quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O menino que tocou fogo em tudo


Eu sempre fui uma criança traquina, meus irmãos também... Como quem puxa aos seus não degenera, meus sobrinhos também não foram/são crianças fáceis. Na verdade isso já vem há muitas gerações, soube de cada peripécia de minha mãe... Em outra oportunidade eu conto.

Hoje vou contar a história do Pequeno Nero. Na verdade o nome dele é Melquisedeque e é o autor de inúmeras travessuras e grandes prejuízos. Melque mora em um bairro bastante populoso de Candeias - Região Metropolitana de Salvador - e na mesma rua em que ele mora, num terreno baldio, se instalou uma família de ciganos em suas, já conhecidas, barracas de lona.

Num belo dia, Melque e mais um amiguinho resolveram tocar fogo em uns plásticos que estavam nesse bendito terreno, o fogo se alastrou atingindo duas das várias barracas dos ciganos. Apenas duas barracas foram incendiadas porque as pessoas conseguiram conter as chamas. Imaginem o que poderia ter acontecido se todas fossem atingidas! Acho que eram umas dez barracas. Há uma colônia de ciganos nessa região.

Vendo o rebuliço, o menino traquino deu no pé. Correu pra casa e se escondeu, claro né? Sabia o que tinha aprontado. Mas as pessoas viram quem foi o autor da proeza e foram lá, cobrar dos pais do menino uma solução para os danos causados. Imaginem vocês, mais de uma dezena de ciganos barulhentos e revoltados falando todos de uma só vez.

Graças ao nosso bom Deus ninguém se feriu e o prejuízo foi só material. O caso ficou famoso, a cidade em peso soube do ocorrido, deu até no jornal local. O pai do menino teve de arcar com o prejuízo e gastou alguns muitos reais. A mãe tratou de colocar o pequeno Nero de castigo o resto do ano e hoje restou só o apelido, as lembranças e as boas gargalhadas proporcionadas por esse fuzuê.

Criança é brincadeira?


Verônica

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