anote sempre o telefone comercial.

Não exibir currículo no carro, como: adesivo de faculdade, do condomínio onde reside (adesivos como: Eu amo Ubatuba), da academia de ginástica, etc. Um extorsionário deduz desses sinais a vida de pessoa e os usa para fazer ameaças.

Evitar compras por telefone ou Internet fornecendo o número do cartão de crédito, peça boleto bancário...  
 O ladrão prefere pessoas desatentas, aproveita-se do elemento surpresa.
O objetivo do ladrão é patrimonial e não pessoal, escolhe as vitimas pelo fator comportamental.

Jamais reagir, só em filmes dá certo.
O elemento surpresa é favorável ao bandido, que nunca está sozinho e não tem nada a perder.

Manter distância segura do carro da frente, para poder sair numa só manobra, sem bater. Distância segura é poder enxergar pelo menos parte do pneu do carro da frente.

O risco de morrer em roubo de farol é absurdamente maior do que num sequestro. Nessa situação mantenha as mãos no volante e tente comunicar-se, indicando claramente o que vai fazer: 

Se for tirar o cinto - Vou tirar o cinto com esta mão, posso?
Se pedir a carteira - A carteira está no bolso de trás (ou dentro da bolsa), posso pegar?
À noite, calcule tempo e velocidade para evitar parar num farol vermelho.
Não há registro de assalto com carro em movimento...

#Ficaadica


Verônica

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Loucuras de Amor

(by Cinthya)

Era natal e eu viajei com amigas para Salvador. Noite quente, um calor do cão e a gente desceu pro Pelourinho para tomarmos uma gelada! Música agradável, brisa passando, papo gostoso, muita risada, muita descontração e eis que aparece um italiano tagarela na história e acha de roubar meu coração. Existiu tanta química e afinidade que parecíamos conhecidos de velha data.

No dia seguinte, praia. Juntos, claro. À noite, ensaio do Araketu, com muito suor e dança! Como ele não conseguiu entrada para o ensaio, eu fiquei com as amigas no show e ele me esperando na entrada. Depois fomos para a outra boite e dançamos muito mais até a madrugada.

O sonho chegava ao fim e eu precisei voltar para minha cidade. Não parei de pensar no italiano e em todos os momentos agradáveis que passamos juntos. Então decidi: vou voltar no reveillon! Combinei com uma amiga e decidimos voltar. Eu sabia o hotel em que ele estava e fiz reserva no mesmo hotel. Comprei uma cesta de café da manhã e viajei a noite toda com aquela cesta no colo, pra fazer uma surpresa. Sim, surpresa. Ele não sabia que eu ia. Eu nem temi o fato de ele estar com alguém, nem me senti temerosa com a hipótese dele não querer mais me ver.

Minhas amigas acharam arriscado eu chegar assim, mas eu estava irredutível. Como ariana teimosa que sou, fui. Apostei no amor.

Chegando no hotel, instalamo-nos no quarto e eu fui direto para o quarto dele, com a cesta na mão. Bati na porta as 6 da manhã e ele:

- Quem é?
- Serviço de quarto, Senhor!

Ouvi um resmungado e ele abriu a porta: Surpresa!

Foi tudo um sonho, foi um reveillon lindo, foram dias dos quais eu nunca esquecerei. Nos divertimos muito, nos conhecemos muito, sugamos tudo o que era possível sugar daquela história. Na hora de ir embora ele me levou ao terminal rodoviário e quando eu ia subir no ônibus ele grita:

- Vejam que mulher linda. Eu sou apaixonado por ela. Nunca vou te esquecer, menina!

Todo mundo aplaudiu. O motorista me deixou descer e voltar lá para dar mais um beijo e um abraço (os últimos). Subi no ônibis com todos nos aplaudindo. Foi incrível!

Enfim, nos falamos ainda algumas vezes, mas há muito tempo não tenho notícias dele. Foi uma linda história, daquelas que me acompanharão pra sempre.

sábado, 24 de setembro de 2011

A primavera chegou



Ontem exatamente as 6h05min ela chegou. Linda, clara, trazendo cores e aromas para alegrar nossas vidas. Ao menos é isso que se espera de uma primavera. Mesmo com o clima instável e as estações indefinidas (faz frio no verão e calor no inverno) a primavera ainda se destaca pelo espectáculo a olhos visto. As belas imagens que ela nos proporciona é um show à parte oferecido gratuitamente pela natureza e ignorado por nós.

Com o corre-corre do dia-a-dia passamos despercebidos diante de tanta coisa bonita. Nem nos damos conta da flor que desabrochou, da borboleta e dos passarinhos que nos rodeiam. A imagem acima faz parte do cenário que permeia a minha vida. Todos os dias vindo pro trabalho passo por essa avenida e vejo essa bela árvore, por se tratar de uma via expressa de trânsito rápido nunca pude olhar com calma e apreciar os detalhes. É uma árvore daquelas que só floresce uma vez por ano e sua beleza dura pouco mais de 20 dias, mas encanta muito. Hoje saí de casa com a missão de parar para tirar essa foto.

As estações se renovam e quando elas chegam, trazem consigo uma carga de ânimo para melhorar nossas vidas. Servem também para estipular prazo (até o verão quero perder x quilos). Servem para aproximar pessoas (há quem diga que o inverno os deixa carentes e carinhosos).
Uma nova estação chegou e desejo que nossas energias se renovem, que nossas visões se abram pro belo e que nossa vida tenha mais cores e mais sabores.

Uma linda primavera a todos!

Verônica

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Doce Veneno

(by Cinthya)

Eu sempre acreditei que o Sr Humano tem como finalidade ser feliz! Que é pra isso que a gente nasce, cresce, amadurece. A felicidade deve ser a meta de todo mundo e todo o mundo deveria se mover para que esse estado de felicidade acontecesse de forma geral.

Mas não é assim... Alguns estão felizes e outros nem tanto assim e esses que não conseguem alcançar um patamar de harmonia insistem em destilar seu veneno como se, incoscientemente (ou não) quisessem arrastar todo mundo pro seu mundo de insatisfações.

Eu não tenho tudo que sonhei, não sou rica, nem carro eu tenho. Mas tenho um dom de encontrar a felicidade no que está ao meu alcance. Se vejo alguém feliz também, fico mais feliz ainda, exalto as coisas boas qeu essa pessoa tem, lembro dos momentos bons que essa pessoa viveu e vive e a felicidade só aumenta. É muito bom. Dá uma sensação de harmonia com o todo, de missão cumprida.

Tem gente que não pensa assim, infelizmente. Estava eu toda empolgada falando das coisas boas, da minha ótima fase, das conquistas... Estava eu "toda toda" quando a pessoa solta uma pergunta totalmente desnecessária... O único ponto que sabia que me acertaria em cheio, que faria doer algo em mim, que poderia quebrar meu momento de felicidade. Não sei que prazer se sente numa situação dessas. Não sei porque as pessoas se regozijam com esse tipo de atitude.

Bem, eu repirei fundo, olhei nos olhos dela e respondi que aquele assunto não me interessava. Que era uma parte chata da história e que deveria ficar lá no departamento de coisas chatas, dessa forma, não cabia no assunto em questão. Que eu só estava disposta a falar de coisas alegres, boas e positivas.

Minha gente, vamos ser feliz... Vamos viver... Veneno mortal ficou para cobras peçonhentas.

Um lindo final de semana para todos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Pereirão que existe em nós



Hoje cedo, assim que acordei, ouvi minha mãe comentando: "Estou precisando de um Pereirão aqui em casa..."
Aconteceu algum problema no registro de distribuição de água da casa, começou um vazamento e ele teve de ser fechado. Minutos depois, ela foi lá, mexeu em alguma coisa e o vazamento cessou.

O Pereirão em questão é a personagem da Lilia Cabral na nova novela das oito. É uma mulher totalmente desprovida de vaidade, que se veste tal qual um homem e ganha a vida fazendo pequenos reparos, hidráulicos, elétricos, etc... tem bigode e usa um macacão horroroso rs.

Mas o traço mais marcante da personagem é a honestidade, a responsabilidade com o compromisso assumido e a excelência no trabalho. Realmente profissionais assim estão escassos.

Quantos Pereirões existem por aí? Mulheres fortes  que precisam batalhar para criar os filhos (geralmente sozinha, porque foram abandonadas por seus respectivos maridos) que abrem mão da vaidade em favor da solidariedade e do amor maternal, que trocam o batom por uma ferramenta, e as horas em frente ao espelho num salão de beleza, por horas no ponto de ônibus em busca do pão nosso de cada dia...

Minha mãe é um Pereirão da vida, ela não usa macacão e não tem bigode, no lugar de alicate, martelo, chave de fenda, ela usa tecidos, agulhas e linhas... Ao invés de uma mala de ferramentas ela usa uma cesta de utensílios para bordado. Ela faz arte e ganha o pão. Faz o que gosta e se realiza como pessoa e profissional.

O texto de hoje é especialmente para todos os heróis/heroínas espalhados pelo mundo disfarçado de simples mortais. São essas pessoas que fazem a diferença.

Verônica

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Linda e Exuberante

(by Cinthya)

Hoje o dia é de festa! Dia de uma cidade mais que especial, que há dezoito anos me recebeu de braços abertos e coração acolhedor. Um lugar onde não me falta nada, uma cidade onde estando nela não sinto vontade nenhuma de morar em outro lugar.

Aqui eu encontro o desenvolvimento de uma metróple com a tranquilidade de uma cidade pequena. Aqui eu sei que tenho inúmeras oportuniades de estudo pro meu filho, ao mesmo tempo em que posso dar a ele a oportunidade de simplesmente andar de bicicleta na calçada junto com seus coleguinhas.

Aqui existe um link com mundo todo. Recebemos gente de várias cidades do Brasil por conta de nosso polo universitário. Recebemos gente de vários países do mundo por conta do nosso polo de fruticultura irrigada. E assim a mescla de culturas, sotaques e visões vão se misturando e formando esssa riqueza que há nesse lugar.

Sou completamente apaixonada por esse lugar. Eternamente grata por tanta hospitalidade. Sou feliz pela oportunudade que tive de construir aqui essa história linda que é a minha vida.

Parabéns, Petrolina. Sou encantada por você!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser Petrolinense de coração é...



... Desembarcar num terminal rodoviário e sentir que ali começaria a minha vida, uma nova, próspera e promissora vida, ali é como se eu tivesse acabado de nascer.


Petrolina completa amanhã 116 anos de existência. Ainda é novinha, uma jovem senhora que está com tudo em cima. Ainda tem muita lenha pra queimar e muitos passos a avançar.

A minha Petrolina tem apenas 9 anos de idade. Há 9 anos eu cheguei nessa cidade, até então absolutamente desconhecida para mim, com a certeza de que esse era o meu lugar. Era aqui que eu deveria ficar, meu futuro estava aqui. Incentivada por minha mãe, que sempre foi uma desbravadora, uma empreendedora, deixei o aconchego do meu lar, a cidade onde nasci e me criei, a única referência de vida que tinha, a minha zona de conforto para tentar uma vida nova aqui na cidade das possibilidades.

Petrolina se mostrou, para mim, uma mãe acolhedora, generosa e sorridente. Me recebeu de braços abertos e mesmo sob o protesto dos irmãos ciumentos que não me deram as boas vindas e sequer me deram um sorriso eu fui ficando, fui me chegando e devagarzinho encontrei meu espaço.

Ser Petrolinense de coração é chegar, hoje em dia, na minha terra natal e me sentir um peixe fora d'água. É viajar e com pouco mais de uma semana me pegar cantarolando "... Pra não morrer de saudade vou voltar pra Petrolina..."

Ser Petrolinense de coração é agregar o "naann" e o "marmininu" ao meu dialeto sem pensar duas vezes. É incluir o "pegar ar" no meu sotaque sem cerimônia, é chegar na minha cidade natal e ouvir das pessoas "Eita que você agora é Pernambucana. Até o sotaque é de lá" E sorrir por dentro pensando: Realmente! eu sou uma baianbucana ou uma pernambaiana e é assim que quero ser.
Ser Petrolinense de coração é ofender-me com as piadinhas bairristas e preconceituosas feitas a qualquer um dos dois estados. É sentir-me como o elo de ligação entre os dois e saber que culturas diferentes podem sim completar-se.

Ser Petrolinense de coração é comprar bode na feira da Cohab Massangano preparar em casa, convidar os amigos (que fiz aqui) e sentir que não há comida melhor e que "felicidade se acha é em horinhas de descuido". É sair num sábado a tarde de sol ardente para tomar um banho na ilha do Rodeadouro e lavar a alma nas águas geladas do velho Chico.

Ser Petrolinense de coração é voltar pra casa ao final de um dia estressante e cansativo de trabalho e ao passar pela ponte ter o privilégio de ver a lua, linda, enorme formando um rastro prateado sobre as águas escuras do Rio e agradecer a Deus por contemplar aquela visão esquecendo de todo o cansaço e estresse do dia.

Ser Petrolinense de coração é ter a honra de escolher ser daqui, e dizer com orgulho que lugar melhor não existe, é morar, trabalhar e fazer planos de criar os filhos nessa cidade considerada a princesinha do sertão Pernambucano.

Eu não quero merecer outro lugar. Petrolina é hoje o meu lar e é aqui que eu quero ficar. Construi coisas, criei laços, finquei raízes, adiquiri conhecimento e realizei sonhos nessa cidade. E é em nome de dezenas de milhares de filhos adotivos que, assim como eu, vieram de longe para tentar a vida e construir um futuro, que eu faço essa singela homenagem.


É... Definitivamente, eu sou Petrolinense de coração!

Parabéns, Petrolina!!

Verônica

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A L É M


(Cinthya)

Eu respeito você.

Cresço contigo.

Mas não me limito em você, ou

Com você.

Preciso de mais.

O que pros teus sonhos 

É loucura

Pros meus

É meta.

O que pra você 

É proteção,

Pra mim

É cadeia.

Tudo me é imenso.

Tudo.

Inclusive o "quase nada".

sábado, 17 de setembro de 2011

Status: Esperando ele chamar...



Todas as noites eu fico esperando ele me chamar. Espero, espero... Ele fica online no facebook, no gtalk, no msn... Fico ali, sempre disposta, disponível e louca para ver a janelinha subindo com uma mensagem dele. Ele não chama. Por que será que ele me despreza? Por que será que o homem que povoa meus pensamentos 25 horas dos meu dia simplesmente age como se eu não existisse? Será que pra ele eu não existo?

Eu sei que nosso contato foi ínfimo, não houve juras de amor eterno nem planos de um próximo encontro (virtual), mas até onde eu sei não houve pacto de silêncio. Não combinamos não mais nos falarmos. Fiscalizo meu celular a cada 30 segundos, verifico se chegou email a cada dois minutos, bisbilhoto o facebook e o orkut dele de instante em instante e mesmo estando online nada se modifica. O que será que ele anda fazendo?

Eu acordo no meio da madrugada e acesso a internet pelo celular só para checar se há alguma novidade. Será que estou ficando louca? Perco o sono e a concentração só de pensar nele.

Sou tomada por um ódio inexplicável quando imagino aquelas 521599743258300366. mulheres no face/orkut dele. Quantas mulheres ele deve ter no msn? Ai meu Deus e se ele nem lembrar mais de mim pois já está de papo com outra? Como faço pra me reaproximar sem parecer oferecida?
Como posso mostrar pra ele que estou disponível (em todos os sentidos) sem ser subserviente?
Ai, estou pirando! Esse homem acabou comigo!
Socorro!

Assinado: Paranóica.com


Durmam com um barulho desses! Beijos, gente! Bom final de semana!

Verônica

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Imortais Sobre Duas Rodas


(by Cinthya)

Primeiro quero explicar que tudo o que vou falar aqui não se destina à todos os usuários de motocicletas, apenas à maioria deles.

Moro numa cidade que está com o progresso à mil, um polo que atrai muita gente de fora e onde o dinheiro circula em grande quantidade. As pessoas têm mais possibilidades de adquirir um meio próprio de transporte. Com tudo isso os reflexos são nítidos na nossa rotina. Um fator gritante é o aumento considerável de veículos circulando na cidade e a necessidade que já se faz de um redesenho do nosso mapa de vias, ruas, acessos, enfim.

Mas o fator mais preocupante que vejo hoje (e não é somente em Petrolina) é o abuso de auto confiança que os motociclistas têm. Eles são sempre mais apressados, querem sempre tirar proveito, entram entre os carros e nunca esperam muito tempo. Algumas vezes eles entram em lugares que a gente acha que jamais caberia uma motocicleta. Saem costurando o trânsito, arrebentando retrovisores, quase atropelando pedestres.

Eu não sei que relação existe entre motocicleta e vontade de ser super-herói! Mas sei que existe esse elo. Pois só isso explicaria as loucuras que vejo nas ruas. Uma imprudência tão grande, uma loucura tão grande. A sensanção que tenho é de que eles acham que não morrem, que não caem, que não se machucam. Eles acreditam que a motocicleta lhes dá super poderes.

Mas isso não é verdade... Caso contrário eu não presenciaria, quase todos os dias, acidentes envolvendo motociclistas.

Consciência, meu povo! A vida é uma só!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Passado, Presente e Futuro



Houve um tempo em que o passado era presente e com ele eu planejava um futuro, mas o passado-presente mudou os planos e o futuro não chegou. O Passado que era presente ficou, definitivamente, no passado.

A vida seguiu seu rumo, o tempo passou, e conseguimos aprender as lições que a vida nos dá. O que um dia foi muito importante hoje já não é mais tão importante assim e amanhã, certamente, nem será mais lembrado. A gente vive, anda, cai, chora, limpa-se, levanta-se, sorri e continua andando...

O passado que lá ficou percebeu que fez a escolha errada e agora tenta se redimir. Tenta de todas as maneiras reconquistar o espaço que um dia foi dele, mas o tempo passou, nosso tempo passou. Os planos mudaram, as ideias mudaram, as estações mudaram e os meus objetivos agora são outros.

Inconformado, o passado não desiste e continua tentando, tentando, tentado... Mostra o presente, planeja o futuro e mais uma vez, faz inúmeras promessas... "Água mole em pedra dura, tanto bate..." ... que um dia consegue abalar uma certeza até então, aparentemente, inabalável e a dúvida surge:
O que fazer quando o passado, que já foi seu presente, e pretendia ser o futuro, mas mudou de ideia, volta arrependido oferecendo um futuro diferente, mais centrado, mais plantado, mais consistente?

O que fazer quando o passado insiste em voltar ao presente e virar futuro?

O passado é o mesmo, as circunstâncias são as mesmas, os personagens são os mesmos e o final dessa história a gente já conhece. Para quê começar tudo de novo se sabemos onde isso vai terminar?

Promessas são só promessas. O que você chama de consistente eu chamo de abstrato. O que você alega ser plantado eu julgo superficial o que você afirma ser centrado eu vejo disperso.

E sabendo de tudo isso, não me conformo que minha cabeça ainda esteja tão confusa. Se eu já tenho uma ideia formada, como posso, mesmo depois de tudo, estar indecisa?

Quem foi que disse que a vida é simples?

Mais uma vez cito Guimarães Rosa: "Viver é etecetera..."

Verônica

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Lavando A Alma


(by Cinthya)

Tenho um amigo de trabalho que tem uma gargalhada tão gostosa, mas tão gostosa que faz todo mundo rir junto com ele, mesmo sem saber o que está acontecendo. Algumas muitas vezes estou na minha sala e escuto a gargalhada dele vindo lá da sala ao lado, ou do bloco ao lado... E acabo rindo junto, sempre, de tão gostoso que é o seu gargalhar.

Outro dia, um outro colega de trabalho montou uns vídeos engraçados com o pessoal da empresa e nos chamou pra ver. Imaginem o tumulto que foi aquela "reunião". O Gagargalhador quase entra em coma de tanto sorrir e eu ria mais dele (ou por causa dele) do que mesmo do vídeo.

Se ele sentir vontade de rir, ninguém o segura. Ele gargalha numa reunião informal da mesma forma que gargalha na sala da diretoria. Basta que se dê um motivo e ele deixa o riso sair solto. É muito legal. E todo mundo escuta. Todo mundo ri junto com ele.

Há tempo eu não convivia com alguém tão alto astral. Sorrir faz tão bem pra gente, faz bem pra alma e pro corpo. Lembro das gargalhadas das minhas amigas, conheço o jeito que elas sorriem e acho isso tão legal. Sorrir exorcisa os demônios, deixa a gente leve e limpa. Adoro criar situações engraçadas, fazer piadas de tudo, inclusive de mim mesma. Gosto das pessoas sorrindo.

A correira diária já traz tanta dor de cabeça, vamos nos deixar sorrir, pra lavar tudo e seguirmos mais leves! Mas gargalhada mais gostosa do que a do meu colega de trabalho não conheço.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu e a Lua



A lua é o único satélite natural da terra, é a casa de São Jorge, é o amor impossível do sol,  é a fonte de inspiração dos poetas, é o suspiro dos enamorados , é a companheira dos solitários, é a terapeuta dos depressivos.


Tem fases, faces, cores, brilhos, tons e formas. Esconde tanto mistério dentro de si. Guarda tantos segredos. Já foi testemunha de tantos encontros e desencontros, presenciou tantas cenas de amor e também tantos dissabores...

A lua acalma, alivia e alegra. Depois de um dia estressante de trabalho quando saio do prédio me deparo com uma lua linda, enorme, num tom dourado. Voltando pra casa, passando pela ponte que une e separa as duas cidades, pude contemplar o brilho do luar reluzindo sobre as águas escuras do velho Chico. Formando um rastro levemente dourado e causando um encantamento impossível de descrever. Coisa linda de se ver. Nessa horas eu gostaria de ter uma veia poética para exteriorizar com palavras bonitas toda essa alegria que me toma ao presenciar essa maravilha da natureza, mas infelizmente não a tenho. Sei ver o belo, sei sentir bonito, mas não sei escrever bonito. 

A lua é um relaxante natural, e essa cena, que de tão comum para uns chega a ser desprezada, mas tão rara e consequentemente tão desejada por outros... é uma terapia proporcionada pela natureza e totalmente grátis. À disposição de todos. Salvou meu dia e minha noite.

São nesses momentos que eu entendo o que Guimarães Rosa quis dizer quando afirmou que a "felicidade se acha é em horinhas de descuido".

Fico com uma canção interpretada pelo Rei do Baião que diz: "Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão"


Verônica

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não Conte Com O Ovo No Cú Da Galinha


(by Cinthya)

Costumo dizer que só é meu aquilo que, de fato, me pertence. O que tenho nas mãos, o que suei para conseguir. Não fazer planos baseados no que alguém poderá me dar, ou que eu poderei ganhar, ou que alguém me prometeu é uma rotina minha. Almejo coisas, claro. Sonho com o que me falta, claro. Mas não costumo contar com o que não tenho.

Algumas vezes amigas disseram que eu tinha um pensamento radical... Tudo bem, talvez seja mesmo. Mas como diz o Rei RC "é que eu tenho cicatrizes que a vida fez" e sei como é doloroso você construir um projeto importantíssimo sobre uma promessa de alguém e na hora H esse alguém esquecer de cumprir com a sua parte no acordo e então você vê tudo caindo por água abaixo, todos os teus planos, o sonho e todo tempo de trabalho naquele projeto... É doloroso! Então, por isso prefiro ficar com o que tenho nas mãos.

Não se pode viver sozinho no mundo, sempre precisamos do outro, por mais independentes que sejamos, sempre vai chegar uma hora em que precisaremos de ajuda. Isso é importantíssimo e necessário, somos seres sociáveis. A idéia que defendo é de não construir projetos de vida baseado no outro. E, se construir, ter consciência de que pode dar errado, enfim.

Quando faço bolo só conto com os ovos que tenho na geladeira e nunca com o ovo que ainda está no cú da galinha porque ele pode não sair à tempo, pode sair e ir para outras mãos, pode sair estragado, enfim...

Uma linda semana à todos!

sábado, 10 de setembro de 2011

Despedida



Despedida

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.

E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.

Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.

A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.

Extraído do livro "A Traição das Elegantes", Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1967, pág. 83.


Rubem Braga


Esse é um fragmento do livro de um dos autores que eu mais admiro na literatura brasileira. Retrata exatamente o nosso dia-a-dia e se encaixa perfeitamente em tantas histórias. Para quê um tortuoso processo de despedida? A vida é um vai e vem sem fim...

A seguir a música de uma das cantoras, na minha humilde opinião, mais talentosas que o Brasil já viu. Sou fã da voz, da melodia, da letra e do carisma dessa artista que tem no seu DNA o brilho de uma estrela.

Desejo um ótimo final de semana para todos e para finalizar, deixarei uma citação que eu desconheço o autor, mas que me acompanha há muito tempo...

"Na incerteza do amanhã aproveite o hoje para ser feliz."

Verônica






Encontros e Despedidas
Maria Rita

Mande notícias do mundo de lá
diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
quando quero

Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
são só dois lados
da mesma viagem
O trem que chega
é o mesmo trem da partida
A hora do encontro
é também despedida
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar
é a vida desse meu lugar
é a vida...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tu Vens... Eu Já Escuto Os Teus Sinais!


(by Cinthya)

Coisa boa é a gente se sentir em alto astral, viver sorrindo, cantarolando, vibrando energias boas. A pele fica linda, o cabelo fica lindo e o sorriso é uma constante.

Preparar-se para receber o amor... Quer coisa mais gostosa que essa? A gente se enche de uma expectativa gostosa, procura as roupas mais lindas, o melhor perfume, seleciona as músicas. O coração fica à mil. As lembranças povoam o pensamento e a gente se baseia nelas para construir o que queremos do encontro.

Não será um sábado comun. Será um sábado cheio de abraços, carinhos, beijos e amassos. Um sábado daqueles que entram para a parte gostosa da nossa história.

É tudo fantástico! Viver é fantástico! Se entregar é maravilhoso. Dizem que o fim do amor é sempre o sofrimento e eu não quero nem saber... Se for sofrer, que sofra, mas sei que HOJE eu posso é curtir, amar, me entegar. Nunca tive medo do amor, nunca tive medo de viver e sei que quase tudo faz parte de um ciclo e difícil é você se abster de alguma fase. Por isso o melhor a fazer e viver tudo, de forma intensa, o mais intenso que puder e depois perceber que se fez tudo o que tinha pra fazer, que viveu tudo o que tinha pra viver.

Enfim, o final de semana tá chegando e eu estou sentindo que:

"Tu vens, tu vens... Eu já escuto os teus sinais..."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sim e Não!




Para mim, SIM é uma afirmativa e NÃO uma negativa. Simples assim.

Não sou dada a arrependimentos, não sou dada a joguinhos sem sentido que só me fazem perder tempo. Não sou dada a afirmativas ou negativas dúbias e incoerentes.

Sou inteira, intensa, completa e plena. Não calo quando a vontade é falar, não consigo sorrir quando a vontade é de chorar e não concordo quando, de fato, estou discordando e nem sempre consigo partir quando a vontade é de ficar. Se sinto vontade, faço. Avalio apenas se essa vontade não causará dano a alguém.

Acredito em ações que geram consequências e não sou egoísta a ponto de prosseguir com uma decisão sabendo que inocentes sofrerão por isso. Recuo por senso de justiça. Me privo por índole e caráter e abro mão por amor-próprio.

Não entendo pessoas que se submetem a humilhações e sofrimentos e posam de vítimas por isso. Se estão assim é por escolha própria. Não concordo com pessoas que fingem e dissimulam pensando enganar alguém quando na verdade estão tentando enganar a si mesma. Não apoio pessoas que trapaceiam e querem tirar vantagem de tudo.

Sinto pena de pessoas que não têm planos, metas, rumo... Vivem a vagar como um barco à deriva ou uma alma perdida sem se darem conta do esplendor que estão deixando de contemplar. Andando em círculos sem sair do lugar e "à toa na vida vendo a banda passar".

A vida é bonita, é rica de oportunidades e abundante de felicidade. Cabe a cada um de nós fazermos as nossas escolhas, assumirmos o papel que realmente nos cabe e sermos felizes.

Beijos para quem vai trabalhar hoje e beijos para quem vai ficar em casa curtindo aquele feriado bom.

Verônica

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independente

(by Cinthya)

Sejamos independentes, então!
Independentemente da situação, do sentimento, do envolvimento.
Que saibamos amar profundamente, sinceramente, intensamente e, claro, independentemente.
Amar sem dependências. Amar entregue, amar solta, amar livre, amar de forma sadia, sem a dependência do outro, pois isso é o que adoece as pessoas e as relações.
Sejamos independentes em tudo, inclusive no amor.
Amar a nós em primeiro plano. Dessa forma fica fácil conduzir a vida de uma forma onde estaremos (na maior parte do tempo) felizes e no comando.
Sejamos felizes, independente de classe social.
Sejamos ávidos de vida, independente de nossa idade física.
Sejamos lindos, independente de nosso porte.
Sejamos ricos, independente de quantos R$ trazemos no bolso.
Independência é maturidade! Tempero necessário numa receita de sucesso.
Pessoas independentes sabem se entregar sem perder sua essência.
A única dependência que, de fato, deve existir é a dependência de nós mesmos. Pois somos o capitão de nosso navio!
Independência à todos!
E muito, muito amor!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Palavra Que Nunca Foi Dita



"Ele sempre foi um menino estranho...

ESTRANHO era assim que eu o definia desde bebê, sempre muito ausente. Quando criança, já crescidinho, tinha problemas na escola, não se enturmava, agredia os outros meninos ou era agredido por eles.

Tão diferente do irmão mais velho, tão popular, tão carismático e tão afetuoso. Eu e a mãe tentamos de tudo, psicólogo, terapia familiar, viagens e mais viagens, programas educativos.... NADA! Absolutamente nada o interessava. Sempre desatento, desligado e desinteressado, seu olhar nos penetrava, é como se ele estivesse mergulhado em um mundo só dele, seu corpo estava presente, mas seu espírito vagava bem longe dali.

Certo dia ele me surpreendeu durante o almoço em família, pediu que eu o levasse a um jogo de futebol, quase não acreditei no que estava ouvindo. Incrédulo concordei na hora, não podia perder essa chance, nem quis levar o irmão mais velho, queria uma tarde só nossa. Quem sabe não surgiria dali uma aproximação entre um pai cansado e um filho ausente. Mas, alegria de pai dura pouco o rapazinho desistiu do passeio antes mesmo dele começar.

Seu interesse era pelos livros, sempre foi pelos livros. Acho que ali ele criava um personagem e encontrava a satisfação no mundo da fantasia. O mundo real nunca lhe interessou.
Numa manhã de outono, estava saindo para o trabalho e meu filho que quase nunca falava me chamou:

- Pai, preciso conversar com o senhor.
- Agora não, meu filho! Tenho uma reunião importante e já estou atrasado. No final da tarde conversaremos.

Ele não insistiu e continuei o meu caminho.

Segui para o meu trabalho e poucas horas depois recebi um telefonema que arrancou o chão sob os meus pés e o ar do meu pulmão. A voz desesperada da minha esposa bradava do outro lado da linha dando a notícia que eu não queria ouvir; o meu filho havia partido para nunca mais voltar.

Um jovem recem saído da adolescência pôs fim na própria vida pois achava que esse mundo não lhe pertencia, de fato, nunca pertencera, mas ele não podia nos privar de tê-lo conosco. Ele não tinha o direito de atentar contra a própria vida.

Mas antes de pensar em qualquer coisa eu me lembrei do meu filho, que há poucas horas estava me pedindo socorro e eu negligenciei o apoio de pai a um filho que tanto precisara de mim. Estava atrasado para um compromisso qualquer. Como pude ser tão insensível e não perceber que se tratava de um pedido desesperado de ajuda? Como pude perder meu filho virando as costas pra ele quando ele estendera a mão clamando por socorro?

Eu puxei o gatilho daquele revólver. Eu pus fim na vida do meu amado filho com a minha omissão de socorro num momento crucial. Eu cessei o sonho e a liberdade de expressão de um ser que provinha de mim. Eu fui o culpado pela morte do meu filho.

Não há mais lágrimas em mim para chorar a dor da perda. Não há culpa que eu não carregue nos ombros. Não há peso que eu não suporte. Não há mais interesse em nada. Quando eu deveria falar eu calei. Quando deveria ficar eu parti. Quando deveria abraçar eu virei as costas. Quando deveria ajudar eu me omiti.

E depois de tantos anos, eu me dei conta de que eu nunca havia dito ao meu filho o quanto o amava. Também nunca ouvi dele um 'eu te amo!' minha vida nunca teve sentido. Como pai sou a criatura mais fracassada da face da terra."

Essa comovente história é baseada em fatos reais. Não perca quem você ama por omissão.

Verônica

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quanto Cu$ta $eu Caráter?


(by Cinthya)

O "Ser Humano" sempre me fascinou. Acho incrível a capacidade que temos, por exemplo, de nos adaptarmos ao meio, de buscarmos formas de sobreviver com o que temos, ainda que ocorram grandes mudanças. A gente improvisa, busca, reinventa e faz acontecer. Isso é maravilhoso. Mas essa facilidade de mudança também traz coisas negativas.

As pessoas mudam o comportamento da água pro vinho a depender da situção. Vão do amor ao ódio, da vida à morte e esse é um ponto delicado, um campo minado. Nesse final de semana eu pude perceber essa metamorfose numa pessoa próxima. De um carisma imenso, de uma paz e de palavras de brandura eu vi essa pessoa partir para uma rede de intrigas, de maldições, de desfeitas e tudo por conta daquele item que mexe tanto com todo mundo: DINHEIRO.

Ela reclamava, brigava e colocava sempre o nome de Deus nas suas palavras, tentando em vão associar seu comportamento ao comportamento que Deus se agradaria de ver. Isso eu também não entendo, como para os religiosos mais dedicados Deus e Dinheiro andam sempre associados! Como se Deus fosse um mercenário e sua essência estivesse ligada ao R$! 

A pessoa que era tão bondosa e religiosa transformou-se num poço de rancor porque, simplesmente, mexeram nos R$ que eram dela. Aquela situação mexeu tanto comigo, me senti caindo numa desarmonia tão grande, vendo aquela confusão, vendo como somos mesquinhos, como somos egoístas, como nos deixamos levar por paixões desnecessárias. Ainda estou um pouco abalada por saber que eu também sou humana e sujeita às mesmas reações e ações. Mas me policio para que tente mudar para melhor, o máximo que eu puder.

Ontem eu vi que "se quer conhecer uma pessoa, mexe no dinheiro dela."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vamos Ao Recomeço


Graças a Deus temos leitores fiéis, daqueles que lêm mesmo os nossos textos todos os dias, opinam, reclamam, sugerem. Um desses leitores atuantes me mandou um belo desabafo sobre seu momento de vida. E o texto ficou tão lindo e cheio de sentimentos que decidi, com a autorização dele, publicar para que os demais leitores também pudessem apreciar.

Diego é uma pessoa que não passa desapercebido. Apesar de jovem, traz uma carga de conhecimentos e maturidade que fazem dele uma referência. Ele tem uma sede incrível pelo sucesso e consegue equilibrar as coisas de uma forma que não permite corromper-se para alcançar o que quer, no entanto, continua sua busca.

Um dia verei sua vitória e terei a certeza de que dá pra fazer sucesso mantendo a dignidade!

Cinthya

"Sabe , quando pequeno tinha um sonho, andar de paletó (na verdade usar terno), queria ser um grande executivo, queria dar aula ao Max Gehringer sobre gestão de pessoas. Tenho revistas da Voce S/A e da Vencer desde quando tinha 16 anos e nem sabia o que era trabalhar, e descobri isso agora tanto tempo depois, estava eu chateado com o meu trabalho, e tirei o final de semana para refletir, era meu aniversário e me dei o direito e a obrigação de voltar para os cadernos antigos, os livros empoeirados e ver o que a 10/15 anos me dava alegria, o que eu escrevia o que eu tinha realizado dos meus sonhos. Sabe qual foi o resultado? Uma crise de choro, sim, isso mesmo, uma longa crise de choro, nem minha esposa sabe disso, não quis preocupar ela.

Não realizei nada dos meus sonhos, não sou quem eu pensava que seria, no entanto hoje 3 dias após o choro, me sinto feliz, me sinto aliviado, me sinto contente por ter tido a coragem de reler velhos cadernos, ler velhas revistas e ver um filme sobre o grande Senna, me sinto assim por ter, aos 28 anos, a chance de poder olhar para trás e ver que fiz muitos amigos, que sempre fui honesto no trabalho e sempre falei a verdade aos meus lideres. Feliz por não esquecer o que minha mãe me ensinou, lá no passado, e de mesmo com 28 anos rezar, todos os dias e pedir a Deus sempre a mesma coisa “Que eu nunca esqueça de onde eu vim e de quem eu sou”.

Feliz, por ter saúde e a certeza de que não preciso me arrepender de nada que fiz no passado, pois os erros e acertos foram meus, sem nunca, prejudicar ninguém.

Vamos ao recomeço!

Diego Silva"

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A conectada


- Amiga, estou apaixonada!!
- Humm quem é o felizardo dessa vez?
- É um cara lindo, gentil, atencioso, educado...
- Mora onde?
- Um pouco longe...
- Onde?
- Rio Branco.
- No Acre????????
- Eu disse que era um pouco longe.
- É bem longinho.
- Mas dessa vez é pra valer, com esse eu vou me casar.
- E aquele carioca paraquedista que você disse que se casaria?
- Ali foi uma loucura.
- E aquele padeiro do Maranhão que você pensou em se mudar pra lá para abrir uma padaria com ele?
- Ali foi mais uma loucura.
- E daquela vez que você encasquetou com a ideia de se mudar para os EUA para se casar com aquele Paulista que morava lá?
- Ali foi mais uma loucura! Vem cá, você nunca cometeu nenhuma loucura na vida? Nunca fez nenhuma escolha errada?
- Já sim! E muitas... A diferença é que minhas escolhas são olho no olho e meus erros são de carne e osso. Nunca me apaixonei por uma @ tão pouco por um endereço eletrônico.

Dias depois....

- Oi menina! E aí, arrumando as malas pra se mudar pro Acre?
- Que nada! Ele sumiu... Acho que me bloqueou no msn. Mas eu não estou nem aí, já estou em outra!
- Sério? De qual estado é essa paixão?
- Esse é daqui mesmo.
- Até que enfim, né? Achei que não fosse sair dessa de arranjar amores virtuais...
- Mas tem um probleminha, ele mora em Macaé.
- Macaé?
- É! Mas dessa vez tá super sério. Conheci a irmã, o cunhado e os sobrinhos dele.
- Eles moram aqui?
- Não! Moram lá...
- Ah, já sei; ele fez uma vídeo conferência. Conversaram pelo msn e na web cam ele te mostrou a família.
- Não! Só vi por fotos. Eu a adicionei no facebook e ela me aceitou.
- Enquanto você coleciona paixões virtuais a vida vai passando. Sai dessa! Vamos tomar um choppinho com as meninas amanhã. Sexta-feira pede um happy hour, concorda? Aí te apresento um amigo gatinho.
- Não vai dar. Marquei de conversar com ele no msn, comprei até um vinho... Temos um encontro romântico.
- Eu desisto de você! Tchau!
- Ei amiga, espera! Amiga! Ih, foi embora... Amiga estressada!