sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Casa De Ferreiro, Espeto...


(by Cinthya)

De Ferro!

É muito bonito a gente desenvolver uma teoria sobre as coisas que nos rodeiam, sobre como devemos levar a vida, sobre como devemos agir diante de determinadas coisas. É legal defender nosso ponto de vista em relação àquilo que nos move, que nos atinge, que nos eleva ou nos rebaixa. Ter firme dentro de nós a força que precisaremos usar quando o chão nos faltar por um ou outro motivo.

A gente passa para os outros aquilo que achamos ser o correto. Mas um dia o problema chega pra gente, inesperado, indesejado. Chega e abala as estruturas que vinham, até então, sustentando nosso eu e dando firmeza aos passos. Mantendo-nos retos na estrada da vida. A gente vai pisando com passos fortes, até que, de repente, os nossos pés não encontram mais o chão.

E então? Desespero ameaça chegar no pedaço e a gente até estremece, mas lembra imediatamente de tudo aquilo que sempre defendeu, que sempre pregou. E vê-se obrigado a seguir à risca as suas próprias propostas. Como se fosse a aula prática de uma teoria escrita detalhadamente numa grande enciclópedia.

E se alguém pensa que na casa dessa ferreira o espeto é de pau, engana-se plenamente. Aqui se faz o que se fala. Se o chão faltou e precisarei cair no abismo, cairei tendo a certeza de chegar em algum lugar e que nesse lugar terei toda chance de recomeçar do zero, (re)construir, (re)organizar, (re)fazer, (re)modelar. Se o sol se pôs bem ali na minha frente, esperarei o luar e me encantarei com ele, na mesma proporção de alegria e euforia que me encantei com o brilho e calor do sol.

Faço questão de usar minhas situações “desfavoráveis” como laboratórios para minhas ideias de vida, de felicidade, de superação. Fechou-se uma porta, abriu-se, em algum lugar, uma janela, uma outra porta, uma fresta que seja. Qualquer raio de luz já me serve para guiar-me no novo rumo que terei que tomar. Se o leite derramou, eu posso até chorar, mas choro com um pano nas mãos, limpando o fogão e lavando a panela. Nada de bagunça.

Aqui é casa de ferreiro e o espeto é de ferro, da melhor qualidade. Eu não me entrego fácil. Meu sorriso é teimoso que só ele. Não baixo a cabeça. Problema aqui é pra ser resolvido e não idolatrado. Se algo não deu certo, mudo o ângulo, escolho outro foco, troco de óculos, faço o que precisar fazer para ver o lado bom que, eu sei, existe.

Vou dar leveza. Não vou desanimar. Tá pra nascer um problema pra derrubar essa "Negalôra". Eu escolhi ser forte. Se acabou uma coisa boa, é porque, tenho plena convicção, outra melhor está para acontecer e eu não vou permitir tristezas atrapalhando o andar da minha carruagem.

Tenho compromisso firmado com a felicidade!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Cultura Organizacional



Dia desses na faculdade, a professora que ministra as aulas de Comportamento Organizacional levantou a seguinte questão: É possível um funcionário fazer carreira e crescer em uma empresa cujos valores divergem dos seus?

É uma questão interessante e a discussão foi extensa. Alguns defenderam a máxima que "o dinheiro entrando está bom demais" outro acharam improvável e não tem dinheiro no mundo que motive um colaborador a trabalhar em uma empresa que ele não se identifica.

Aí eu fiquei me perguntando: será possível que um ser humano conseguiria passar anos e anos, acordando cedo, saindo de casa e passando a maior parte do seu dia em um lugar onde ele não se identifica? Será que ele conseguiria defender ideais que divergem dos seus? Será que ele conseguiria, de fato, vestir a camisa de uma empresa que possui valores que vão totalmente de encontro aos seus? Será que conseguiria defender argumentos que ferem os seus? Será que ele conseguiria apoiar e vender idéias que ele não acredita?

Até que ponto o dinheiro determina o caráter de uma pessoa? Até que ponto um profissional colocaria na gaveta tudo que acredita, tudo que acha certo, tudo que seus pais ensinaram para defender o pão-nosso-de-cada-dia? Até que ponto um homem se anularia para garantir o tão sonhado status de "Bem sucedido profissionalmente?"

Eu sinceramente não consigo imaginar. Não consigo acreditar que isso seja possível. Não vejo um incentivo que justifique tal contradição.

Gostaria muito de saber a opinião de outras pessoas a esse respeito.

Verônica

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Minha Parte Na História


(by Cinthya)

Recentemente fui criticada por assumir que tenho muitos momentos de felicidade, tantos que posso me considerar uma pessoa feliz. Sempre defendi a bandeira de que felicidade não é um estado estático, ela é efêmera e cabe a cada um saber aproveitar os pedacinhos dela que surgem (por que eles surgem). Então, por conta desse meu ponto de vista, julgaram-me alienada, utópica, Cinderela.

Mas eu não vivo em contos de fadas e nem creio naquilo que não existe. Tudo o que eu falo é comprovado pela minha existência, pelas minhas experiências. E, sinceramente, eu não sei que vergonha as pessoas têm de assumir sua felicidade.

Se o mundo está errado, se os corruptos estão à solta, se o crime está mais organizado do que a polícia, enfim, se muita coisa está desandando, existe, em paralelo muita coisa andando nos trilhos certos e são justamente essas coisas certas que me dão a liberdade e a segurança de me considerar feliz. E isso está longe de significar uma alienação da minha parte em relação ao que está errado.

Acredito que a mudança deve acontecer dentro de cada um. Ela é individual, para então alcançar o geral. Não saio nas ruas gritando por direitos ou escrevo textos falando sobre política e politicagem, não dirijo greves e nem organizo invasão de localidades em prol de algum direito usurpado. Não. Eu não faço isso.

A minha parta na história da mudança é fazê-la surgir de dentro pra fora. É fazer as pessoas acordarem antes de precisar tomar medidas mais duras. A minha postura diante de tudo o que está errado é respeitar o próximo e suas escolhas, é não ter preconceito com a opção sexual dos outros, com a religião dos outros, com a cor da pele dos outros.

A minha postura é respeitar o espaço alheio. É educar meu filho da forma que eu julgo ser a mais sensata. É passar para ele valores sólidos que possam servir de alicerce para uma moral firme. Eu não jogo papel de bala no chão, eu não jogo coco vazio na praia. Eu não quero pra mim nada além do que seja meu.

Eu honro minha família. Eu amo os meus amigos. Eu sei ouvir e sei falar. Eu dou “bom dia” aos meus vizinhos, embora não conheça todos eles. Eu ajudo pessoas desconhecidas que passam por alguma necessidade. Eu não me importo em ceder minha vez na fila para quem está com um pouco mais de pressa.

Ah! Eu também choro, eu também xingo, eu também tenho momentos de falta de paciência. Nunca fui santa e não desenvolvo nenhuma vocação para isso. Mas eu tento fazer o meu melhor. Eu tento deixar nas pessoas sempre o meu melhor, a melhor impressão. Eu procuro errar menos possível. Procuro ser imparcial até ouvir os dois lados da história.

Essa é a minha parte na vida. Tentar despertar o melhor das pessoas e se eu conseguir fazer isso, quem sabe, conseguirei trazer mais sorrisos e menos ódio e com mais sorrisos e menos ódio as pessoas amam mais, matam menos. Partilham mais e roubam menos. Vivem mais e sofrem menos.

Cada um usa as armas que tem na luta por uma sociedade melhor. A minha é essa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chuva



Senhor, tenha misericórdia de nós e mande chuva. O calor escaldante que está fazendo está consumindo nossa saúde, a umidade relativa do ar está cada dia mais baixa e a dificuldade de respirar é grande.

O lago de Sobradinho está com menos de 50% da sua capacidade. O sertanejo está vendo o gado morrer de sede, os açudes secando, a colheita já foi comprometida faz tempo.

Eu sei, Senhor, que Tú sabes de todas as coisas, sei também que não nos dar um fardo maior do que podemos suportar. Mas eu te peço misericórdia! Misericórdia do pai de Família que precisa garantir o sustento da família e depende da lavoura pra isso. Misericórdia das famílias que há meses não vêm água nas torneiras. Misericórdia dos animais que estão morrendo de fome e sede.

Ah, Senhor... O sol se faz presente em 80% do ano, manda chuva, Óh Pai! Eu te imploro! Manda chuva pra abrandar esse calor impiedoso. Manda chuva para vermos o verde brotar nas plantas outra vez. Manda chuva pra encher os açudes e lagos. Manda água dos céus pra suprir as nossas necessidades. As necessidade que Tu conheces.

Espero, meu Deus! Que Tu não se zangues com meu apelo! Espero que por misericórdia o senhor nos abençoe com a chuva tão esperada. Espero que nenhuma criança chore mais de fome ou sede. Espero que nenhum pai, nenhuma mãe se desespere ao ver tanta seca e desolação. Que chegue o tempo de fartura e que possamos enfim respirar aliviado. O nordeste não aguentará mais tantos meses de estiagem.

Essa é a minha súplica, Senhor!!!
Tens de misericórdia de nós!

Amém!

Verônica

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Cara


(by Cinthya)

Em tempos de banalização do amor, onde as pessoas se usam e se abusam num piscar de olhos, onde a sensualidade beira a barreira dos limites da moral. Em tempos onde a gente vê tanta gente só, embora bonitos, jovens e desimpedidos. Em tempos onde a gente vê pessoas fugindo de ações e relações que possam significar algo mais sério. Em tempos onde a moda é beijar, ficar e não se apegar a gente pensa: ainda existe amor?

Em saídas na noite encontramos pessoas perdidas, principalmente de si próprias, sem expectativas. Sem planos que cheguem além de uma noite de sexo apenas. A moda é estar desapegado. A moda é ser pegador. Está em alta quem opta por não levar a sério esse papo firme de amor. O amor ficou démodé, careta, ultrapassado, velho, encalhado. E encalhados ficaram também aqueles que, soltos no meio desse furacão, ainda esperam por ele, o amor.

Então chega um tal Rei a nos falar cantando sobre um Cara (O Cara) e acende na gente uma vontade imensa de encontrar essa pessoa incrível, que vai dividir com a gente histórias únicas, que vai contribuir com uma parcela imensa de beleza na nossa vida. Que vai fazer o sol brilhar com mais luz, com mais calor. Que vai fazer o coração, antes tão quieto e calado, vibrar ao ouvir seu nome. Que vai fazer o estômago entrar em colapso quando ouvir sua a voz.

O cara que vai te deixar com cara de boba, sorrindo sozinha pelo simples fato de recordar os momentos vividos juntos ou ainda, que vai te deixar calada e pensativa a planejar o que poderão viver na próxima vez que se encontrarem . Que faz você ter ainda mais vontade de ficar ainda mais bonita. Que faz você ficar de bem com a vida, embora chovam problemas em sua volta.

É. Esse Cara é diferente! Tem uma pegada diferente. Tem algo de menino nele e tem algo de herói também. Ele escala os muros de sua resistência e adentra seu castelo tão protegido, invade sua alma e faz morada lá dentro. Faz você entender que aquele amor que você julgou nunca mais viver, ainda pode e deve ser vivido. Que não precisa ter tanto medo, tanta auto-proteção. Ele está ali para dividir com você as coisas boas, mas as intempéries também.

Esse Cara chega sem pedir licença e faz você voltar à vida. Ele manda mensagens justamente na hora em que você está pensando nele. Ele tem o poder quase impossível de te surpreender. De fazer você sorrir com algo engraçado, de fazer você se corroer de vontade de abraça-lo, de sentir seu cheiro, de deitar no seu leito, de se entregar por completo, de se jogar sem nem pensar no que vai dar. Fazer amor por amor e pronto. Sussurrar, beijar, amar e depois acordar atrasados, mas felizes.

Sem promessas e sem juras a vontade se sobressai. O desejo de tê-lo chega a fazer o ar faltar. Uma pressão no peito, um frio na barriga. Borboletas soltas a voar dentro de si fazem a festa que somente esse estado de graça proporciona. Você decide permitir. Pela primeira vez depois de muito tempo você se permite, você esquece as feridas, pois O Cara sabe te tocar sem mexer nas cicatrizes finas.

Esse cara não tem medo de falar as coisas que sente. Não se importa em falar que adorou você e que quer ter você novamente. Esse Cara não tem medo de viver e deixar você fazer parte do seu mundo, conhecer, amar. Ele não se acanha em dizer: Quero ter você o máximo de tempo que puder ter. Ele é sincero.

Ele é diferente. Conseguiu enxergar sua alma , sua essência e entendeu que para adentrar sua vida e fazer moradia não basta ser um homem apenas, é preciso ser mais, é preciso ser O Cara.


sábado, 24 de novembro de 2012

Vida

Hoje temos a visita do Quim, um leitor pra lá de especial. Ele nos apresenta um texto onde aborda o seu ponto de vista em relação à vida na sua mais ampla concepção.

Cinthya


Vida

Se observássemos duas pessoas deitadas, lado a lado, com os olhos fechados, sendo que uma delas acabara de falecer sem que soubéssemos qual, ignorando-se o fato de que uma delas estaria respirando e outra não, seriamos capazes de dizer, de pronto e pela simples observação, qual estaria viva e qual não ?

Certamente, a simples observação visual, de pronto, não nos daria, sob este aspecto, nenhuma informação a respeito delas, tudo nos pareceria bem, normal, sem problemas com ambas, concluiríamos então, que ambas estariam, apenas, dormindo.

Mas, num segundo momento, se continuássemos observando-as, alguns detalhes observados começariam chamar a nossa atenção, ou seja, uma destas pessoas nos pareceria estar imóvel, não estar respirando. Se tocada, se mostraria sem pulso, sem batidas cardíacas perceptíveis, o que certamente nos levantaria a suspeita de algo errado ocorrendo com ela, mas, a não percepção destes sinais vitais, por si só, de pronto, não nos daria certeza alguma sobre seu estado verdadeiro; não saberíamos, por exemplo, desta sua condição, de já estar morta, contudo, poderíamos, diante da ausência dos sinais vitais, apenas suspeitarmos de algo mais grave, mas, sem certezas; para sabermos mais sobre o que estaria ocorrendo com esta pessoa, seriam necessários outros exames complementares, mais acurados, mais detalhados, mais especializados, o que, em principio, exigiria a presença de um Médico, o qual saberia fazer o correto diagnóstico.

Suspeitas, mesmo evidentes e fundamentadas, não significam, por si só "Certezas" !

Isto nos mostra, claramente, que a Vida, seja la o que ela for, é invisível aos nossos olhos , aos nossos sentidos, às nossas percepções físicas, mentais e sensoriais; a Vida só é percebida indiretamente, e através de evidencias, sinais e detalhes que se fazem presentes quando ela se manifesta, evidencias, sinais e detalhes estes, que desaparecem, dando lugar a outros, quando ela se “desliga” de um ser vivente. Em outras palavras, a Vida ou a ausência dela, só será percebida por nós por formas indiretas, através de sinais visíveis presentes, de exames físicos mais acurados para avaliação correta, tanto numa situação quanto em outra, em resumo: São apenas detalhes, sinais, detectáveis, que evidenciam a Vida ou a Morte. Isto vale também para os vegetais, também seres vivos, sejam quais forem.

Mas, o que é este algo imaterial chamado Vida ? Seria algum tipo de energia? Um poder? Talvez, quem sabe:? Viria de onde? De qual fonte ela emana? Do nosso Criador? Certamente !

Ocorre que, da vida só conhecemos seus sinais, suas evidencias sempre presentes quando ela se manifesta; sempre ausentes, substituídos por outros, quando deixa de se manifestar e cuja sua natureza intrínseca desconhecemos por completo!

De concreto, não conhecemos nada a respeito do que vem a ser este mistério que nos anima, o qual rotulamos por: Vida. Um mistério tão grande quanto a razão para estarmos aqui sobre a face da Terra.

Costumamos chama-la de Energia Vital, seria mesmo uma energia? Como nada verdadeiramente sabemos a respeito da natureza da Vida, do que realmente seja, o máximo que conseguimos a respeito dela, é especular, teorizar,supor, terminando por concluir superficialmente e sob premissas inconsistentes, sem certezas absolutas.

Vida !...Onde ela surgiu a primeira vez, em qual ser ela “estreou”, quando começou, de onde veio, como começou, qual o seu objetivo, só existiria na Terra? Existiria também, em outros lugares fora dela, habitando outras formas de seres? Quem de nós saberia responder a tudo isto?

Perguntas, para as quais não temos respostas, respostas estas, que certamente estarão com o nosso Criador, as quais, ele não deseja que saibamos.

Ao meu ver, seja la o que for isto que chamamos de Vida, sua natureza intrínseca seria única, não importa onde quer que se manifeste, ou forma física, especie do ser no qual ela se manifeste, seja este ser do reino vegetal, seja do reino animal, ou mesmo, alienígena, não importa, na terra, ou qualquer outro lugar no Universo, a sua natureza seria única, repito: Em qualquer lugar...

Um ser animado por Vida, seja ele qual for, também é chamado de ser vivente.

Sem a presença da Vida, este ser não passaria de um amontoado de material biológico disforme e inerte, pois um dos atributos da presença da Vida num ser, é o de manter a forma física e estética deste ser vivente, além manter ativos e funcionando todos os seus órgãos, todos os seus processos físicos , biológicos e mentais, com todas as suas funcionalidades inerentes. Sem a Vida, tudo num ser pára de funcionar e ele passa, imediatamente, para um processo irreversível de decomposição.

O que sabemos de concreto sobre a Vida, é o fato de que, ela, uma vez se separando de um ser vivente, jamais retornará a habitar este ser; enquanto isto, a matéria que compõe este ser, que por sua vez se desligou da vida, com a ausência desta Energia vital para anima-la, começará a se desintegrar e se decompor por completo, retornando, através de varias etapas, para a reciclagem final, até chegar aos seus elementos componentes primitivos básicos, se reintegrando posteriormente na natureza, em suas cadeias alimentares existentes e através das quais, voltarão a fazer parte do corpo de outros seres viventes futuros, os quais serão também, ao seu tempo ,os receptáculos para a Vida ...

Se nos fosse possível dosarmos a Vida que anima os seres viventes, ou seja, medi-la, avalia-la, quantifica-la de algum modo concreto, como fazemos com os pesos, com os volumes, com as distâncias, com as alturas, o valor, as quantidades da unidade que usaríamos para medirmos a Vida, que encontraríamos num elefante, seria maior, seria igual, ou seria menor do que as quantidades que encontraríamos num homem, ou num vírus ? Ou seja, uma mesma quantidade de Vida, um mesmo volume, um mesmo valor, não importa a unidade de medida empregada, seria encontrado em todos os seres viventes, sem distinção de tamanho ou espécie, ou para cada tamanho de ser haveria uma quantidade de Vida correspondente ?

Sou de opinião, que em termos absolutos, um dinossauro vivo, não teria um volume de Vida maior do que teria um vírus, ou uma célula, para ir ao extremo. Na minha opinião, sob este aspecto, em resumo, as “quantidades” de Vida presentes em todos os seres vivos, sem exceção alguma, seriam absolutamente iguais. Se, por exemplo, usássemos a gota como unidade de medida para a Vida, todos os seres viventes teriam as mesmas quantidades de gotas, nem mais, nem menos. Trocando em miúdos, se uma muriçoca tivesse uma quantidade de Vida correspondente, digamos, a uma gota, todos os demais seres vivos, indistintamente, teriam também, como quantidade de Vida, apenas uma gota. Alguém discorda? Estarei dizendo uma monumental besteira? Não sei, pode ser, mas, alguém terá como comprovar o contrario? Que eu estou errado? Será que tem? Se tiver, como não sou o dono da verdade, estou pronto a ouvir e mudar meu parecer se for o caso.

A Vida nos é dada de graça, e partindo deste principio, poderemos concluir que, perante as Leis Naturais que regem a Vida, quando a tiramos, não importa por qual meio, de um ser vivente, não importa qual, o tamanho, espécie ou reino, estaremos cometendo um crime contra a vida em essência, que será equivalente, de igual peso e consequência, a um outro crime que tenhamos cometido, ou que venhamos a cometer posterormente, contra um outro ser, seja ele de maior ou de menor porte, ou de outra especie, ou seja, pouco importa, se o novo crime que venhamos cometer seja contra uma Baleia, um ser humano, uma planta, ou mesmo que seja contra uma minúscula e invisível celula, as implicações, gravidade, peso e consequências deste novo crime serão iguais, pois na essência a natureza do nosso ato não muda com a natureza ou forma física do ser vivente, sua espécie ou reino, em qualquer situação, será sempre um atentado contra a Vida, não?

importa que seja a Vida de uma mosca, ou a Vida de um ser humano, visto que na essência a natureza desta vida é a mesma para ambos. Ao tirarmos a Vida de um ser, seja ele qual for, estaremos tirarmos dele o bem mais precioso que ele possue, sua Vida, ao mesmo tempo, estaremos tirando algo que, jamais, de forma alguma, em circunstância alguma, poderemos devolver.

Tirar a Vida de um ser vivente, é praticar algo irreversível, irreparável, definitivo. Portanto, se cometemos um crime quando tiramos a vida de um ser humano, crime igual estaremos cometemos se tirarmos a vida de um inseto, de um rinoceronte, de uma planta, ou de uma célula, em todos os casos, o ato que estaremos cometendo, na essência, é e será sempre, igualmente o mesmo, ou seja, Um crime. Puro, simples, irreparável, contra a Vida.

Portanto, quando uma mulher pratica o aborto, não importa a idade do feto, se é de segundos, ou prestes a vir ao mundo; não importa que a fecundação tenha acabado de ocorrer, ou se a gravidez já estiver para vir a termo, a natureza do crime cometido é e será sempre a mesma, não importa o restante .

Nem mesmo as razões legais que justificam o aborto, invalidam e sequer amenizam o fato em si, porque na essência, o ato praticado será sempre contra a Vida do feto, contra a essência que o anima, que seria igual em natureza e volume para todos indistintamente, não importando a forma, ou especie do ser que ela esteja habitando..

Não estou fazendo julgamentos, tampouco abrindo uma polêmica sobre o aborto, mas, apenas falando sobre a Vida e seus mistérios , como eu a concebo na ordem das coisas e como deveremos encara-la e refletir a respeito deste algo, do qual, desconhecemos por completo a sua natureza.

Se a Vida, que é nos dada de graça, se é um bem precioso para todos nós, seres humanos inteligentes, conscientes e racionais,ela também o é, dada de graça e igualmente preciosa para todos os demais seres viventes, racionais ou irracionais, do maior ao menor e vice versa.

A nós, seres viventes, humanos, tidos e havidos como racionais, senhores de nossos atos, a quem o nosso Criador concedeu a Vida com seus incontáveis privilegios junto com o direito de usufrui-la temporariamente, não nos outorgou, contudo, o direito de a alijamos do nosso corpo, ou do corpo de qualquer outro ser vivente, humano como nós ou de um ser irracional, não importa qual.

Nosso Criador nos impôs também, o dever de protegermos a Vida, de conserva-la e cuidarmos dela, não apenas em nós, como também em nossos semelhantes e também, nos seres irracionais, nossos companheiros de jornada, sem o que, se nos omitirmos quanto a isto, estaremos incorrendo e praticando um irreparável crime, uma verdadeira afronta, não só contra o nosso Criador, como também, contra a obra prima da sua Criação, da qual fazemos parte, a qual, rotulamos por : Vida...

Quim 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Que Tal Ser Feliz?


(by Cinthya)

Tudo bem, eu assumo que não sou uma das pessoas mais normais que Deus criou na Terra. Sou muito dada às coisas que eu acredito serem boas pra mim, para os outros. Não gosto de puxar tapete de ninguém e sempre acredito que a gente só colhe nessa vida aquilo que planta. Então, se tenho feito a minha tarefa de casa certinha, com certeza a minha nota será excelente (e tem sido).

Gosto de superação. Gosto de enfrentar o problema e desafiá-lo:"vamos ver quem é o maior de nós dois?”. Gente, se eu sei que a morte é a única certeza da vida, vou perder meu tempo rendendo homenagens a problemas? Nunca pensem! Corro desesperada atrás da felicidade. Para mim, cada taquinho dela que eu conseguir já é um mérito, já é um alimento para a alma, já é um retalho para meu imenso mosaico.

A gente já vive afundado em problemas, então porque não dar leveza às coisas? Vamos optar por sorrir mais e sermos menos carrancudos, vamos optar por arriscar mais, por ousar mais. Vamos experimentar deixar o medo de lado e meter a cara na realização nos nossos sonhos. E, se a gente fizer merda, a gente mesmo dá risada, antes que qualquer oura pessoa o faça. Não tem nada mais gostoso do que rir de si próprio, das próprias falhas, dos próprios micos.

Quando a gente aprende a dar risada da gente, as coisas se tornam mais amenas, mais leves. Um fato que poderia parecer constrangedor, ao contrário, passa a ser um motivo para trabalhar de forma positiva o seu organismo, e jogar na sua corrente sanguínea energia boa, sensações boas. Tudo é uma questão de ponto de vista. Tudo é uma questão de escolhas. É preciso sempre estar optando pelo riso ou pela cara amarrada.

Não importa se você não está onde gostaria, se não tem a grana que gostaria de ter... Na verdade, se você não consegue ser feliz sem ela, com ela você também não seria. Poderia até comprar as coisas que deseja, mas a felicidade em si, a grana não te garantiria. Eu já me diverti muito com meus amigos e contando moedas para pagar a conta do bar. Pedir 01 (UM) Kibe para dividir para três pessoas, em três pratos e ver a cara do garçom não acreditando que estávamos falando sério (embora estivessemos falando sério).

Felicidade tem muita ligação com leveza. É preciso, é necessário que a gente aprenda a dar leveza aos fatos, ainda que eles venham para nos machucar, ainda assim temos o poder de torna-los leves. Sempre digo que o problema tem o tamanho que atribuímos a ele. E eu sempre escolho ser maior que os meus problemas.

Então, se é pra chorar que se chore apenas o necessário. Porque a vida não para, o tempo não para e as chances de sorrir de novo são infinitas para os olhos que sabem (e querem) enxergar. Ser feliz é muito mais fácil do que imaginamos. Eu, sinceramente, tenho muito mais dificuldade com a tristeza. A alegria me faz bem.

E hoje estou assim, eufórica, cheia de vida e é assim que eu gosto de estar. Rindo de mim mesma, acreditando em mim mesma, torcendo por mim mesma e abrindo portas para quem chega querendo agregar.

Sejamos leves, sejamos felizes. Cada segundo que surge é uma chance a mais de darmos mais um sorriso. Aproveitemos! Vamos curtir, amar, se jogar sem medo nos braços da felicidade. Não tem errada, pois ainda que não seja pra sempre, será eterno enquanto durar. E isso, apenas isso, talvez seja a magia da vida.

Fica a dica!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Carona, Por Favor!!!



Eu não sei como vim parar aqui... Acho que tomei um atalho errado. Não reconheço esse lugar e não sei como voltar. Estou perdida e preciso de uma carona. Não posso bancar a durona. O problema é que eu não sei, ao certo, para que lado eu deva ir. Que caminho devo seguir.

Você pode me dar uma carona?? Ao menos, estando com uma pessoa que sabe onde vai, talvez consiga descobrir aonde pretendo chegar. Se não conseguir, o jeito é voltar.

E se eu me afastar ainda mais da minha rota? E se eu me perder mais ainda? Quer saber? Eu vou arriscar. Pior do que está não pode ficar.

Não tenho muito dinheiro e os mantimentos não são muitos. Por isso não posso esperar passivamente a fome chegar. O desânimo se instalar. Tenho que agir. Preciso lutar.

Quero um banho refrescante, quero roupas limpas e uma comida saborosa. Preciso terminar aquela conversa inacabada, não vou me fazer de rogada, reconheço a minha burrada. 

Sinto falta do que tinha. Era pouco mas era meu, pior é agora, que além de estar perdida, eu não tenho nada. Eu sei que lá atrás, antes de parar aqui eu só reclamava.  Tudo criticava. Nada estava bom. Achava tudo ruim, mas eu estava enganada. Agora está ruim. Aqui está ruim. O barulho me incomodava, agora o silêncio me machuca. A claridade me irritava, mas a penumbra me assombra.

Por favor, você aí... Me dá uma carona, me tira daqui.

Verônica

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dar Ou Não Dar? Eis A Questão!


(by Cinthya)

Clarice decidiu dar ouvidos aos amigos e sair de casa pra ver se conhecia alguém que lhe despertasse o interesse, apesar de achar pouco provável que isso pudesse de fato acontecer, pois seu grau de exigência tornara-se apurado com a maturidade.

Ficar por ficar para Clarice não era interessante. Mesmo quando brincava carnaval em blocos, Clarice nunca foi adepta ao “beija beija” que rola nessas festas. Sempre foi seletiva quanto às bocas que beijava. Era o jeito dela.

Então naquela sexta-feira Clarice disse: “Vou sair na noite. Vou me permitir!”. E buscou ânimo lá no fundo da alma para manter de pé a promessa feita a si mesma. Enfrentou a cara feia da mãe e se manteve firme na sua decisão. Quando foi tomar banho para se aprontar percebeu uma visita surpresa: estava menstruada! E muito rapidamente deixou que um sentimento de alívio lhe povoasse a mente, pois, menstruada nada de mais profundo aconteceria, ainda que Clarice conhecesse um cara muito legal.

E, já que estava menstruada mesmo, Clarice nem caprichou na depilação. Fez uma “meia sola” e pronto. Sinal vermelho. Impedimento. Nada de maiores intimidades. Tudo estava certo.

E foi pra noite. Passou no primeiro bar e não se agradou de quem se agradou dela. Apenas alguns olhares trocados, mas nada de química, nada de atração. Decidiu partir para outro lugar. Chegando na segunda opção da noite, Clarice avistou um homem sentado sozinho á mesa. Um homem lindo, com cara e jeito de homem. Com uma mescla de força e ternura, Com um olhar de menino e uma barba por fazer que a deixou enfeitiçada. Ela bateu o pé e disse: Eu quero aquele!

Como o homem era de fato muito bonito, muitas outras garotas tiveram o mesmo pensamento e desejo de Clarice. Mas ela, a Clarice, não joga pra perder. Lançou seu olhar e naquele olhar disse muitas frases, muitas palavras, muita coisa que foi prontamente entendida pelo tal Gato da noite.

E ele, como não podia deixar de ser, veio ao seu encontro. Conversaram por longos 30 segundos até que as bocas não se resistiram e encontraram-se. Uma química daquelas de fazer arrepiar a alma da pessoa, Um beijo maravilhoso, um cheiro pra lá de sedutor, um abraço que parece ter sido feito sob medida para a Clarice. Tudo encaixado na medida exata. E ela se deixou viajar. Beijou, dançou, se arrepiou, provocou, foi provocada.

Na hora da despedida o tal Gato não aceitou dormir sozinho e Clarice explicou que estava com um rio vermelho a correr entre suas pernas, mas o Gato não se fez de intimidado, a queria mesmo assim.

Então, diante daquele fogo todo, Clarice resolver dar um crédito à irresponsabilidade e foi com ele para o hotel. Subiram aos beijos, aos abraços e o quarto quase não é localizado. Entraram quase derrubado tudo que tinha pela frente e foi então que ela lembrou: “Não me depilei como deveria!”. Pediu um tempo e foi ao banheiro, verificou a situação, mas a vontade já estava incontrolável e ela percebeu que o melhor era deixar rolar mesmo.

Um tanto sem graça pediu que apagasse as luzes, desligasse a TV e evitou tanto quanto pode ser apalpada nas partes críticas. E o sexo rolou gostoso, seguro, cheio de carinho e ternura, cheio de respeito, cheio e fogo, cheio de energia, cheio de tudo de bom que um sexo bom pode oferecer. Mas Clarice não conseguiu relaxar como poderia, ou pelo menos deveria.

Ainda assim, ela curtiu e depois deu risada, muita risada de si mesma. Riu, gargalhou e teve a certeza de que para o destino não tem desculpa. Quando aparece A Pessoa, não importa se o sinal está vermelho, se os pêlos estão presentes. A química fala muito mais alto que tudo isso.

Agora, quem sabe, Clarice possa reencontrá-lo, sem águas vermelhas, sem pêlos, mas com certeza, cheia de paixão e vontade de reviver aquela madrugada inesquecível.

A vida, sem sombra de dúvidas, é bela. Com Clarice sempre foi assim.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Explode, Coração!!!



E o mês de novembro está assim: cheios de acontecimentos.

 No último dia 17 minha mãe completou 65 anos de muita experiência, alegria, sabedoria, fé em DEUS e vontade de viver. E comemoramos muito! Por 4 dias, pra ser mais exata.

 Minha prima sofreu um grave acidente e escapou por um milagre de Deus. Está totalmente fora de perigo e se recupera bem.Nos deu um baita susto e as horas que passamos sem notícias concretas foram de pura agonia, mas no final pudemos ver o quão MARAVILHOSO é DEUS que deu uma segunda chance pra ela. Ela pode incluir na certidão de nascimento o dia 10 de novembro como a sua segunda data de nascimento.

Duas pessoas muito queridas descobriram que estão grávidas. E eu serei titia duplamente e estou feliz ao quadrado. Uma é a espoa do meu primo querido, uma menina maravilhosa e meiga, certamente será uma mãe maravilhosa e a outra é uma grande amiga que está realizando um sonho e nem cabe em si de tanta felicidade. Serão mamães e entenderão, enfim, o que é amor incondicional.

Revi duas amigas queridíssimas, da minha mãe, que fazem parte da minha história. Uma delas, não via há quase 12 anos. Nos divertimos muito enquanto elas estiveram aqui.

Demos mais um grande passo para a realização do nosso sonho. Novidades boas virão logo. Aguardem!

Rompi mais um elo que me prendia ao passado e me impedia de ir mais longe. Ufa!

Entrei de maneira inesperada numa história linda e envolvente. Já totalmente envolvida percebi que não iria longe e dei meia volta e saí dela rapidinho. PS: A história continua sendo linda, mas estou apreciando-a do lado de fora. O espaço é muito pequeno e tem gente demais lá.

O nosso filhote completou dois anos de muitas alegrias e nos dando muito orgulho. Nós vamos longe, vocês vão ver. 

Uma pessoa muito querida e com os pés totalmente no chão conheceu as nuvens e teve a vida, antes tão organizadinha, totalmente bagunçada por uma paixão avassaladora. Anda com sorriso bobo e borboletas no estômago. Estou tão feliz por ela e meu sorriso é quase tão ridículo quanto o dela.

Eu li um livro maravilhoso da Regina Echeverria que conta a história do Gonzagão e do Gonzaguinha. Amei!

Então, novembro veio cheio de coisas boas!!

Verônica

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Beleza De Ser Um Eterno Aprendiz


(by Cinthya)

Tomei uma importante decisão. Decidi que a única pressa que alimentarei nos meus dias é a pressa de ser feliz. E quando eu falo em felicidade, falo naquela felicidade bem gostosa mesmo, aquela que enche a alma da gente de uma força imensa, de uma vontade imensa de viver mais e mais, de sair sorrindo e dando bom dia para todo mundo que cruzar nosso caminho. Aquela felicidade que deixa a gente com cara de boba, com cara de guri na noite de natal, com cara de mãe quando vê o sucesso do filho.

Tô nem ligando para o que esperam de mim, tô nem ligando para o sucesso que a sociedade me cobra. Esse sucesso forjado não me encanta, não me atrai. Não gosto de hipocrisia e não admito interpretar um papel que não condiz com o que eu acredito. Eu sou assim. O meu sucesso é garantido, porque tenho ao meu lado os melhores amigos que alguém pode ter. Tenho na minha história as mais loucas aventuras que uma pessoa pode viver. Tenho guardado no meu peito os mais belos sonhos, semeados num terreno lindo, limpo e fértil.

Tenho toda boa vontade e coragem de enfrentar o mundo para realizar aquilo que eu acredito ser o melhor, aquilo que me move, aquilo que eu escolhi para mim e não o que escolheram por mim. Sou teimosa sim, não desisto enquanto vejo que há uma chance, por menor que seja. Vou até o fim quando os outros ficaram pra trás, cansandos. Minha fé não conhece a palavra impossível. Como canta um certo poeta “não me entrego, nasço sempre com as manhãs”.

Os problemas até tentam tirar meu brilho, mas o máximo que conseguem é acinzentar um pouco meu dia, mas nada que uma polida não resolva. Meu brilho é próprio. Minha luz é de dentro pra fora e ninguém tem o poder de mudar isso. Minha riqueza é a consciência tranquila. É deitar e sentir uma onda enorme de gratidão, uma paz profunda e uma vontade imensa de viver mais... E mais... E mais.

Minha fortuna é ver os olhos lindos do meu filho descobrindo o mundo, me indagando sobre um milhão de coisas ao mesmo tempo e ao mesmo tempo me ajudando a enxergar detalhes para os quais eu ainda não tinha atentado. Como não ser feliz com o “Mamãe, eu te amo tanto!” que ouço todas as noites antes de dormir? Como não me sentir plena em ver que ser humano lindo nasceu de mim, do meu ventre e que é meu. É mérito meu. A maternidade me deu uma sensação incrível de força e sensibilidade mescladas numa deliciosa experiência que eu vou levar para sempre comigo. Descobri um amor do tamanho que eu não sabia ser possível existir.

Eu choro com a dor do outro. Sempre me coloco no lugar do próximo e sei que isso me faz sofrer duas vezes, mas não quero mudar, porque me sinto bem assim. Isso traz para perto de mim pessoas que me amam e me respeitam e isso também faz parte da minha riqueza de vida. São valores meus, alicerceres sobre os quais a minha moral foi edificada.

Eu entendo que na vida a gente tem um imenso campo fértil e temos como tarefa plantar sementes. Somos livres par a escolher as sementes a serem plantadas, somo s responsáveis por regar essas mudas. Somos livres para fazer do nosso campo fértil aquilo que quisermos fazer. Nisso tudo temos somente uma obrigação: a da colheita. E é importante lembrar que só colhemos aquilo que plantamos. Nem mais e nem menos. Então, porque plantar cebola se o meu desejo é colher morango?

Minha boca tem se adoçado com a minha colheita. E a cada dia me certifico de que estou no caminho certo, escolhendo as sementes certas, pois, tem sido muito bom colher meus frutos. São doces, suculentos e saciam bem a minha fome. E ainda sobra para oferecera quem precisa.

Então, como dizer que não sou uma pessoa de sucesso? Como dizer que não sou bem sucedida nessa minha vida? Como dizer que não sou feliz? Eu sou feliz sim. Sou uma pessoa que traz na alma e no corpo o amor, a paz, a vida, a liberdade.

Eu sou livre. Sou livre para escolher ser feliz com o que eu quero, com o que me sacia a alma e nunca me vender ou me corromper para simplesmente agradar uma leva de gente que nem sabe sequer o que trago no meu coração.

Um dia eu fiz uma escolha: Viver e não ter a vergonha de ser feliz.

Muito prazer, essa sou eu. E estou aqui escrevendo para vocês exatamente no dia do aniversário de 02 anos desse lindo projeto chamado O Divã Dellas! Parabéns Verônica Monteiro, minha parceira, nós conseguimos!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Eu Preciso Dizer Que Te Amo"


(by Cinthya)

Eles tiveram uma história de amor intensa, muito intensa. Uma história daquelas que arrepia a pele sempre que se lembram das coisas vividas, da cumplicidade, das loucuras, da entrega. Foi realmente uma história ímpar.


O relacionamento amoroso acabou, mas as afinidades não permitiram que eles se afastassem. Continuaram amigos. Como ele é um conquistador incurável, sempre que possível investia cantadas nela. Como ela sabia como era bom estar com ele, vez ou outra se permitia viver um flashback daquela história. E assim passaram-se anos, dez anos.

Eles se viam quase todos os dias. E nessa ultima semana as investidas dele estavam pesadas, incessantes. Ela chegou a comentar com uma amiga que “estou me sentindo uma presa prestes a ser devorada pelo predador”. Mas ela estava em dúvida, não sabia mesmo se deveria ou não ceder às investidas dele, de novo, para, de novo, descobrir que ele não mudou.

Naquela manhã ele chegou a sua sala, no trabalho, com balas, chocolates e uma proposta: “Vamos namorar?”. Ela aceitou as balas, os chocolates, mas não respondeu a pergunta. Ele havia ligado no seu celular no dia anterior e ela não atendera.

Ele estava mais sensível e sereno naquela manhã. Como ela o conhecia muito bem, percebeu de cara que algo estava diferente nele. Não era somente no jeito de falar, de se expor. Algo no semblante dele estava mudado. Ela não sabia explicar. Conversaram por muito tempo, uma conversa agradável, sobre assuntos agradáveis aos dois. Eles tinham muita afinidade.

Quando ele saiu da sala, ela ficou a pensar na vontade de ficar com ele novamente, pensou em como estava ouvindo as musicas que compunham a trilha sonora deles dois., como ele estava povoando seus pensamentos naqueles últimos dias. Naquela manhã, antes dele chegar, ela estava viajando nas lembranças. Impossível não sorrir. Era muita coisa vivida. Antes de dormir, em suas orações, pediu saúde e vida para todos os seus amigos, inimigos e fez uma interseção especial para ele. Adormeceu.

No dia seguinte, ao chegar à empresa, comentou com a amiga: “Vou chamá-lo para almoçar e perguntar se ele não vai me convidar para o show de hoje a noite, afinal de contas, serão as nossas musicas”.

Ao calar a boca entrou na sala uma outra colega, esbaforida perguntando se ela soube o que acontecera com o Rodrigo ( Rodrigo é o nome dele). Ele tivera um problema de saúde na noite anterior e estava internado na UTI. Ela não sentiu o chão sob seus pés, perdeu o fôlego na hora. Mas se rebuscou rápido e se reencontrou. Pensou. Ligou para amigos em comum para se certificar do que acontecera. Correu ao hospital para ter certeza plena.

Ela se agitou, é verdade, mas dentro dela uma certeza lhe dizia que ele iria sair dessa. Ela não sabia se era a certeza ou se era a vontade dela de que tudo terminasse bem para ele. Não sabia. Mas a verdade é que ele se recuperou. Forte como m touro. Levantou de mais uma e ela ficou aliviada.

Com o tumulto do dia, ela não conseguiu vê-lo. Não achou prudente ir à sua casa. A família era maior prioridade numa hora dessas. Ficou em casa, agradecendo a Deus pela recuperação dele e pensando num monte de coisas que queria dizer e num monte de abraços que queria dar.

No dia seguinte, quando estava ainda pensando nele, alguém bate no portão. E, forte como um touro, ele chegou. E lhe deu o abraço que ela tanto queria receber, e lhe deu aquele olhar de cumplicidade que só eles têm. Sorriram. Calados. Almas coladas.

Então, que fique a lição. Nunca deixe de dizer que ama, se você realmente ama. Nunca deixe de abraçar quem você realmente gosta. Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje.

Ela teve uma nova chance. Mas poderia ter sido diferente.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Pressa Nossa De Cada Dia


(by Cinthya)

Lembro como se fosse hoje que na minha infância o meu pai nos levava para a empresa onde ele trabalhava como gerente geral. Geralmente essas visitas animadíssimas aconteciam aos sábado pela manhã. Na sala em que o meu pai trabalhava tinham muitos equipamentos modernos que me enchiam de curiosidade.

Lembro bem de uma calculadora cinza, branca e com uma manivela preta que fazia um barulhinho quando a gente puxava essa manivela. Eram somas e mais somas que o meu dedicado pai fazia usando aquele equipamento. Tinha também uma máquina de datilografia, onde a minha prima preparava as Notas Fiscais das mercadorias a serem embarcadas. Tudo equipamento de ponta.

O telefone, lembro-me bem, era cinza e para cada numero discado precisávamos dar a volta toda na roda numérica dele... Ninguém reclamava de lentidão. Muito pelo contrário, era numa honra muito honrosa ter um aparelho telefônico em casa. Quem não tinha, usava o Posto Telefônico, as fichas telefônicas, a telefonista, enfim.

Hoje o meu celular demora 5 segundos para completar a chamada e isso me tira do sério. O computador demora 30 segundos para inicializar e eu fico xingando o tadinho. As pessoas são facilmente localizadas visto que hoje cada um tem em médias 2 ou 3 números de celular. Se um não dá área, o outro provavelmente dará (ou não).

Os sistemas nas empresas facilitaram demais as nossas vidas, a internet avança e adquire mais e mais velocidade. A gente manda um e-mail pra a amiga que mora no Japão e fica esperando a resposta imediata dela, se não vem, reclamamos. Nem lembramos da época das cartas escritas de próprio punho que demoravam dias para serem entregues e eram tão bem recebidas.

As coisas estão muito rápidas e todos cobram essa rapidez da gente também. As crianças crescem e deixam a infância muito cedo porque nós cobramos delas um comportamento quase adulto. Elas não têm tempo de brincarem como crianças e na maioria das vezes o estresse dos pais corrompe essa inocência tão bela que as crianças trazem consigo.

A gente se cobra. O mundo nos cobra. É corpo bonito, é cabelo tratado, é um meio e transporte, é grana no bolso, é disponibilidade para sair sábado a noite, é a necessidade de ter um namorado, um marido, e a pós-graduação, é o emprego. Todo mundo te cobra algo e você se vê numa correra contra o tempo para dar conta de pelo menos metade do que a sociedade exige de você.

Qual foi a ultima vez que vez que você se permitiu sentar num final de tarde, comprar um sorvete ou uma pipoca e ficar ali apenas observando pessoas passarem e imaginar o que se passa na cabeça delas... Quantas vezes você optou por sair com seu filho, sem destino, encontrar uma pastelaria e sentar, ouvir as histórias dele, ouvir o que ele tem para falar, ainda que ele só tenha quatro nos de idade?

Eu não uso mais relógios. Detesto que me regulem o tempo. Detesto que me apressem quando estou me produzindo para sair. Prefiro que todos saiam primeiro e eu chegue por ultimo na festa, mas que eu curta cada momento dessa minha paz. Adoro paz, tempo, sossego.

Para mim, a pressa é cancerígena. Não há porque tanto desespero, tanta irritação. Antes ninguém tinha internet e celular e todo mundo “dava seus pulos” e conseguia se comunicar. Pra que tanta pressa?

Cuida de você. Pegue um ritmo mais agradável, um ritmo que te permita passar pela vida e ver, sentir e viver tudo e todos que estão ao seu redor.

A isso chamamos vida... Parece meio louco correr tanto se o ponto de chegada é a morte! Prefiro ir devagar e saborear cada dia de VIDA!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

É Covardia!




É covardia suprimir a lágrima.

É covardia dissimular a dor.

É covardia prometer o que não pode cumprir.

É covardia mentir.

É covardia engolir o choro.

É covardia dizer não, quando o coração grita que sim.

É covardia se anular do mundo em prol de um amor unilateral.

É covardia fingir.

É covardia ficar preso ao passado.

É covardia parar no tempo.

É covardia desistir.

É covardia negar as evidências.

É covardia pensar em quem não pensa em você.

É covardia amar mais ao outro que a si.

É covardia virar as costas para o amor.

É covardia não reconhecer os erros.

Expurgue o covarde que existe dentro do você.

Verônica

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Perdão e Liberdade

(Por Cinthya)

Um dia fomos agraciadas por um leitor que, com muita sabedoria, descreveu comentários profundos e interessantes em nossas postagens. Nos chamou a atenção a sua veia filosófica e o seu ponto de vista em relação aos assuntos aqui abordados.

Não me contive e o convidei a escrever um texto a ser publicado aqui. E, como ele mesmo disse, passou de estilingue a vidraça. E aceitou nosso convite.

Um texto profundo, verdadeiro e que vai fazer muita gente refletir sobre o poder do perdão.

Quim, obrigada pela preciosidade!



PERDÃO E LIBERDADE

(Por Quim)

O que significaria a palavra “Perdoar”?

Na pratica significaria agirmos deliberadamente, no sentido de desconstruirmos, de neutralizarmos um trauma, um mal e seus efeitos danosos, que alguém tenha praticado contra nós de forma voluntária, involuntária ou inconsciente, para que, através desta desconstrução passo a passo, possamos materializar aquilo que chamamos de :Perdão,e assim, possamos restabelecer o equilíbrio afetado, a relação social original, ou,uma condição semelhante, bem próxima, àquela que existia antes do ato praticado contra nós.

Em outras palavras, perdoar é agirmos voluntaria e deliberadamente para que tudo volte ao normal, a ser, se possível, como era antes entre nós e nosso desafeto.

Esta atitude,o perdão, só poderá partir da vontade e do desejo daquele que foi ofendido, magoado, agredido e não do agressor, o qual,por sua vez, ao perceber o erro, poderá se arrepender e pedir clemência por parte do ofendido. O perdão tem muito mais valor quando praticado espontâneamente, sem que tenha sido pedido pelo agressor.

Quando perdoamos alguém por um mal que este alguém nos fez , não importa qual a natureza do mal, cortamos um vinculo que este mal praticado estabeleceu entre nós e o nosso agressor, com isto, nos livramos de um peso sobre as nossas costas, nos livramos dos traumas e sofrimentos, dos sentimentos negativos, do peso da raiva, do ódio, da magoa, da tristeza e, acima de tudo, do desejo de vingança, sentimentos estes, que só nos fazem mal e nada nos trazem de bom .

Em muitas situações, perdoar nem sempre é fácil, o perdão não raro,exige de nós um esforço quase sobre humano para leva-lo a efeito, assim como exige tempo, paciência, persistência, capacidade para relevar, contemporizar, neutralizar, compreender, tolerar, etc, etc. Pode ser um processo longo,demorado,não raro, chegando a durar toda a vida de uma pessoa. Mas,seja la como for, perdoar sempre valera a pena!

Quando abrimos nossos braços para o perdão,estabelece-se em nosso intimo uma ferrenha e intensa batalha entre o bem e o mal, entre o mocinho e o bandido, batalha que teremos de fazer o bem vencer a todo custo.

Perdoar nem sempre significa esquecer, passar uma borracha, apagar tudo, embora fosse o ideal,uma vez que, esquecer, é muito mais difícil, considerando que o mal que alguém possa nos ter feito pode ter sido grave, doloroso, abrindo lacunas intransponiveis, chagas extensas, pode ter provocado perdas importantes, separações dolorosas, prejuízos materiais irreparáveis, danos psicológicos e morais muito sérios, talvez, insanáveis, provocado ferimentos profundos em nosso corpo, em nossa alma, em nosso coração.

Mas, não importa qual seja a gravidade e profundidade do mal que nos fizeram, pois sempre será necessário, para a nossa sobrevivência como um todo, que restabeleçamos a paz conosco, o nosso reequilíbrio intimo, condições que só são alcançados, quanto perdoamos nosso agressor. A grandeza e a nobreza do perdão ao nosso desafeto, será sempre, diretamente proporcional ao mal que ele nos fez. Quem perdoa,adquire poderes e um deles,talvez, o mais importante,é o poder e domínio sobre si mesmo.

Vale lembrar,que o nosso perdão tem um alcance ainda ainda mais amplo,é quando o nosso desafeto também sente seus efeitos positivos, sente -se perdoado, alcançado a paz e serenidade que ele jamais teria sem que houvesse o nosso perdão.

Quando verdadeiramente perdoamos nosso semelhante, reequilibramos uma situação intimamente perturbadora para nós , retornamos ao caminho original de nossas vidas, do qual desviamos em razão da agressão sofrida, as feridas abertas cicatrizarão mais rapidamente; sem perdoarmos, jamais retornaremos ao mesmo caminho e talvez, por conta do odio, do rancor, do ressentimento, realimentados a cada vez que nos lembrarmos do fato, possamos nos perder e nos embrenharmos por outros caminhos escuros ainda piores e sem volta e o que é mais grave: As feridas abertas continuarão sangrando cronicamente, cada vez mais e mais, nos exaurindo por completo.

O Perdão nos liberta, nos permite voltarmos a ser livres,leves e soltos, pouco importa se o perdoado mereça ou não o nosso perdão, o que importa, é fazermos a nossa parte, pois o bem que o nosso perdão concedido a ele faz a nós mesmos, é imensurável.

Perdoando nossos desafetos, nos capacitamos moralmente, para pedirmos perdão a alguém, quando formos nós os agressores, uma situação à qual também estamos sujeitos, pois igualmente aos que nos fizeram mal, também somos falíveis e imperfeitos.

Contudo, há uma face do perdão que é pouco compreendida pela maioria das pessoas, ou seja: Perdoar é também, uma forma indireta, mas, eficiente , de nos “vingarmos” do nosso agressor. Pode parecer uma contradição absurda, mas, na verdade, não é .

Eu costumo dizer para uma pessoa : Quando alguém te ofender, não importa se a ofensa praticada seja grave ou banal, se você desejar dar o trôco, se “vingar” desta pessoa sem sujar tuas mãos, você só precisará dar um único e decisivo passo, ou seja: Perdoa-la e esquecer !

Quando alguém consegue fazer isto, duas coisas acontecem,a primeira: O agredido se libertará do agressor e continuara com a sua vida, livre e sem problemas; a segunda: O agressor se vera às voltas e frente a frente com o mal que praticou, frente a frente com um processo de introspecção, de remissão de culpa, como uma espécie de “acerto de contas”, atravez do qual , ira sofrer todas as conseqüências do mal que tenha praticado a alguém; não será um castigo, embora possa parecer, pois a vida não castiga ninguem, mas , exige cobra e leva a efeito a compensação, na mesma moeda e no mesmo valor . O que não só restabelece o equilíbrio afetado ,como sera tambem, um aprendizado, uma lição de vida, para que o individuo agressor aprenda e apreenda e assim não volte mais a praticar o mesmo erro.

Porque isto acontece?

O universo é regido por leis universais, naturais e espirituais,que são impessoais, imutáveis, as quais regulam, organizam e mantem o equilíbrio e harmonia em todas as coisas. Quando uma destas leis é violada, entra em ação um mecanismo natural para que a ordem quebrada seja restabelecida. Uma destas leis, é a chamada: Lei das Causas e Efeitos; para alguns: Lei do Carma; para outros: Lei do retôrno. Quem de nós, ainda não ouviu, ou não leu em algum lugar estas frases: Aqui se faz,aqui se paga; Quem com ferro fere, com ferro será ferido; Olho por olho, dente por dente ? É por aí...

Quando perdoamos, abrimos caminho para que se manifeste esta lei das causas e efeitos, é quando o nosso agressor se vera frente a frente com a sua obra, com o mal que ele praticou, para que possa resgata-lo e se redimir dele, zerar a sua conta. Sem o nosso perdão, isto não acontece, pois impedimos que aconteça, fechamos os caminhos. Vale o mesmo para nós,quando praticamos um mal contra alguém e este alguém, para se “vingar” de nós, nos perdoa. Aí “pobre” de nós !...rsrs...

Vale ressaltar,que uma eventual vingança física da nossa parte contra o nosso desafeto, jamais teria o mesmo efeito, jamais seria tão profunda,tão eficiente e tão completa, quanto sera, se deixamos a conta para as leis Divinas fazerem o competente resgate.

Numa linguagem mais simples: Quando colocamos nosso caso nas mãos do nosso Criador, deixando para ele o peso da nossa “vingança”, tiramos das nossas costas todas as consequências que adviriam se agíssemos por nossa conta, com as próprias mãos, além, é claro, de as mantermos limpas !

Guardar ressentimentos, ódios ou magoas, só nos faz mal,envenena a nossa alma, o nosso corpo, o nosso espírito, nos adoece, atrai o Câncer, como a ciência já vem comprovando através de varias pesquisas

Guardar estes sentimentos negativos contra alguém, é o mesmo que tomarmos um copo de um poderoso veneno, desejando que o nosso desafeto morra .

Perdoar é tambem esquecer, mas, como esquecer nem sempre é possivel porque muitas cicatrizes ficam para sempre, que aceitemos então estas cicatrizes, como consequências positivas, medalhas de honra por vitorias sobre nós mesmos, obtidas através do nosso perdão, pois sem ele, sem o nosso perdão, certamente, elas continuariam chagas abertas, possivelmente, ainda sangrentas, purulentas e infectadas.

Quando poderemos ter certeza de que perdoamos verdadeiramente alguém ? Esta certeza nos vem , quando , relembrando o fato que perdoamos, não sentirmos reação negativa alguma, não sentirmos nenhuma fisgadinha no peito, nenhum incômodo no estômago, nenhum ressentimento no coração, mas, sentirmos uma sensação de alivio, de leveza, de paz,serenidade , compreensão e até mesmo, de gratidão a esta pessoa; gratidão porque o mal que ela nos fez,nos levou a descobrirmos a grandeza e nobreza do nosso ser, do nosso coração, da nossa alma.

Indiretamente, esta pessoa contribuiu para que nos fizessemos melhor, sem duvida nenhuma.

Deveremos fazer do perdão um principio fundamental em nossas vidas, deveremos perdoar sempre, a tudo e a todos, pois o perdão sempre fara de nós, pessoas infinitamente melhores, mais fortes, mais poderosas, mais felizes, mais saudaveis e mais longevos, mas, em contrapartida, o perdão também fara de nós, pessoas muito perigosas para os nossos desafetos, porque perdoando-os, levaremos de volta a eles e na integra, todo o mal que nos fizeram ou que nos causaram e tudo isto sem movermos um único dedo contra eles...

Perdoe, se liberte e viva feliz!