Ele nasceu em uma família nobre, foi criado em berço de ouro
teve uma boa educação, estudou nas melhores escolas, teve todos os brinquedos
que uma criança sonhava em ter. Seus pais sempre foram amorosos, carinhosos e
unidos. Sempre ensinaram valores morais e éticos a ele, e aos demais irmãos. Os
outros até que “deram pra boa coisa” mas ele é considerado um caso perdido. A
mentira corre nas veias, está impregnada na personalidade.
Desde pequeno sempre foi assim, no inicio os pais achavam
bonitinho aqueles devaneios, ele viajava legal, criava histórias surreais e
acreditava piamente nelas. Quem não sabia e não o conhecia, também acreditava.
Ele tinha o mundo imaginário dele e se tele transportava pra lá com muita
freqüência.
A adolescência chegou e a mania de inventar casos e histórias
continuou. Sempre trapaceando, sempre querendo se dar bem de alguma forma. As
desculpas sempre foram as mais esfarrapadas possíveis, ele é um mentiroso
incorrigível. Ele mente até por coisas bobas, coisas que ele sabe que as
pessoas sabem que não é verdade, mas ele tem a necessidade de mentir. Se for
pra se safar aí é que ele mente mesmo.
Não chega a ser perigoso, posto que as mentiras que ele conta
são nocivas apenas a ele mesmo, mas o danado não inspira confiança alguma. Quem
o conhece, sabe a peça que é. Aliás, nem precisa conhecê-lo, basta 5 minutos de
prosa e você já consegue traçar o perfil dele. Você saca qual é a dele. A boca
diz uma coisa e os olhos dizem outra totalmente diferente. Você não sente
sinceridade nas palavras. Você não vê transparência no olhar.
Ele é tão desacreditado que mesmo quando está falando a
verdade, raros lapsos de sinceridade, ninguém acredita nele. Eu mesma não
acredito. Não acredito nele nem pra me dizer que horas são, nem que dia é hoje.
Ele fala cada bobagem que me dá vergonha alheia.
Ontem como foi o dia da mentira ele deve ter se fartado. Deve
ter se sentido em casa. Não que eu
deseje algum mal, só não o desejo perto de mim. Pessoas assim não nos fazem
bem.
Verônica
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