(by
Cinthya)
Nós somos o
resultado das escolhas feitas. Somos o reflexo de tudo o que vivemos, de bom e
de ruim. Nós somos a resposta a tantas perguntas lançadas. O resultado de
tantos “nãos” ouvidos e muito “sim” proferido. Somos o resultado final de
momentos de silêncio, de gritos abafados, de palavras engasgadas na garganta.
Nós somos o resultado de nossas lágrimas derramadas, das dores sentidas, da
forma que escolhemos para encarar as situações e seguir.
Eu aprendi,
desde muito cedo, a me virar sozinha. Nunca fui a preferida do papai, comecei a
trabalhar muito cedo e não parei mais, não aprendi e nunca gostei de dar
satisfação sobre as minhas escolhas. Sempre fui desgarrada nesse sentido, pois
essa foi a forma que eu encontrei de me defender das coisas que me machucam.
No campo
amoroso, nunca tive alguém que fosse necessário para o meu respirar, o meu
viver. Quem chegou mais perto dessa condição, me mostrou à duras provas, que
não é bem por aí que a banda toca. Quebrei a cara e reforcei a ideia de que era
mais seguro continuar esperando apenas de mim. Valorizar a minha liberdade e
respeitar sempre a liberdade do outro.
Eu não sei
o que é ter alguém para segurar a minha mão todo o tempo. Para dividir os
problemas, os medos, as inseguranças que aparecem vez ou outra. Eu não sei o
que é ter uma pessoa para me acariciar os cabelos quando chego ao ápice do
cansaço. Eu sempre me virei sozinha. Não tive outra opção. Sempre tive que
segurar a barra e seguir, sem nem olhar pra trás.
O lado bom
de tudo isso é que aprendi como ninguém a lidar com a adversidade, aprendi a
ser forte, resiliente. Aprendi que não devo contar com o ovo no cú da galinha,
que as pessoas podem ir na hora que desejarem ir, independente da minha vontade
de que elas permaneçam. O bom disso tudo é que eu virei um tipo de rolo
compressor que saio passando por cima de tudo o que tenta me derrubar. Aprendi
a ser forte, e algumas vezes, desconfiada. Aprendi a ver e tocar para então,
crer. Preciso de provas concretas, caso contrário nada feito. Aprendi a
respeitar a vontade alheia, da mesma forma que gosto quando respeitam a minha.
Desenvolvi um individualismo quase que natural. Onde eu posso estar só e ainda
assim estar bem.
Mas, existe
um lado ruim. Não consigo adular as pessoas. Não sei implorar o amor de
ninguém, até porque acredito piamente que amor não é algo que você alcance
dessa forma. Não sei pedir um “sim” quando recebo um “não” . Se ele quer ir,
não sei puxá-lo pelo braço e pedir que fique, por mais que eu queira que ele
fique. E eu até quero. E eu até descobri que sou capaz de querer, de abrir mão
de algumas coisas em prol de uma história. Eu até me vi querendo querer, e
quis. Mas não aprendi a ficar calada quando duvidam de minha índole, de minha
lealdade, de minha dignidade. Ainda não consigo.
Então, eu
aprendi sim a me virar sozinha nessa vida. Sofro um bocado, mas chego lá. Dou
meus pulos e me ajeito. Não me rendo facilmente. Mas isso teve um preço, a
minha paciência é pouca para certas coisas. Fiquei muito prática, ou é ou não
é. Isso às vezes atrapalha. Mas essa é a contrapartida da qual eu não consegui
escapar.
Vamos
levando. Ainda não acabou. Nada é estático e imutável. Talvez eu ainda me
molde. Talvez ainda dê tempo. Talvez... Talvez eu ainda aprenda a baixar a
guarda, a pedir que fique comigo quando percebo que ele quer partir. Quem sabe...
Adorei o texto, muito eu isso... Aprendi a me virar sozinha me define muito bem,...
ResponderExcluiresse trecho é simplesmente o que eu me tornei..: "não aprendi e nunca gostei de dar satisfação sobre as minhas escolhas. Sempre fui desgarrada nesse sentido, pois essa foi a forma que eu encontrei de me defender das coisas que me machucam."
bjs
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