quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Respeito à Melhor Idade



Hoje a minha amiga Camila me pediu pra escrever um texto sobre a falta de respeito nos órgãos públicos, a falta de respeito com as pessoas que utilizam esses serviços, mas eu vou fazer diferente. Vou falar de outro tema. (Amiga, juro que vou escrever sobre o que você me pediu) Há um assunto que me incomoda e me irrita muito mais: maus tratos e falta de respeito com os idosos, queria ter a alma poética como a minha parceira de blog pra descrever de uma maneira bem linda, o que cada traço, o que cada ruga causada pelos anos que eles trazem consigo representam. Queria ser uma artista pra dizer o que aqueles cabelos brancos, alvos como um capucho de algodão, me dizem. Queria poder descrever a sensação de paz que sinto, quando vejo o ar de ternura num olhar cansado, vindo de olhinhos tão sinceros e castigados pelo tempo.  Que apesar dos pesares, muitas vezes tendo atravessado turbilhões de problemas, ainda assim, sorriem. Mas não sou. Então, apenas sinto.
Os idosos são pra mim como uma espécie de talismã, de gurus. Fontes de sabedoria e exemplos a serem seguidos. Trazem na pele, nas marcas de expressão, dos anos já vividos, as experiências adquiridas e a sabedoria que nós jovens nunca teremos até chegarmos a idade deles.
Não entendo como uma pessoa consegue tratar mal sua própria mãe, que tanto já fez, tanto batalhou e enfrentou muitas dificuldades pra criá-lo. Não entendo como um jovem pode tratar com falta de respeito um ancião, que traz em sí uma vasta experiência nos mais variados assuntos e lembranças de coisas que jamais seriamos capazes de entender. Esse comportamento também é o resultado da falta de amor, um mal que assola a humanidade e me causa muito medo e espanto.

Um vez, acho que uns 8 anos atrás, eu estava no ônibus indo pro trabalho e no ponto seguinte ao que eu entrei, entrou uma senhora (ela tinha idade pra ser avó do motorista) mal entrou e já escutou um desaforo do tipo: "adianta o lado véia, anda de graça e ainda atrasa meu serviço."  Fiquei indignada mas me contive, no segundo desaforo que ele disse me deu vontade de dar uma voadora nele, mas disse uns bons desaforos, (fui desse local, até o ponto em que desci, falando) ainda peguei o nome dele, o numero do ônibus a rota que ele estava fazendo e liguei pra empresa e denunciei. Se ele foi chamado à atenção eu não sei, se ele parou pra refletir sobre o que eu disse a ele ou se continua fazendo a mesma coisa eu não sei, se sequer ele ainda se lembra do ocorrido,  eu não sei, nem nunca saberei, mas isso pouco importa. O que importa é que naquele momento fiz o que devia ter feito, maltratar idoso e criança perto de mim é pedir pra comprar briga, e briga feia, pode ser quem for, em que ocasião for. Eu não deixo passar batido mesmo!
Que nós possamos ficar vigilantes, claro que não vamos mudar o mundo, mas ao menos, teremos a consciência tranquila de que fizemos a nossa parte, evitamos (ou tentamos minimizar) uma injustiça.
Se existem atitudes que me tiram do sério, podem ter certeza, são: covardia e injutiça.
Respeitemos os idosos!

Verônica.

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