sábado, 3 de dezembro de 2011

De Amor Eu Não Morro



Quando eu me vi obrigada a dar um basta no meu relacionamento, acabar tudo, eu senti uma dor como se um pedaço de mim estivesse sendo arrancado. Eu me perguntava o que seria da minha vida dali por diante se tudo que eu planejei foi em conjunto. Eu ficava repetindo pra mim mesma o tempo inteiro: E agora, o que vai ser de mim? Como vou seguir em frente, sozinha, se eu só sabia andar acompanhada? Me acostumei de tal forma com aquela pessoa que estava do meu lado há tanto tempo, que achei que fosse impossível andar só.

Eu dormia chorando e acordava pra chorar. Me emocionava com cena de novela, e até uma borboleta voando me trazia alguma recordação (triste) e lá vinham as lágrimas de novo. Me desinteressei por tudo, desde a companhia dos meus parentes e amigos até um simples bate-papo em casa. Estava sempre aérea e dispersa. Nada podia chamar a minha atenção, eu vivia reclusa no meu mundo de recordações. Eu estava presa ao passado.

Meu calvário durou exatos 6 meses, até que resolvi marcar uma última e definitiva conversa com aquele que era o meu maior sonho e havia se tornado o meu pior pesadelo. Mesmo sabendo, por outros, que ele estava na fase de curtição e pegação. Não perdia uma festa, não deixava passar uma gatinha. Eu tinha a consciência que a nossa ligação era mais forte. O elo que nos unia era superior àquela patacoada em que ele havia se metido, mas isso não era o suficiente. Eu precisava dar continuadade à minha vida, eu precisava seguir em frente e continuar o meu caminho, mesmo que sozinha.

Fiz o que tinha que ser feito, fui para a tal ultima conversa disposta ao tudo ou nada. E lá chegando, maior não poderia ter sido a minha frustração, o homem que eu amava não estava mais lá. Um mauricinho, filhinho de papai, vaidoso, fútil, play boy, adolescente tardio havia se instalado naquele corpo que um dia eu amei. A decepção foi tamanha com essa conversa que minha vida mudou.

Mesmo sabendo que algo me ligava a ele, percebi que a distância e diferenças que nos separava era infinitamente maior. Logo vi que era a hora de recomeçar. Deixei o passado no passado e segui em frente sozinha. Fiz uma limpeza no meu corpo, na alma e no coração para que um ano amor pudesse se instalar sem ser contaminado com ranços do que se foi. A pessoa que um dia me levou ao céu e tempos depois me apresentou o inferno, agora, nada mais era do que uma página virada na minha vida. Se eu pudesse dizer algo a ele, certamente seria: Obrigada! Obrigada por ter entrado na minha vida, e principalmente, obrigada por ter saído dela. Com essa história de amor eu aprendi muito. Tirei várias lições e a mais importante delas com certeza foi o amor próprio.

A gente convive com um sentimento sufocado, amor a gente não esquece, a gente aprende a conviver com ele e com a ausência de quem a gente ama. O amor por si só não sustenta uma relação. Outras coisas, muitas outras coisas são necessárias para manter a estrutura de pé. Então, vou levando a minha vida com a certeza de que eu me amo acima de tudo e que se for pra ser, um dia será.

Eu aprendi, de amor eu não morro, o que eu posso é chorar de saudade, mas depois vou tentar refazer minha felicidade...

Verônica







Alem da Cama
De amor eu não morro
O que eu posso é chorar de saudade
Mas depois vou tentar refazer minha felicidade
Entreguei minha vida a você
E você jogou fora Fez de mim o que quis me usou
E depois foi embora
Deixa o tempo passar
Você vai perceber
Que fazendo o que fez
Só jogou para perder
Vai lembrar dos momentos que a gente viveu
E que ninguém te amou como eu

Eu te quero além da cama
Eu te amo de verdade
É o lado mais puro, mais angelical
É o cheiro, é a pele, é o lado animal
Eu te quero além da camaEu te amo de verdade
As loucuras de amor
Que a gente já fez
Dava tudo de mim
Pra fazer outra vez

E aí pode ser que meu mundo não tenha mudado
Mas também pode ser que outro alguém já esteja ao meu lado
Me dizendo as palavras de amor que você me dizia
Desfrutando de todos os sonhos que eu te oferecia
Ocupando o espaço que você deixou
Aceitando a paixao que vc renegou
Eu ainda te amo, te quero demais
Meu amor, veja bem o que faz

Um comentário:

Gui - Descrevendo a vida, assim como ela é... disse...

Quem nunca sofreu por um amor né Veronica, e de fato ninguém morre de amor.. A gente pode ate sofrer, chorar, mas morrer nunca...

essa frase diz tudo: Eu aprendi, de amor eu não morro, o que eu posso é chorar de saudade, mas depois vou tentar refazer minha felicidade...

Bola pra frente que atrás vem gente, devemos limpar nossas almas e plantar um jardim para que as borboletas cheguem até a nós...

Grandes Bjs

Gui.