sábado, 30 de abril de 2011

Amor é Prosa, Sexo é Poesia



O bom e velho duelo Amor x Sexo. Como eu não sou expert no assunto, vou deixar pra quem entende. Senhoras e senhores: Arnaldo Jabor:

Boa leitura!

Depois das palavras do mestre, segue uma música de Rita Lee que eu adoro. Regozijem-se!!
Quem ainda não aprendeu a diferença entre o amor e o sexo talvez hoje seja o dia.

Bom final de semana!

Beijos!!

Verônica

PS: Quem não leu o livro do Jabor "Amor é Prosa. Sexo é Poesia." Eu recomendo.




(...) O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posterior pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá...

Arnaldo Jabor




Amor é Prosa, Sexo é Poesia
Rita Lee

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um Dia Cinza

(by Cinthya)

Tem dia que a gente acorda meio “assim... assim”, sem vontade de papear muito, querendo não ver muita gente, sentindo vontade imensa de si mesmo. Tem dia que a manhã é mais cinza, que o sol é menos quente e que a gente é mais da gente mesmo. Tem dia que não importa muito o tempo lá fora, se chove ou faz sol, se tem brisa ou calor, não importa porque a gente não vai sair de dentro da gente.

Nesses dias vem uma saudade grande de lugares, de momentos, de pessoas e sentimentos. Uma saudade que veste a alma da gente como se fosse um manto, que abraça tudo o que tem aqui dentro. Às vezes a gente até chora, chora, chora. Um choro tão sentido, uma saudade tão profunda, tão concreta, quase palpável. Às vezes a gente até tenta se teletransportar para um passado. Mas aí entende que aquilo é algo PASSADO! Muito embora ainda se sinta o cheiro, o toque, o sentimento. E muito embora tudo esteja tão imaculadamente guardado dentro de nós, embora a gente queira tanto viver novamente, prender entre as mãos, segurar de encontro ao peito, nada volta e a gente vai se enchendo apenas das lembranças e se alimentando delas.

Tem dias em que a gente está triste, mas não uma tristeza destruidora. Apenas uma 'tristeza branca', do bem. Uma tristeza que até nos embeleza porque nos aproxima de nós mesmos, nos faz ficar sozinhos em nossa companhia, nos faz remexer no que está aqui dentro, no que é medo, no que é desejo, no que é nosso. Nos deixa acariciar o nosso íntimo e a gente vê como somos belos e como esquecemos de olhar para isso.

Alguns dias chegam assim, trazendo um passado que não volta, mas que é parte de nós. Um passado que 'É' e não um passado que 'FOI'. Afinal, nós somos o resultado daquilo que vivemos, então, embora eu não possa voltar no tempo, trazer de novo quem já partiu, viver de novo um amor acabado, sentir de novo o abraço desfeito, embora eu não tenha esse poder, eu sei que o que eu sou hoje é o resultado de tudo isso que eu vivi, e por isso tudo isso não sai de mim, ao contrário, é parte de mim.

Tem dias em que eu estou assim...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ela é tchutchuca, mas só gosta do tigrão!


E parece que está virando febre as "ninfetas" atacando os "coroas". Está cada dia mais comum relacionamentos entre pessoas de idade bem diferentes. As mulheres mais jovens estão buscando seu 'porto seguro' nos braços dos homens mais maduros.

Eu particularmente nunca achei idade parâmetro pra definir maturidade. Conheço jovens rapazes de cinquenta e poucos anos que não amadureceram ainda... De contrapartida conheço senhores de vinte e poucos anos que dão um show nesse quesito.

Não só relacionamento estável, mas as escapadas, as puladas de cerca geralmente são com moças mais jovens. Tenho um amigo beirando os 'enta' que está 'sofrendo' um assédio pesado de uma pirralha de 16 anos e apesar de toda dificuldade que ele põe (certamente por medo de se complicar com o juizado de menores e a policia) a danada insiste e não é pouco. As coisas estão mudando...

Os homens, por sua vez, estão adorando, é um prêmio e mais uma maneira de auto-afirmação. Eleva auto-estima e aumenta a expectativa de vida. E olhe que isso não é conversa pra boi dormir não. Eu vi recente uma pesquisa no fantástico que falava sobre isso. Vamos aos dados:

* Os homens mais velhos, quando arranjam uma mulher nova, tem medo de perdê-la, assim passam a se cuidar mais. Eles melhoram em todos os aspectos, os principais são: Saúde, estética e alimentação.

* Tudo isso se reverte em maior expectativa de vida, podendo aumentar em até 20% o tempo de vida e aumentar em 35% a qualidade de vida.

Pelo visto, até nisso a classe masculina se favorece...

Beijos!

Verônica



quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Mentes Tão Bem"


(by Cinthya)

A mentira é um pecado que todo mundo comete, não é mesmo? Uns em maiores proporções, outros em esporádicas situações. Mas, mais cedo ou mais tarde, a gente finda apelando para uma mentirazinha no intuito de tirar vantagem ou se sair bem em determinadas situações. Em verdade, a gente mente até pra gente mesmo (risos)!

E quem mente mais, o homem ou a mulher? Dá pra saber? Dá pra dosar? A ciência tem mesmo essa resposta? Bom, não sei e nem é esse o foco da explanação de hoje. Mas sei que a gente também finge que acredita em certas mentiras para tirar proveito de algumas coisas. Quantas vezes a gente vê que o namorado está mentindo, e finge que acredita só pra evitar uma confusão. Quantas meninas se envolvem com homem casado que finge ser solteiro e elas fingem que acreditam para não ‘perderem’ o partido que, afinal, lhes dá 'amor e alegrias'. Embora o cara nunca passe um final de semana com elas, nunca apareça em datas tipo Natal ou Reveillon, não atenda celular à noite, não as leve a um lugar muito freqüentado, ainda assim elas dizem: "ele é solteiro, ele nem usa aliança!" Enfim... É tudo tão óbvio! E no fundo a gente sabe que o cara é casado, mas... Fingir dá o direto de tirar proveito da situação e nos manter como vítimas (mas é bom saber que sempre vai existir um preço para isso).

Ela sabe que ele não estava estudando na noite passada, ela sabe que não se estuda em mesa de bar. Mas ele afirma que estava na casa do amigo, estudando para o concurso e  ela finge que acredita, afinal, é uma mentira boba e ele de fato estava com amigos (mas não estudando). E quantos “Eu Te Amo” são ditos por aí, só mesmo para garantir a “cama”, para garantir o perdão por um deslize cometido ou simplesmente para agradar a(o) parceira(o)!

Fingir que acredita pode ser jogo de cintura, uso da inteligência (para evitar desgastes desnecessários)? Mas a depender da intensidade e freqüência da mentira esse “faz de conta que eu acredito” não seria um sinal de falta de amor próprio e aí não teríamos um problema a ser resolvido? Tanta gente passa a vida toda fazendo de conta que acredita, metidas em relacionamentos falidos e  nem percebem que de vítima nada têm já que se agarram às mentiras para 'sobreviver'. Sustentam sorrisos e fazem a gente pensar que só nós é que somos infelizes no amor, pois brigamos, ficamos de mal e o vizinho, ao contrário, tá sempre de ''bem" com a esposa. 

Nem sempre dá pra fingir que acredita e compactuar da mentira, ok? Mas quer evitar um desgaste? Então mostra, de forma sutil, que percebeu a mentirinha, e que essa mentirinha era totalmente desnecessária. E assim, você não fica de boba e naõ cutuca uma briga.

A gente aceita uma farsa, faz de conta que acredita e sustenta isso por tanto tempo ao ponto de nem saber mais o que é ou não mentira e corre o risco de um dia cansar, desabar e ir cobrar do outro satisfação por ter mentido durante tanto tempo, por ter nos enganado, por ter nos feito de bobos. Mas... É tão vítima assim a pessoa que aceita a mentira em proveito próprio até o momento em que essa lhe faça bem? Tipo:  o cara mente que me ama e eu sei que ele mente, mas finjo que acredito porque ele é bom de cama, vou reclamar de que mais na frente? Foi uma mentira em mão dupla. Se ele mente e eu finjo que acredito, então os dois são mentirosos. A questão é que só vou querer enxergar essa verdade (ou essa mentira) quando a situação não estiver mais me fazendo bem.

Mentiras à parte, que se prevaleça o amor! E que sejamos todos felizes (de VERDADE)!


terça-feira, 26 de abril de 2011

Ser Diferente Não é Ser Monstro


O Divã entra na luta contra o preconceito, a falta de respeito e a agressão.

RESPEITO já!!

Não estamos aqui levantando a bandeira gay, dizendo que tal opção é certa e a convencional é errada. Não estamos fazendo apologia a união de sexos semelhantes. Estamos pedindo RESPEITO.
Você aí do alto do seu pedestal, se acha superior a tudo e a todos, se acha no direito de esticar o dedo para apontar erros, julgar, condenar e executar sem ao menos dar a vítima o direito de defesa. Defesa assegurada por lei. Mas que leis? Quem cria sua própria lei é você, não é? Pois muito bem...

Tenho uma base cristã. Fui educada na maneira convencional, segundo à bíblia. Na formação do meu caráter me foram passados valores que certamente a muitos não foram. Fui ensinada que homens se relacionam com mulheres, que os mais jovem respeita os mais velhos, que o que não me pertece, não me pertence MESMO, que eu devo falar sempre a verdade e tentar ser justa em qualquer situação que eu me encontre. Mas, dos valores que me foram passados o mais importante e o que eu não esqueço nunca é o respeito às pessoas. Minha mãe me ensinou que ninguém tem o direito de julgar ninguém, cada um é responsável por suas escolhas e não cabe à mim discriminá-lo por isso. Quem sou eu pra julgá-lo como errado só porque pensa ou age diferente de mim? E eu aprendi.

A homofobia é um tema que está sendo muito abordado ultimamente pois pode virar  crime e ter severas punições. Peraí, virar crime? Isso pra mim já crime. Homofobia, Xenofobia e toda manifestação preconceituosa deveria ser tratada com rigor, como crime e ter penalidade. Onde já se viu agredir, humilhar ou discriminar uma pessoa só porque essa tem o sotaque, a cor da pele ou a preferência sexual diferente da sua?

No carnaval, eu estava em Olinda, uma cena chamou a minha atenção. Um casal de lésbicas se aproximava. Íamos em uma direção e elas vinham no sentido oposto em nossa direção. Logo atrás, surgiu um grupo de vândalos uns 4 ou 5 animais irracionai, jogaram cerveja nelas inclusive as latinhas. Nós só percebemos que elas eram lésbicas devido a atitude dos rapazes, elas não estavam se beijando nem fazendo nada. Eu fiquei abismada e revoltada com a cena, nos aproximamos e perguntamos se elas estavam bem. Uma delas respondeu que estavam sim, já estavam acostumadas. Vê se pode... 

Que mal há nisso? Quando eu era adolescente eu andava de mãos dadas e braços dados com as minhas amigas e nunca fui lésbica. Quer dizer que se agora eu sentir vontade de fazer isso eu posso ser agredida ou ridicularizada? E a liberdade de expressão? E o direito de ir e vir? Lamentável certas coisas em um mundo tão 'evoluido'. Opção sexual não é parâmetro pra julgar caráter. Se assim fosse não teriamos tantos héteros desprazíveis no mundo, concordam?

Eu tenho uma amiga que é lésbica e me contou que um dia desses estava numa praça com sua namorada e estava com a cabeça apoiada no ombro da parceira e dois rapazes que olhavam de longe faziam chacota, algum tipo de comentário maldoso que incomodou a parceira. Essa minha amiga é retada e não está nem aí pra o que os outros dizem. Mas o fato de ser tratada como "um ser estranho" incomoda.

Mas uma vez reforço: Não se ache no direito de se julgar certo e condenar seu próximo. Respeite as escolhas diferentes da sua. Vamos propagar essa semente. O mundo precisa de mais respeito.

Cinthya abordou esse tema de maneira brilhante um dia desses, pra quem não leu, bastar clicar AQUI

Lembrem-se: R E S P E I T O

Beijos, pessoas!!

Verônica - A mulher que respeita o direito e a escolha de cada um.

domingo, 24 de abril de 2011

Amor, A Sua Cueca Está No Chão!


(by Cinthya)

Outro dia estávamos num barzinho e começamos a conversar sobre relacionamentos e mudanças. Um amigo disse que nós mulheres temos o dom de prender os homens com atenção, zelos, carinhos e dedicação e quando eles estão caidinhos, a gente se transforma, vira um Bicho Papão e a coisa vai perdendo o encanto. No dia eu repliquei, claro. Defendi a classe! Mas sei que ele tem razão em grande parte do que disse, não necessariamente da forma que falou, mas basta que observe os laboratórios que tenho para ver que é mesmo mais ou menos assim que acontece (salvo as exceções, claro!).

A gente se apaixona por um homem, vive dias de intensidades sentimentais e, conseqüentemente, sexuais, e é inevitável o surgimento das benditas ilusões alimentadas. Acho engraçado porque a gente vê os defeitos, as falhas dele, mas naquele momento a gente não dá a devida importância, afinal, o que tem demais o cara comer com a boca aberta ou deixar a toalha molhada em cima da cama e a cueca no chão? Isso não é nada diante do tamanho desse prazer que ele nos proporciona. E, com o passar do tempo, a gente pode mudar esses defeitinhos dele.

Mas basta que o tempo dê uma esfriada nesse fulgor inicial da paixão (e que os hábitos do rapaz não mudem com o passar desse tempo) para que o foco de visão da gente vá mudando. Aquilo que antes era tão insignificante agora tem um peso sem tamanho. Um peso tão grande que nos deixa irritada e ranzinza. Aí a gente começa a enxergar defeito em tudo que o pobre faz, sem considerar que ele sempre fez daquele jeito e a gente fazia vista grossa, pois o foco era outro.

Acho que não existe coisa mais insistente do que mulher brigando o dia todo por conta do desleixo do parceiro. A gente briga sem nem perceber. E o parceiro, na maioria das vezes não sente culpa porque afinal ele não está fazendo nada que já não fizesse no início do relacionamento. Muitas vezes eles sorriem quando a gente esbraveja e a gente se irrita mais ainda com eles.

Semana passada a minha mãe reclamava com o meu pai pela bendita toalha molhada em cima da cama, daí eu disse:

- Poxa, mainha! Ele é a escolha que a senhora fez pra casar. Não reclama (risos).

- Mas ele não era assim no início.

- Ele não era assim ou a senhora era mais apaixonada e paciente?

 Ela caiu na risada e entregou os pontos!

Uma dica: relaxemos! Não sejamos injustas. O pobre não fez nada de inédito. Saibamos dosar, usar do bom senso. Ele é o mesmo que nós conhecemos há um tempo, o mesmo que nos deu tanto prazer, o mesmo cara da conversa gostosa, do abraço forte, companheiro nas horas difíceis. Em vez de brigar, que tal analisar o que mudou, o porquê da relação ter esfriado, da nossa paciência ter sumido e, consequentemente, ter dado brecha pra que esses 'detalhes' tomassem proporção?

Mas enquanto não se chega a um diagnóstico, não seria mais interessante ceder à birra e se atirar de novo nos braços dele? Deixa a porra da toalha molhada na cama, afinal, uma noite de amor vale muito mais. Se você gosta dele, da pele, do cheiro, da voz, então deixa ele jogar a cueca suja no chão. E aproveita que ele está sem ela, o puxa pra cama e vai ser feliz!

sábado, 23 de abril de 2011

Eu Em Minha Vida

(by Cinthya)

Não sei se sou forte. Posso apenas afirmar que sei exatamente o que não quero para mim. Apenas insisto em não trilhar por um caminho que se opõe ao que prezo como princípios fundamentais para uma existência feliz. Indo ainda mais à fundo, trago para as minhas mãos a responsabilidade sobre a história da minha vida.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-Feira da Paixão, Saudade!


(by Cinthya)

Quanto mais a gente se aprofunda nas regiões, mais a gente encontra tradições que não se desfazem e nem se perdem no tempo. Hoje é Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão e eu me lembro com saudade de como esse dia era esperado o ano todo na minha amada Araripina/PE.

As crianças brincando nas ruas, com suas petecas feitas pelos pais ou por algum irmão mais velho, as comidas tão típicas dessa data: bacalhau (esse não faltava de jeito nenhum, Quibebo (em outra língua, ensopado de abóbora), peixes variados, malassada, feijão verde, maxixada, umbuzada (de sobremesa) enfim,uma infinidade de comida gostosa pra forrar a barriga do povo que estava sem comer o dia todo. Eu sempre achava engraçado que os mais velhos jejuavam, passavam o tempo todo sem comer, mas em compensação, na hora do almoço comiam por uma semana de fome. Adiantava???!!!

Os mais velhos também não podiam beber porque era um dia santo, mas eu também não entendia porque eles ficavam tontos e vomitavam depois de tanto vinho!!! Era contraditório, mas engraçado. E minha cabeça de criança ficava imaginando milhões de hipóteses para explicar aquilo.

Tinha uma coisa nesse dia que me fazia tremer de medo. Homens se fantasiavam de algo feio,com máscaras nada engraçadas e chocalhos pendurados pelo corpo, eram os temidos “Caretas”. Só em falar, eu já corria. Imagina então quando eu me deparava com um. Putz! Pernas para que te quero... Esses Caretas saiam nas ruas a pedir comida e infernizar as crianças medrosas. Ainda hoje se eu encontrar algum Careta na minha frente, eu corro. Com certeza!

Era um dia de amor, de confraternização, de irmos assitir a Paixão de Cristo à noite. De ouvirmos nossos pais orando (mesmo depois do vinho), de escutarmos a história de Jesus.

Saudade. Saudade dessa tradição que aqui não é tão presente. Saudade dos amigos que já eram meus amigos nessa velha infância (mais de 24 anos de amizade). Saudade dos tios e primos que também moram longe. Saudade dos meus avós que partiram. Saudade. Hoje meu nome é saudade!




quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma Questão de Valore$ !

(by Cinthya)

Ontem eu conversava ao telefone com uma pessoa muito amada. E em determinado momento nossa conversa rumou para um dilema: “valorizar a situação financeira ou a paz de espírito?”. E mais uma vez me vi nesse embate, nessa discussão. Mais uma vez esse assunto me batendo à porta, me perseguindo.

Expus meu ponto de vista, sobre ter a minha tranqüilidade, liberdade e paz sempre em primeiro plano. Que nenhum dinheiro no mundo compra o meu sorriso, o meu “sentir-se bem”, o meu templo interior. Que eu não tenho medo de abandonar uma situação, por mais financeiramente vantajosa que ela seja, em nome de minha paz.

As pessoas falam de dinheiro como se ele fosse a importância maior da vida, como se a razão de cada um de nós termos nascido fosse juntar dinheiro, ganhar dinheiro, ter dinheiro. Essa pessoa amada com quem eu falava ontem discorria sobre a importância de ter carro novo, importado, de ser essencial ter muita grana, posição social, casarão, gozar de prestigio e status. E em momento nenhum ele falou em amor ao próximo, em simplicidade, em respeito, em caráter, em dignidade. Não. Ele não falou em nada disso. Apenas citou dinheiro, dinheiro e dinheiro.

Eu me senti tão mal que meu estômago embrulhou. É como se esses valores tão importantes para mim não tivessem mais sentido, fossem feios, ultrapassados. Fiquei lembrando do meu pais me falando sobre ‘dizer a verdade’, tratar bem as pessoas, enfim. Me senti esquisita (de novo), me senti diferente demais, me senti uma estranha no ninho. Senti vontade de chorar, mas não chorei. Pensei em muitas escolhas que fiz na minha vida, sempre baseadas no amor, no simples. Revivi sentimentos de amor que me mantém feliz e vi que eles em nada estão relacionados ao dinheiro.

Nesse momento meu filho entrou no quarto, onde eu estava sentada, calada e imersa nos meus pensamentos. Ao me ver ali, olhar fixo e marejado ele perguntou:

- Mamãe, você está ‘tiste’?

- Só um pouco, filho. Mas vai passar.

- Fica ‘tiste’ não, Mamãe. Eu te amo!

E me depositou um beijo na face. E me abraçou forte e deu aquele sorriso lindo esperando o meu sorriso de volta e eu sorri também.

- Mamãe, quer ‘blincar’? – disse ele me entregando um carrinho.

Nós fomos brincar e eu fiquei olhando para ele e pedi muita sabedoria a Deus para que eu consiga plantar no meu filho os valores tão belos que os meus pais plantaram em mim.

Posso parecer boba, mas não sou. Eu não mudo, não quero mudar, porque quando eu for para outras esferas quero levar o mais lindo que puder dessa minha história e nada que eu tenha visto nesse mundo é mais lindo que o amor. Nada.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pavio Curto


Sabem aqueles dias que você está por um triz? Você não respondeu ao seu chefe por um triz, não desligou o telefone na cara do cliente por um triz, não mandou seu colega de trabalho ir catar lata por triz, não arrumou uma briga de trânsito por um triz? Pois é... Todo mundo vive seu momento de "Seu Saraiva" ou seja: tolerância zero.  Não! Eu não estou nesse momento. Embora tenha o pavio curto eu sinceramente não estou vivendo essa fase de querer matar o mundo. Não! Pelo menos por enquanto.

Vou me ater aos fatos, sem citar nomes, é claro, mas falando de cenas que presenciei nesses últimos dias e que chamou a minha atenção pela constância. Tem gente que parece um zagueiro pesado, só chega atrasado e cometendo falta. Outras pessoas acham que são o Jean Claude Van Damme, só chegam dando voadora e outros, por fim, são como uma onça faminta, em qualquer momento que você se aproximar estará correndo um sério risco de vida.

Adoraria ter  a sabedoria e calma dos monges tibetanos, mas estou longe, muito longe de alcançar a tão sonhada tranquilidade e pacificidade. Almejo o equilíbrio e o autocontrole, seria o ápice como evolução da éspecia, é minha meta, tento trabalhar isso em mim diariamentemo, mesmo não conseguindo por diversas vezes, ao menos tento, o bom é que localizei o ponto X do problema, já um grande passo reconhecê-lo. Fica até mais fácil quando se tem a consciência de que uma parcela do problema está em nós.

O problema é que existem pessoas que têm muito faro pra encrenca e nem um pingo autocrítica, a certeza de estar certo sempre e a inexistência de humildade também são fatores decisivos para se culminar numa 'guerra'. Pessoas assim têm um excesso de desconfiança tão impregnado em suas entranhas que qualquer coisa que se diga já é tido como ofensa ou afronta. Eu sei que a interpretação é livre, mas quando se tem uma predisposição clara para se ofender com tudo que se diga é óbvio que a convivência e o diálogo se tornarão bem mais difíceis.

O legal é fazer uma auto-análise, ver onde estamos exagerando e corrigir, pelo  menos tentar, mania de perseguição é chato e doentio, se fazer de vítima sempre é cansativo por demais, então... Parem de vestir a carapuça e achar que o mundo conspira contra você. Em muitos casos o nosso maior inimigo somos nós mesmos. Nós e nossa neurose de achar que tudo e todos nos atacam.

Senhoras e senhores "Saraivas" baixem a guarda e aproveitem a vida. Ranzinzice é auto-tortura e distrói a alma. Sorriam!

Beijos!

Veronica

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Hora é Essa!


(by Cinthya)

A gente tem a vida nas mãos. O tempo é nosso e nós somos os senhores de nossos destinos e como tal vivemos a planejar os nossos sonhos. Adiamos projetos importantes para serem colocados em prática quando estivermos em determinada situação. Casamento só depois da faculdade, filhos após a pós, ou após o casamento (tudo politicamente correto). Esperar comprar a casa própria para que o casório seja confirmado. Casa comprada, esperar mobiliar para então entrar na igreja. Mobiliou? Vamos comprar o carro, então a gente já começa com “tudo em cima”. E nisso os dias vão passando, o tempo não espera nada e a gente vai aguardando a hora certa de concluir os projetos. Esperar se sentir pronto. Esperar que tudo esteja no seu devido lugar para que então seja dado mais um passo. Esperar... Esperar... Esperar!

O que percebi na minha vida é que não existe uma situação perfeita para que determinadas coisas aconteçam. Elas podem vir à tona no meio de um caos e ainda assim darem certo. Podem acontecer no ambiente mais improvável, na fase mais instável, financeiramente falando, e ainda assim “botarem pra lenhar”.

Com isso eu vejo que não é o ambiente externo que vai determinar o tempo das coisas acontecerem na minha vida. Não são as conquistas materiais que vão determinar o sucesso ou insucesso dos meus projetos. Isso está muito mais ligado ao meu estado interior. Eu gosto que as coisas aconteçam para mim! Gosto de me sentir aberta ao mundo, ás mudanças, ao novo, ao sonho. Sempre defendi a bandeira de “Não Tenho Medo da Vida”. E comigo sempre funcionou. Eu gosto de me permitir.

O que me angustia é ficar adiando coisas por conta do que eu ainda não tenho. Eu nunca terei tudo, isso é uma verdade. Então eu opto por ter o que eu posso (isso já é muito), da forma que eu posso. Continuo lutando por mais, mas isso não me impede de viver o que tenho ao meu alcance no momento.

Eu não sei quanto tempo durará minha jornada aqui, por mais que me incomode pensar nisso, sei que cada dia vivido é um dia a menos e talvez por isso eu não goste de deixar para depois o que posso fazer hoje, pois eu não sei se terei um 'depois'.

Tenho os meus sonhos e corro atrás deles, mas não deixo a vida passar enquanto isso. Se não posso viver o sonho que não depende unicamente de mim, posso, em contrapartida,  ir gozando hoje um sonho mais simples (e não menos importante) enquanto o outro não chega. Eu não tenho medo de viver. Meu medo é 'não viver', é desperdiçar tanta coisa linda com a desculpa de que “ainda é cedo”, “só depois do diploma”, “só quando passar num concurso público”, “ainda não chegou a hora”.

O que eu ainda não vivi na minha vida, não foi por medo. Isso é uma verdade. É minha verdade. Acredito no meu poder de me fazer pronta para o novo. A minha sede de vida me faz ser assim.

Eu não me escondo atrás de planos. Eu opto pela vida, sempre!

(PS: Isso não quer dizer que quem pense diferente esteja errado, muito menos que eu esteja certa. O importante é ser feliz, porque o tempo não pára!) 

sábado, 16 de abril de 2011

A Arte de Arrancar Sorrisos (Em Silêncio)


Ontem ao abrir o gloogle eu tive uma grata surpresa, me deparei com uma homenagem lindíssima que o maior site de pesquisas do mundo fez ao mestre na arte de arrancar risos em silêncio.
Charles Chaplin foi um ícone da mímica e da comédia pastelão, um diferencial na sua época, suas expressões fortes e marcante notabilizaram e imortalizaram  ator que levou o riso a um mundo dilacerado pela guerra. Ele fez muita gente rir sem precisar dizer uma palavra.
Que os ensinamento deixados por Charles Chaplin e as frases atribuídas à ele possam nos servir como guia e exemplo.
Para comemorar o que seria o 122º aniversário dele que foi o maior "palhaço" silencioso o grande nome da era do cinema mudo deixo um poema e um vídeo.

Curtam muito, Charles Chaplin.

Verônica.


POEMA DA NOITE
Charles Chaplin

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,

mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!

Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante".



sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Ciúme

(by Cinthya)

Um sentimento tão humano, mas tão humano que não acredito que uma pessoa possa ser completamente despida de ciúmes. Por mais ponderado e equilibrado que se seja, em algum momento, em alguma situação ele aparece, surge e vem atormentar ou alimentar (dependendo da proporção) a relação.

Ciúme não é exclusividade de relacionamentos amorosos. Há gente que sentem ciúme doentio de amigos, irmãos e qualquer pessoa com quem tenha algum convívio. Basta que chegue uma terceira pessoa na área para que o monstro do ciúme comece a agir. Nesses casos o ciúme é apenas o reflexo de um indivíduo extremamente carente, inseguro e que faz das outras pessoas âncoras para sua própria vida, como se ele próprio não fosse capaz de colorir sua história e precisasse sempre do outro para, então, enxergar cores. E assim vai vivendo o que não é dele. Encosta-se em quem tem uma vida “normal” (a vida que eles não conseguiram construir) e finda por tornar-se sugador de energia.

Sempre que encontro alguém assim, procuro conversar sobre a infância, sobre a vida, o relacionamento com a família, etc. E o que eu descubro é quase uma unanimidade de relações desestruturadas no período de infância e adolescência. Pais em pé de guerra, desrespeito e falta de compromisso com a formação emocional dos filhos (em muitos casos, por pura ignorância). O resultado disso tudo? Adultos inseguros e propensos ao ciúme patológico. Quem alimenta o ciúme se sente roubado, lesado.

Algumas mulheres bonitas, com emprego e vida social ativa não conseguem manter um relacionamento amoroso porque o parceiro corre na hora que percebe a teia em que está se metendo. É necessário apenas alguns poucos encontros para as ligações telefônicas serem constantes, para as cobranças começarem a aparecer e eles, que não desejam (pelo menos não de cara) adentrar numa história mais séria, fogem como o diabo foge da cruz. E esse mesmo perfil encontramos também no sexo masculino.

Basta uma pequena desconfiança para que a mente desabe a criar situações as mais criativas possíveis de uma traição. Basta um celular não atendido para o ciúme cegar a pessoa e anular qualquer resquício de inteligência que possa existir. O ciúme doentio, como o próprio nome diz é uma patologia, um distúrbio capaz de enlouquecer uma pessoa (no caso, duas). Se não existir um auto-controle a mente viaja mesmo numa trilha perigosa e de difícil volta e a paz da relação vai por água abaixo.

Antes de embarcar de mala e cuia nessa viagem do ciúme doentio, melhor se faz separar o que é fato do que é apenas suposição. Com apenas essa atitude as chances de ser consumida pelo Bicho do Ciúme caem e muito. Outro fator importante é o diálogo, falar sobre o que se está sentindo. Conversar com o parceiro sobre sua insegurança. Isso anula a situação tensa. Os casais raramente conversam, principalmente sobre assuntos tão delicados. Se surge uma desconfiança, já se parte para a ironia e as acusações, enfim. Um bom diálogo pode salvar uma história. Ciúme não é coisa para ser abafada, sufocada. Verbalize e se livre desse monstro!

Mas o ciúme na sua dose certa faz um bem danado à relação. Dá uma apimentada, faz a gente desejar ainda mais o parceiro, agarrar com mais vontade e termos orgulho de tê-lo ao lado. E que coisa mais linda é a gente ter orgulho de quem está ao nosso lado, não? Ciúme sadio (vamos falar assim) dá gosto ao relacionamento, dá profundidade ao sexo e faz bem à história do casal.

Uma dica para se livrar desse Bicho Papão é amar-se a si mesma, indiferente de qualquer coisa. Quando a gente age assim, nem abre campo de visão para certos sentimentos negativos. E a relação flui... E se não flui é porque de fato, não valia a pena.

Então, ciúme é gostoso se vier mesclado com inteligência e sensatez.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Batom Calibre 765


Tem coisa mais admirável que uma mulher segura de si? Duvido que tenha, nesse sentido não tem mesmo. É bonito demais de ver. Existem coisas que acontecem que deixam nossa astral lá em cima, daí ficamos dispostas a dominar o mundo e desafiar tudo e todos. Usar um batom novo, por exemplo,  faz você se sentir linda, sedutora, irresistível, cheia de si e certamente não passará despercebida.

A confiança está mais ligada à atitude, à maneira como você se porta que a forma física propriamente dita, claro que se estiver se sentindo magra e elegante estará mais confiante, mas acredite, o magnetismo vai muito além disso. Se você, assim como eu, sofre com retração (eu juro que sou retraída em alguns momentos) deverá seguir algumas dicas de uma listinha básica que fiz.

1- Foi convidada para uma cerimonia e precisa ir sozinha? Vá.  Vista seu melhor sorriso e se jogue. Faça uma entrada triunfal. Nada de titubear ou ficar pelos cantos. Mire alguém lá no fundo do espaço e caminhe graciosamente até la. As chances de encontrar alguém conhecido no caminho são grandes.

2-  Saiba usar a adversidade a seu favor. Se ainda não encontrou ninguém conhecido, não se desespere, se aproxime de um grupo que lhe pareça simpático, se apresente, diga que está sozinha e inicie uma conversa. Normalmente as pessoas são receptivas e admiram pessoas que se portam assim. Ainda terá chance de fazer novas amizades.

3- Ser desastrado é normal. Relaxe. Se você sofre do mesmo problema que eu e Cinthya sofremos, calma! Tem dicas pra você também. Se derramou algo ou quebrou um copo, disfarce, rir dos próprios erros é uma excelente forma de manter a calma. Se esbarrou em alguém peça desculpas e diga que estava distraída. Se falou alguma besteira, sorria e afirme que deveria ter ficado calada. Em alguns minutos ninguém se lembrará mais do fato ocorrido.

4- Para arte da sedução também tem dicas valiosas. É fato que homem olha pra peito e bunda. Uma Carla Perez da vida certamente chamaria mais à atenção que uma Vanessa da Mata, por exemplo, mas SÓ beleza física não conquista ninguém. As pessoas admiram muito mais as pessoas inteligentes e descoladas, do que adianta ser gostosona e ôca? Do que adianta ser linda e "muda"? Se você não faz o tipo Juliana Paes, nem segue os padrões (rigorosíssimos) de beleza impostos pela sociedade explore o que você tem de melhor. Use a sua inteligência e carisma. Fique linda, use um batom poderoso se encha de si e vá em frente. O mundo será seu! Com certeza será...

O ingrediente mais afrodisíaco de uma relação é a admiração, podem acreditar. Já dissemos aqui, inteligência é afrodisíaca, alto-confiança também. Você pode ter 1,50cm, ser bem gordinha e ter o homem que você ama louquinho por você. Você pode ser a nerd, com óculos fundo de garrafa e aparelho nos dentes e ser a pessoa mais popular da sua escola, pode ir de encontro a tudo que todos aceitam como belo e ser a mais amada e admirada na roda de amigos. Tudo depende de você. O poder está em você. Use-o, explore seus pontos fortes.

A chave de tudo é se aceitar como é e focar nas qualidades. As pessoas que nos cercam esperam coisas boas de nós, não canse seus amigos ou seu pretendente a paquera falando dos seus defeitos, não mine a admiração que seu próximo nutre por você.

Seja inteligente. Ser inteligente é ser linda e irresistível.

Beijos

Verônica - A linda, inteligente e irresistível

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Seja Gentil!

(by Cinthya)



Eu ia saindo do Shopping, apressada para não perder a hora de entrar na empresa, vi o sol quente que me esperava e pensei: “Caramba, como faz falta um carro!”. Quando pisei o pé na calçada uma moça me aborda:

- Moça, você sabe onde fica o Expresso Cidadão?

- Sim. Fica aqui dentro do Shopping. – respondo apontando para o lugar de onde eu acabara de sair.

- Já entrei aí, mas não o encontrei.

- Sabe onde fica a Praça de Alimentação?

- Não.

- A PlayToy?

- Não.

- Você não é daqui?

- Não. E tenho uma prova agendada no Detran do Expresso Cidadão.

- Então vem. Me segue.

Voltei e a acompanhei até o local procurado por ela.

- Moça, muito obrigada pela ajuda, por ter me trazido até aqui. Quando eu contar, ninguém vai acreditar que ainda existem pessoas assim como você.

- “Como eu”, como ?

- Gentil!

Eu me senti uma esquisita. E percebi como nós nos deixamos envolver pela correria do dia-a-dia, como deixamos de ajudar em coisas tão simples, aquilo não me custou 3 minutos do meu tempo e, no entanto, ajudou a moça a não perder um teste importante que tinha que fazer.

As pessoas vivem muito mal humoradas, trancafiadas nos seus problemas, nas suas inquietudes, nos seus medos. Fecham-se num mundo onde apenas o seu redor é visto. Passam por cima de pedintes e sequer os olha, buzina para o motorista iniciante que deixou o carro apagar quando o sinal abriu.

As pessoas não olham para o próximo. Não dão “bom dia” ou “boa tarde”! Não cedem seus lugares para um mais necessitado. Quantas vezes nos ônibus a gente vê idosos, grávidas ou mães com bebês tentando se equilibrar em pé enquanto jovens sentados fingem não ver para não oferecerem seus lugares.

Quantos espertos furam a fila do banco enquanto os idosos esperam para serem atendidos. Quantas recepcionistas mal humoradas dão informações pela metade e complicam a vida da gente. E tudo isso devido a uma rotina estressante a que nos submetemos, onde prazos (que não fazem parte daquilo em que acreditamos) precisam ser cumpridos, onde o tempo é curto para atender tanta exigência, onde a gente se mata para fazer algo que não nos satisfaz por não ser o que sonhamos, o que temos aptidão. E assim vamos tratando as pessoas como tratamos os papéis, os relatórios ou tudo aquilo que exige de nós uma dedicação a algo que não é exatamente o que definimos como sendo o melhor.

Gentileza está além de educação e etiqueta, gentileza está relacionada com caráter, valores e ética. É um jeito de ser, é o modo de agir, é forma expressada de sua visão de mundo. É exercer consigo e com o outro o melhor de você, no intuito de promover a paz, a harmonia, o melhor para o mundo. Gentileza abre portas e portas importantes, sejam profissionais, amorosas ou simplesmente portas no coração das pessoas.

Para se ter uma idéia, um dos quesitos mais procurados nos profissionais de hoje é justamente a capacidade de ter habilidades humanas, como por exemplo, a gentileza que vai funcionar como um agente conciliador e ajudar a empresa num momento de impasse, qualquer que seja ele. Conhecimento técnico uma faculdade oferece, mas alguns outros conhecimentos são bem mais difíceis de serem alcançados e quem os tem apresenta maiores chances de destaque.

Impossível ser gentil sem antes ter amor a si próprio, amor ao próximo, saber se colocar no lugar do outro, elogiar as pessoas, saber pedir desculpas.

Gentileza traz saúde, amigos, pessoas que desejam estar ao seu redor, pessoas que gostam de ouvir você falar, pessoas que te têm como referencial de paz. Ser gentil não dói, não requer dinheiro, nem curso superior. Ser gentil faz você ser inesquecível na vida das pessoas e ativo na construção de um mundo melhor.

Faça da Gentileza sua eterna tendência! Ser Gentil não sai de moda! Gentileza gera Gentileza!

E eu não poderia deixar de falar nela, justamente nessa semana em que se é comemorado o nascimento do Profeta Gentileza que passou por aqui e se tornou eterno!


 
G E N T I L E Z A
(Marisa Monte)
 
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta








































terça-feira, 12 de abril de 2011

Acredita em anjo? Pois é, eu tenho os meus...



Sabem aquelas pessoas que Deus escolhe e diz assim:  Vai e cuida daquela pessoa? Pois é! Eu tenho esses anjos na minha vida. No momento em que eu mais precisei Deus designou uns anjos pra cuidar de mim e me apoiar. Essa reunião de anjos recebeu o irreverente e carinhoso nome de "Alminhas impenadas" e daí começava uma amizade que só se solidificaria com o passar do tempo. Crises estresse, mal humor, risos, companheirismo  e farra muita farra. Nossa história começou como uma brincadeira e só aumenta e melhora com o passar dos anos.


Em 2008 numa viagem que fizemos para Paulo Afonso, interior da Bahia, esse grupo fechou de vez e daí não racharia mais Afinal, "parceiro que é parceiro não rói a corda não". Cuidado, proteção, cumplicidade, enfim... tudo que precisa ter em um grupo. Nós temos! E de sobra temos ainda muito amor!
Cada uma com seu jeito, uma mais maluquinha, outra mais mandona grossona, outra cabeça de gelo que não liga pra nada e a outra bem mãezona... Mulheres diferentes e cada uma com suas peculiaridades. Caracteristicas distintas para mesclar e encher de tudo um pouco essa amizade linda e duradoura.



A homenageada do dia é Camila, Millinha a maluquinha mais amada da turma. Nesse dia especial, deixo registrado aqui todo o meu amor e carinho por essa pessoa tão especial, iluminada e generosa.
Mila, saiba que o prazer é meu em tê-la em minha vida.

Feliz aniversário!

Te amo!

Beijos!

Verônica

domingo, 10 de abril de 2011

Teu Pai Não Te Ama


(by Cinthya)

Estava eu revirando revistas antigas para encontrar gravuras que pudessem ser usadas na tarefa da escola de meu pequeno Pedro. E nessas antigas revistas me deparei com uma entrevista que me chamou atenção por ser um assunto que sempre me intrigou, ainda mais agora que exerço o ofício da maternidade.

O foco da entrevista eram casais desfeitos em que um dos cônjuges usa e manipula os filhos com a finalidade de afastá-los (ainda mais) do ex. Nesse caso, pelo menos no Brasil onde 95% das guardas dos filhos são concedidas às mães, as mulheres são as mais cruéis na arte de “trabalhar” a cabeça das crianças afastando-as da figura do pai.

Amores desfeitos, orgulho ferido e imaturidade associados a um egoísmo desmedido findam levando o dono da guarda a usar os filhos no seu plano de vingança contra a pessoa a quem se jurou amor eterno e que, no entanto, se foi e segue a vida sendo feliz sem a sua presença.

Muitas mães (e em proporções bem menores, pais) no intuito de separarem o filho do ex mudam de endereço sem deixar pistas, não repassam recados e nem ligações, omitem informações (como horário de escola) e, na pior e mais grave das situações criam para a criança uma imagem deturpada do pai, fazendo o filho crescer acreditando que pai é um monstro, irresponsável que os abandonou e que, por tal motivo, não merece amor e nem espaço em suas vidas.

As crianças crescem ouvindo as mães reclamarem dos pais, que o pai os trocou por outra família ou por uma vida de farras e nunca se preocupou com eles. Com isso as mães lavam seu ego e saboreiam a vingança, sem atentarem ao fato de que estão adoecendo seus filhos com a Síndrome da Alienação Parental (termo sugerido na década de 80, pelo psicanalista Richard A. Gardner).

Tão grande é o número de casos no Brasil que temos hoje uma Lei para tratar o assunto, com punições para os réus (Lei 12.318/10).

Nenhuma mágoa desse mundo (e nem de outro) justifica tirar de um filho a chance de viver uma história completa. Na reportagem, apenas quando se tornaram adultos as crianças em jogo conseguiram se desvincular da mãe e buscar a verdade. Encontraram, é certo. Mas perderam décadas de um amor que foi interrompido pelo egoísmo de um dos genitores.

Como muitos sabem, eu sou Mãe Solteira e mesmo quando eu não tinha certeza se o pai do Pedro ia ou não assumir sua responsabilidade na história do nosso filho, eu já dizia que ele (o pai) podia ter uma certeza: presente ou não em nossas vidas, ele teria um filho que o amaria com verdade, porque eu ensinaria meu filho a amá-lo. Era um compromisso meu, não com ele (o pai), mas com a saúde emocional do nosso filho.

E assim eu fiz. Ainda hoje, não permito que ninguém fale mal do pai perto dele, mesmo ele não tendo casado comigo, mesmo tendo passado três anos sem ter comigo a proximidade que eu sonhava (em relação a romance) eu sempre soube separar as coisas e preservar no meu filho a imagem do Paizão dele. Pois como pai, ele nunca se ausentou.

Se houve falhas, se deixou de fazer algo, enfim... O Pedro vai crescer e cabe a ele julgar ou não o pai, afinal o pai é dele, a história é dele e eu como mãe tenho obrigação de cultivar a felicidade do meu filho. E bom ou mau, o pai que ele tem fui eu que escolhi.

sábado, 9 de abril de 2011

O Aniversário é dela, mas o presente é nosso!


Para começar bem o texto de hoje que é dedicado a nossa maravilhosa Cinthya, posto essa foto que foi tirada no ano de 2003. O ano que nos conhecemos. Essa foto foi no extinto Alpendre onde íamos com frequência dançar um bom forró pé-de-serra ao som do nosso sanfoneiro preferido. Targino Gondim.

Pra provar que amizade sincera não acaba nunca, 8 anos depois estamos aqui, mais unidas que nunca num projeto que só nos dá alegrias. O tempo passou, o destino e o corre-corre do dia-a-dia nos afastou, mas esse mesmo destino tratou de no reaproximar e cá estamos lindas e realizadas.

O dia é de festa, é aniversário de Cinthya e nós é quem ganhamos o presente. Nós que temos o privilégio de ler as coisas lindas que ela escreve, nós que estamos perto dela, que temos o prazer da boa companhia, nós que desfrutamos da presença de espírito e energia positiva que essa moça emana, nós que rimos das bobagens e das situações complicadas que ela se mete por ser extremamente desastrada. Enfim, o aniversário é dela, mas o presente é nosso.

Parceirona, quero deixar registrado aqui todo amor e apreço que tenho por você. Saiba que eu agradeço a Deus todos os dias por ter nos reaproximado. Desejar toda felicidade do mundo pra você é muito pouco, porque você merece muito mais. Enfim, eu só posso agradecer. Obrigada por existir, obrigada por fazer parte da minha vida e obrigada por encantar o mundo com essa alma boa e esse sorriso fácil.

Feliz aniversário!
Te amo!!

Verônica.

PS: Para relembrar os bons e velhos tempos de Alpendre, deixo abaixo uma das canções que você mais gostava. Essa não podia faltar no repertório.



DANCE FORRÓ MAIS EU
 Targino Gondim
Quando o forró começar
Eu quero aproveitar
A sua empolgação...
Mil histórias pra contar
A gente namorar
Curtir nossa paixão...
Eu sinto dentro do meu peito
Que esse amor perfeito
Nunca vai terminar...
Por isso é que a gente se ama
E todo fim-de-semana vamos forrozar

Dance forró mais eu, meu bem
Pra gente se amar, não tem
Um lugar melhor que aqui
Nesse forrozão...


Dance forró mais eu, meu bem
Pra gente se amar, não tem
Um lugar melhor que aqui
Vem meu coração!




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mulher de Trinta (e quatro)!

(by Cinthya)

No salão de beleza:

- Cinthya, essa cor que você quer não fica legal para o seu tom de pele.

- Mas é ela que eu quero.

- Mas não vai ficar legal.

- Mas eu quero. Pode pintar.

E ela pintou. E sete dias depois eu cheguei lá novamente:

- Você poderia pintar meu cabelo novamente? De fato, eu não gostei muito dessa cor.

- Eu disse pra você que não ficaria legal.

- Mas eu queria ver e ter a certeza. Pinta logo esse cabelo.

Eu sempre ouvia dizer que quando a gente chega aos trinta, muita coisa muda na nossa cabeça, que a mulher sofre uma reviravolta e que, de longe se percebe o início de uma nova fase em sua vida. Comigo, graças a Deus não foi diferente.

Tudo bem que eu nunca fui dada à convenções, a rebeldia sempre me fez companhia e sempre tive um ponto de vista sobre o mundo que, normalmente difere do ponto de vista defendido pelas demais pessoas. Só que antes eu impunha esse meu jeito de ver as coisas e me incomodava se os outros não entendiam. Eu tinha uma característica que hoje sei não me levava a lugar nenhum, eu era radical por demais.

Chegando os trinta a minha cabeça se abriu para o mundo, abriu-se a minha mente e a alma pôde receber uma enxurrada de coisas novas e belas e eu fui descobrindo que o que eu defendo e acredito é meu. E que cada um escuta se quiser, entende se quiser, aceita se quiser.

Não, eu não tenho trinta anos. Eu tenho “quase” 35 e me considero uma mulher linda e não, eu não tenho a menor modéstia em falar isso. Engravidei aos 31 anos e fui uma grávida muito feliz, embora sozinha, assumi de peito aberto o meu estado de Mãe Solteira e esbanjei beleza e amor durante os oito meses de gestação. Tive e tenho jogo de cintura para não criar e nem alimentar raivas. Nunca cobrei nada do pai e, se hoje ele está conosco é porque quer estar.

Tenho uma linda relação com o meu filho, de parceria mesmo. Tenho a qualidade de vida como prioridade. Abri mão de um emprego que para os outros era “o emprego”, mas que para mim era um mal que me tirava do convívio com o meu filho e minha família. Amo a liberdade e não concordo com nada que me acorrente. Tenho alma livre.

Hoje, aos (ainda) 34 anos eu só namoro com alguém se, de fato, esse alguém me fizer bem. Eu só compro uma roupa se, de fato, eu gostar. Eu só vou para uma festa se, realmente, eu estiver a fim de ir.

Eu me libertei de falsos pudores, não vivo e não sou a imagem do que querem que eu seja, eu sou o que sou e pronto. Se gostar, ótimo. Se não gostar, pode ir passando. Não tenho medo de ficar só, aliás, adoro a minha companhia, adoro o meu espelho e a máquinha fotográfica também.

Me visto da forma que me agrada e não sigo tendência (Beto Binga, infarte! - risos), aliás, normalmente acho terríveis as roupas que a moda diz serem sucesso. O meu charme é moda e essa moda não muda.

Não tenho paciência para conversa mole, não gosto de gente preconceituosa, não sei puxar saco de ninguém e respeito o meu tempo. Tomo porre, se me der vontade. Danço a Xuxa se bater a nostalgia (aliás, por muito tempo eu sonhei em ser Paquita, mas tinha melanina demais para tanto!). Choro com comercial de TV e sonho com um casamento feliz (às vezes). Tenho orgulho da minha vida.

Admito com muita facilidade os meus erros, não tenho vergonha de voltar atrás. Não gosto de teimar com ninguém, afinal ninguém é obrigado a pensar como eu. Me calo para não ofender. Dou risada de mim mesma. Sou doce quando precisa e dou "coice" quando é necessário.

Enfim, hoje eu sei que sou muito feliz. Sei que felicidade não é um estado constante e que ela se apresenta em pedaços, em momentos, como se fossem retalhos. Daí eu posso afirmar que eu faço da minha história um grande e lindo mosaico e não me recordo de ter vivido uma fase tão gostosa quanto essa... E a cada ano me sinto melhor... Isso é vida!