(by Cinthya)
Hoje em dia a gente não precisa andar muito para se esbarrar numa mãe solteira a criar seu filho, seja por opção, seja por deslize, seja por cafajestagem, não importa o motivo, muitas são as mulheres que metem a cara no dia-a-dia e dão sangue para fazer de seus filhos pessoas de bem.
Comigo não é diferente. Conheço à fundo a maternidade solo e sei como ninguém o que é criar um filho sem a presença do pai. Muitas e muitas vezes eu me sinto esgotada porque tenho que fazer os dois papéis, o do pai que impõe, que regra, que diz em bom e alto tom o que é certo e o que é errado e o da mãe amorosa que abraça carinhosamente e ensina pelas leis do amor e da ternura.
Eu reclamo com o meu filho de forma séria e eu mesmo sinto doer no peito a dor que toda mãe sente quando vê alguém arrancar lágrimas de seu filho, seja por qual motivo for. Se a festa é do Dia das Mães, lá estou eu a chorar de emoção com meu rapazinho cantando pra mim. Se a festa é do Dia dos Pais lá vou eu chorar também em meio aos pais “normais”. E assim vamos levando nossas vidas.
A figura do pai na vida do meu filho é apenas ilustrativa, um telefonema, uma fotografia, encontros mensais. No dia-a-dia o pai sou eu. Quem constrói os degraus da moral do meu filho sou eu e quem fiscaliza para ver se ele está subindo direito a escada da evolução, também sou eu. Se ele cair e se machucar, quem vai cuidar do seu machucado sou eu e, depois de sarado, quem vai dar a velha lição de moral nele também sou eu.
Então eu trago em mim a rigidez moral que um pai tem que ter e amorosidade que é nata das mães. E uma coisa que foi difícil no início foi justamente saber controlar o coração materno quando a praticidade e rigidez paternas precisaram tomar a cena, quando o NÃO precisou ser a palavra da vez, quando precisei ser enérgica e, por que não, vestir a “insensibilidade” masculina. Foi difícil conciliar isso dentro de mim, mas aprendi. Se é para impor, eu imponho. Se é para cobrar, eu cobro. Se é para abraçar, eu abraço. E nessa dança da vida eu vou alternando os papéis na busca incansável de entregar ao mundo o melhor que eu puder fazer: Um Homem De Bem!
E eu vou inovando em mais esse assunto na minha vida. Diferente do dito “normal” eu vou seguindo em frente e fazendo a diferença com as armas que eu tenho em mãos: Amor, Moral, Dignidade, Boa Vontade e a certeza de que vencerei m ais essa. Certeza de que eu tenho capacidade de fazer bem feito, que eu estou no caminho certo na criação do meu filho, até porque não existem cartilhas, a base é e sempre será o equilíbrio.
Então todas as felicitações do Dia dos Pais serão merecidamente minhas. Em vez de cuecas para presente, compra-se uma lingerie, afinal de contas, além do papel de pai e da missão de mãe, eu sou Mulher! Uma mulher inteligente o bastante para saber que a vida não para, que o tempo me espera para fazer acontecer.
Feliz Dia dos Pais para todas as mães solteiras que, com maestria, assumem os dois papéis.
Iuuuuuu
ResponderExcluirFeliz dia dos pais para nós Cyyyy
Mulher tu me fez chorar...
E me fez acreditar que estou indo sim, aos troncos e barrancos que toda lida diária nos traz.
Que estou indo a vante, no caminho certo para a formação ética,mora e religiosa de meus filhos. Sendo a mãe e o pai deles.
Adorei
Bjs emocionados
Debby :)
Feliz Dia dos Pais para nós!!!!
ResponderExcluirMuito lindo seu texto... e, lógico, me vi totalmente nele... vi o cuidado que tenho com a minha menina.
Parabéns, Cinthya!
ResponderExcluirMulheres guerreiras que educam e fazem os dois papéis merecem sim comemorar as duas datas.
Sinto pelo seu filho, é horrível um pai ausesnte.
Pena pro pai do seu filho, que vai passar pela vida sem provar do amor verdadeiro.
Beijos e amei o teu texto!
Felicidades : )
Selma.