Quando paramos para pensar no
amor, muitas coisas são questionadas, nos perguntamos e ponderamos tanto, no
final constatamos que eles vêm e se vão, nunca, ou quase nunca são eternos.
Mas
são essenciais, são vitais. Todas as pessoas que passam por nossas vidas,
deixam um pouco de si e levam um pouco de nós. Moldam-nos ou transformam-nos
dependendo da situação. Tudo que nos tornamos ao longo da vida, é a soma de
experiências adquiridas durante anos de caminhada, tombos e continuações.
É injusto dizer que aquele
namoradinho de adolescência não agregou em nada, e a experiência mágica do
primeiro beijo? É injusto afirmar também que seu ultimo relacionamento não te
ensinou coisa alguma, acho muito pouco provável, talvez quando a mágoa passar
você verá que deixou sim, mas é uma particularidade que cada um terá que
reconhecer sozinho. No mínimo, ficou a experiência, e possíveis erros cometidos
não serão repetidos nos próximos relacionamentos. Amores não possuem prazo de
validade, mas duram exatamente o tempo que precisam durar.
A gente nunca passa ileso ao
amor. Se você se envolveu, se relacionou ou compartilhou algo com alguém e tem
a estranha sensação do vazio sinto informá-lo de que não foi amor. Ninguém
passa nas nossas vidas em vão, não importa a quantidade de tempo que a pessoa
tenha estado com você, algum papel ela teve. Alguma coisa ela te ensinou e de
alguma forma colaborou para o que você se tornou hoje.
Trazemos nos peito uma coleção de
cicatrizes, algumas ainda doem, outras são feias e até assustam, você olha e
pensa “até hoje não sei como sobrevivi a isso”, outras, você olha e sente
orgulho de si mesma, algumas dão gosto de ver e te fazem sorrir até hoje, até
machucou, mas fez um bem danado e te ensinou muita coisa. Por vezes nossos
corações foram humilhados, pisoteados e machucados, mas é bom olhar e ver que,
apesar das marcas do tempo e das amassaduras decorrentes dos acontecimentos,
hoje eles estão novinhos em folha e mais fortalecidos. Vê-los assim, nos dar a
falsa sensação de “Estarmos Prontos!”
Nunca estaremos prontos. Nem para
a sua chegada, muito menos, para a sua partida.
Senhoras e senhores, gostaria de
dizer: “apresento-lhes o amor! É isso
mesmo! É esse emendar-se e reinventar-se. É essa mistura de alegria e dor
branda e gostosa. É essa sensação de aprendizado constante. É essa incerteza
desconcertante!” Mas eu não seria capaz e nem justa. Justa comigo ou com
vocês. Eu não sei o que é o amor.
Tanta gente boa por aí já
escreveu sobre o amor, eu já li tanta coisa. Tantos relatos, tantos contos e
tantas mensurações do que possa vir a ser o amor e só chego a uma conclusão: Eu
nunca vou saber, de verdade, o que é amor e nunca vou me sentir pronta. Ainda
tenho muito que aprender e a experimentar!
Verônica
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