quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Dor Que Dói Mais*


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.

 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


*Martha Medeiros

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ao Meu Lado

(by Cinthya)


Vivemos num mundo corrido e conturbado. Nosso cérebro vive sobrecarregado de informações, cobranças e compromissos que nos dão a sensação de estarmos sempre devendo algo, atrasados, correndo riscos de sermos preteridos, enfim. A vida tomou a velocidade da modernidade. A rapidez com a qual as máquinas respondem nossos comandos estão refletindo em nós e queremos, a todo custo, que tudo a nossa volta tenha o mesmo poder de agilidade.

Com isso vamos nos tornando pessoas pesadas e cheias de complicações. Passamos menos tempo curtindo as coisas boas que a vida nos oferece, olhamos menos para o lado, conversamos menos com as pessoas, abraçamos menos, beijamos menos, pouco falamos “amo você”. Nossas vidas, de fato, se tornaram vidas corridas, abarrotadas de compromissos e nós entendemos que precisamos ser rápidos para não ficarmos pra trás, ultrapassados.

Com isso, esquecemos o essencial. Com a cabeça cheia de tanta coisa desnecessária esquecemos o que temos de mais caro, de mais importante. Esquecemos que somos pessoas e que pessoas precisam de pessoas, de toque, de cheiro, de carinho real, de olho no olho.

Há dois dias eu estava em um local, aguardando um compromisso e percebi que pessoas sentadas uma ao lado da outra, não conversavam entre si. Cada uma estava mergulhada no seu aparelho celular ou notebook, ou iPad, ou iPod, ou iPhone. Elas riam para o interlocutor virtual. E digitavam rápido. Passavam horas assim. Mas não conversam ente si.

A gente diz ter 300, 600, 1000 amigos nas redes sociais, mas a gente nem sabe o cheiro que eles têm, nem como é o abraço deles, nem mesmo o timbre da voz quando estão tristes ou alegres. A gente digita e esquece de falar. A gente lê e esquece de ouvir. E enquanto mergulhamos no mundo virtual o mundo real que nos cerca padece sem nossa atenção.

Vamos cuidar do que é nosso. Redes sociais são maravilhosas, nos permitem interagir com pessoas do mundo todo, pessoas que provavelmente jamais conheceríamos não fosse a internet, mas não esqueçamos de quem está ao nosso lado, esperando um sorriso nosso, um abraço, uma palavra. O calor de um abraço não tem preço.

Eu adoro minhas redes sociais, meus amigos virtuais, adoro de verdade. Mas tenho muito cuidado em zelar pelos que estão aqui, ao meu lado, aguardando minha atenção e meu carinho. Pensemos nisso.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Separados Por Um Minuto




Quando eu me dei conta você já havia passado. Foi tudo muito rápido, eu tinha apenas alguns segundos para escolher. Escolher se iria com você ou se ficaria onde estava. Escolhi ficar e me arrependi. Por inércia, por falta de raciocínio lógico eu tomei o rumo errado.

Naquele momento eu não sabia que seria assim, não imaginei que, provavelmente, não teríamos outra chance. Não pensei que não poderia voltar atrás. Apenas não pensei, não agi, não fiz. Ou melhor, fiz. Mas, fiz errado. Agi errado. O tempo passou o segundo pulou, o relógio avançou e você se foi. E mesmo estando tão próximo, agora está distante e inalcançável.

As vezes parece estranho, mas eu sinto saudade do que não vivi penso como seríamos se fossemos um casal. O que faríamos juntos, como nos divertiríamos juntos. Parece loucura, mas me vejo ao seu lado rindo das suas bobagens e visualizo sua cara de bravo porque eu estou atrasada para nosso jantar. Vejo seu sorriso tenso nos minutos que precedem o encontro com a minha família, e você me acalmando enquanto me leva pra conhecer a sua. Penso no seu sorriso largo que acabou de receber uma surpresa minha e nem cabe em si de tanta alegria.

Daí me lembro que não somos um casal, e eu nunca vou calar sua boca com um beijo e nunca vamos nos beijar na chuva. Nunca vou te fazer cafuné e você nunca cuidará de mim quando eu estiver resfriada. O meu aniversário vai chegar e você não me fará nenhuma surpresa, assim como eu não vou ligar pra você no meio do expediente só para dizer que estou com saudade. Eu não vou dizer eu te amo enquanto você estiver com a cabeça deitada em meu peito, porque você não fará isso. Não passaremos tardes frias assistindo filmes românticos debaixo do cobertor comendo brigadeiro e nem passaremos madrugadas nos amando. Nossas brigas nunca vão acabar na cama, porque não brigaremos. Não brigaremos porque não somos um casal. Não somos um casal porque eu perdi o momento de falar.

É assim que a vida funciona, você faz escolhas em fração de segundos e arca com as conseqüências delas pela eternidade.Afinal, nada na vida acontece duas vezes da mesma forma. Se eu tenho esperança de te reencontrar? Talvez. Mas, de uma coisa eu tenho certeza, não será como foi da primeira vez. Minha escolha certamente não será a mesma.

Eu não sei se seríamos um casal ou teríamos apenas um caso. Eu não sei se você faria o meu tipo e eu faria o seu. Não sei se haveria reciprocidade. Só sei que naquele momento, eu tinha de escolher. A cabeça pensou uma coisa, o coração gritou essa mesma coisa e a boca disse outra totalmente diferente e quando o improvável aconteceu que é cabeça e coração concordarem a boca vai lá e estraga tudo. O resto do corpo sem controle, termina de fazer a lambança e só resta o arrependimento de ter feito o que não devia e mais ainda de não ter feito o que realmente deveria.


Verônica

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Caio F. Abreu


"Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos… Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. 

Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. 

Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. 

Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. … E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura."

Caio F. Abreu

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Vai Dar Certo!


(by Cinthya)

Tem gente que me julga ingênua ou utópica. Dizem que acredito naquilo que não acontece ou ainda que eu mascaro as coisas numa felicidade ilusória, como se vivesse alienada, perdida com minha fantasia de Cinderela em meio a floresta de lobos, corvos e carcarás. É falam muito isso sobre mim. Me julgam por conta disso, mas... Nada posso fazer, afinal, cada um tem liberdade para pensar o que quiser e eu escuto, desde, é claro, que se mantenha o respeito.

Então, acredito que minha postura diante da vida é a mais sábia que poderia escolher. Se o problema existe e eu o sinto, me movo para mudá-lo. Se não consigo de imediato, tento pelo menos moldá-lo. Se ainda assim eu não consigo êxito, então eu tento mudar o meu jeito de encará-lo.  Afinal, nem tudo depende unicamente de mim. Eu faço a minha parte com a maestria que sei fazer. Faço o melhor que puder fazer, mas nunca vou entregar os pontos, ainda que as coisas não saiam da forma que eu espero.

Se eu posso optar por rir ou chorar, não duvide que será a minha gargalhada que alcançará seus ouvidos. Se eu posso escolher entre cansar com um fardo ou dar levez ao peso, levarei o peso como se ele fosse uma pluma e para isso basta eu mudar o que posso: o meu jeito de encarar as coisas. A paciência é característica dos vitoriosos. Saber manter a calma e a clareza, saber segurar a positividade, saber que uma batalha não é uma guerra, e sim um pedaço dela. Se perde uma, ganha-se outras.

Tudo é questão de atitude. Focar no que for melhor. Mirar no que se deseja. Canalizar as energias para os acontecimentos bons. É velho o pensamento de que “há muito mais entre o céu e a terra do que julga a nossa vã filosofia”. Já pus isso à prova e funciona. Quanto mais eu me deixo envolver por coisas ruins, mais o poço me suga. No entanto, quanto mais eu repito pra mim mesma que vai dar certo, mais força eu ganho e mais rápido a mudança positiva acontece.

Para mim é  muito lógico. A gente consegue sim mudar o rumo dos nossos pensamentos. A gente escolhe o que alimentar dentro de nós. É trabalhoso? Sim, é trabalhoso. Mas é muito recompensador. Quando desenvolvemos o otimismo, a luz, a positividade, os problemas embora não sumam, se tornam mais fáceis de serem tratados, enfrentados, eliminados. Pessoas com a mente aberta, com a alma leve têm uma tendência maior a acertar nas escolhas, a superar os obstáculos a vencer as guerras que sempre surgirão.

Vai dar certo. Eu sei que vai. Estou trabalhando para isso, incansavelmente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Divórcio


“O divórcio é o rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil. É uma das três maneiras de dissolver um casamento. Fonte: Wikipédia


Quando decidimos compartilhar a vida com outra pessoa, a gente quer que seja eterno. Sempre planejamos um futuro longo e o divórcio, definitivamente, não entra nos planos. Ao introduzirmos uma pessoa em nossa vida, assumimos o compromisso com ela, e com nós mesmos, de termos uma vida em conjunto, formamos uma equipe, um casal, uma família, a gente resolve as coisas juntos, a gente planeja junto, a gente sonha junto.

Inevitavelmente um estará nos planos do outro e é assim que funciona. O amor, a paixão, a admiração é o tempero e é o que dá liga e consistência ao casal. Por uma infinidade de motivos, as coisas podem desandar, sair dos trilhos e começar a dar errado, mas aí é que entra outros, e importantíssimos, elementos que servirão para manter a relação de pé. O compromisso, a paciência, a parceria, a boa vontade a compreensão serão os salvadores da pátria.

O divórcio é o extremo, é a última das opções, é a desistência do “jogo” é literalmente o fim da linda. Só acontece quando não há mais nenhuma opção, quando não há mais nada a se tentar. Mas, pode ser o inicio de um,a nova era, conheço diversos casais que ao se separarem tornaram-se grandes amigos e viveram muito bem. Cultivando a boa relação garantiram a felicidade também dos filhos. Conheço também casais que insistiram numa relação falida e acabaram perdendo o respeito, o carinho e até a amizade um pelo outro, foi falta de maturidade e sabedoria de ambos deixar chegar a esse ponto. Cultivar o respeito que ainda resta é a melhor maneira de colocar um ponto final numa relação.

 Saber a hora de abandonar o barco antes que ele afunde é uma questão de sobrevivência, é muito, muito importante. É uma decisão nada fácil, é você deixar para trás tudo que planejou, tudo que sonhou. É você pensar que daquele ponto em diante será por sua conta, você terá que caminhar sozinho, mas uma hora essa decisão terá de ser tomada, se você já tentou de tudo e a relação não melhorou, as coisas não entraram nos trilhos, a sintonia não voltou, é porque é hora de tomar a tão importante decisão. Arrastar por anos e anos uma situação que não tem mais solução é prolongar sofrimento, é perder tempo, é causar ainda mais dor, em você, na outra pessoa e nos filhos que estarão no meio dessa situação. Sou filha de pais separados e adepta da máxima “prefiro um casal separado e feliz, que juntos e tristes!”

Nunca me casei, nunca me divorciei, mas abri mão de uma relação que não estava me fazendo feliz. Abortei planos e sonhos em conjunto para defender a minha felicidade. Tinha ao lado uma pessoa que já não me completava mais e já não queria mais as mesmas coisas que eu. Fiz o que pude para salvar a relação e manter firme os planos de casamento, mas não dependia só de mim, ele também precisava querer a mesma coisa que eu e ele já não queria mais. Sofri, chorei, pensei, ponderei... Quando tomei a decisão senti uma alivio tão grande. Já não haveria mais casamento, eu estaria só dali por diante, me senti triste, frustrada, abandonada, envergonhada, mas, de certa forma, que eu não sei explicar, aliviada.
Descobri que separar-se é uma das decisões mais difíceis na vida de um casal. É uma das decisões mais difíceis de uma pessoa tomar. Mas, em alguns casos ela é inevitável. Não faço apologia ao divórcio. Não defendo a individualidade extrema, defendo apenas a felicidade e o cultivo ao amor próprio como amor primordial.

Casados ou divorciados meu desejo é: Seja Feliz!

Verônica

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Alienação Parental!


(by Cinthya)

Já escrevi sobre esse tema, mas vendo hoje uma cena de novela, senti a necessidade de expor mais uma vez a minha opinião sobre um assunto tão sério e de consequências tão drásticas.

Alienação Parental não é brincadeira. É crime. Usar os filhos como arma contra a pessoa que lhe feriu o orgulho é mais do que infantilidade, egoísmo, imaturidade, descontrole. É crueldade. Usar da inocência da criança e manipulá-la contra o pai  (ou a mãe) só pelo fato de uma separação ou de um casamento que nunca aconteceu é um absurdo. É inadmissível.

Conheço casos onde os adultos envolvidos na história têm menos noção de responsabilidade do que as crianças. Pais que perdem por completo o controle sobre seus sentimentos, que se julgam vítimas da vida, vítimas de amor falido, de uma relação abortada. Pais que tomam o cônjuge (ou ex cônjuge) como inimigo fatal e contra eles usam a sua maior e mais poderosa “arma”: O Filho!

Pessoas mal resolvidas estão por trás desse quadro. Pessoas que não se aceitam, que não aceitam suas “derrotas”, que não aceitam terem sido deixadas pra trás, preteridas, jogadas para escanteio. Sei que não é agradável, mas isso passa muito longe de ser embasamento para sacrificar a saúde emocional de uma criança, principalmente, sendo essa criança o seu filho.

Como muita gente sabe, sou mãe solteira. Tenho um filho de um relacionamento casual. Embora o pai jamais tenha mencionado a palavra DNA, não assumiu o “pacote” inteiro. Doeu? Óbvio que sim. Eu senti revolta em algum momento? Claro que sim. Eu chorei muitas vezes e me senti uma merda? Sim, aconteceu tudo isso comigo. No entanto, nunca coloquei meu filho nesse emaranhado de sentimentos meus em relação ao pai dele.

Meu filho jamais me ouviu falar mal do pai dele, muito pelo contrário. Ele tem o pai como um herói. Faço o melhor que posso. Engulo o orgulho até o fel doer no meu estômago, mas não mancho a imagem do pai diante dele.  O meu filho vai crescer e vai caber a ele julgar as atitudes do pai dele. Não cabe a mim esse papel. O meu papel é zelar pela saúde e pelo bom crescimento dele e isso eu faço. O resto, eu engulo, passo por cima. Se doer muito, eu afundo o rosto no travesseiro e choro escondido. Me resolvo com as minhas dores. O meu filho não tem nada a ver com isso. Afinal de contas quem “escolheu” o pai e as circunstâncias da minha gravidez fui eu.

Gente, as crianças não somos nós. Nós somos os adultos responsáveis pelas crianças. Vamos brincar de levar a sério o bem estar de nossas crias? Nossos filhos são tesouros. Vamos zelar pela felicidade deles. Nosso egoísmo, orgulho ferido ou dor de cotovelo não podem JAMAIS respingar na vidinha deles. Eles são puros. As impurezas existentes são nossas, então, que apenas nós sejamos responsáveis por limpá-las.

Alienação Parental É CRIME! Abra o olho!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sendo Bom No Que Faz


Para ser bom no que faz...


Para ser bom no que faz, você precisa fazê-lo com amor, com vontade, com afinco.

Para ser bom no que faz é bastante que se tenha, primordialmente, vontade.

Para ser bom no que faz não é necessário anos e anos de estudos acadêmicos e pesquisas profundas, basta estar aberto ao novo.

Para ser bom no que faz é preciso estar atento às minúcias.

Para ser bom no que faz é preciso ter humildade.

Para ser bom no que faz é preciso conhecer seus limites e respeita-los.

Para ser bom no que faz é necessário observação.

Para ser bom no que faz você precisa fazer, errar, aprender com os erros e fazer de novo.

Para ser bom no que faz basta saber que a vida, e todas as coisas que a compõe, são ciclos, e esses ciclos têm um final. Enxergar o final é importantíssimo. Aí vem o recomeço.

Para ser bom no que faz você precisa se comunicar. Ninguém consegue ser bom sozinho encarcerado em uma ilha.

Para ser bom no que faz você precisa de pontes, não de muros.

Para ser bom no que faz é necessário querer ser bom e buscar isso com todas as forças, é necessário esforço ao máximo, mas o importante mesmo é a consciência de que você nunca será bom o bastante. Sempre haverá o que melhorar.

Eu quero ser boa no que eu faço. Quero ser boa para as pessoas ao meu redor, minha família, meus amigos, nos meus relacionamentos, eu quero ser boa no meu trabalho, quero ser boa nos estudos. Eu tento. Eu dou o melhor de mim. Embora, saiba que isso é aquém da minha vontade. Ser bom é uma questão de interpretação de quem vê. Ser a melhor é uma questão de como você o faça. Dando o melhor de si você terá a consciência se saiu-se bem ou não.

Então, pra retificar: Eu quero ser a MELHOR no que eu faço.

Verônica

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Das Coisas Simples Da Vida


(by Cinthya)

Não adianta tentarem provar o contrário, para mim, as coisas que mais trazem felicidade são aquelas mais simples. São aquelas aparentemente pequenas, que passam quase desapercebidas aos olhos de quem não sabe viver. Aqueles gestos pequenos, mas de uma sinceridade sem tamanho. Isso pra mim é felicidade, a real, a autêntica.

Então era prévia do aniversário do Tatau da Banda Ara Ketu e nós, como fãs que somos, decidimos fazer uma surpresa para ele. Eles tocariam na cidade dois dias antes do aniversário. Compramos um bolo, e organizamos uma “mini festa surpresa” para ele. Com a ajuda importantíssima da produção da banda, nós esperamos na rua do Hotel.  Cinco adultos e uma criança dentro do carro. E muitos, muitos balões que enchemos ali mesmo. Então eramos, nós seis, o bolo, as lembrancinhas, as balas, os balões e todo o calor de Petrolina. A gente ria tanto porque em determinado momento alguém disse: “Vamos parar de encher balão porque daqui a pouco a gente vai precisar escolher quem fica dentro do carro... Nós ou os balões!”.

De repente a banda chega e saem do carro-sauna aquelas pessoas loucas com um monte de balão (estourando) e rindo muito. O Tatau olhou e imaginou tudo, menos que fosse pra ele. Então ficou surpreso, sem jeito e feliz. Subimos para o restaurante do Hotel e lá cantamos os parabéns, com toda a banda reunida. Com direito a chapeuzinho e tudo mais.

De presente o Tatau ganhou futebol de botão, peão, gude, soldadinho de plástico. Ele amou. Começou a falar da infância, que foi campeão de botão, que era muito divertido. E foi muito bom ver a euforia com que ele abria a embalagem, como se de alguma forma aquele presente tão simples fosse uma ponte entre o homem famoso e o menino pobre de outrora. Ele emocionou-se. Foi nítido e prazeroso ver isso.

Ele também recebeu um escapulário como desejo nosso de proteção para ele. E ele o pôs na mesma hora. E foi com ele para o show. E agradeceu em público pela surpresa que fizemos, que ele ficou mesmo muito feliz pelo carinho, pela sinceridade e pela festa. É, nós o surpreendemos, da forma mais positiva. Da forma mais simples.

Tatau não tem tudo o que quer porque, segundo ele, ninguém tem. Mas ver a felicidade dele ao receber coisas tão simples, ver a expressão dele ao relembrar a infância e os joguetes de guri foi muito bom. Nos deu uma sensação de provar aquilo que sempre pregamos, de ver acontecer aquilo que sempre defendemos. A felicidade existe e ela vem em pedaços. Aproveite. Curta. Faça a sua parte.

Ontem foi um dia especial nas nossas vidas. Conseguimos fazer alguém feliz e essa era a única intensão. E não precisamos de nada além da sinceridade e da simplicidade. É isso que vale. É isso que levamos.

Felicidades, Tatau! 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Medo Do Amor*


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê. 

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. 

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. 

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. 

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

*Por Martha Medeiros

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Má Vontade das Pessoas



Coisa ruim é gente com má vontade. Tô pra ver...

Tem gente que sente prazer em ajudar os outros, já existe gente capaz de ver outras pessoas morrendo e não dá socorro. Algumas vezes estamos numa situação tão difícil que tudo que precisamos é de ajuda. Não necessariamente financeira, nem que a outra pessoa ponha a mão na massa. Só um ombro amigo, uma companhia para nos ouvir, um palavra de conforto.

Procuro dar sempre para as pessoas o melhor de mim, tive uma educação assim, solidária, sou filha de uma mulher muito generosa, então,pra mim ajudar o próximo é fácil e acho que essa qualidade deveria vir de fábrica, em todas as pessoas. Me decepciono, me entristeço, me aborreço quando vejo pessoas ruins, egoístas e individualistas. Algumas pessoas parecem sentir prazer em não ajudar. Outras, podem ajudar e isso não custaria nada, mas ainda assim o fazem como se estivessem indo pra forca.

É tão bom viver num mundo onde você pode fazer o bem para as pessoas e receber o bem de volta. Eu mesma tive várias experiências incríveis onde já contei com a solidariedade de amigos e de estranhos. É reconfortante ser auxiliada por pessoas que você nunca viu na vida.

Por isso, solidariedade é o que desejo para todo mundo!


Verônica

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"Aprendi A Me Virar Sozinha"


(by Cinthya)

Nós somos o resultado das escolhas feitas. Somos o reflexo de tudo o que vivemos, de bom e de ruim. Nós somos a resposta a tantas perguntas lançadas. O resultado de tantos “nãos” ouvidos e muito “sim” proferido. Somos o resultado final de momentos de silêncio, de gritos abafados, de palavras engasgadas na garganta. Nós somos o resultado de nossas lágrimas derramadas, das dores sentidas, da forma que escolhemos para encarar as situações e seguir.

Eu aprendi, desde muito cedo, a me virar sozinha. Nunca fui a preferida do papai, comecei a trabalhar muito cedo e não parei mais, não aprendi e nunca gostei de dar satisfação sobre as minhas escolhas. Sempre fui desgarrada nesse sentido, pois essa foi a forma que eu encontrei de me defender das coisas que me machucam.

No campo amoroso, nunca tive alguém que fosse necessário para o meu respirar, o meu viver. Quem chegou mais perto dessa condição, me mostrou à duras provas, que não é bem por aí que a banda toca. Quebrei a cara e reforcei a ideia de que era mais seguro continuar esperando apenas de mim. Valorizar a minha liberdade e respeitar sempre a liberdade do outro.

Eu não sei o que é ter alguém para segurar a minha mão todo o tempo. Para dividir os problemas, os medos, as inseguranças que aparecem vez ou outra. Eu não sei o que é ter uma pessoa para me acariciar os cabelos quando chego ao ápice do cansaço. Eu sempre me virei sozinha. Não tive outra opção. Sempre tive que segurar a barra e seguir, sem nem olhar pra trás.

O lado bom de tudo isso é que aprendi como ninguém a lidar com a adversidade, aprendi a ser forte, resiliente. Aprendi que não devo contar com o ovo no cú da galinha, que as pessoas podem ir na hora que desejarem ir, independente da minha vontade de que elas permaneçam. O bom disso tudo é que eu virei um tipo de rolo compressor que saio passando por cima de tudo o que tenta me derrubar. Aprendi a ser forte, e algumas vezes, desconfiada. Aprendi a ver e tocar para então, crer. Preciso de provas concretas, caso contrário nada feito. Aprendi a respeitar a vontade alheia, da mesma forma que gosto quando respeitam a minha. Desenvolvi um individualismo quase que natural. Onde eu posso estar só e ainda assim estar bem.

Mas, existe um lado ruim. Não consigo adular as pessoas. Não sei implorar o amor de ninguém, até porque acredito piamente que amor não é algo que você alcance dessa forma. Não sei pedir um “sim” quando recebo um “não” . Se ele quer ir, não sei puxá-lo pelo braço e pedir que fique, por mais que eu queira que ele fique. E eu até quero. E eu até descobri que sou capaz de querer, de abrir mão de algumas coisas em prol de uma história. Eu até me vi querendo querer, e quis. Mas não aprendi a ficar calada quando duvidam de minha índole, de minha lealdade, de minha dignidade. Ainda não consigo.

Então, eu aprendi sim a me virar sozinha nessa vida. Sofro um bocado, mas chego lá. Dou meus pulos e me ajeito. Não me rendo facilmente. Mas isso teve um preço, a minha paciência é pouca para certas coisas. Fiquei muito prática, ou é ou não é. Isso às vezes atrapalha. Mas essa é a contrapartida da qual eu não consegui escapar.

Vamos levando. Ainda não acabou. Nada é estático e imutável. Talvez eu ainda me molde. Talvez ainda dê tempo. Talvez... Talvez eu ainda aprenda a baixar a guarda, a pedir que fique comigo quando percebo que ele quer partir. Quem sabe...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O Amor!



O texto a seguir, peguei na internet. No facebook e não sei exatamente a quem pertence a autoria, mas posso garantir que nunca vi um texto tão completo, simples e belo. Quem souber de quem é põe aí nos comentários, por favor!

Boa leitura!


Verônica



O amor

O amor, não é pela pessoa que nos faz bem o tempo inteiro, por muitas vezes essa pessoa pode te irritar, até pode ser a pessoa com maior capacidade de te irritar, mas também, essa pessoa é a que mais te faz sentir bem, o que sente perto dela é inexplicável, não como borboletas no estomago como dizem, isso é paixão, mas algo além disso, uma felicidade por ver a pessoa feliz, e sentir que quer aproveitar cada segundo ao lado dessa pessoa.
Não, não é a pessoa mais bonita do mundo, nem o sorriso mais perfeito, e sim a pessoa mais perfeita pro seu mundo, pois mesmo que conseguisse seguir sem essa pessoa, não seria a mesma coisa, pois nada teria a mesma cor.
Também não é algo que você não duvida nunca, as vezes pode passar pela sua cabeça, será que gosto mesmo? em momentos tensos, mas é só olhar nos olhos da pessoa amada e nada mais importa, os olhos, não perfeitos, mas que é pra você tudo, que as vezes fecha os olhos pra poder ver.
As vezes quando fala da pessoa você sente como se ela estivesse do seu lado, até parece estranho, ai você mede as palavras, pensando que a pessoa está do seu lado, afinal, parece que tudo o que fala ao lado dessa pessoa pode parecer exagero, mas não é, e quando se dá conta que não está do seu lado, vem uma felicidade e tristeza ao mesmo tempo, bom pela conecção que tem, ruim pela distancia.
Quando fala ao telefone, é tão bom, porque a voz dessa pessoa faz sentir mais perto.
Tudo enfim, cada linha, cada traço, é algo bom, como um lugar que você gosta, pode achar algumas coisas estranhas no começo, mas com o passar do tempo, você ama cada parte, cada centímetro e reconhece e se sente bem. Mesmo explicando tanto, inexplicavelmente bom... Assim, simples e complexo é o amor...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Rapadura É Doce... Mas Não É Mole Não!

(by Cinthya)

Todo mundo um dia passa pelo seu “inferno astral”, “momento de crise”, “dia gris” ou seja lá como queira intitular essas fases inevitáveis que surgem sem serem chamadas, sem serem desejadas, sem serem bem-vindas. Impossível fugir delas. Um dia ela chega e isso vale para todos. Independente da classe social, da cor da pele, da cor da alma. Um dia você vai abrir a janela e o sol estará por trás das grandes nuvens cinzas. Nuvens carregadas.

Como um grande ciclo, uma engrenagem que funciona independente de sua vontade as fases da nossa vida se alternam. Ora antecipando primaveras. Ora esticando invernos. Essa alternância parece existir indiferente da nossa vontade. Como se uma lei maior comandasse os dias, os ciclos, as fases pelas quais precisamos passar. Os sabores e dissabores estão aí para todos. A condição de “estar vivo” é provar um e outro.

Então as fases ruins vão chegar, ainda que não seja essa a nossa vontade. No entanto, nós podemos escolher a forma de encará-las, de enfrentá-las, de vivê-las. É opcional o jeito que a gente lida com os problemas. O tamanho que ele tem é exatamente determinado por nós. É a nossa força ou fraqueza que faz o problema ser pequeno, e fácil de resolver ou gigantesco, a ponto de nos engolir.

É a nossa fé que vai nos conduzir pelo caminho da praticidade em resolver tudo, encarar tudo com a maior leveza possível e, se possível, rindo de nós mesmo ou vai nos deixar caídos, inertes, como marionetes vivendo à própria sorte (ou falta dela). É nosso o poder de escolher a forma como queremos encarar os nossos dias, sejam eles de luz ou de sombra. É nossa a capacidade de se fortalecer diante das adversidades, de usar os problemas como escada rumando sempre para o alto. É nossa a maestria de chorar somente o suficiente para aliviar a carga e depois, enxugar as lágrimas e tocar o barco adiante.

Problema sempre vêm em cadeia. Um puxando o outro e por tanto a atenção à forma como nós os encaramos é essencial. A vigilância tem que ser constante. Nada de render homenagens a problemas. Quem merece ser homenageado no palco da nossa vida somos nós mesmos e ela, claro, A Vida!

Opte por ser maior e mais forte. Você pode até não ter o poder de acabar com o problema que insiste em te perseguir, mas você pode escolher a forma de encará-lo. Então, escolha ser mais forte que ele. Você pode. Em verdade, você é!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Liberdade Sexual


Há algumas décadas a homossexualidade era assunto proibido. A bissexualidade, então, nem se fala. Era inadmissível.

Hoje as coisas mudaram e tá tudo liberado. A liberdade sexual está cada vez mais em alta. A bissexualidade virou moda.

"É tendência..." "O mundo é bi!"

A bissexualidade inclusive é o terror, o pesadelo dos homos.

Essas e outras frases são cada vez mais comuns.

A seguir algumas historinhas que exemplificam isso. Historias reais e com pessoas próxima.

"Eles namoravam há quase uma década e com o passar dos anos ela foi percebendo os gostos, digamos, estranhos, do namorado. Chegou um momento em que ela não suportou mais tanta diferença e terminou o namoro. Poucos meses depois ele saiu do armário e assumiu publicamente um relacionamento com outro homem. Relacionamento que ela descobriu ser antigo, bastante antigo."

"Outro casal de namorados que tinham uma relação antiga e a namorada terminou por 'não estar certa do que sentia' e alguns meses depois do término todos souberam que a decisão que ela havia tomado para assumir publicamente um relacionamento com outra mulher. Passando mais algum tempo, ela terminou com essa mulher para casar-se com outro homem. E há quem diga que a sua escolha ainda não foi definitivamente tomada. Ela realmente não sabe o que sente."

"Ela saiu com uma amiga pra um barzinho e lá pelas tantas recebeu, do garçom, um bilhete da mesa ao lado. Um gatinho mega charmoso que ela já havia reparado e eles já haviam trocado alguns olhares. No bilhete ele se apresentava, a elogiava e pedia o número do seu telefone. Trocaram algumas mensagens de texto, e a paquera não passou daí. Ela precisou ir embora. Marcaram praia para o dia seguinte, mas ambos haviam bebido demais e não rolou. Alguns dias depois ela soube que o tal gato, charmoso era affair antigo de um advogado bastante conhecido da cidade."

Não defendo a homossexualidade, nem a bissexualidade, nem a heterossexualidade. Defendo a felicidade e a liberdade de escolha. Cada um seja feliz como achar conveniente.

Hetero convicta sinto que antes de me relacionar com uma pessoa, preciso conhecê-la um pouquinho se não quiser ter surpresinhas desagradáveis.

Felicidade a todos e as suas respectivas escolhas.

Verônica

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Por Que É Assim Que Sou

"CRÔNICA DE DOIS


(By Cinthya)

Do inesperado a vida faz nascer histórias que vão recheando a nossa existência, encaixando as peças, encontrando o sentido de tudo o que parecia perdido. Numa manhã qualquer você poderá estar recebendo um presente tão lindo que fará parte de sua vida por um tempo suficiente para se tornar inesquecível.

E de repente, os conceitos vão sendo moldados, os muros da resistência vão sendo demolidos, tijolo após tijolo, um a um, à medida que o amor vai ganhando confiança em seu coração.

Aquela idéia de não mais se apaixonar, de nunca querer casar, de não aceitar mais construir sonhos a partir da palavra “dois” vai sendo esquecida, engavetada, abolida de sua nova “Cartilha da Felicidade”.

Você volta a ter aquele brilho lindo no olhar, a sentir que o Pólo Norte algumas vezes se transporta para dentro de sua barriga, provocando aquele gelo gostoso quando você pega o telefone para falar com o ser que, conseguindo driblar o seu medo de amar novamente, se infiltrou dentro de você.

Agora tudo parece ser muito engraçado, bonito, cheio de vida, de luz. Sorrimos por qualquer coisa, para qualquer pessoa que passe ao nosso lado. Dizer “Bom Dia” nunca foi tão prazeroso, acordar e agradecer a Deus por mais um dia é uma tarefa feita de coração.

O nosso pensamento é povoado por lembranças gostosas, por cenas que projetamos para um futuro próximo e certo. E com isso o nosso semblante estará sempre leve, feliz.

Os planos são muitos e simples, sempre construídos sobre os alicerces sólidos do respeito. E assim cada um vai se redescobrindo um ser feliz, único e cheio de amor para compartilhar.Sentimos nascer uma vontade danada de dividir as mínimas coisas com essa pessoa que, a cada instante, vai se tornando mais presente em nossa vida.

Acordar ao lado de quem tanto amor a ti dedica e ficar ali por algum tempo observando o sono dele, acompanhando a sua respiração. Dividir o armário do banheiro e ver tudo duplicado, desde a escova de dentes até o hidratante corporal. Sentar juntos para o desjejum e perceber que a mesa outrora posta para um somente, agora oferece mais coisas, itens inclusive, algumas vezes opostos ao gosto do outro, mas, que encontram seu lugar e se encaixam no paladar certo.

Dividir o closet e perceber que ele parece mesmo ter sido feito para um casal, dividir os sorrisos durante todo o dia, dividir os olhares que funcionam como canal de troca de emoções, dividir os medos, os anseios. Dividir a responsabilidade de proteger o outro, de abraça-lo na tentativa de provar que ali nos seus braços ele estará seguro de todo o mal que possa existir no mundo.

Assistir juntos ao Fantástico no final do domingo e acordar o outro na hora da reportagem que ele tanto queria ver, mas que o cansaço e a cervejada do churrasco na casa dos amigos tenta impedir.

Respeitar a individualidade do outro, buscar entende-lo dentro do seu contexto, consciente de que também você tem suas manias e que não pretende abrir mão delas.

Dividir a responsabilidade e o compromisso de não alimentar sentimentos mesquinhos, de não abrir espaço para palpite de terceiros e de sempre buscar esclarecer as dúvidas com diálogo e paciência.

Dividir os momentos em que tudo parece estar errado e que a vontade de sair correndo torna-se quase insuportável, que a aquarela ameaça perder a cor, que você já não tem tanta certeza de ter feito a escolha certa. Dividir a responsabilidade de saber a hora certa de parar, conversar, chorar, explicar e resolver as pequenas pendências antes que elas tomem proporções gigantescas.

Entender a hora em que o outro precisará estar sozinho sem que isso implique no fim do amor. Calar-se sem estar ausente. Mostrar-se presente, sem inconveniência. Conhecer a hora certa de dar aquele beijo na face do outro, aquele beijo que diz “Meu amor, estarei aqui sempre que precisar”.

Assumir o compromisso de todos os dias, antes de qualquer palavra, antes de qualquer declaração, ou mesmo antes de qualquer insulto, abraçar o outro silenciosamente, um abraço de pelo menos um minuto de duração. Um abraço que os fará repensar o que irão dizer, o que sentem e o querem para o dia que se inicia.

Dividir o que for necessário para que se construa a harmonia.Tendo jogo de cintura, entendendo, respeitando e jamais esquecendo que são “DOIS”."

Escrevi essa crônica há bastante tempo e sinto um alívio imenso ao perceber que, para mim, ela é atemporal. Apensar de todos os tropeços, de todas as quedas, de todas as feridas, de todas as lágrimas, de todas as dores... O amor ainda é maior.

Eu não poderia deixar de (re)postar esse texto que me martela a cabeça há uns três dias. Afinal de contas, o que é bom, é sempre bem-vindo! E eu posso cair mil vezes, mas mil vezes eu levanto e continuo firme na minha crença. Essa sou eu!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Sensualidade da Mulher Brasileira



As brasileiras têm encantos mil, disso o mundo inteiro está cansado de saber. O problema é que algumas mulheres não sabem o poder que tem, não se dão conta do quão sedutoras podem ser e de como podem facilitar as coisas pra si. A espontaneidade, o sorriso, facilidade de comunicação, a alegria natural, a simpatia, o carisma... Todos esses atributos são parte fixa do "pacote" de 99,9% das mulheres brasileiras. Algumas não sabem explorar.

Ser mulher é massa. As mulheres detém o poder. As mulheres poderosas sabem deixar tudo mais fácil para si e isso nada tem a ver com beleza física e corpos milimetricamente esculpidos por anos de academia, malhação pesada e rotina rigorosa na alimentação. 

Ser poderosa, sedutora, encantadora é ser livre de neuras, é ser feliz consigo mesmo, é saber mudar o que não agrada. É encantar com sorriso, é desarmar com um olhar. É cativar com palavras, é eternizar com gestos e surpreender com atitudes.

TODA mulher, sem exceção, tem uma mulher poderosa dentro de si, basta encontrá-la e despertá-la.

Um novo ano foi lhe dado de presente. Aproveite!!

Descubra a mulher poderosa e sensual dentro de você e tenha o mundo aos seus pés.

Quais suas metas pra 2013? Pergunto nesse sentido, nesse quesito de conquistas e desafios. Nos termos da sensualidade propriamente dita. Caso não os tenha, sugiro que faça. Agora!

Verônica

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Janela De Clarice


(by Cinthya)

Pra muita gente “ser forte” significa segurar a barra em todos os momentos da vida, sem derramar uma lágrima, sem perder as estribeiras por um instante sequer, sem cair, sem envergar, sem sentir os pés mergulhados na lama do fundo do poço. Sem sentir o escuro do quarto trancado, sem abafar o choro no travesseiro, depois que todos vão dormir.

Clarice (essa é Clarice com “C”) sempre foi forte, sempre teve um jogo de cintura incrível para driblar situações inusitadas e indesejadas. Clarice é daquelas meninas que se transformaram em mulheres incríveis, com uma luz capaz de iluminar muitos á sua volta. Ela é magnética e as pessoas sempre a buscam, seja pelo sorriso fácil, seja pela leveza que ela normalmente atribui aos fatos. Ela consegue fazer piada até das coisas mais trágicas. Ela consegue entender até o coração mais duro. Ela escuta as bobagens mais bobas porque sabe que naquele momento alguém precisa escutar. Clarice sempre foi ícone de felicidade e alto astral.

Mas Clarice, apesar de tudo, é humana. E como tal, não é perfeita. Ela é muita coisa, muita coisa mesmo, mas perfeita ela não consegue ser. Ela faz vista grossa para muitas grosserias, apenas para não perder sua harmonia com coisas que não valem a pena. Ela escuta e não revida muitas coisas de pessoas que não a compreendem, apenas para não proferir palavras que possam ferir, sem necessidade. Ela aprendeu a calar quando não tem nada de bom para falar. Clarice aprendeu a manter o equilíbrio quase sempre.

Mas, algumas vezes, a pancada vem dobrada. Algumas vezes as perdas se acumulam e chegam de uma só vez e pegam Clarice nos seus pontos mais vulneráveis. Fazem-na sentir o sabor delicioso da realização, de se ter encontrado o que se queria encontrar, de se sentir plena para depois, de repente, simplesmente partir, acabar, anular, sumir. E Clarice procura o chão e não acha. E Clarice procura o ar e não encontra. E qualquer pessoa sufoca sem oxigênio para respirar.

Clarice não pode se entregar e isso também a machuca, porque existe quem precise dela inteira. Mas ela se tranca no quarto e apaga a luz. E ela chora, chora tão profundamente que sua alma soluça. Ela apaga a luz. Só quer ficar sozinha com a sua dor. Ela só quer entender as coisas, digerir as coisas amargas que lhe serviram. Ela não gosta de fel, mas é o fel que ela tem agora que provar. Clarice não quer conversar porque ninguém consegue ouvi-la sem julgamentos, sem apontar-lhe o dedo. Ninguém consegue entender, porque ninguém se dispõe a esmiuçar seu coração. As pessoas estão ocupadas demais com seus próprios problemas. Clarice se tranca.

Ela não é assim. Ela está assim. E ela sabe que isso é um processo, que daqui a pouco as coisas se encaixam, as dores amenizam, o discernimento chega. Ela sabe que daqui a pouco surge uma luz, surge uma mão amiga. Clarice sempre acreditou em milagres e por isso ela entende que um dia a porta vai se abrir e outras chances lhe serão dadas, outras oportunidades, outras pessoas. E a esperança vai ser tão grande que abafará a dor.

Mas por hora, chorar é o que Clarice tem condições de fazer. As janelas do quarto estão fechadas. Os olhos de Clarice estão fechados. Tudo em Clarice está fechado. Ninguém a entende. Todo mundo espera dela uma perfeição que ela, infelizmente, não tem. Ela tem sensibilidade demais para passar imbatível por processos de perda. Mas ela nunca achou que não venceria essas etapas escuras.

Clarice sabe que do outro lado da porta as pessoas continuam vivendo, acordando, sorrindo, amando, lutando. O mundo continua existindo, a vida pulsando, indiferente da dor que a dilacera. As pessoas existem além disso. Ali, do outro lado da porta. A vida corre seu curso e Clarice sabe disso. Mas é preciso respeitar o momento de dor. E isso não é covardia, isso é coragem, é verdade. Clarice está triste. Ela não é triste.

Daqui a pouco ela levanta, abre a janela e deixa a vida entrar. Mas por hora, ela continua sentada com a sua angustia. Desculpem-na, ela é apenas uma mulher... Ela é apenas humana e está muito longe de ser perfeita. Clarice não é covarde, pois é preciso muita coragem para assumir a dor, sem mascará-la. Clarice é assim, CLARA... Clarice...