quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Muita Calma Nessa Hora...





Quando você chegou em minha vida eu não pensava em me apaixonar. Nem passava por minha cabeça construir uma história com alguém e casamento, definitivamente, não fazia parte do meu vocabulário, muito menos estava nos meus planos, para os próximos dez anos.

Pois bem, você chegou, mudou tudo (tudo mesmo, até minha opinião), impôs as regras e eu cedi. Me deixei levar e me entreguei a você como nunca havia feito antes. Te amei de uma maneira tão intensa, tão completa e verdadeira que meu mundo se resumia a você. Priorizei o nosso amor em detrimento de todo o resto. Não me arrependo, afinal, não sou dada ao arrependimento, mas não o faria de novo. Não farei jamais. Por mais ninguém.

Eu percebi, bem depois, que havia contruído meu castelo de cartas numa montanha de areia e o vento das circuntâncias varreu tudo. Hoje em dia, se carrego esse sorriso no rosto e escondo as cicatrizes das feridas que esse amor deixou é por mérito prório. Caí por um erro meu, afinal, amar demais o outro e negligenciar a si mesmo é um erro, mas consegui me levantar, levantei sozinha e reaprendi a amar. Do meu jeito, ao meu tempo e na intensidade que me permita ter controle.

Aí você me pergunta aonde eu quero chegar te dizendo tudo isso (de novo) e eu te respondo: Não ouse chegar de mansinho e bagunçar tudo na minha cabeça. Não traga a sombra da dúvida. Aliás, por falar em dúvida, você até teve o benefício da dúvida por um período curto de tempo e nem isso soube aproveitar. A dúvida passou, a certeza voltou e é essa certeza que eu quero que você entenda de uma vez por todas. Nossa história acabou, nosso tempo se perdeu e se hoje sou gentil com você não é porque eu já esqueci as muitas vezes que foste grosseiro comigo. Se sou amável, não significa que não me lembre de como você já foi frio. Se te dou atenção, mesmo num assunto que não me interesse nem um pouco, não é porque eu não esteja lembrada de tantas vezes que me deste desprezo.

Cordialidade e educação não significam perdão. Não banque o ridículo me fazendo promessas que você sabe que jamais cumprirá. Não pense que eu acredito. Não seja tolo, a ponto de acreditar que eu me submeteria a uma noite de amor com você "para relembrar os velhos tempo". Aqueles beijos de outrora que me tiravam do chão e deixavam minha respiração ofegante hoje em dia, ao imaginá-los, sinto asco.

Você despertou em mim as sensações mais intensas que meu corpo já conheceu. O amor, o ódio, o desejo e o asco. Hoje você não me causa mais nada.

Sinceramente, "você não soube me amar..."

Verônica

Um comentário:

Cinthys disse...

Transparente, direto e objetivo. Amei o post e acho que muitas mulheres deveriam ler e se espelhar nele!!! Vou indicar a algumas amigas...um grande bj