domingo, 29 de abril de 2012

Apenas Uma Segunda-feira


(by Cinthya)

Algumas vezes eu me inquieto. Sinto crescer em mim um vazio que consome a alma e deixa turva a minha paz. Revira sentimentos, assola certezas e traz o caos. Daí eu busco a tábua de salvação que possa me dar um pouco de ar respirável.

E, revirando minha estante encontrei nela o Neruda que você me deu. Um pouco empoeirado, um tanto amarelado. Abri-o e lá estava a sua letra, o seu poema improvisado, o seu português imperfeito. Com o Neruda nas mãos revivi momentos nossos, passados, guardados numa área vip das minhas lembranças.

"O pai destino voltará a juntar-nos novamente.
Não me esqueça!!!"

Eu não esqueci. A alma não esquece os dias de gozo no paraíso. A alma nunca esquece.

Walking Around

(Pablo Neruda)


Acontece que me canso de ser homem.
Acontece que entro nas alfaiatarias e nos cinemas
Murcho, impenetrável, como um cisne de feltro
Navegando numa água de origem cinza.



O cheiro das barbearias me faz chorar aos gritos.
Só quero um descanso de pedras ou de lá,
Só quero não ver mais estabelecimentos ou jardins,
Nem mercadorias, nem óculos, nem elevadores.



Acontece que me canso dos meus pés e das minhas unhas
E do meu cabelo e da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.



No entanto seria delicioso
Assustar um notário com um lírio cortado
Ou dar a morte a uma freira com um golpe de orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e dando gritos até morrer de frio.



Não quero continuar sendo raiz nas trevas,
Vacilante, estendido, tirando de sono
Para baixo, nas tripas molhadas da terra,
Absorvendo e pensando, comendo cada dia.



Não quero para mim tantas desgraças.
Não quero continuar de raiz e túmulo,
De subterrâneo solitário, de adega com mortos,
Transido morrendo de pena.



Por isso a segunda-feira arde como o petróleo
Quando me vê chegar com a minha cara de cárcere,
E uiva no seu transcurso como roda ferida,
E dá passos de sangue quente para a noite.



E me empurra para certos recantos, para certas casas úmidas,
Para hospitais de onde os ossos saem pela janela,
Para certas sapatarias com cheiro de vinagre,
Para ruas horríveis como gretas.



Há pássaros cor de enxofre e horríveis intestinos
Pendurados nas portas das casas que odeio, há
Dentaduras esquecidas numa cafeteira,
Há espelhos,
Que deviam ter chorado de vergonha e espanto,
há guarda-chuvas por todas as partes, e venenos e umbigos.



Eu passeio com calma, com olhos, com sapatos,
Com fúria, com esquecimento,
Passo, cruzo escritórios e lojas de ortopedia,
E pátios onde há roupas penduradas num arame:
Cuecas, toalhas e camisas que choram
Lentas lágrimas sujas.

Pra começar bem a semana...

Domingo tem cara de depressão, né? Pra mim não. Pra mim tem cara de sossego e recomeço. Amanhã começa tudo de novo. R graças a Deus eu estou aqui para recomeçar. Então nesse clima gostoso de ponto de partida e gratidão divido com vocês essa música que me traz paz e me acalma.

Uma linda semana pra vocês!

Verônica

sábado, 28 de abril de 2012

Só quero que tudo fique bem...


Sabe aqueles dias que você se sente cansada? Cansada de negar as aparências, disfarçar as evidências, esconder o óbvio, negar o inegável.. Pois é! É exatamente assim que eu me sinto. Nessa ciranda maluca e fora ritmo eu vou bailando e seguindo o passo fora do compasso.

Então quando estou cansada eu escuto Bob e relaxo. Só pensando, sem chegar a conclusão alguma.

"Abre a janela e deixa o sol da paz entrar e aquecer seu coração..."

Bom final de semana!

Verônica





sexta-feira, 27 de abril de 2012

"Quando Você Voltar"


(by Cinthya)

Hoje acordei com uma música tocando na minha alma... Uma música que tanto gosto, daquelas que fazem a alma da gente entrar em cena e dar um show de interpretação, como se fosse um vídeo clip, como se fosse uma peça teatral onde contamos e história de nós mesmos. Foi amor à primeira vista. Desde que a ouvi pela primeira vez, me encantei. E de lá pra cá não tem sido diferente. Emoção certa sempre que os acordes, a letra, a melodia adentram meus ouvidos.
Gosto da serenidade dela. Gosto da realidade dela. O amor cantado e exposto de uma forma real, sem alegorias, sem perfeições inexistentes. O amor tal qual ele é, imperfeito, como deve ser.
E falando em serenidade... Serenidade é algo ímpar no ser humano. Saber ouvir, saber entender, saber se colocar na posição do outro. Saber engolir o orgulho para manter o bem estar da relação. Saber esperar, saber aceitar, saber pedir, saber calar. Há de se ter muita sabedoria quando o assunto é amor. Há de se saber dividir, doar, buscar, salvar.  Deixar o outro ir, na certeza de que falar naquele momento seria inútil. Esperar o tempo melhorar, a nuvem pesada desabar, cair a tempestade e então, curtir o arco-íris.
Eu não falo de anulação de si próprio. Muito pelo contrário, falo de conhecer muito profundamente a si próprio, dominar-se, entender suas emoções. Conhecer seus limites, saber dividir-se com a certeza de não estar perdendo nada. Amar-se em primeiro plano para depois, inebriado desse amor, amar o outro também.
Quem ama a si mesmo tem segurança e sensatez para ultrapassar momentos delicados, para entender a angustias alheia sem se perder na sua própria angustia. Quem ama a si mesmo, entende que o outro é livre, ainda que comprometido, e que pode partir quando quiser.
Quem ama a si mesmo sabe amar melhor o outro.

 

Quando Você Voltar

(Legião Urbana)

Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Passado o susto...

... Ficaram as dores, as reflexões e acima de tudo o agradecimento.

Hoje quem vos escreve é uma Verônica toda arrebentada. Escoriações pelo corpo inteiro, joelhos, cotovelos, barriga, ombro... Tudo ralado. Um corte no braço, outro no pé e bastante dor. Dores que já já passam, posto que os ferimentos foram todos superficiais. Graças ao meu bom Deus! Os quatro pontos que levei tirarei na próxima semana. As dores musculares serão acalmadas com os remédios que estou tomando e as raladuras sararão com os remédios que estou passando.

As reflexões são inevitáveis, não consigo parar de pensar no quão malvado um ser humano pode ser. Estava indo pro trabalho ontem e um desalmado numa S10 prata (que eu não consegui ver a placa) me deu uma fechada e me jogou no chão. Ele deveria estar muito mal intencionado e com muita pressa. Pediu passagem e eu sinalizei que ele fosse pra pista ao lado. Isso foi o bastante pra ele jogar o carro dele em cima de mim e em poucos minutos mudar a minha vida.

E acima de tudo o agradecimento, agradecimento a DEUS por ter me dado o livramento, agradecimento aos estranhos que pararam pra dar socorro, inclusive um rapaz que vinha num carro atrás, no momento do acidente foi reduzindo a velocidade do carro dele formando uma barreira para evitar que outros carros ou motos me atropelassem. Agradeço aos policiais que estava indo pro trabalho e pararam pra me dar suporte, ficaram me acalmando, ligaram pro samu. Os policiais do posto policial da cabeceira da ponte.  Agradeço imensamente a esquipe da SAMU que não demorou de chegar pra me dar socorro. Os dois enfermeiros que vieram nas motos e me acompanham até o hospital, a equipe da ambulância da Samu que foram super cuidados comigo.

Agradeço muito, muito aos funcionários do hospital Pró-Matre em Juazeiro que me receberam tão bem, gentis, atenciosos, carinhosos... Os enfermeiros, enfermeiras, maqueiros, o moço do raio-x, o médico plantonista que me atendeu, me deu os primeiros socorros e pediu o raio-x (me chamou de gordinha sexy, magoou, mas ta valendo...) O cirurgião que fez a sutura no meu braço e se ofereceu pra comprar minha moto. As pessoas da recepção que não deixaram meus amigos e parentes sem noticias ao chegarem no hospital...

Agradeço do fundo do coração a enxurrada de ligações, mensagens e demonstrações de carinho que estou recebendo. Todos os meus amigos amados me acolhendo nessa hora difícil e me deixando palavras positivas. Até meus raríssimos desafetos que deixaram as diferenças de lado e mandaram uma palavra de apoio. Aos meus amigos que vieram me visitar e me fazer rir, agradeço demais!

Agradeço a Marisa minha amada amiga que ía passando na hora queria deixar o carro atravessado no meio da ponte, o policial que não deixou, largou o carro lá na cabeceira e voltou correndo pra ficar do meu lado resolvendo tudo e dividindo comigo a minha angustia.

Enfim... Agradeço, só agradeço.

Ah, uma ressalva, a velocidade que eu vinha era inferior a 60km/h isso ajudou para que meus ferimentos não fossem assim tão grave. Que fique registrado aqui: moto e velocidade é uma mistura mortal. Se eu viesse mais rápido certamente não estaria aqui contando essas coisas pra vocês.

Obrigada, meu Senhor!

Verônica

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quebrei A Cara!


(by Cinthya)

Mulher bonita, inteligente, de certa forma independente, mãe de um filho lindo, 36 anos de idade e um dedo podre para escolher amores. É uma coleção interminável de histórias que não dão certo. Como se eu fosse um imã de casos errados, tortos, desconcertantes. Como se eu fosse doutorada em “Relacionamentos Que Não Andam”.

Uma história após a outra vão se desmanchando e escorrendo entre os meus dedos. Alguns casos acabam por motivos trágicos, tristes. Outros por motivos bobos. E ainda existem aqueles que se desfazem por motivos quase inacreditáveis de tão sem sentido que são. Como se alguém, de fato, tivesse algum dia tido a triste ideia de fazer uma macumba comigo, pedindo a todas as entidades que dessem cem por cento de si na missão de acabar meus  relacionamentos.

Eu não sou exagerada. Quem me conhece sabe que falo a verdade. Muitas vezes as coisas estão indo no ritmo do vento, até que, de repente, do nada, do improvável, do quase impossível, aparece um motivo e pronto, a história se esvai e é levada pelo vento. E eu, mais uma vez, fico a ver navios, com a cara aos pedaços de novo, pedindo ajuda às amigas de novo para, pacientemente, juntar os pedacinhos e recompor as coisas por aqui.

Na última, eu fui inclusive pedida em casamento. Tudo muito romântico, tudo muito perfeito, da forma que eu sempre quis. Até que, no meu aniversário (sim, porque comigo é assim: não basta cair, a bordoada tem que ser grande, enorme, para que o hematoma dure por um bom tempo), o motivo mais bobo e ingênuo causou um estrago enorme na outra parte. Mas um estrago tão grande que eu, até hoje, não entendi e não recebi nenhuma explicação do que, de fato, aconteceu. Ele simplesmente quis partir. E partiu. É um direito que lhe cabe. Fazer o que, né?

Enfim, cá estou eu com meu dedo podre, temerosa de apontar em outra direção. Temerosa de achar outro caso torto. Temerosa de levar outro tombo grande. Temerosa de, de tanto quebrar a cara e consertar depois, ficar deformada. Ficar feia, ficar fria, ficar seca, ficar crua.

Cá estou eu, usando de toda a minha força para não perder, de jeito nenhum, a fé no Amor. Para não cansar. Para não desistir. Para deixar passar o passado. Para pensar no hoje e no futuro. Cá estou eu, aflita com tudo isso, mas me esforçando para não perder o rebolado. Porque, eu caio, quebro a cara, mas não dou o braço a torcer. Levanto e subo de novo no salto, passo meu batom e sorrio para o mundo que insiste em me dizer “não”. Vamos ver quem cansa primeiro.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Um Anjo Em Minha Vida





Desde pequena eu ouço dizer que temos um anjo da guarda, um anjo protetor. Na minha cabecinha  fértil e norteada pelas imagens que sempre vi nos livros, eu imaginava anjo com asas enormes, cachinhos dourados e uma auréola reluzente. Um rosto angelical sempre foi pra mim, uma coisa meio santa, sem mácula, sem defeito algum.

Depois que cresci, perdi essa visão poética e subliminar que tinha a respeito dos anjos, percebi que muitas vezes eles são de carne e osso e as vezes nós não os reconhecemos. Sempre tem um anjo presente em nossas vidas. Um irmão, um amigo, um parente, um amor...

Eu tenho um anjo em minha vida. Que bom que ele chegou para preencher os espaços vazios, aliás, para tomar posse dos espaços que lhe pertenciam. Que bom que eu demorei pouco tempo para reconhecê-lo e sentir que nosso encontro não foi à toa.

Esse anjo é lindo, por dentro e por fora, tem o abraço protetor de um pai zeloso. Tem a paciência de uma mãe carinhosa, o sorriso tímido de um menino bobo e a inteligência de um homem vivido. Tem um beijo doce, um toque suave e o olhar desconcertante de um conquistador experiente.
É cuidadoso, carinhoso, paciente, compreensivo, divertido, simpático, inteligente, discreto, tem um quê de timidez que é um charme...

Esse anjo me deixa com cara de boba lendo e relendo as mensagens que recebo no celular. Esse mesmo anjo me deixou feliz da vida ao me dar um chaveiro em formato de... adivinhem? de Anjo! Um souvenir, mas de uma beleza encantadora e um valor sentimental imenso.

Tem dias que eu penso que a felicidade, plena, é como um prêmio. Um primeiro lugar. Uma marca alcançada depois de muito esforço e uma mistura de garra, persistência, força de vontade e superação. Estou trilhando meu caminho cheio de percalços nas esperança de atingir o ponto mais alto do pódio. Eu não vou desistir.

Ter um anjo, um prêmio, e não poder desfrutar inteiramente dele parece uma piada de mal gosto do destino. Uma travessura de menino serelepe, que põe o doce na boca do amiguinho menor e depois tira, deixando-o apenas na vontade. Isso não se faz! Agora que conheci o sabor delicioso desse mel, não vou me contentar apenas em lamber os beiços. Quero mais. Quero tudo que mereço, quero o máximo que puder.


Verônica

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Paz


(by Cinthya)

E hoje tudo o que eu queria era repousar num recanto de paz. Um lugar onde flores perfumassem o ar, onde grama forrasse o chão e estrelas enfeitassem o céu. Um campo imenso onde meu filho pudesse brincar e correr, sem medo e sem maiores receios. Uma brisa fresca a banhar meu rosto. E mais adiante o mar, imenso como só ele saber ser. Intenso e calmo.

No coração apenas tranquilidade e gratidão. Apenas isso a povoar a minha mente. Nada de preocupações, nada de ansiedade, nada de medo e nem de dor. Nenhuma decepção, nenhum rancor, nada disso. A paz invadiria tudo, sem deixar espaço pra mais nada.

Assim eu queria estar hoje, num recanto meu, envolvida no que gosto de sentir, fazendo o que gosto de fazer, querendo o que gosto de querer.

Na paz que cada um de nós merece ter. Na paz que o nosso mundo merece ter. Assim eu queria estar hoje. Num vilarejo meu, contruído pelos meus sonhos, meus desejos, meus sentimentos, minha paz.


Vilarejo

(Marisa Monte)

 

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

sábado, 21 de abril de 2012

Não Perca a Pose


Feriadão, dia bom pra descansar... Ía falar sobre a preguiça e o sono, mas mudei de ideia.

Vi essa imagem e resolvi que a mensagem do dia deveria ser outra. Então, minha mensagem para vocês é: não perca a pose! Mesmo que esteja todo estrupiado, mesmo que tenha enfrentado uma guerra e esteja todo arrebentado, volte pra casa de cabeça erguida e com ares de vencedor. Não importa a surra que a vida te deu, ou se levou um golpe baixo do destino. Não baixe o topete. Continue firme, olhando tudo de cima.

Eu costumo carregar uma mensagem comigo. Eu já nasci vencedora, dentre milhares de espermatozóides eu fui a única, a ÚNICA que atingiu o objetivo e tô aqui. O resto ficou pra trás, vou me deixar abater agora? De jeito nenhum!

Firmeza, pessoal! Bom feriado!

Verônica

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Encontros


(by Cinthya)

Tanta gente cruza o nosso caminho do decorrer de nossa história. Tanta gente chega e tanta gente sai. De muita gente e gente mal lembra o nome, a gente mal lembra os momentos compartilhados. De muita gente a gente não lembra nada, nem mesmo que já estiveram conosco em alguma ocasião, que já trocamos palavras, que já dividimos um ambiente.
Outras pessoas, no entanto, chegam para fazer diferença. Seja pela afinidade que têm conosco ou que temos com elas, seja pela delicadeza do ser, seja pelas qualidades que nos agradam, seja pela educação.  O jeito de falar, o jeito de olhar, o jeito de sorrir, tudo isso é vivo na nossa mente, indiferente do tempo que passe. A voz, o jeito, os gestos, as expressões, nada se apaga. Tudo permanece igual na nossa lembrança, passe o tempo que passar.
Alguns encontros não acontecem por acaso. São agendados por Deus, escritos na agenda divina. Nada mais explicaria a sorte de, entre tantas pessoas, entre tanta correria, entre tantos atropelos, a gente ter a sorte de encontrar essas pessoas. Essas certas pessoas que adentram a nossa vida chegam pra ficar, indiferente de permanecerem ou não ao nosso lado. Se transformam em anjos e passam a ser necessárias para a completa harmonia do nosso dia.
E basta um olhar, basta um sorriso pra que a gente sinta a sintonia de almas. E depois disso, a companhia passa a ser muito agradável, não falta assunto, não falta carinho, não falta atenção. Parece que a gente se conhece a uma vida toda. Parece que nunca estivemos longe. Aliás, como podemos viver tanto tempo sem conhecer essas pessoas?
Enfim, esses encontros encantam, enche nossa vida de cor, de sentido, de sentimento. Esses encontros são provas de que existe sim uma força maior a unir as pessoas que se afinam, que se entendem, que se adoram.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Dialeto dos Apaixonados



- Alô, mozão?
- Oi, minha ursinha!
- Tchuthcucão você me ama?
- Claro que amo, minha gata manhosa!
- Ama quanto, meu tigrão?
- Amo muitão do tamanho do céu! Minha anjinha!
- Paizinho, bebezinha tá com saudade.
- Poxa minha bebezinha, o paizinho não pode ir agora. Mas, quando chegar te encho de beijinho!
- Bebezinha que ver paizinho agooooooora!
- Fala assim não, meu docinho de côco! Assim vc deixa seu gato aqui maluco.
- Meu chocolate!
- Fala, minha vida!
- Te amo, tá? Meu brigadeiro.
- Eu amo mais. Minha moranguinho!
- Não. Eu que amo! Meu pudim!
- Eu que amo. Vou desligar.
- Te amo! Desliga.
- Não, desliga você...
- Desliga você primeiro...
....


Falem a verdade, vendo o diálogo acima dá ou não uma vergonha alheia? Confesso que tem horas que tenho vontade de pular no pescoço de uma pessoa dessa e mandar parar de frescura...
É tanto doce que um diabético morreria de uma crise de hiperglicemia só de ler... É tanta melosidade que dá nos nervos. E minha vida? VIDA é o fim, né? Mas acontece... E muito!

Os apaixonado têm dialeto próprio e só quem está apaixonado entende o que essas demonstrações EXAGERADAS de carinho significam. Não temos o direito de julgá-los se não estamos no lugar deles. Estar apaixonado é ser ridículo, ser redículo é estar apaixonado. Pode chamar de cafona, de brega, de piegas... Quem ama não está nem aí pra o que os outros pensam.

De pensar que eu também já fui assim... Não com esse exagero, mas fui.

Verônica

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meu Nome É Liberdade


(by Cinthya)

Um dos maiores presentes que Deus deu ao homem quando o criou foi o seu livre arbítrio, a condição de escolha, de opção ou ainda, como prefiro chamar, a liberdade. Liberdade de seguir ou de ficar. Liberdade de querer ou recusar. Liberdade amar ou odiar. Liberdade de pedir ou doar. Falar ou calar. Chorar ou sorrir. Gemer ou gritar.
Poucas coisas me definem tão bem. Em poucas palavras eu encontro tanto de mim. É como se eu fosse a incorporação dela, a Liberdade. Dessa forma, não gosto de correntes, tenho pavor a elas. Não gosto de ser obrigada a nada. Gosto da escolha.
E assim eu sou em todos os campos. Assim eu sou em todas as áreas da minha vida. Quando quero, estou junto, amo, me dedico. No entanto, acabando o sentimento, se eu não me sinto mais feliz, então eu sigo. Numa boa, na normalidade, explicando que um ciclo foi fechado. Em contrapartida, se o meu sentimento não acabou, mas o dele sim, vou respeitar, vou chorar, vou sofrer, mas vou respeitar. Não vou insistir.
Uma coisa que a vida me ensinou foi saber a hora de tirar o time de campo. Reconhecer a derrota e aprender com ela. Saber que existem dois extremos e que nunca permaneceremos em um somente. A vida nos obriga a alternar. É inevitável que venhamos a estar nos dois. Um... Depois, o outro.
E livre eu continuo pensando, seguindo, vivendo. Choro e sorrio. Amo e desamo. Fico e vou embora. Grito e me calo. Vivo, vivo, vivo até que um dia não possa mais viver. Quero é sugar dessa história tudo o que puder. Quero beber da vida tudo que me for permitido. Quero chegar ao fim com a certeza de ter feito tudo o que podia para ser feliz. Não quero nenhuma página em branco no livro da minha história. Não quero nenhuma linha sem palavras e nenhuma palavra sem sentimentos.
Quero tudo. Quero o intenso. Quero a vida. Quero a liberdade que me foi dada um dia e que ninguém, jamais, tirará de mim. E que possamos todos viver em liberdade. Ainda que juntos, livres.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando um cliente vira refém



Minha via crucis com a aky começou em meados de janeiro quando resolvi cancelar minha assinatura. Recebemos uma proposta melhor e decidimos fazer um novo contrato em nome da minha mãe... Bom, os motivos que me levaram a pedir o cancelamento da assinatura da sky são irrelevantes e indiferentes. O fato é que, quando um cliente não quer mais o serviço ele liga pra central e cancela-o, certo? Errado! com a sky não foi assim. Liguei váaaaaaaaaaarias vezes e eles não cancelaram, me jogavam de um lado pro outro e me deixavam muito tempo na linha (houve vez uma que fiquei uma hora e vinte minutos e a ligação caiu, sem que eu falasse com o atendente). Em uma dessas benditas ligações uma atendente disse que o tempo médio de espera era de 40 minutos. Tentei pelo site, não consegui.

Como boa baiana que sou, fiz o que? NADA! Desinstalei a antiga, instalei a nova e deixei pra lá. Como diz o ditado: "Joga pra cima que Deus segura" Foi exatamente isso que fiz. Agora a sky me liga um dia sim o outro também fazendo propostas para que eu pague meu débito. Que débito? Se eu paguei a ultima fatura e não usei mais, pedi o cancelamento.

Na ligação que recebi ontem a atendente me aconselhou a "pagar o débito para evitar um problema maior" Não vou pagar! Pago pelo que devo, pelo que não devo, não pago. Eu conheço meus direitos. Cumpri minhas obrigações no tempo vigente de contrato, não sou obrigada a continuar. Sei que o tempo máximo de espera por um atendimento é de, no máximo, 8 minutos. Eu fiquei 80 e eles não cancelaram.

Ameacei processo e pedi que colocassem meu nome no serasa. Posso ter blefado, mas não vou  recuar. Essas empresas abusam justamente porque os consumidores não fazem valer os seus direitos, alguns nem os conhecem. Os consumidores são condecendentes e complacentes, por isso são lesados.

Eu não vou pagar a sky. Não vou pagar. Não vou!!
Se eles colocarem meu nome no serasa vou no Procon.
Se algum advogado ler esse post, por favor, me diga se eu estiver errada.

Verônica

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Na Dose Certa


(by Cinthya)

Nem tanto e nem tão pouco. Essa afirmativa define bem o que busco pra que meu equilíbrio aconteça. Não preciso de rios de emoções, apenas as emoções necessárias para que vida tenha cor e brilho. Quero lágrimas e sorrisos, mas tudo na dose exata para que eu sugue de cada um a sua essência, a sua beleza.

Quero noites e quero dias. Quero o luar enfeitando nossos corpos despidos na dança sensual do amor. Quero o calor do sol avisando que chegou a hora de acordar e continuar a rotina desse dia-a-dia de correrias intermináveis. E por falar nelas, quero também alguns atropelos na vida, alguns problemas que me ajudem a pensar e analisar mais à fundo as coisas, que me obriguem a ir mais fundo em mim mesma na busca de suas soluções, mas que eles também sejam na dose certa e não em overdoses como têm surgido.

Também preciso da calmaria, para que eu possa simplesmente deitar, fechar os olhos e ouvir o mar com sua melodia renovadora, desafiadora, encantadora. Quero muito, na medida exata, que os encontros e despedidas se alternem e que os desencontros também aconteçam, para que assim, o novo sempre encontre espaço para surgir.

Quero também chorar um amor perdido, partido, desiludido. Quero sentir, mas não em exagero, o coração despedaçar de dor pelo fim de uma história. Na mesma proporção, desejo sentir a química mágica que apenas alguns olhares, alguns sorrisos, algumas mãos conseguem despertar em mim. Quero, na dose certa, o novo pronto para ser explorado.

Quero o silêncio de um lindo entardecer e quero o barulho de uma noite no barzinho. Quero poder ficar só e quero a casa cheia de amigos. Quero dormir sem hora pra acordar e quero ficar acordada sem hora pra ir dormir. Quero me achar e quero me perder. Quero gritar de raiva e quero gargalhar por bobagens ditas.


Quero o intenso e quero o sereno. Quero o forte e quero o sutil. Quero o fogo e quero a água. Quero tudo se alternando em mim. Quero tudo se derramando nas páginas em branco que disponho a cada amanhecer. Quero palavras escritas, lidas, cantadas, declamadas e quero também frases ditas apenas com abraços, gemidos e olhares.

Eu quero o mundo na dose certa. Na medida exata. Para que nada seja tão amargo que me deprima ou tão doce que me enjoe. Pois a única overdose permitida pra mim, é a overdose de Amor!

domingo, 15 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

O caderno


Ele vem se tornando meu companheiro inseparável nessa nova fase da minha vida, por isso, não tinha música melhor para compor o fundo musical do meu final e semana.
Com vocês, Toquinho!

Verônica



O Caderno
Toquinho

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-a-báEm todos os desenhosColoridos vou estarA casa, a montanha, duas nuvens no céuE um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colegaSeus problemas ajudar a resolverTe acompanhar nas provas bimestraisVocê vai verSerei de você confidente fielSe seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigoVou lhe dar abrigoSe você quiserQuando surgirem seus primeiros raios de mulherA vida se abrirá num feroz carrosselE você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mimComigo ficará guardadoSe lhe dá prazerA vida segue sempre em frenteO que se há de fazer
Só peço a você um favorSe puderNão me esqueça num canto qualquer

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Que Alguém Me Chame


(by Cinthya)

Para encher de energia boa essa atípica Sexta-Feira 13, posto para vocês sentimentos expostos em versos... Poesia é sempre bem vinda... Poesia é sempre soberana onde quer que esteja... Poetas são doutores da alma... Entendem tão perfeitamente até aquilo que nunca sentiram... Poetas invadem a nossa vida, o nosso corpo, o nosso coração... Poetas são assim, meio loucos... Meio sábios... Meio... Poetas são sempre MEIO... Metades na busca eterna pelo que lhes complete... E nessas linhas inversas da vida a poesia nasce no sorriso do poeta juazeirense, Mário Pires, que nos presenteia com seu belo trabalho.


QUE ALGUÉM ME CHAME

Onde houver alegria, que alguém me chame...
para que junto possamos liberar inúmeros sorrisos...
e fazer daquele instante, um momento único em nossas vidas.
Onde houver amizade
, que alguém me chame...
para que possa abraçar e ser abraçado por um grande amigo.
Onde houver carinho
, que alguém me chame...
para extrair de mim, o melhor que eu possa dar.
Mas onde houver lágrimas
, que alguém me chame...
para que juntos possamos derramá-las e enxugá-las posteriormente.
Onde houver triseza
, que alguém também me chame...
para que, com fé, possa levar forças positivas e trazê-la à alegria.
Onde houver dor
, que alguém me chame...
para dividirmos, ainda que em pesamentos, e amenizar a dor.
Onde houver
, que alguém me chame...
para de joelhos dobrados ou não, unamo-nos e pról do bem.
Onde houver amor
, que alguém me chame...
para compartilhar toda paz que o amor trás e admirá-lo
como o maior bem que alguém possa ter.
E onde você estiver
, para que possamos estar juntos
nos momentos de alegria, amizade, lágrimas, tristezas,
dor, fé e amor... que alguém me chame.


(Mário Pires)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Erro



Ainda tem gente que diz que blog é bobagem e coisa de adolescente, né? Outros, desavisados, acham que na internet só tem porcaria... Pobre ilusão! Assim como tudo na vida, na internet e no universo dos blogs, em especial, é preciso garimpar e separar o joio do trigo.Tem bobagem sim, mas tem muita coisa boa.

E então, foi nesse mundo virtual e bloguístico que conheci e passei a acompanhar a linda, jornalista, poeta, blogueira e mamãe do ano Isolda Herculano que nos levou essa semana à reflexão sobre um assunto bastante polêmico; O Erro. Ela encontrou, e compartilhou conosco, um achado no site da revista época. Uma coluna chamada Meu Erro que merece ser lida.

São profissionais de vários setores e áreas distintas que obtiveram o sucesso, hoje são admirados e respeitados por muitos, mas reconhecem publicamente o que consideram o grande erro de sua trajetória.

Essa matéria serve apenas para reforçar a idéia de que todos, sem exceção, são passivos ao erro. E a atitude do errante em questão é que vai determinar o sucesso ou fracasso de sua história. A chance de começar de novo fazendo diferente só chega acompanhada do erro.

Muitas vezes, diante de uma adversidade nosso primeiro pensamento é desistir. Nossa vontade é de jogar tudo pro alto. Alguns, conseguem parar e pensar. Deixar as coisas se acalmarem e extrair do erro a experiência necessária para a próxima tentativa. Outros, pobres coitados, vestem a máscara de vítima das circunstâncias e passam a se mal dizer...
Bom, o final da história de cada um a gente até consegue imaginar.

Portanto, meu conselho hoje é: Leiam a matéria, reflitam sobre seus erros e acertos e aproveitem a chance de recomeçar.

Verônica

quarta-feira, 11 de abril de 2012

P E R I G O !


(by Cinthya)

Todos os dias eu ando de moto. Não porque eu gosto. Não porque é o meu meio de transporte preferido. Não porque eu julgue ser seguro. Não. Eu ando de moto todos os dias porque preciso mesmo. O meu trabalho é uma tremenda contramão da minha casa e a moto, ou Moto Taxi acaba por ser o meio mais conveniente a ser usado para essa minha locomoção diária.
Eu ando tão tensa numa moto, mesmo sendo carona, que chego ao destino com o corpo doído de tanta tensão, te tanto susto que passo, de tanto medo. Já senti carro freando nas minhas costas, mas tão próximo que cheguei até a encomendar a minha alma ao Senhor (risos). Hoje o condutor atendeu o celular, pilotando. Achando pouco ele ultrapassou um caminhão na faixa contínua, falando ao celular e próximo a uma lombada. Então eu precisei explicar para ele que o meu destino era o trabalho e não o IML. Ele riu e disse que sabia o que estava fazendo.
Quinta-feira passada um colega de trabalho que insiste em pilotar moto sem habilitação e sem prática sofreu um acidente de moto, porque, se já não bastasse não ter habilitação, não ter prática, ainda bebeu muito álcool e foi pilotar em alta velocidade. O resultado não poderia ser outro, não é mesmo? Isso não é lógico? Não é óbvio? Pra mim é óbvio até demais. Mas para os Senhores Pilotos de Motocicleta isso não é tão óbvio assim. Eles têm algo dentro deles que inflama o ego de super-heróis! Eles acreditam que ainda que bêbados, ainda que de moto, ainda que em alta velocidade, não cairão. E, se caírem, não se irão se machucar.
Meu colega está vivo, ainda bem. Mas outro cara, colega de minha parceira de blog que também aderiu à casadinha suicida (bebida + moto) não teve a mesma sorte. Pagou com a vida o preço desse deslize. Descobriu que não existe super-herói coisa nenhuma. Descobriu que não tinha super poderes nenhum. Percebeu que não tinha mais reflexos suficientes para evitar um trágico acidente. Ele percebeu que errou. E o preço a ser pago por esse erro foi a vida. Um lindo rapaz com um futuro todo pela frente acabou ali.
Meu Deus, é tão óbvio. Moto é tão perigosa, infinitamente mais perigosa que carro. Qualquer queda você se machuca todo, você se quebra todo. E se não bastasse esse alto grau de risco, ainda bebem (muito) antes de pilotar. E anda correm muito ao pilotar.
Esqueçam o ego. Esqueçam esse lance de se sentirem grandes : “Eu sei pilotar. Eu consigo. Eu estou bem. Comigo nada disso acontece”. Esqueçam. Tenham a humildade de assumir que não têm condições. Entreguem a moto a alguém que possa conduzi-los com segurança. Por que vocês podem errar, o álcool acentua essa margem, e o preço a ser pago pelo erro é muito alto. Depois de morto, ninguém terá chance de voltar atrás e fazer diferente.
Se for beber, deixa a moto em casa.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pra ser sincera...


... não espero de você mais do que educação...

Hoje eu li um texto no blog das minhas amadas musas inspiradoras do 3x30 que me pôs a refletir sobre a sinceridade. No texto, a convidada contava que saiu do armário e se declarou gay para a mãe que ficou arrasada. Disse também, que apenas dessa parte da vida ela havia se arrependido. Poderia ter poupado a mãe de muito sofrimento se não fosse esse ataque, que chamou de sincericida.

Noutro dia, li a história de separação de um casal porque o marido teve um surto de sinceridade e confessou para a mulher que estava num prostíbulo gastando o salário do mês. Conheço a história de uma menina que perdeu a amizade do melhor amigo porque se declarou apaixonada por ele. A amizade deles esfriou a ponto de se afastarem. Algo natural, lento e bem doloroso.

Enfim... diante de tantas perdas irreparáveis por causa de uma confissão, ou por assumir uma postura, eu pergunto: será que vale a pena ser assim tão radical? Eu já me declarei corajosa e sou. Mas, confesso que fiquei pensativa sobre a questão de falar sempre a verdade nua e crua, doa a quem doer, custe o que custar. Não tô levantando a bandeira da hipocrisia nem fazendo apologia ao fingimento. Não estou dizendo que seria mais nobre ou bonito fingir ou mentir... Mas, não seria melhor calar a magoar?

Não seria melhor se a garota lésbica tivesse ficado quieta e fosse preparando o terreno aos poucos antes de jogar essa bomba no colo da mãe conservadora? E quanto ao casal, se o marido dissesse que estivera num bar com os amigos não teria sido menos humilhante para a esposa? E a menina que perdeu o amigo e o amor? Não teria sido mais prudente que ela guardasse o sentimento para si, ou, não impusesse já que não sentia reciprocidade??

Então me pergunto: Será que tanta sinceridade é mesmo necessária?

Já magoei tantas pessoas que amo e que me amam (essa é a parte que mais dói), já ofendi e aborreci tantas outras com essa mania de ser sincera ao extremo. E muitas vezes me perguntei 'para quê?' Já perdi tantas oportunidades onde deveria ter escolhido o silêncio... Quando aciono o gatilho da verdade sei que do outro lado farei uma vítima, então, por quê o faço? Já me arrependi tanto por ter sido sincera demais. Existem coisas que são tão óbvias que se não viessem à tona por mim, com certeza, viriam de outra forma. Então, por quê por mim?

Quem nunca ouviu as pérolas "você é a pessoa certa na hora errada." Ou " somos de mundos diferentes." Não sabe o peso de uma verdade mal dita. Ou, de uma mentira sincera, vai saber...  Tenho pra mim, e não é de hoje, que esse lance de sinceridade não é pra todo mundo não.

Ah! Antes que eu me esqueça. Só pra constar. E que fique claro: mentiras sinceras não me interessam...


Verônica

segunda-feira, 9 de abril de 2012

09 de Abril!


(by Cinthya)

Hoje é dia de Cinthya!
Fechei mais um ciclo e outro se abre para ser vivido intensamente.
Hoje quero agradecer a Deus por todos os presentes maravilhosos que recebi no decorrer desses 36 anos.
Quero aqui agradecer por tudo de muito rico que eu tenho na vida, inclusive quero agradecer pela vida em si. Agradecer pelas minhas manhãs, pelo cheiro do meu lar, pelo cheiro dos meus pais, pela benção que recebo deles todas as manhãs.
Quero agradecer pelos meus irmãos amados e tão unidos. Agradecer também pelos nossos elos tão firmes e tão sinceros.
Quero muito agradecer pelo meu filho, meu lindo filho. Uma criança que veio para trazer luz para minha vida, para o nosso lar.
Agradeço pelos amigos, aos de longa data, aos recém-conquistados. Agradeço a todos pela atenção e pelo carinho. Pelos abraços, pelos conselhos, pelos puxões de orelha quando necessário. Agradeço pelos porres juntos. Agradeço pelo café amargo pra curar a ressaca. Agradeço pelos ouvidos emprestados para ouvirem minhas lamúrias amorosas. Agradeço por me amarem de forma tão sincera. Amigos são amigos. Tesouros maravilhosos.

Agradeço também por todos os tombos que levei, pelas quedas, pelos passos errados, pelas decisões equivocadas. Tudo isso teve uma importância ímpar no meu desenvolvimento enquanto pessoa. Agradeço por quem tentou atrapalhar meu meio de campo, essas pessoas também tiveram e têm sua importância na minha vida, no meu crescimento.
Obrigada Deus, por tudo, por tudo que o Senhor me deu nessa vida. Quantas vezes eu penso que nem mereço tanta coisa... Quantas vezes eu agradeço tão sentidamente. E não me canso de agradecer. Obrigada, Deus. Muito obrigada!
Meu nome é Gratidão.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

É Sexta da Paixão!


(by Cinthya)

Então hoje é feriado... Aqui no nordeste tem um sabor todo especial, dia de almoço em família, dia de seguir certas restrições (pros mais católicos), dia de repensar muitas coisas, dia onde os valores falam mais fundo ao coração.

Sexta Feira Santa ou Sexta da Paixão é um dia gostoso. E se fosse para eu defini-lo em uma palavra seria "Família". E é assim que eu gosto de curti-lo, com a família reunida. Muito peixe, vinhos e muito amor, como tem que ser.

Que a renovação esteja presente em nossas vidas. Que a liberdade alcance os corações aprisionados.

Um bom feriado a todos! E licença... O bacalhau com batatas e azeite que a minha maezinha está preparando já ficou pronto e eu vou degustá-lo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eu tenho medo...



Eu tenho medo da solidão... Mas, tenho medo de imaginar uma vida ao lado de alguém.

Tenho medo do amor... Mas, tenho medo do vazio que a ausência dele provoca no peito.

Tenho medo da chuva... (Por traumas. Motivos que conto em outra oportunidade)

Tenho medo de fracassar... Mas, nem me imagino não tentando.

Tenho medo de me apaixonar, entregar meu coração e sofrer novamente, mas tenho medo de não sentir as borboletas no estômago, o suor nas mãos e a tremedeira que essa sensação provoca.

Tenho medo de me magoar com as pessoas que amo, e acabo me magoando...

Tenho medo magoar as pessoas que amo, e acabo magoando...

Tenho medo do futuro...

Tenho medo da morte, medo do incerto, medo da mudança...

Tenho medo de barata...

Tenho medo de não alcançar meus objetivos e não ter forças para continuar perseguindo-os...

Tenho medo de tanta coisa!

Sentir medo é inerente ao ser humano. É normal!

Ser tolhido ou esmagado por esse medo, não. Deixar de andar por medo de cair é covardia. Deixa de sorrir por medo de chorar é loucura. Deixar de tentar por medo de fracassar é incoerência.

Medo é prudência, faz você pensar duas vezes antes de agir. Te impede de tomar decisões precipitadas e agir por impulso. Te mostra os prós e contra de uma determinada situação. É positivo se for moderado.

Por mais forte que a pessoa seja, e por mais que ela não admita, ela sente medo sim. Os fracos se recolhem por causa do medo, os fortes enfrentam todos eles e na maioria da vezes os vence.

Eu sou medrosa sim, mas sou corajosa o suficiente para assumir meus medos, identificar e encarar todos eles.

Verônica

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ele Me Faz Tão Bem!


(by Cinthya)

Sabe quando aqueles dias em que tudo o que você mais queria era sumir? Enfiar a cabeça num buraco. Viajar pra bem longe. Trancar-se no quarto, ligar o som e não ouvir nada além do que você quer ouvir. Aqueles dias onde o peso do mundo recai sobre as suas costas e você se sente percorrendo a via crucis numa tortura sem fim.
Existem dias assim, onde nada é legal, onde o trabalho não colabora, onde todo mundo deixou os problemas acumularem e resolveram, em comum acordo, me trazer tudo de uma vez só em busca de uma solução urgente. Então era assim que eu me sentia ontem. Sonhando em poder desfrutar de paz, com o corpo cansado, pesado. Com a mente cansada, pesada. Sorriso escasso. Olheiras em evidência. Em outras palavras, eu estava a cara da feiura.
Mas o celular toca e bastou eu ver o nome no visor para o coração pular. Então ele fala: “Oi, Meu Amor”. Pronto, a luz começou a voltar. Bastou conversar com ele para que as coisas mudassem de cor. É como se o simples fato da voz dele adentrar meus ouvidos já fizesse meu jardim se cobrir de flores e é exatamente assim que me sinto quando ele está por perto: um jardim repleto de flores. Uma manhã de primavera.
Ele tem esse poder. Ele tem o poder de me transformar do vinagre para a água pura e cristalina (e potável, claro). Ele consegue me abraçar de uma forma que me faz sentir que nada no mundo me atingiria. Ele me fala tanta coisa linda, me faz tanto carinho, me faz entender que nada é mais lindo que se deixar ser amado e amar.
Algumas vezes eu tenho tanta necessidade de tê-lo, mas tanta necessidade que sinto meu peito comprimir em saudade, em vontade. Ele me protege. Ele me enaltece. Ele sabe amar. Ele cede. Ele apoia. Ele escuta tudo o que eu falo e depois, anos depois, ele ainda lembra. Ele tem a delicadeza de parar o carro numa rua agitada, só pra comprar um par de brincos que viu na vitrine e que, segundo ele, foram feitos pra mim. Ele me escuta brigar e depois me abraça com aquele sorriso de quem entende que eu precisava desabafar.
Ele é assim, único. E me faz um bem tão grande. E me traz tanta sorte. E clareia meu dia, me enche de paz. Ele é assim mesmo. Quando estamos juntos o universo conspira para que a felicidade aconteça.
E o que mais posso desejar além de “Que seja eterno enquanto dure”?

terça-feira, 3 de abril de 2012

Vamos Combinar?


Ok! Já sei que você é comprometido e que não vai acontecer nada entre nós, além de amizade. Apesar da química absurda que nos envolve e que todos ao nosso redor conseguem perceber. O não envolvimento eu já entendi, só não entendi, ainda, o porque de tanta aproximação. Então, vamos organizar isso?

Diante dos fatos, me sinto no direito de impor algumas condições para proporcionar uma boa relação, já que temos que conviver diariamente. Querendo ou não...

Vamos às proibições:

Você está proibido de me chamar de apelidos carinhosos, peço que  me chame pelo meu nome e no tom mais formal que puder. 

Te proibido de passar a mão nos meus cabelos ou me fazer qualquer elogio. Aliás, qualquer toque entre nossos corpos está proibido. Até um simples e despretensioso aperto de mãos pode disparar o gatilho dos meus devaneios. E elogios é covardia, né?

Outra coisa que você está proibido de fazer é ligar pra mim. Principalmente quando puder tratar o assunto por email ou msn. E está mais proibido ainda de, nessa mesma ligação, admitir que poderia ter tratado por msn, mas ligou porque queria ouvir minha voz... Aí já é demais pra mim.

Peço que pare de olhar pra mim com olhos de promessas, depois sorri como quem nada quer...

Não seja gentil, nem cuidadoso, nem atencioso e muito menos carinhoso.

Não sorria pra mim. Aquele sorriso tímido que eu acho lindo.

Não use aquele perfume que eu adoro!

Não use aquela camiseta azul que é a minha favorita.

Não me deseje um bom final de semana. Nem conte perto de mim suas experiências amorosas.

Eu te proíbo de me acusar de radical. Já que não posso ter você, posso pelo menos escolher o que eu não quero. E essas proibições são para preservar a minha integridade emocional e física.

Verônica

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um Dia Daqueles...


(by Cinthya)

Hoje é um daqueles dias... Aqueles dias onde eu não consegui arrancar de minha mente uma ideia a ser desenvolvida aqui, não consegui me concentrar em algum assunto para ser abordado, esmiuçado, exposto. Hoje eu não consegui. Sinceramente eu não consegui.

Por muitas vezes eu sento em frente ao micro e as palavras, como num passe de mágica, aparecem na minha mente e eu as lanço na folha em branco e elas vão dando forma, cor e vida aos pensamentos meus. Ao término é delicioso ver que mais um texto nasceu, mais uma fotocópia da minha alma foi ao ar.
Mas hoje não deu. Hoje estou cansada e se pudesse estaria ainda dormindo. Hoje estou sem ideias madura para serem desenvolvidas aqui. Pensei, pensei e não consegui extrair nada. Nem sobre amor, nem sobre dor, nem sobre amigos, nem sobre ciúmes, nem sobre traição, ou paixão. Nada. Não consegui concluir nenhuma ideia. Não consegui amarrar um parágrafo ao outro. As ideias vieram soltas e nada nesse mundo conseguiu uni-las. Não deu.

É uma sensação ruim pra cacete. Você fica olhando a tela em branco. O cursor piscando, esperando ansioso pelas palavras que você não escreve, as palavras que você não expele, as palavras que sumiram de sua mente. E o tempo vai passando... Você tendo que honrar o compromisso... A pressão aumenta... Mas, não adianta.
Hoje, infelizmente, eu não consegui. Perdoem-me, por favor.