terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Poder do Perdão


Se formos procurar na internet ou nos livros, acharemos uma infinidade de histórias sobre o perdão. Li várias. Me emocionei com muitas delas. O que mais me chamou a atenção foi o ponto em comum que encontrei em todas essas histórias: a força de quem perdoou.

O ato de perdoar tem muito pouco de altruísmo e muito de força, bravura e superação. Quem perdoa, descarrega uma bagagem pesadíssima e passa a seguir mais leve, leva uma vida mais saudável. Quem consegue exercer o perdão, de verdade, deixa de ser vítima e passa a ser protagonista da própria história. Poderia citar várias e fazer um texto quilométrico, mas vou contar três histórias de perdão, completamente diferentes, que prenderam demais a minha atenção.

Vi a história da moça, que é famosa e casada com um moço, também famoso, e esse moço foi flagrado numa pulada de cerca, aos beijos com uma anônima numa noitada dessas da vida. A esposa traída ficou calada, sem fazer pronunciamento nenhum até quando achou que deveria. O marido traidor foi a público se desculpar e dizer que eles atravessariam essa fase juntos. A esposa, por sua vez, poderia ter vestido a fantasia de vítima das circunstâncias e ter pousado de coitadinha, afinal, o momento era propício. Mas, para a surpresa de todos, inclusive a minha, ela pediu que os santos e canonizados guardassem suas respectivas pedras porque as pessoas erram. Encerrou o assunto assim, com essa leveza e naturalidade, apesar da humilhação que sofrera. Hoje, seguem tranquilos e aparentemente em paz.

Outra que ficou marcada na minha cabeça, foi a história da mãe de um rapaz de 25 anos, eles tinham uma padaria no interior de São Paulo, e num fatídico dia, ao encerrar mais um expediente, um assaltante invadiu o comércio deles e atirou no rapaz. Justamente naquela semana que tinha tudo pra ser especial. Seria a formatura do filho mais velho de uma mulher que tinha ficado viúva aos 30 anos. Foi a mãe, quem recebeu o diploma do filho morto dias antes da colação de grau. De todos os sonhos e planos de uma nova vida, ficaram apenas a dor e a saudade. Aquela história poderia ser mais uma entre tantas que existem por aí. A diferença é que a mãe perdoou o assassino do filho, ele foi preso, segue preso até hoje, e, além disso, passou a ajudar a família do mal feitor que deixou uma esposa e dois filhos pequenos desamparados. Para esse ato, a mãe justifica apenas que, o ódio não trará seu filho de volta, e as crianças não têm culpa da monstruosidade que o pai cometeu. Eu não tenho palavras para dizer o que acho dessa mãe guerreira.

Em setembro de 2013 um músico, não tão famoso, de uma banda não tão famosa, pôs fim na própria vida. Mas, o que mais choca nessa história é que esse ato ele cometeu quando sua bela esposa – que já havia perdoado uma traição dele, tempos atrás – estava grávida de alguns meses da primeira filha deles. A comoção foi geral, e todos se perguntavam como ele teve coragem de fazer isso com a própria vida e deixar a esposa grávida. O falecido foi acusado de egoísta, covarde, imaturo e muitas outras coisas. No velório do grande amor de sua vida, a esposa limitou-se a dizer: “eu te perdoo, meu amor!” Gente, isso foi lindo! Ela podia ter sentido raiva e ter compartilhado da opinião de todos, mas não. Ela perdoou a atitude do marido e seguiu em frente. Leve e em paz. A bebêzinha deles nasceu e está crescendo num lar saudável e sem a sombra do ressentimento, ou de qualquer tipo de mágoa.
Essas e tantas outras histórias a gente vê por aí sobre o perdão e ao ler-las eu só pude concluir uma coisa: Falta muito para que eu me torne um ser evoluído. Como eu preciso melhorar no quesito de superação. Eu não consigo perdoar, eu não tenho força suficiente para seguir em frente leve e feliz. Um psicanalista da USP afirma que “é importante não confundir perdão com masoquismo. Um perdão barato não é transformador, ao contrário, só aprisiona e mal acostuma.” O problema do perdão é que a vítima nunca se sentirá quite com o agressor. Mas, para viver em paz, só resta a quem sofreu superar o ocorrido. Perdoar não é esquecer, ledo engano de quem pensa assim. Perdoar é seguir em frente sem se deixar abater com o ocorrido, perdoar e não sentir mágoa, ou raiva ou a necessidade de um revide. Perdoar, é ver e deixar a ferida cicatrizar.

Gostaria muito de dizer que sou uma pessoa que consegue perdoar, que sabe virar a página e que sabe descarregar a bagagem da mágoa, mas não sei, não consigo e não supero. Carrego feridas abertas que insistem em não fechar, que ainda doem e latejam. Não posso afirmar que sei perdoar, porque dos inúmeros defeitos que possuo, a hipocrisia não está na lista.

Eu sou rancorosa, eu não esqueço, não perdoo e não consigo seguir em frente. Dos raríssimos desafetos que tenho, só um me invade mais do que eu gostaria. A raiva que sinto me faz mal, a mágoa que carrego é pesada e a tristeza que sinto me toma, ao lembrar-me do ocorrido, minam minhas energias. Queria ser diferente, queria poder perdoar, ainda que não esquecesse, queria poder conviver em paz. Mas, não consigo!

Meu desejo para o ano que se inicia, é que eu consiga evoluir como ser humano. Quero perdoar meu desafeto. Quero seguir em frente sem mágoa, sem rancor, sem raiva. Quero viver a plenitude da paz! Quero usufruir do prazer de uma vida leve, sem sombra do passado. É o que eu desejo a todos vocês que me acompanham e que param pra ler o que eu escrevo. Desejo o encontro com a felicidade plena.
John Lennon dizia que a felicidade vem quando a gente está distraído. Já Charlie Chaplin dizia que cada dia que não tenha alegria é um dia perdido. Não quero perder nenhum dia de 2015 e quero estar distraída o suficiente para esbarrar com a felicidade.

Desejo que o verdadeiro espírito natalino nos cubra e nos renove!


Que o ano que se inicia seja repleto de força e entusiasmo! Que ele seja como um caderno com muitas folhas em branco e que uma linda história seja escrita!

Verônica

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Atravessando a Fronteira do Bom Senso



Como usuária de redes sociais há muito, eu já vi e li tanta coisa nessa internet que é de assombrar, é de embrulhar o estômago. São muitos irresponsáveis que se escondem atrás de perfis fake para disseminar piadas sádicas de mau gosto e mentiras deslavas. Até aí tudo bem, a gente ignora, bloqueia, deixa de seguir e pronto, ta tudo certo! Não somos obrigados a ver nem compactuar com essa palhaçada desumana.

Mas ultimamente o que te me chamado a atenção é a quantidade de pessoas que perderam o bom senso, a solidariedade e a capacidade de se colocar no lugar do outro respeitando a dor do momento, sem ter o mínimo de consideração pelo sofrimento que as pessoas próximas das vítimas e, mais ainda, os familiares estão vivendo. A tragédia que aconteceu essa semana com o Presidenciável Eduardo Campos  mais seis pessoas foi o estopim para a minha revolta. Eu já fiz uma faxina nas minhas redes sociais. Descartei um monte de pessoas que se comportaram feito lixo diante de uma tragédia, diante da dor de várias famílias e diante da consternação de milhares de brasileiros no País afora.

São piadas de mau gosto, teorias conspiratórias, chacotas sem o menor pudor e o pior, vi isso de pessoas que eu conheço. Existem os canalhas que fazem e os não menos canalhas que curtem e compartilham essa total falta de noção. Não são fakes querendo 5 minutos de fama, são pessoas reais, assim como eu e você, que têm família, filhos, marido, esposa, pai, mãe... As pessoas simplesmente perderam a noção do respeito ao ser humano. Pensam que na internet pode tudo. Acho que algumas pensam que o mundo real é um e o mundo virtual é outro, mas não é! O que você faz e compartilha na internet só mostra o seu caráter. Mostra se você é um cretino ou um cidadão de bem. As pessoas estão perdendo o discernimento e estão mostrando uma leviandade sem tamanho.

Hoje se acontecer um acidente as pessoas correm para cima da carnificina, não para buscar sobreviventes ou ajudar nas buscas, correm pra tirar fotos e fazer vídeos para espalhar para os contatos no Whats App, ou compartilhar no Facebook ou Instagram. Aí eu me pergunto: Qual é a vantagem disso? Que tipo de prazer você sente saindo na vanguarda da propagação da dor?

Na Bíblia em: 1 Coríntios cap. 10 vers. 23 diz: Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.

Não é porque seu celular tem um bilhão e duzentos milhões de mega pixels que você precisa tirar uma foto de um acidente que aconteceu. Não é porque sua internet é 3G turbinada que você vai enviar essa mesma foto pro parente que mora lá em outro continente. Eu não sou médica legista. Eu não preciso e NÃO QUERO ver corpos em pedaços. Eu não sou perita, eu não preciso ver os destroços do avião que caiu, ou do carro que capotou, ou da moto que entrou embaixo do caminhão. Tenho certeza que assim como eu, muitas outras pessoas também não querem. Acorda, gente! Trata-se da vida de outro ser humano, poderia ser você ou um dos seus.

Outra coisa irresponsável que tem se espalhado na internet é a quantidade de piadas sem graça, com montagens bizarras acompanhadas de teorias mirabolantes de um caso de sabotagem e etc. Parem de ser irresponsáveis, deixem que a polícia investigue. 

Respeitem a dor dos familiares de quem se foi. Não é engraçado, é mórbido! Não é inteligente, é leviano! Não é revelador, é bizarro! É nessa sociedade que nos transformamos? É esse legado que deixaremos para nossos filhos? Não permita que a incapacidade de se colocar no lugar do outro te transforme em um bárbaro.


Verônica

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Encontro Literário de Gigantes


Esse ano de 2014, definitivamente, não está sendo um ano bom para a literatura mundial e não está sendo bom, sobretudo, para as minhas referências literárias.  Estou perdendo meus faróis na praia escura da vida. Em abril perdi Gabriel García Marquez, agora em Julho já perdi João Ubaldo Ribeiro dia 17, Rubem Alves dia 18 e Ariano Suassuna dia 23. Certamente está acontecendo um encontro literário de gigantes no céu, e os melhores estão sendo convocados

Falo “perdi”, no singular, porque infelizmente nem todos conhecem esses escritores, suas obras e a grandiosidade delas. Ouviram falar e sabem que é importante porque a TV enfatiza a manchete, ou porque tem um filme, ou minissérie, ou algum outro programa, tipo: novela “inspirada na obra”. Mas nunca se encantaram com as poesias, se emocionaram com as histórias, pararam para refletir sobre a crônica ou riram dos contos. O que, sinceramente, é uma pena. Compartilhar dessas experiências e contemplar tanto conhecimento promove uma elevação absurda, tanto intelectual, como espiritual. Me sinto uma felizarda.

Eu não digo que estou órfã, embora me sinta, porque esses que se foram estão no Olimpo dos escritores e os deuses são imortais, assim como as suas obras. Mas, me sinto desamparada, e uma sensação de desalento me toma. É como se eu tivesse perdido meu norte, ao menos, perdi quatro pontos de referências que costumava seguir os passos. Continuarei seguindo, ou pelo menos tentando, embora o caminho deles já tenham tido um ponto. Ainda que de continuação.

Com Gabriel, inquieto, irreverente e polêmico que só ele, aprendi “Que tudo é uma questão de despertar a alma...” Aprendi também que muitas vezes “É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos da razão. O importante é aproveitar o momento e aprender a sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.” Gabriel era assim: prático e objetivo. Não se vitimizava, nem transferia responsabilidades. Sua coragem e ousadia me ensinaram muito. Um exímio amante da vida. Foi meu mestre.

Já Ubaldo, ah o bom baiano de voz grave, sorriso largo, gargalhada alta e alma tranquila. Nunca teve a pressa como companhia. Era um rubro-negro apaixonado (Vitória nosso amor!) e um boêmio daqueles que dava gosto de ver. Polêmico, não fugia de uma boa celeuma (A Casa dos Budas Ditosos que o diga). João Ubaldo era jornalista, roteirista, professor e encantador de pessoas. Ele era do tipo de gente que deixa a gente melhor, sabe? Nesse mundo fútil, ranzinza e cheio de ranço que nos dá até desgosto de ver, ele servia para mostrar que a vida é simples, bonita e com calma e boa vontade tudo se resolve. Quanto do seu pensamento ora clareou o meu, ora desordenou tudo. Quantos bate-bocas imaginários tivemos e como eles me deixaram mais esperta. Quantas vezes concordei. Quantas e tantas discordei. Mas, sempre o admirei. Sempre quis ser, pelo menos, parecida com ele.
João uma vez disse: “Faço tudo que me dá na cabeça, não quero saber de limitações. Eu não pequei contra a luxúria. Quem peca é aquele que não faz o que foi criado pra fazer.” Ele era um homem de coragem. Aí eu pergunto: Como não amá-lo? Como não admirá-lo?

Quando eu decidi escrever sobre Rubem Alves eu me perguntei: De quem devo falar? Do professor? Do psicanalista? Do teólogo? Do ativista político? Do poeta? Ou do coerente escritor? Fiquei numa dúvida danada e não consegui me decidir. Aí eu decidi falar do homem simples, doce e de mente brilhante que tantas vezes me inspirou. Rubem era do tipo apaziguador. Quem lê suas obras é envolvido por uma paz sem igual e percebe que muitas vezes é só parar pra analisar com calma aquela situação que tudo fica mais simples. É só esperar a cólera se dissipar. Quem conhece Rubem Alves é colocado a se questionar sobre a vida, sobre as ações e sobre os caminhos a seguir. Como ele mesmo disse “toda alma é uma música que se toca.” Agora Rubem se foi, mas sua obra não se cala. Ela permanece viva e cheia de mensagens subliminares a nos passar. Pra mim fica apenas a saudade. Mas ele me ensinou que: “A saudade é nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.” Eu queria voltar no tempo. Parar o tempo e ter o mestre sempre aqui. Hoje posso dizer que “Amo a minha vocação que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem o amor, mas não tem o poder.” Obrigada, Rubem Alves!

Ariano Suassuna é mais e maior que o Alto da Compadecida e toda confusão e acusação de plágio que ela envolve. Ariano é poesia, é orgulho. Amo-o e admiro-o por tudo que ele foi e fez. Ele foi o paraibano mais pernambucano que conheci. Mas, ele poderia ser cearense, baiano, sergipano ou qualquer outro “ano” da vida porque ele era nordeste. Carregava nossa bandeira com o afinco dos grandes guerreiros. Com ele aprendi que nunca devia “trocar meu oxente, pelo ok de seu ninguém”. O nordeste é uma região linda, tem um povo guerreiro, sofrido e feliz. Guarda riquezas e grandezas incalculáveis. Abençoado aquele que tem a honra de nascer numa região assim. Foi Ariano que me mostrou isso. Com ele aprendi também que não importa o quão tensa seja a situação, sempre cabe uma pitada de humor e de amor. Esses dois elementos cabem em qualquer lugar. Ariano era doce e ácido ele dizia que Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.Agora, para nossa tristeza, esse homem bom: “Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.”


Vejam bem, meus queridos mestres, os quatro, prestem o máximo de atenção, vocês me mostraram que viver é mais suave, mais fácil e mais belo porque vira e mexe Deus envia gente como vocês para aprontar das suas aqui embaixo. Tem tanta obra maravilhosa de vocês espalhadas por aqui que a saudade que já existe, e é enorme, quase não vai apoquentar tanto. Porque vocês são do tipo de gente que nasce, vive e não morre nunca mais.

Verônica

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Solteira Sim. Mas, Isso Não É da Sua Conta!



A vida de uma mulher solteira gera muita curiosidade e muitos comentários. As pessoas se incomodam com isso achando que o fato de estar sozinha torna a mulher pior que as outras, encaram as solteiras como infelizes, quando na verdade a situação é bem diferente. Existem aquelas pessoas que desejam que a mulher continue exatamente assim. Também existem aquelas que torcem para que a mulher arrume logo alguém, como se estar solteira fosse uma maldição.

Outra curiosidade que rola com freqüência é sobre a vida sexual de uma mulher solteira. Há quem queira saber se ela anda com o sexo em dias, ou se está na seca desde que terminou o último relacionamento. Eu confesso que me incomodo com esse patrulhamento. Já fui rude em algumas vezes, mais ou menos assim como no título do texto, e em outras oportunidades eu procuro me esquivar suavemente dessa conversa que em nada me acrescenta.

Eu costumo repetir sempre, não como um mantra, mas por ser uma filosofia de vida, que eu prefiro estar sozinha que mal acompanhada. Admiro as pessoas corajosas que abrem mão de um status de “Em um relacionamento Sério” numa rede social em prol da felicidade. Lamento por aquelas que continuam com seus relacionamentos falidos por se acharem incapazes de recomeçar a vida amorosa ou apenas pra ter alguém pra apresentar à família nas festas de fim de ano.

As cobranças são intermináveis, por mais que você faça, elas sempre existirão. Se você é solteira, acaba sendo bombardeada com perguntas do tipo: “Já está namorando?” “Vai ficar pra titia mesmo?” Aí você começa a namorar, as perguntas mudam, mas lá estão elas, tão desagradáveis e desnecessárias quanto: “Vão casar quando?” “Quem está enrolando quem?” Aí você casa, e na primeira reunião de família, lá vem mais perguntas: “E cadê o menino?” “Não pensam em ter filhos não?” Então, a mulher dá a luz ao seu primeiro filho, e as tias fofoqueiras e incansáveis na arte de incomodar continuam com as famigeradas indagações: “Vai ficar só nesse mesmo?” “Pensam em ter mais filhos não?” E quando o casal opta por ter três ou quatro filhos, por exemplo, os comentários mudam: “Vocês são corajosos!” “Como é que num mundo desse vocês têm esse tanto de filho.” É por aí... Porque pra essas pessoas, pouco importa se você está feliz ou não, o importante mesmo é azucrinar. E as questões familiares só mudam de endereço e de nome, mas em regra, são as mesmas.

A vida de uma mulher solteira é tranquila e descomplicada, claro que existem problemas como na vida de todo mundo. Ser solteira não significa ter menos problemas, significa apenas, sustentar uma opção de vida, com todas as consequências que isso poderá trazer. Existem mulheres que estão solteiras e sozinhas, porque querem estar assim. Priorizaram outras coisas na vida, como trabalho, carreira acadêmica, liberdade... Ou porque sofreram alguma decepção e não se sentem, ainda, preparadas para recomeçar. Existem outras que estão nessa condição, mas não vêem à hora de achar a tampa da sua panela, e até se agarram com o que aparece pela frente só pra suprir a carência. Quem se aproxima de uma mulher solteira precisa saber identificar os dois tipos.

Além de lidar com toda essa expectativa que gira em torno da condição de solteira, a mulher precisa lidar com homens que não aceitam ouvir não. Ao paquerarem uma mulher solteira, em busca de sexo sem compromisso, ou tentando iniciar uma relação mais duradoura, acham, em
sua minoria, graças a Deus, que as mulheres devem aceitar o xaveco. Nem sempre estar solteira significa estar disponível. Ocorre que os homens estão equivocados e não sabem como tratar uma mulher nessa condição. Será que eles nunca pararam pra pensar, que a prioridade daquela mulher, pelo menos naquele momento, pode ser outra? O fato é que homem carente cansa. Homem convencido cansa. Homem insistente cansa. A menos que a mulher seja grosseira ou mal educada, nada justifica que um homem fique “chateadinho” porque foi dispensado. Tenha santa paciência, né? Isso demonstra uma total falta de maturidade. E se um cara não sabe ouvir um “não” ou não tem a paciência necessária para conhecer a mulher e para que ela o conheça melhor, respeitando o seu tempo, que tipo de namorado ele vai ser? Sinceramente, o tipo que não me interessa.

É fato bíblico e histórico que o ser humano é um ser sociável e não nasceu para viver só. Embora isso seja perfeitamente possível. Que me perdoe o mestre Tom Jobim. O que difere as pessoas é que algumas não estão com a menor pressa. Priorizam a felicidade independentemente de estarem ou não com acompanhadas. Todo mundo quer um sapato velho pra pôr os pés cansados, todo mundo sonha com sua meia, ainda que furada, pra aquecer os pés gelados nas noites frias. Mas, nem todas estão na mesma sintonia. Há de respeitar o espaço, o tempo e o limite de cada um.

Quem me conhece sabe que não faço apologia à solteirice, não sou machista, nem feminista. Se incentivo o individualismo é por achar que a pessoas têm de se amarem e se bastarem, para ter um relacionamento saudável, sem carências e sem cobranças em demasia. O amor próprio é o primeiro amor que o ser humano precisa descobrir e precisa ser primordialmente cultivado pelo bem da relação.

Filha de pais separados, presenciei a infelicidade da minha mãe num casamento falido por muito pouco tempo. Meu pai foi convidado a se retirar da vida dela, quando eu ainda era bem pequena e cresci vendo minha mãe guerreira e batalhadora criar seus sete filhos sozinha. Tive o exemplo em casa, de que o amor próprio deve ser posto em primeiro lugar e que mulher nenhuma precisa de homem pra viver. O homem tem que estar numa relação porque merece estar ou porque quer estar não porque a mulher precisa dele. O respeito é mais importante que a presença.

Os psicólogos defendem a lógica de que a presença da figura paterna é indispensável na criação dos filhos. Pode até ser, mas no meu caso, não fez falta nenhuma. Minha mãe cumpriu muito bem os dois papeis e nunca deixou a peteca cair. Graças a Deus, nem eu, nem meus irmãos tivemos problemas de ordem psicológica, ou desvio de caráter porque meus pais se separaram cedo. Assim como minha mãe, vejo muitos outros exemplos de mães solteiras que dão a vida por seus filhos e cumprem muito bem o papel de ser pai e mãe ao mesmo tempo.

E para finalizar, deixo aqui o meu recado: Quem me conhece e está preocupado com a minha condição de solteira, eu afirmo: não se preocupe. Está tudo sob controle!

Se você não me conhece, mas está solteira(o) recebendo críticas e sentindo pressionada(o), vá por mim: Não entre nessa pilha! As cobranças sempre existirão!

Sozinho ou acompanhado, priorize a sua felicidade! Essa é a melhor escolha que você poderá fazer.

Verônica

terça-feira, 1 de julho de 2014

A Corneta Nossa de Cada Dia


Antes do inicio da Copa do Mundo, o temor era que as manifestações populares, e a famigerada violência que a acompanha, nos envergonhassem, assim como ocorreu no ano passado, durante a Copa das Confederações. Graças a meu Bom Deus e ao bom senso dos envolvidos, tudo não passou de ameaças. Depois, surgiram rumores de que não haveria Copa. A Copa não só está acontecendo como já ganhou o Status (no mundo) de melhor Copa de todos os tempos! Em termos de alegria, receptividade, organização, público, etc, etc... Agora, o que ecoa nas redes sociais é de que um grande esquema foi montado e o resultado da Copa já está definido. Dizem por aí que essa Copa foi comprada para que o Brasil fosse o Campeão. Bom, se isso realmente aconteceu, só esqueceram-se de avisar aos jogadores do Chile, porque no último sábado eles quase colocaram água no nosso chope. É muita falação!

Há quem pense que se você enxerga defeito em tudo e critica seja lá o que for, quem for e não importa se sua reclamação tem algum fundamento, você é inteligente. O importante é criticar pra ficar bem na fita! O que está parecendo é que ser do contra virou moda, se você critica a Copa, a Seleção, o governo, o vizinho, o trânsito, reclama do calor, do preço da gasolina, da novela, do chefe... Você fica respeitado, bem visto! Recebe 20 mil curtidas e 400 compartilhamentos. E isso faz de você uma pessoa importante.

Com a popularização das redes sociais e o poder de comunicação ainda mais extenso, vide que um número infinitamente maior de pessoas vê sua queixa, você vai receber o status de “Sujeito Culto”, o cara que é ligado, bem informado, aquele que não se deixa levar por qualquer conversa. Ledo engano! Você não será levado a sério se criticar as leis, reclamar da violência no trânsito, mas tem o hábito de ultrapassar outro carro em faixa contínua, anda acima da velocidade permitida, joga lixo na rua enquanto dirige, dirige embriagado, estaciona na vaga dos idosos e deficientes e não respeita a faixa de pedestre.

Não é justo execrar os políticos, a corrupção e o desvio de verba pública, se você fura fila, fica com o troco que a caixa do supermercado te deu a mais por uma falta de atenção, ou se aproveita da greve da PM pra saquear lojas de eletrodomésticos pra ter aquela TV de 50’’ que sempre sonhou, mas nunca teve condição de comprar. Você não está fazendo isso certo! Até para reclamar, ou melhor, principalmente para reclamar, você precisa ter o mínimo de embasamento.

Eu fiz uma breve pesquisa e descobri que na Copa de 1970, éramos 90 milhões de técnicos de futebol. Hoje, com as redes sociais em efervescência, descobri que somos 200 milhões de cientistas políticos, analistas econômicos, críticos de artes, mestres em lingüística, doutores em neurociência... E ainda há quem diga que o Brasil não investe em educação! rs é um país de pessoas muito “sabidas” que falam demais e nem sempre agem de acordo com o que pregam.

São muitas sandices que falam por aí, criticam a Seleção e o futebol meia-boca que eles têm apresentando. Nisso eu concordo em partes. Quem já viu Bebeto, Romário e Ronaldo Fenômeno em campo, aturar Fred é sofrido! Mas, é o que temos...  Então... Vamos apoiar! Pelo menos na minha casa, eu não tolero torcedor do contra. Apenas boas energias e correntes positivas são bem-vindas.

O que está claro nessa Copa do Mundo é que não existe jogo fácil. A atual campeã, e favorita ao título foi embora ainda na fase de grupos. Quem diria? Enquanto eu escrevia esse texto, a toda poderosa Alemanha, a Tri Campeã Mundial tomava um sufoco da inexpressiva Argélia. Mais cedo, a temida França (que cá pra nós não mete medo em mais ninguém) quase viu sua vaga ficar com a Nigéria que dominou boa parte do jogo. Então, não é exclusividade nossa passar no aperto. Que seja assim até a final e que fiquemos com a Taça!

Que o Brasil se una ainda mais e que as pessoas, parem de reclamar. Mau humor é chato de tolerar, ranzinzice é cansativa e cornetagem é irritante. Desejo que a única corneta que seja ouvida seja aquela bem barulhenta e que representa alegria. Que milhares de cornetas ecoem na comemoração de mais gols e na conquista do titulo de Hexacampeão Mundial.

Vai que dá, Brasil!!


* Na Bahia, corneta, corneteira e afins são gírias usadas para claissificar pessoas reclamonas que só sabem criticar.

Verônica

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Reencontro



Hoje tinha tudo para ser mais um dia na correria diária da vida. Acordei indisposta, como de costume nas sextas-feiras, nada de maquiagem e uma sapatilha rasteirinha, não estava com coragem de encarar saltão. Hoje é um dia daqueles que a gente não está afim de nada. 
Fui resolver um problema em uma repartição pública, como já fui outras vezes, nenhuma novidade. Até que ao sair da sala da menina que me atendeu percebi que hoje seria um dia especial.

Ele estava sentado na sala de espera. Ao vê-lo, titubeei por um momento, acho que frações de segundos eternos se passaram até eu conseguir perceber que era ele que estava ali. Trocamos um abraço apertado e dois beijos carinhosos. A quanto tempo não nos víamos... falamos amenidades, e por um momento eu não prestei atenção em nada que ele estava falando, só conseguia observar aqueles lindos olhos azuis brilhando e o contorno daquela boca tão bonita falando naquela voz macia. O rosto liso continua lindo e o cabelo desgrenhado de quem parece ter acabado de acordar me encanta como há... puxa vida! Acabei de me dar conta... há quase cinco anos. Nos conhecemos há um tempão!

Nós não fomos namorados, sequer ficamos. Mas, tivemos uma aproximação incrível! Uma atmosfera de carinho, admiração, respeito e uma deliciosa atração sempre permeou nossa amizade. Horas a fio de conversas no extinto msn. Olhares insistentes e atenciosos, nas poucas vezes que estivemos nos mesmos eventos. Morávamos na mesma cidade, mas nos víamos muito pouco. Estávamos sempre a um passo, ou a frente, ou atrás, de nos encontramos. Sempre com a impressão de "essa foi por pouco." Poderia intitular a nossa história de: "Eu, Você e o Quase!"

Na nossa breve e gostosa conversa ele me perguntou como vai a vida, perguntou pelo Vitória (meu time do coração) e me cobrou postagens aqui no Divã. Elogiou minha facilidade de escrever e me incentivou. Fiz um resumo da minha vida em poucas palavras, perguntei onde está morando, como vai a família e o filhinho dele. (Sim, ele casou-se!) Prometi que voltaria a escrever e cumpri. Hoje mesmo no dia do nosso reencontro. Ele me inspirou! 

Olhando assim, não parece nada de mais, pra quem está de fora. Mas, pra mim, que já gostei e ainda gosto, embora de uma maneira diferente, foi sensacional. Nos despedimos com mais um abraço, dessa vez bem mais demorado e eu lhe disse sinceramente: Foi muito bom revê-lo! Fui embora sorrindo e só então me dei conta de que não estava vestida de maneira apropriada para um reencontro tão especial. Que droga! Tô feia, sem maquiagem, meu cabelo desarrumado e sem salto! Me arrependi amargamente de ter saído de casa assim!

Não nos despedimos, foi só um até breve, como se fôssemos nos encontrar logo, logo. Mas, ele não mora mais aqui na cidade. Não sei que dia chegou, nem até quando fica. Não faço a menor ideia de quando nos veremos outra vez. Até acho que foi melhor assim, despedidas são deprimentes. O bom é que cheiro dele ficou em mim o resto do dia e meus olhos brilham ao lembrar daquele momento tão especial.

Verônica

sábado, 26 de abril de 2014

Problemas no Coração



Dia desses comecei a me sentir muito mal e vi que precisava ir ao médico, tinha de encontrar alguém que resolvesse meu problema e me desse um analgésico para aliviar a minha dor. Enchi-me de coragem e fui e busca de socorro.
Chegando ao consultório, o médico me indagou:

- Olá, minha jovem! O que lhe traz aqui?
- Eu estou sentindo uma dor muito grande, doutor. Preciso de sua ajuda!
- Que tipo de dor? Onde é essa dor?
- É uma dor muito forte. No coração. Eu tenho cura, doutor?

O profissional iniciou os procedimentos e começou a me examinar para descobrir o que me afligia. Nesse momento comecei sentir um ligeiro incômodo. Deu-me vergonha ao cogitar a possibilidade de o médico descobrir que meu problema é proveniente do mau uso e de hábitos nocivos. Ele veria as marcas causadas por desilusões sofridas, perceberia as cicatrizes que os ferimentos passados deixaram. Eu entreguei meu coração a quem não cuidaria dele. Eu confiei em pessoas que não deveria confiar. O pobrezinho foi machucado, pisoteado e desprezado. É claro que estava bem estava desgastado e a culpa é toda minha. Já faz um tempo que eu mudei meus hábitos e passei a cuidar melhor do meu coração. Eu não confio nas pessoas, nem as deixo se aproximar dele. Cuido para que ninguém o machuque mais, me esforço para que nada o perturbe. Ele vai se recuperar!

Enquanto eu viajava em meus devaneios o médico continuava trabalhando, debruçou-se sobre o meu coração examinando-o minuciosa e delicadamente.

Ao final do exame veio o diagnóstico:

- Minha jovem, você não sabe amar, você não sabe viver. Você está usando seu coração de maneira errada!
- Eu sei doutor! Eu entreguei meu coração a quem não deveria, ele foi muito maltratado. Está muito machucado.

Foi quando ele me surpreendeu com a prescrição:

- Não! Engano seu! Seu coração está comprometido pelo desuso. Faltam-lhe sonhos! Você trabalha para pagar contas, dorme para acordar no dia seguinte, come para matar a fome, estuda para terminar a faculdade. Isso não é viver. É sobreviver! Viver é se arriscar, é amar a pessoa errada, ao menos uma vez, e se permitir o devaneio. É perder-se tentando se encontrar. É ter medo de perder ao arriscar, arriscar assim mesmo e acabar perdendo, você recupera depois. É rir das próprias bobagens, é dar um jeito de ver algo positivo em tudo, por mais obscuro que possa parecer. Viver é ter uma Idéia, defendê-la a qualquer custo e abandoná-la quando julgar ser necessário. Permita-se! Viver é exercitar o afeto, a confiança, a gentileza, a paciência e, sobre tudo, o sonho! Você é jovem demais, bonita demais, saudável demais para se preocupar tanto, para se privar tanto, para desconfiar tanto. Permita-se! É bobagem procurar sentido para a vida quando já se tem cinco. Aprecie o pôr-do-sol, sinta o cheiro de uma flor, ouça o som dos pássaros, coma a sua fruta preferida, acaricie o rosto de uma criança! Permita-se! Viva! Se entregue! Seu coração está novinho em folho e ansiando novas emoções. Não o prive disso. Permita-se!

Saí daquele consultório disposta a repensar minhas atitudes e rever meus conceitos. Eu vou me permitir! Comprometi-me a voltar lá quando começasse a seguir as orientações médicas. Ranzinzice mata. Mau-humor também!

Verônica



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Meu Rítmo



Todos os dias em minhas orações, eu peço ao Pai que me ajude a lidar com as coisas miúdas. Já que as grandes sempre requerem um pouco mais de cautela, e quase nunca agimos no impulso dos acontecimentos, então, com essas não costumo me embaralhar tanto. As coisas pequenas tendem a nos cegarem, ainda que momentaneamente. Não conseguimos enxergar, de imediato, as conseqüências de uma resposta mal criada ou de uma atitude atravessada. Ou de uma colocação mais dura, por exemplo.

Eu peço sabedoria para entender, reconhecer e respeitar o fato de que as pessoas não são obrigadas a pensarem igual a mim, e não têm o dever de acompanhar meu raciocínio e nem meu passo. Preciso de traquejo e jogo de cintura pra saber conviver em grupo, respeitando as diferenças e recuando quando necessário. Peço intercessão e a benção de Nossa Senhora da Paciência todo santo dia!

Eu vivo num ritmo frenético e sou altamente imediatista. Não consigo adiar decisões e nem deixo pra depois o que preciso fazer agora. Aliás, o agora é o meu tempo. Ás vezes nem chegou a hora e eu já estou me antecipando, ou pelo menos, me preparando. Minhas decisões sempre são lastreadas em informações que adquiri pesquisando e analisando, ou por instinto. Nem adianta me dizer o que fazer, ou como agir, se eu não concordar vai ser em vão. O meu hábito de atropelo, às vezes funciona como um catalisador de problemas gera o caos e que depois precisam ser resolvidos. Eu sei que não deveria ser assim, que não estou otimizando o meu tempo e acabo criando situações desagradáveis. Mas, infelizmente, nem sempre consigo frear antes de acelerar.

Eu não sou a pessoa mais indicada pra dizer se sou uma pessoa de fácil ou de difícil convivência. 

Tenho consciência das minhas qualidades e, sobretudo dos meus defeitos. Sei que uma palavra doce num momento tenso pode mudar o rumo da discussão e sei que é possível ser dura sem ser grosseira. Mas, me acho altamente intolerante. Tenho a paciência curtinha, curtinha. Estresso-me fácil e às vezes falo coisas que não devia, falo sem pensar, sem ponderar. Arrependo-me depois, mas nem sempre me desculpo. Não que eu ache o ato de se desculpar uma demonstração de fraqueza, longe disso! Só acho que pedir desculpas demais acaba abalando a credibilidade. Não costumo pedir, nem costumo desculpar. Ah, mais um fato que vale ser ressaltado: eu sou rancorosa e não esqueço fácil. Não sou de perdoar, e se perdoar, não esqueço.

Eu tenho inveja das pessoas que são cabeças frias. Queria ser como elas e não me envolver tanto, não me preocupar tanto, não me desgastar tanto. Minha mente não para, até quando preciso dormir, (principalmente quando preciso dormir) ela fica girando, processando coisas que já aconteceram, remoendo fatos, repassando resposta, relembrando situações. Passo horas a fio remontando cena, ou sofrendo por coisas que ainda vão acontecer. Perco o sono por coisas bobas. 

Tenho uma profunda inveja de quem é manso e tolerante por natureza. Eu sou uma fera brava e um vulcão prestes a entrar em erupção. Eu queria ser como as pessoas que parecem viver de férias, conheço pessoas, que de fato, vivem de férias. Tiraram férias dos problemas e decidiram não se consumirem mais. Tenho inveja, e não nego, das pessoas que delegam dores de cabeça, que transferem responsabilidades e consumições. Se não fizer bem, elas estão passando a diante. Ah, como queria ser assim! Queria ser como aquelas pessoas que vão adiando uma situação desagradável, adiando, adiando até não precisar se preocupar mais.

Acho que as pessoas mais tranquilas são mais felizes, têm a pele é mais viçosa, o cabelo é mais brilhoso, o brilho no olhar é diferente, é um brilho calmo, é o reflexo da alma. Tenho inveja de quem não se deixa abalar por um problema, quem não conta as horas, os dias, as calorias, as moedas, as conseqüências. Queria ver e não me envolver. Se fosse possível escolher, eu, certamente, teria escolhido o lado de lá. Às vezes, sinto dores musculares, sem ao menos, ter levantado um peso. Só por carregar o peso das minhas escolhas, só pelo fato de levar nas costas o fardo pesado de quem tem a o gênio forte e a alma sensível. Compadeço-me, me entristeço, me aborreço e reconheço. É assim que sou e não se muda a essência. O que a gente consegue, com muito esforço, é melhorá-la para conviver em harmonia com as pessoas a nossa volta. Mas, não é fácil!



Verônica

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Se Não Somar Não É Amor!



Quando paramos para pensar no amor, muitas coisas são questionadas, nos perguntamos e ponderamos tanto, no final constatamos que eles vêm e se vão, nunca, ou quase nunca são eternos. 
Mas são essenciais, são vitais. Todas as pessoas que passam por nossas vidas, deixam um pouco de si e levam um pouco de nós. Moldam-nos ou transformam-nos dependendo da situação. Tudo que nos tornamos ao longo da vida, é a soma de experiências adquiridas durante anos de caminhada, tombos e continuações.

É injusto dizer que aquele namoradinho de adolescência não agregou em nada, e a experiência mágica do primeiro beijo? É injusto afirmar também que seu ultimo relacionamento não te ensinou coisa alguma, acho muito pouco provável, talvez quando a mágoa passar você verá que deixou sim, mas é uma particularidade que cada um terá que reconhecer sozinho. No mínimo, ficou a experiência, e possíveis erros cometidos não serão repetidos nos próximos relacionamentos. Amores não possuem prazo de validade, mas duram exatamente o tempo que precisam durar.

A gente nunca passa ileso ao amor. Se você se envolveu, se relacionou ou compartilhou algo com alguém e tem a estranha sensação do vazio sinto informá-lo de que não foi amor. Ninguém passa nas nossas vidas em vão, não importa a quantidade de tempo que a pessoa tenha estado com você, algum papel ela teve. Alguma coisa ela te ensinou e de alguma forma colaborou para o que você se tornou hoje.

Trazemos nos peito uma coleção de cicatrizes, algumas ainda doem, outras são feias e até assustam, você olha e pensa “até hoje não sei como sobrevivi a isso”, outras, você olha e sente orgulho de si mesma, algumas dão gosto de ver e te fazem sorrir até hoje, até machucou, mas fez um bem danado e te ensinou muita coisa. Por vezes nossos corações foram humilhados, pisoteados e machucados, mas é bom olhar e ver que, apesar das marcas do tempo e das amassaduras decorrentes dos acontecimentos, hoje eles estão novinhos em folha e mais fortalecidos. Vê-los assim, nos dar a falsa sensação de “Estarmos Prontos!”

Nunca estaremos prontos. Nem para a sua chegada, muito menos, para a sua partida.
Senhoras e senhores, gostaria de dizer: “apresento-lhes o amor! É isso mesmo! É esse emendar-se e reinventar-se. É essa mistura de alegria e dor branda e gostosa. É essa sensação de aprendizado constante. É essa incerteza desconcertante!” Mas eu não seria capaz e nem justa. Justa comigo ou com vocês. Eu não sei o que é o amor.

Tanta gente boa por aí já escreveu sobre o amor, eu já li tanta coisa. Tantos relatos, tantos contos e tantas mensurações do que possa vir a ser o amor e só chego a uma conclusão: Eu nunca vou saber, de verdade, o que é amor e nunca vou me sentir pronta. Ainda tenho muito que aprender e a experimentar!


Verônica

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ela e Eles dois




Ela sempre teve dificuldade de se relacionar, altamente exigente e desconfiada ao extremo, nunca encontrou o par que considerasse ideal. Mas o destino é uma criança travessa e lhe pregou uma bela peça. Pôs em seu caminho dois belos homens que eram completamente opostos, mas que pareciam se completar. E olha que eles nem se conheciam.

Um mais velho que ela cinco anos, excessivamente carinhoso, apaixonado desde o primeiro encontro, tinha tudo que ela sonhara: estabilidade financeira e planos de casar.

O outro, mais novo que ela dois anos, um ar de incerteza e uma sinceridade desconcertante. Ele não escondia o que pensava, mas tinha mistério no fundo do olhar. Caso alguma pergunta fosse feita, a resposta com certeza seria a mais sincera possível, mas algo precisava ser decifrado. Esse também tinha a segurança financeira que ela esperava, mas compromisso, definitivamente, não fazia parte dos seus planos.

A referência quanto às idade, era só mais um parâmetro que ela usava pra tentar sanar as dúvidas que a corroíam. Porque o mais novo se mostrava mais maduro e mais confiável que o mais velho que oferecia o céu e a terra. Deve ser justamente por isso, um promete demais, inclusive o que não pode dar. O outro nada prometia, então o que viesse era lucro. Mas isso eram só conjecturas. Sinceramente, ela não possuía nada, nem as promessas de um, nem as perspectivas do outro.

Um prestava atenção em tudo que ela dizia, e fazia questão de relembrar, nos momentos mais inusitados, alguma conversa que eles tiveram. Eles conversaram por horas, compartilhando ideias e rindo de casos que acontecia com ambos. A conversa fluía tão natural.
O outro, sempre envolvido em sua mundo, por vezes a interrompia para contar um caso. Fazia a mesma pergunta diversas vezes e parecia não prestar atenção em nada. A conversa não era tão agradável, ele se mostrava um narcisista. Isso realmente a incomodava. Relacionamento é parceria e uma parceria segura só é firmada com longas e boas conversas.

Seria possível uma mulher estar apaixonada por dois homens completamente diferentes? O que fazia muitas declarações não inspirava confiança alguma, o que nada prometia, mal falava, se declarava no olhar. Um era muito previsível e pouco confiável, o outro que carregava o ar de mistério, trazia uma sinceridade inexplicável. Certeza ela não tinha nenhuma, em nenhum dos casos.

Quando estava com um, sentia falta da segurança do outro. Quando estava imersa num mar de proteção, sentia falta da insensibilidade sincera que o outro lhe ofertava naturalmente.

A decisão de optar por um ou por outro parecia cada vez mais difícil. Ela não conseguia se decidir, então, chegou à conclusão de que algo estava errado e decidiu se afastar dos dois.

Verônica

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Amores de Estação




As redes sociais estão superlotadas de casais apaixonados. Lindas declarações de amor com textos extensos, vastos e tão rasos quanto o sentimento que eles representam.
A velocidade com que as coisas têm acontecido hoje em dia é intrigante. Os casais se encontram, batem papo por meia hora, no máximo, se identificam e daí surge a paixão. A vontade louca e incontrolável de ver toda hora, falar a todo minuto e ter conhecimento de cada passo do outro. É uma fase de puro êxtase! O desejo se sobrepõe e o sexo é maravilhoso. As mensagens de texto, ou as mensagens no whatasapp recebem resposta imediata e tudo é lindo.

Passando algum tempo, leia-se dias, (poucos dias, que fique claro) o fogo de outrora que consumia ambos, começa a abrandar em um. As mensagens não recebem resposta, a pessoa fica online no whatsapp, mas não se dá ao trabalho de responder. Ou quando responde é de maneira monossilábica, lacônica e fria. Sem muitos detalhes. O desejo até continua, o sexo também, mas já não é tão bom e tão quente como antes. Os encontros são cada vez mais raros e misteriosamente um clima tenso se instala. A queda de interesse é um fato evidente e nenhum dos dois tem coragem de admitir. Um sinal de alerta é ligado na cabeça da parte que permanece interessada.

Daí o último estágio dessa cadeia de acontecimentos acelerados é o desaparecimento da pessoa que “desgostou” as mensagens já não recebem mais resposta e nem no whatsapp a pessoa aparece mais. O lado que não está mais interessado começa a ter um comportamento estranho. Uma frieza crônica e até uma certa irritabilidade é percebida. Inevitavelmente a parte que ainda gosta se magoa, porque a parte que se desinteressou não tem coragem de jogar limpo e dizer que não quer mais. Até que a parte ofendida resolver colocar um fim no romance relâmpago e facilitar a vida do covarde. E o “foram felizes para sempre” que durou pouquíssimo tempo, fica pro próximo relacionamento.

Quando digo que os amores são de estação é por ver, dezenas de casais próximos de mim que estão completamente apaixonados na primavera não resistem a um verão. Pessoas que estão extremamente apaixonadas, mas quando o carnaval se aproxima o clima de romance se dissipa como nuvens em dias ensolarados. Ah, o amor fugaz! O mais irritante de tudo isso, é ver a falta de cuidado e respeito com que as pessoas tratam as outras. Desprezar, ignorar, tratar mal e desrespeitar só para que a outra pessoa “caia na real e veja que acabou” é feio, deselegante e demonstra profunda falha de caráter. Por que não joga limpo e chama pra uma conversa clara, explicando que não há mais vontade de ficar junto?

Os relacionamentos podem durar dois meses, vinte anos ou duas semanas o que vai ser determinante para que o respeito e o carinho continuem intactos é a forma como serão conduzidos. 
O romance pode acabar, mas isso não significa que o cuidado com a outra pessoa acabe também. Eu estou farta de relações rasas e tenho me protegido cada dia mais de pessoas superficiais e de caráter duvidoso. Deus me livre dos amores de estação!


Verônica

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A Mulher é o Reflexo do seu Homem

Ah! O amor!! O Divã hoje está enamorado e celebra junto com esse casal lindo uma data especial! Douglas e Marília estão descobrindo as dores e delícias da vida a dois! Parabéns aos Pombinhos!!!  Desejamos mais e mais amor, não só ao casal, mas a todos!! O amor é o alimento da alma! Muito amor ao todos!! Eu amei esse texto, espero que vocês gostem!

Verônica





De: Marília
Para: Douglas

Seis meses se passaram tão rápido que nem percebi, acho que me ocupei demais cuidando de casa, roupa e comida, achava que dessa maneira iria te agradar, pois essa era uma visão de mulher casada que eu tinha. Mas comecei a perceber que não era essa mulher que você queria, pois até chegou a se queixar com sua mãe da minha falta de atenção. E essa Marília também não estava me fazendo bem, parei de me cuidar e isso me levou a uma baixa auto-estima, então vi a necessidade de olhar mais pra mim, me arrumar mais e me achar mais bonita, pois dessa maneira você passaria a me admirar. Queria-me sentir desejada.

Hoje te peço perdão pela minha falta de tolerância, por ser tão incompreensiva e por querer ter sempre razão. Agradeço por você ter aturado as minhas crises de TPM. Você já me conheceu assim, se apaixonou por mim sabendo que eu era assim. Obrigada por não tentar me mudar, me moldar. Acho que precisamos recomeçar, mas pra isso você também precisa de mudança, aliás precisa reconhecer que precisa mudar. Amar é ceder. Eu não posso fazer concessões sozinha. Assim não funciona. Casamento é parceria. Preciso da sua.

Quando nós casamos, fizemos um voto de união, fidelidade, amor e respeito mútuos. Precisamos nos lembrar deles a cada manhã, ou a cada discussão. Ninguém disse que seria fácil. A partir do momento que nos unimos diante do pastor, das nossas famílias e amigos e recebemos a benção de Deus eu passei a ser a sua família e você é a minha. Deus disse: “Que o homem deixe pai e mãe e se una à sua mulher, para que ambos sejam uma só carne”, E assim nós fizemos isso quer dizer que eu tenho que viver para você e você para mim, a minha felicidade é a sua e a minha tristeza também deverá ser a sua.

Quando te propuserem algo, ou te fizerem um convite, você tem que lembrar que hoje você não singular, você é plural. Não existe você, existe nós. Lembre-se que precisamos analisar juntos se é bom ou não, se vamos ou não, se queremos ou não. Eu te prometo fazer a mesma coisa. Eu te prometo fazer a minha parte. Amar é compartilhar, é dividir, somar e multiplicar. Te prometo o melhor de mim, não espero menos que isso de ti.

A mulher é o reflexo de seu homem! E eu quero vê-lo feliz, realizado e cheio de planos e sonhos, pois assim, estarei feliz também. O casamento ideal é aquele em que ambos tem um único objetivo de fazer o outro feliz, de dividir as alegrias e tristezas, de juntos resolver os problemas, contar como foi o  dia, dar um beijo e um abraço pra derrubar as muralhas do orgulho e dizer uma simples frase: EU TE AMO.

Hoje completamos 6 meses de casados e se alguém me perguntasse se eu estou arrependida a resposta é, sem sombra de dúvidas: NÃO! Me casaria de novo com você quantas vezes fossem possíveis. As dificuldades do dia-a-dia a gente aprende a enfrentar juntos. Nossos gostos e desejos vão me moldando com amor, paciência e carinho. Você é o homem que eu escolhi para viver comigo a minha vida inteira.  


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Que Ganhei. O Que Perdi.




Ao iniciar um novo ano, ou uma nova fase, uma nova idade, ou um novo emprego é natural que façamos uma análise, um balanço do ciclo passado. Esse não é o caso.
Não quero fazer um balanço do que 2013 representou pra mim. Ao contrário dos anos anteriores, agora eu quero listar o que ganhei e o que perdi desde que iniciei essa jornada de escritas. Desde que me aventurei no mundo das letras.

Como já disse anteriormente em várias outras oportunidades, eu gosto de ler. Mas, gosto de ler o que me dá prazer. Ler por obrigação é uma tortura. Ler sem vontade é como tentar parar o relógio: em vão. Gosto do que prende minha atenção, do que desperta minha curiosidade e gosto do que me faz bem. Sentir sinceridade nas palavras ou viajar numa estória fictícia é fascinante. É justamente isso que eu priorizo quando me predisponho a escrever. Nem sempre deixo claro o que é autorreferencial ou que é fruto da minha imaginação, acho isso indiferente. Se não acrescenta, eu deixo de lado. Falo de mim e sobre minhas experiências próprias e falo também dos outros, quando a história me inclui, ou quando a pessoa em questão me autoriza a tanto.

Mas, a análise que eu pretendo fazer é em relação ao ato de escrever e o que isso acarretou ao longo desses quatro anos. O que ganhei e o que perdi. Em síntese posso dizer, sem medo de errar que ganhei mais do que perdi, até quando achei que tinha perdido, na verdade estava ganhando.

Vamos aos fatos favoráveis: Escrever me trouxe várias oportunidades. Me reaproximei de uma amiga que amo muito, mas que estava afastada. Descobri, a cada texto novo, como isso me fazia bem. Pude ver minha evolução, desde o primeiro até o último texto escrito (sem falsa modéstia eu melhorei muito mesmo e isso é notável). Recebi elogios e incentivos com através de palavras doces, escritas e pronunciadas que mudaram a minha vida. Conheci pessoas incríveis que jamais teria conhecido se não tivesse me aventurado por esse caminho desconhecido. Descobri uma válvula de escape. Pude desabafar sem ser grosseira e sem me expor. Ajudei pessoas amigas, meros conhecidos e ilustres desconhecidos com textos que puderam ajudá-los a ver a vida e o problema que enfrentavam através de uma ótica diferente. Arranquei risos e lágrimas sinceras. Pude tocar e ser tocada. Emocionei pessoas e me emocionei muito.

Agora os pontos desfavoráveis: Recebi críticas pesadas que me balançaram. Isso poderia ser considerado positivo, se não fossem colocadas de maneira tão destrutiva. Me deparei com pessoas que desprezaram o que eu estava fazendo com tanto amor e elas fizeram isso com a simplicidade de quem pede um copo d’água. Recebi ultimato, que prefiro não entrar em detalhes, do tipo: ou você para com isso, ou você vai se prejudicar. Ouvi de uma pessoa que o que eu fazia era uma besteira e eu estava perdendo tempo, porque “isso” é muito ruim. “Você é muito fraca” ouvi e calei. Fui imatura, me deixei levar pela carga negativa das palavras de quem nunca se atreveu a escrever, ou por não ser capaz ou por não achar digno. Uma pessoa assim, realmente não tem embasamento para me dizer o que o que eu faço é bom ou ruim. Perdi tempo me importando com o julgamento de quem não tinha nada a acrescentar

Quando eu estava bem cansada, com uma rotina bem puxada, as palavras amargas que eu ouvi soavam mais alto em meus ouvidos do que as palavras doces que foram infinitamente mais numerosas e mais sinceras. Eu comecei a desprezar o que fazia. Achava uma baboseira, me achava muito fraca. Escrevia e descartava. Escrevia e desprezava. Escrevi cartas para mim mesma, e prometi que jamais deixaria outra pessoa ler. Cometi um erro crasso: comecei a me preocupar mais do que devia com o julgamento que as pessoas faziam a meu respeito. Fui muito cobrada no período de ostracismo. As pessoas que realmente gostam de mim, e gostam do que eu escrevo sentiram falta. Explicava que era uma fase e estava com bloqueio, que ia passar e logo, logo eu voltaria, mas não era convincente, não convencia nem a mim mesma.

Até que um belo dia eu me peguei com vontade de escrever. Tentei, mas não conseguia conectar as idéias. É como se elas não se encaixassem. Estava faltando alguma coisa. Descobri, então que ainda estava, menos, mas ainda estava me preocupando com o que as pessoas achariam quando lessem meu texto. Eu ainda não estava preparada.

Aí hoje, numa bela manhã de terça-feira eu acordei com uma vontade incontrolável de expor o que está me inundando. E o mais gostoso de tudo isso, é que acordei com a certeza da liberdade. Eu sou livre pra escrever o que me der vontade e as pessoas são livres para lerem ou não o que eu escrevo. Gostar ou não gostar é outro quesito que podemos discutir depois.

Eu decidi que vou filtrar as críticas que receber. Quando me soarem negativas e desdenhosas simplesmente serão ignoradas. As que somarem e trouxerem uma mensagem de incentivo, ou uma dica para melhorar, serão muito bem-vindas e guardadas com carinho. Eu nunca vou conseguir agradar todas as pessoas, jamais me atreveria a isso, esse não é o meu objetivo. Não espero ser além, mas não aceito ficar aquém, quero dar uma parcela de contribuição. O que eu imagino é a oportunidade de poder ajudar as pessoas através do que eu escrevo. Vou ser cuidadosa para não perder o foco e a essência, mas não vou me ater ao fato de agradar ou de não agradar isso é consequência.

Que sejamos mais nós e menos o que os outros acham. Que nos preocupemos mais como nossa essência e menos com julgamentos alheios.



Verônica