quinta-feira, 31 de março de 2011

Apague A Luz, Por Favor!


Lendo o Blog da Ruth de Aquino na Revista Época, eu vi uma recente pesquisa feita na Grã-Bretanha que ouviu mais de 4 mil mulheres a pesquisa revelou que 52% das mulheres evitam fazer sexo por vergonha do corpo, por se acharem gorda e 13% só o fazem com as luzes totalmente apagadas.
Mais detalhes sobre o post e a pesquisa é só ler AQUI

Saindo um pouco do universo polêmico que mergulhamos essa semana, e permanecendo nele ao mesmo tempo, eu vejo uma realidade vivenciada por muitas mulheres, nós sabemos que os dados contidos pesquisa não é novidade nenhuma, a situação também não, então talvez esteja aí a chave para desvendar o mistério para tantas traições...

O X da questão não é fazer sexo com a luz acesa ou apagada, isso é irrelevante e acaba se tornando um detalhe totalmente dispensável, o problema é o porque dessa opção, a eterna insatisfação e a busca por uma perfeição inalcançável faz com que muitas mulheres não sintam desejo e nem prazer na relação. A isso acrescenta-se a mídia que enche nosso campo visual com corpos esculturais (muitas vezes às custas de programas de computação para correção de defeitos) e nos faz parar em frente ao espelho e fazer a velha comparação entre nosso corpo e o corpo da moça da propaganda da cerveja.

A pesquisa revelou também que uma em cada dez mulheres gostaria de ser mais ousada, gostaria de se soltar mais na hora do amor, porém não o fazem por vergonha do próprio corpo. Falta de interesse no sexo é resultado da ausência de autoconfiança e segurança. Acaba prejudicando e muito a vida do casal. Claro que não é nada confortável fazer amor com holofotes, mas o breu total não me parece muito normal. Acho a penumbra razoável. Então, acho que é esse meio termo que tem de ser buscado, nem sejamos paranóicas, nem exibicionistas. O ideal é curtir o momento.

Que as mulheres são excessivamente insatisfeitas com o corpo e enxergam defeitos que ninguém mais enxerga é uma verdade conhecida por todos, mas que isso não seja a pedra de tropeço das relações, que possamos nos policiar e desencanar. O prazer tem mais a ver com a satisfação e a química entre os dois corpos do que com a forma deles, propriamente dita. Entre quatro paredes o que menos importa é se tem ou não alguém acima do peso. A mente, a imaginação são molas propulsoras da satisfação sexual e até onde sei, imaginação não tem peso e nem medidas de cintura, coxa, peito.

Portanto, se você que está lendo esse post sofre desse mal, sugiro que desencane e se entregue ao prazer. Beleza e magreza não é sinônimo de qualidade, muito menos determina a felicidade do casal. Se fosse assim a Gisele Bündchen e o Di Caprio estariam juntos até hoje.

Seja feliz com ou sem gordurinhas!

Verônica

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mulher Também Trai!


(by Cinthya)

Antes de ontem abordei um tema aqui no Divã e, claro, expor nossa opinião nos deixa à mercê de ouvir as opiniões alheias que nem sempre vão de acordo com a nossa. Mas junta-se tudo, analisa-se o conjunto e, ao término, aprendemos todos com as nossas diferenças.
O assunto de hoje é a traição feminina. De antemão aviso que não estou generalizando.
Homens e Mulheres são diferentes, pensam diferente, agem diferente, reagem diferente. E essa diferença é concreta e, até onde enxergo, não vai mudar, porque vai além de uma questão cultural.  Estamos falando de estrutura do ser, de cérebro, de hormônios, de composição física e mental. Por isso afirmei com tanta naturalidade que os homens são infiéis e que isso é deles, não adianta. Não que eu ache lindo o meu namorado me trair ou que eu fique procurando desculpas para justificar isso (até porque não estou falando de "cafagestagem" e sim de infidelidade). Mas o fato de eu saber que ele é um ser compostamente diferente de mim me faz ter essa consciência de que fidelidade é algo meio ilusório. E fim.
O homem para trair não precisa de muita coisa, como citei no post anterior. É instinto, é tesão, necessidade de auto-afirmação e eles, de fato, não sentem culpa porque na cabecinha deles isso é natural, a estrutura deles os faz pensar assim.
Mas, e o outro lado? E quando a mulher trai?
A mulher, diferentemente do homem (mais uma vez, não generalizando), precisa de um motivo maior para trair porque em sua composição a traição não é algo normal, sua estrutura cerebral não tende a esse tipo de comportamento.  Ela precisa “sair da linha” para que a traição seja consumada.
Vingança é o primeiro motivo para a traição feminina. De tantos casos que já ouvi, a vingança vem sempre em primeiro lugar. Já ouvi casos onde a esposa precisou do marido, num momento crucial de sua vida e o marido se omitiu, ela encontrou quem a amparasse e o envolvimento aconteceu. Casamento morgado, homem acomodado, ausente e despido de romantismo também está entre as “vítimas” da traição feminina.
A mulher é extremamente cautelosa na traição, todos os detalhes são pensados e, pasmem, as pistas quase inexistem. Porém, elas carregam o peso do remorso, tirando uma euforia inicial que as faz se sentir com a auto-estima melhorada, elas, com o passar do tempo não se sentem felizes com o que ocorreu, se culpam  pelo fato de terem cedido à tentação (por mais que procurem desculpas para a escapulida, e por mais que essas desculpas sejam bem embasadas). A mulher não sente orgulho ao falar para outra sobre sua traição (aliás, tem que ser muito amiga para ouvir uma confidência dessas), nisso também há a grande diferença dos homens que, por sua vez, sentem-se condicionados a falar sobre suas conquistas como se essas conquistas os tornassem mais homens.
Há o peso da cultura? Claro que há. Há o peso do preconceito? É óbvio que há. Mas o que quero enfatizar é a diferença do ser. A diferença estrutural existente entre mulheres e homens. Diferença essa que se não for considerada, com certeza, os relacionamentos se tornam mais difíceis, mais pesados. Diferença essa que não torna um melhor que outro, apenas diferentes.
Então, caros leitores, traição não é exclusividade dos homens. Mas para as mulheres ela tem um peso maior e traz consigo, nomalmente, sequelas que ficam remoendo o íntimo por muito tempo. A isso soma-se o preconceito, a cobrança da sociedade, os filhos, os pais, o parceiro traído e todos os dedos do mundo apontados para ela.
E... Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecados!

PS: E não se admirem se algum homem levantar da multidão e atirar a pedra... Afinal, na cabeça dele, a traição que um dia ele cometeu não foi pecado!

terça-feira, 29 de março de 2011

Estou Apaixonada Por Um Homem Casado!

Abaixo, segue o trecho de um e-mail que recebemos de uma leitora. Trata-se de um assunto complexo e estávamos esperando a melhor hora para discuti-lo. Como ontem Cinthya abordou de maneira corajosa um assunto delicado, aproveito o gancho para publicar o e-mail e atender o pedido da nossa leitora que receberá o nome fictício de Alice (Em homenagem a Alice no país das maravilhas).
Ela pede nossa ajuda, sei que conselho só é bem-vindo quando é pedido, então, já que ela pediu vou dizer o que penso e conto com a ajuda dos nossos leitores, para através dos comentários deixarem seus conselhos.

Oi Meninas,
Boa Tarde!

Descobri o Blog de vocês através de uma amiga e desde então tenho acompanhado as publicações e enfim, criei coragem para expor minha situação e pedir ajuda.
Há uns 06 meses eu conheci um cara. Ele não é da minha cidade, veio a trabalho. É um homem mais velho que eu e nos conhecemos num barzinho, num happy hour.
Conversa muito agradável, ele é muito inteligente, fala muito bem, muito discreto, mas também muito cheio de certeza do que quer. Acabamos ficando juntos e no outro dia também, no outro, no outro... Até que eu perguntei se ele era casado e ele disse que sim. Disse na maior naturalidade. Disse também que não tinha nenhuma intenção de terminar seu casamento, da mesma forma, que não tinha nenhuma intenção de me deixar. Eu sabia que dizer "sim" ou "não" naquela hora seria algo fundamental.
Eu quis pagar pra ver e hoje me vejo presa à ele. Ele é muito diferente dos homens que eu conheci. Muito atencioso, carinhoso, se preocupa comigo, me ajuda nos meus estudos, vai na minha casa, enfim. Quando ele está na minha cidade temos um relacionamento como de um casal de namorados, sem nenhuma restrição.
Eu me deixei envolver completamente. Ele também se envolveu. Mas hoje tenho me sentido desconfortável com essa situação. E não quero passar o resto de meus dias junto a alguém que já tem alguém.
Embora ele não me deixe lacunas, eu sei que sou a outra. E isso começou a doer em mim. Nunca cobrei nada dele porque desde o início ele foi sincero.
Mas, eu não posso construir castelo sobre a areia, porque o vento chega. Um dia chega.
Vocês teriam algo para me dizer? Por favor, me ajudem. Um conselho, uma dica, um rumo... Qualquer coisa que me ajude a clarear meu caminho.

Minha querida Alice,

Quem sou eu pra te dizer o que é certo, o que é errado, até porque isso é uma questão de ponto de vista.  Se envolver com um homem casado não é uma boa escolha, não é politicamente correto, não é legal, não é moral. Mas de onde vieram esses conceitos de legalidade e moralidade. Quem os criou? Quem os julga?

Quando eu digo que não é bom pra você me refiro a você na essência da palavra, seu coração, seus sentimentos sua vida. Quem tem a obrigação de cuidar de nós somos nós mesmas. No momento em que você afirma que ele não vai deixar a família dele pra ficar com você, mas ainda assim está nessa relação é porque de alguma forma ela te faz bem.

Só posso desejar-lhe sorte e sabedoria para se proteger. Cuidado com seu coração ele é de responsabilidade sua. Boa sorte na escolha!

Beijos!

Verônica

segunda-feira, 28 de março de 2011

O Sexo Masculino e a Arte De Ser Infiel


(by Cinthya)


Eu não acredito na fidelidade masculina. Não acredito, sinceramente, que exista homem fiel. A infidelidade masculina, no meu conceito é algo intrínseco da personalidade do homem. É dele, nasce com ele, faz parte dele.

Converso muito com os meus amigos homens sobre suas traições, e como converso com eles sem os julgar, escuto muitos relatos sobre esses ocorridos. Percebi que o fato de um marido trair a esposa não significa, para ele, que o amor acabou, ou que ama menos a sua mulher. O homem, geralmente, não pensa assim. Ele trai por trair. É instinto, é testosterona demais percorrendo em seu organismo. Chega a ser algo natural para eles, por isso, normalmente, eles nem sentem culpa. Homem é egoísta e a gente tem que saber lidar com isso. Para eles trair é tão natural quanto fazer xixi, por exemplo.

Uma traição sexual sempre ocorre. E ela é enquadrada nessa categoria da “traição natural”. Foi o saciar de um instinto. Foi o momento, o desejo, apenas isso. Nada de sentimento, apenas instinto. E é essa traição que não deveria acabar casamentos, relacionamentos, porque ela sempre vai acontecer. Nela só o corpo é usado. Elas acontecem apenas para satisfazer o instinto e a necessidade de autoafirmação masculina.

Homem fiel é conto de fadas! Homem tem que ser ‘leal’. Saber preservar seu relacionamento, saber manter feliz a sua família e não deixar que suas escapulidas interfiram de forma negativa na sua vida amorosa. Eu dizia para um amigo que ele não devia fidelidade à noiva, mas devia lealdade. E a lealdade dele (ou a falta dela) é que faria o relacionamento ter sucesso (ou não).

Um amigo casado, contou-me certa vez que, após ter se evolvido numa relação extra-conjugal, ao chegar em casa e se deparar com a esposa, sentiu-se mal, muito mal. Embora fosse um traidor nato, daquela vez era diferente, daquela vez ele se sentira culpado, porque daquela vez não havia sido somente o corpo, a alma também fora reclamada, gerou-se um sentimento e ele viu a sua lealdade à esposa, à família ser posta em risco. Como não abria mão de seu casamento estável, procurou um jeito de não continuar com a aventura. O preço em jogo era alto demais. Ele foi racional e está até hoje no seu casamento. Voltou atrás e manteve sua lealdade.

Para as mulheres fica uma dica, que eu uso e sempre deu certo. Não procure vestígios de traições, porque você vai encontrar. Não viva em função do parceiro, se você fizer isso, vai jogar para perder, porque se transformará numa neurótica à espera de que ele faça o mesmo (viver unicamente por você) e homem não pensa e nem age dessa forma (como eu já disse, eles são egoístas demais para isso.). Não pense muito sobre o tema “traição”, caso contrário vai viver um inferno, pois irá enxergar até o que não existe. Seja leve, feliz. Tenha seus amigos, saia com seus amigos, encontre outras formas de diversão que não seja com o marido/namorado/noivo/namorido. Exista além do relacionamento, tenha uma vida particular ativa. Não se sinta e não seja dependente dele. Não condicione sua felicadade à ele. Não cultive o sentimento de que o seu relacionamento é a sua vida... O seu relacionamento faz parte da sua vida, mas sua vida é bem maior que ele.

Não queira que o seu par pense igual a você. Ele é homem e muitas coisas que são importantes para você, para ele são bobagens e isso não muda. Não deixe coisas pequenas e imutáveis arranhar a história de vocês. Sejá sábia. Observe apenas se o seu parceiro tem sido leal à você. Se ele não tem dado motivos para desconfianças, se tem sido leal (indiferente de ser ou não fiel), então relaxa. Ele te ama!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Por Que Fizeste Sultão De Mim, Alegre Menina?



Por Que Fizeste Sultão De Mim, Alegre Menina?

Esse foi o título do email que recebi, passados exatos três meses do carnaval...

Isso foi no ano de 2005, eu estava em salvador curtindo o carnaval, como de costume. Nesse ano, conhecei um rapaz de Brasília, um gentleman, um ser encantador. Nos conhecemos em um camarote e todo aquele alvoroço que ocorre em um camarote num carnaval, impossibilitou a conversa e um envolvimento maior. 

Mas esse rapaz era diferente, ele era gentil, despretenciosamente solicito e atencioso, e tinha uma energia boa. Era a companhia ideal para aquele momento.
Ele estava hospedado em um hotel na Barra e eu na casa da  minha amiga em outro bairro. Trocamos telefone e marcamos um encontro no dia seguinte na praia, e assim fizemos, já na praia, a conversa fluiu mais naturalmente e mais agradavelmente, como não podia ser diferente a atração foi intensa e ficamos juntos todos os dias subsequentes.

Ele sugeriu que nos encontrássemos a noite no mesmo camarote, mas isso não seria possível, pois só fomos na noite anterior porque minha amiga como promotora de eventos tinha ganhado duas camisas/convites.

Ficaríamos ali por perto, mas não no camarote. Ao saber disso o vistante inconformado deixou claro que não abria mão da minha companhia, fez questão de comprar as camisas do camarote pra nós, óbvio que eu recusei de imediato, afinal era caríssimo acesso ao camarote, mas o predestinado cavalheiro estava irredutível, "Vamos pra pipoca com a gente" Eu sugeri, mas ele se recusou... E assim seguiu-se os dias...

O carnaval terminou, mas o romance continuou. Ficamos em Salvador até o sábado e então nos despedimos, ali seria a separação de duas pessoas que pareciam inseparáveis, aqueles dias foram realmente incríveis, mas apartir daquele momento na rodoviaria o contato continuaria apenas via email e telefone. Nem de longe, passou pela cabeça manter um relacionamento à distancia (e põe distância nisso!) Mas os planos do rapaz eram outros, não sei exatamente quais eram, mas vi que ele depositou muita expectativa nesse romance, até que um dia, percebendo o meu afastamento, ele me enviou um email com o título que citei acima e o corpo do email era a letra dessa música. E a minha resposta foi:

Título: Amor de praia não sobe serra.
Corpo do e-mail: O verão passou, já era! FIM.

Seca, lacônica e extremamente desagradável, foi assim que eu me comportei. Ele ficou revoltadíssimo, e com razão, os emails seguinte eu prefiro nem relatar. Ele me odiou por algum tempo, mas, meses depois fez contato de novo e retomamos a amizade. Graças a Deus! Porque ele é realmente uma pessoa muito especial! Não fiquei feliz quando vi que tinha perdido a amizade dele.

Mexendo nos e-mails antigos hoje, encontrei esse que me fez dar boas risadas. Aliás, ele também dá boas risadas com o episódio. 
Sempre que ouço Djavan, em especial essa música, me lembro do ocorrido. Tão bom ter boas recordações!

Abaixo, seguem música e letra.

Beijos e bom final de semana!!

Verônica.



Alegre menina Djavan
Por que fizeste sultão de mim, alegre menina?
Palácio real lhe dei, um trono de pedraria
Sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis
Ametista para os dedos, vestidos de diamantes
Escravas para serví-la, um lugar no meu dossel
E a chamei de rainha, e a chamei de rainha
Por que fizeste sultão de mim, alegre menina?

Só desejava campina, colher as flores do mato
Só desejava um espelho de vidro prá se mirar
Só desejava do sol calor para bem viver
Só desejava o luar de prata prá repousar
Só desejava o amor dos homens prá bem amar
Só desejava o amor dos homens prá bem amar

No baile real levei-a, tu, alegre menina
Vestida de realeza, com princesas conversou
Com doutores praticou, dançou a dança faceira
Bebeu o vinho mais caro, mordeu fruta estrangeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira

Homem Charmoso É Tudo De Bom!


(by Cinthya)
Hoje fui ao Shopping no intervalo de almoço. Como de praxe, comprei um sorvete, uma revista e sentei um pouco esperando o tempo passar... Além do tempo, eu vi passando por mim uma porção de gente indo e vindo, correndo, devagar, olhando pro relógio, outros para a vitrine. Enfim.
Me atentei a um homem que se diferenciou entre os demais. Não era lindo, não era o Gianecchini, não era forte, alto ou loiro de olhos azuis, não trajava um Armani. Mas era diferente dos demais.
Estava bem vestido, claro. Discretamente alinhado, tinha uma postura firme e doce ao mesmo tempo. Seriedade sem demonstrar ser carrancudo. Olhos vivos a percorrer sua volta sem parecer um desesperado à procura de outro olhar. Aparentava segurança. Eu o vi de longe, vindo de uma extremidade, e o acompanhei (muito discretamente, claro!) até que sumisse no lado contrário.
Esse episódio me fez lembrar vários homens que conheço e que se diferenciam dos demais pelo charme que têm. Cada um no seu estilo. Não são dotados de beleza física, mas o charme que eles manejam os torna atraentes, agradáveis e porque não dizer, desejados.
Outro dia eu reclamei de uma dor de cabeça após uma noite mal dormida. Um amigo (que se enquadra perfeitamente na categoria dos charmosos) me ofereceu um comprimido para alívio do mal estar e completou: “Incrível como uma noite mal dormida e uma dor de cabeça não conseguiram afetar em nada a sua beleza” Eu me enchi, claro. A-d-o-r-e-i! E adoro ser galanteada de forma inteligente, sutil.
Esse amigo sempre me sai com uma dessas, mas confesso que em nenhum momento ele é desagradável, invasivo. Ele sabe a medida certa do elogio. É um homem charmoso. Como tantos poderiam também ser. Mas, infelizmente, muitos acreditam que isso é bobagem, que mulher gosta é de descaramento, de baixaria. Bom, tem quem goste, claro. E, confesso, que em determinados momentos íntimos de um casal, uma ‘baixariazinha’ até cai como um tempero picante. Mas isso é outro assunto, outro campo de explanação.
Não precisa usar terno e gravata, não precisa estar num carro chique, não precisa ter grana, nem usar óculos de sol que custa R$ 5.000,00. Não precisa ter corpo definido ou falar inglês e italiano fluentemente. Não precisa ser poeta ou escritor. Estou falando do charme natural, da postura, da classe, do saber chegar e agradar uma mulher de forma inteligente e certeira. E, confesso aos homens que nos lêem, se agissem assim, dificilmente perderiam a investida (a menos, é claro, que ela já estivesse perdida de amores por outro. Mas mesmo assim ela adoraria!).
O charme masculino está e sempre estará em alta no meu conceito.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Homem Não Gosta de Mulher Fácil!


Mulher também não gosta de homem fácil. Alguém aí já ouviu a pérola masculina que diz: “Como é difícil se livrar de uma mulher fácil”.

E é mesmo! Assim como é difícil se livrar de um homem fácil. O fácil em questão está diretamente ligado a idéia de ausência de mistério, ou que dispense a arte da conquista.

Pessoas não gostam de pessoas subserviente, aduladoras, bajuladoras, submissas, dependente, subordinadas, vassalas... Isso é na regra geral. Há raras exceções onde um ou outro goste de ter ao lado alguém que possa considerar "inferior". Querer ter superioridade e o controle da relação é algo doentio que não combina muito com relacionamentos saudáveis.

Em regra, as pessoas querem ter ao lado alguém que some de alguma maneira, agregue valores (morais, financeiros, éticos, culturais...) experiência, visão de futuro e etc... Pessoas vazias são sem graça.

Acredito eu, que o elemento mais afrodisíaco de uma relação seja a admiração. Você ver em alguém o que você adoraria ser se não fosse você mesmo.

Você ter uma pessoa próxima que lhe dê orgulho é algo fantástico. O amor não sobrevive sozinho, o tesão tem prazo de validade (e geralmente é curto), diminui com o passar do tempo e chega um ponto em que acaba. A química e aquela famosa "coisa de pele" é fundamental em alguns momentos, mas só isso não segura as pontas. Enfim, são elementos que se completam. E nessa receita carência e dependência não entram.

Falando por experiência própria, não há nada pior que ter alguém ao seu lado em que você não possa contar e não tenha motivo para se orgulhar. Chega um momento na relação que você se questiona: Aonde isso vai dar? E a resposta é: Em lugar nenhum! Ou seja, você está convivendo com uma pessoa vazia, que não te ajudará a ir mais longe e se brincar ainda vai atrasar sua vida. Portanto, façam como eu: Corram!!

Pessoas acomodadas, limitadas, sem sonhos ou perspectiva de crescimento são as mais difíceis de tolerar e geralmente são as mais carentes, depressivas, dependentes e afins... Vocês conhecem a expressão vampirismo? Tem mais a ver com o campo espiritual. Trata-se de pessoas negativas, invejosas, que sugam literalmente a energia do próximo.

Vocês sabiam que esses "desvios de conduta" pode afetar qualquer um de nós? É verdade! Eu sei que tem gente que pode pensar: "Eu não sou invejosa nem negativa!" Eu sei que não é, mas acontece que em algum momento da nossa vida e a gente nem percebe. Vou dar um exemplo: Como eu já disse aqui, Júnior, meu irmão, foi também meu grande amigo e um conselheiro que não usava meias palavras, houve uma época em minha vida que eu só reclamava, só me lamentava e só via o lado ruim das coisas. Aí, ele me chamou e perguntou:
Verônica, o que você faria se você conhecesse uma pessoa baixo-astral que só reclama da vida, não vê beleza em nada e nunca está satisfeita com o que tem?
Eu respondi prontamente: Me afastaria imediatamente. Não quero conta com vampiro.
Daí ele, seco e implacável: Abra o olho, você tá virando uma vampira.
Foi aí que a ficha caiu. Eu me dei conta do erro que estava cometendo.

Então, pessoas... Vamos nos policiar e vamos evitar pessoas com esses traços na personalidade. Pra frente é que se anda e a vida é bela demais para ficarmos enxergando apenas as coisas ruins. A vida é curta demais para ficarmos perdendo tempo com pessoas que não compartilham sonhos semelhantes aos nossos. A vida é dinâmica demais, para ficarmos  na janela vendo a banda passar.

Então pegue sua água benta, sua cruz, a estaca de madeira e siga em frente.

Beijos!

Verônica

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Amor É Simples


(by Cinthya)

A gente passa os dias idealizando um amor. Aquele amor que chegará e mudará nossa vida para sempre, que marcará cada momento com um romantismo exagerado, escancarado. Com flores no meio da noite, com jantares à luz de velas, com mensagens de “eu te amo” em outdoors espalhados pela cidade.
Sonhamos com o Príncipe, com o Herói, chegando num cavalo (ou carro do ano) branco e com alianças em caixinha vermelha, se ajoelhando aos nossos pés, na saída do trabalho, e dizendo: “Casa comigo?”
Eita, como nós sonhamos...! São noites em claro, ouvindo aquelas músicas românticas que doem até na raiz do órgão mais profundo do nosso corpo humano. E aí pensamos no nosso paquera (aquele roqueiro declarado e sem grana para excessos) chegando com as benditas flores, no bendito carro branco, com as benditas alianças na bendita caixinha vermelha...
Gente... Tem algo errado nessa história! Claro que o fim disso tudo só pode ser uma moça arrasada e decepcionada com o amor. CLARO!
O amor chega do jeito dele. Ele é palpável, ele é real. O amor vai com você de mãos dadas até a farmácia, comprar remédio para seu filho. O amor abre mão de sair na noite de sexta com os amigos só para ficar ao seu lado, deitados, juntinhos. O amor ri dos seus defeitos sem te deixar sem graça. O amor tem um jeito todo encabulado de dizer que você é importante para ele.
Gente, o amor não é lenda, não é algo do que você ouviu falar, mas nunca viu. O amor é simples. Ele não vem em letreiros de neon. O amor não precisa de um carro novo para te levar às alturas. O amor não te dá sensação de queda. Ele é seguro e firme. O amor não prende, não sufoca. O amor é sadio. O amor é natural!
O amor te leva para comer pastel na esquina da pracinha do bairro e, com certeza, você não trocaria isso por nenhum restaurante chique porque não é o lugar ou o pastel que importam. O que importa é ele, é o amor, é o elo, é o cheiro dele, é a mão dele na sua, é o calor do corpo, é o tom da voz, é a proteção que ele te passa.
O amor tem acne, acorda descabelado, tem manias, tem gosto musical diferente do seu. Transpira como todo ser, tosse, chora, se irrita. Gripa, tem febre, dor de barriga, alergia à pimenta. Tudo isso o amor tem e, mesmo assim, você se vê querendo estar mais e mais juntinho dele em todos esses momentos.
O amor nasce pequeno e vai sendo erguido em bases sólidas. Pedra sobre pedra. O amor vai sendo trabalhado no dia-a-dia. A história vai sendo escrita e os dois vão se preenchendo das maravilhas do que é real, do que é concreto e simples... Do amor!

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Arte De Começar Tudo De Novo. De Novo!


Diante da tragédia ocorrida no Japão recentemente é impossível passarmos imune frente as cenas mostradas ao mundo inteiro. Impossível não sermos tocados de alguma forma. Impossível não refletirmos. Mas eu não queria falar na tragédia em si, nem dar foco aos fenômenos da natureza como os abalos cismicos e as tsunames tão comuns àquela região.

Meu foco hoje é na capacidade que o japoneses têm de se reerguerem após grandes abalos (literalmente falando). Um país que sofre duros golpes e com frequência, tão pouco favorecido em recursos naturais e em localização geográfica e ao mesmo tanto tão gigantescos e tão ricos. Lá a taxa de natalidade é controlada, os espaço físico é escasso, a mulher é oprimida o povo é tão sofrido, mas eles possuem a incrível capacidade de começar tudo de novo, de novo.

Que possamos aprender com os japoneses e tal qual o fênix ressurgir das cinzas e recomeçar quando parecer improvável. Usando os escombros do desabamento recente como alicerce para a nova construção.
Que aprendamos com o mestre Carlos Drummond de Andrade que nos disse: "Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam.... " Diante disso não ter dúvidas de que as construções ou desabamentos que ocorrerem dali em diante será de nossa inteira responsabilidade. Seremos o arquiteto, o pedreiro e o marceneiro da nossa obra.

Quando tudo parecer impossível, lembre-se que ali você estará diante de um ponto de partida. Quando a vontade de desistir vier, lembre-se que ali, exatamente ali, diante dos seus olhos está a chance de recomeçar. O mais bacana de tudo isso é que você tem a chance, muita vezes ímpar, de fazer tudo diferente. Chance essa que nem todos recebem. Então, não perca a oportunidade que lhe sorri.

Eu quero ser igual ao rabo de uma lagartixa e ter uma infinita capacidade de regeneração.

Bom recomeço a todos!

Verônica

domingo, 20 de março de 2011

Um Striptease Mal Sucedido...


(by Cinthya)

Casados há alguns anos, eles adoravam inventar, inovar, achar um jeito de não deixar o casamento entrar em rotina. Dessa forma conseguiam manter sempre aquele clima de namoro onde a gente se pega surpreendendo o parceiro com alguma nova invenção amorosa (ou sexual). De fato, esse é um casamento diferenciado, de sucesso e parceria.
Nesse clima de inovação e surpresas ela decidiu fazer um streap tease, pois lembrara dele falando algo sobre a Demi Moore no seu filme de mesmo nome.
Foi a uma loja especializada em lingerie, comprou a mais sexy (porque a mais sexy tem que ser a mais cara, hein?). Comprou óleos, cremes, gel, bolinhas de óleo, dados e tudo mais que a vendedora indicou (vendedora esperta percebeu que aquele era “O Casal” e empurrou todos os joguinhos de que a loja dispunha). Ao sair da loja com sua sacola cheia ouviu da vendedora sorridente (feliz pela comissão): “Será uma noite inesquecível, hein?”. De fato seria uma noite inesquecível.
A euforia já tomava conta dela. Chegou em casa e começou os preparativos. Um jantar diferenciado, um excelente vinho, as músicas, o ambiente, as pétalas. Deixou tudo organizado. Já com o marido em casa, foi servido o jantar, beberam um bom vinho e ela pediu licença. Precisava se ausentar por 15 minutos. Correu ao quarto. Trancou-se no closet e foi ao banho, passou os cremes, enxugou os excessos com um papel higiênico e pôs a lingerie.
Acionou a música com o controle e o show teve início. O marido estático, respiração ofegante, excitado com o clima.
Ela fez sua performance e deu início a streap tease em si.
Foi tirando as peças e se sentido estimulada pelo olhar de aprovação e desejo do marido. Faltava uma única peça a ser tirada (a calcinha) e o clima já estava alcançando o ápice, clima quente, sedutor, cheio de paixão e de luxúria (mistura perigosa e deliciosa essa, não?). Então ela se despiu da última peça e seu corpo todo já pedia o marido. Mas o marido... Bem, o marido primeiro a olhou com uma expressão de espanto, olhos fixos naquele ponto. E ela esperando o ‘ataque’, mas percebeu a fisionomia dele mudando, mudando até que ele caiu numa gargalhada profunda e sonora que ecoou por toda a sala do apartamento deles.
Ela, não entendo nada, sentiu vontade de chorar e correu pro quarto. Trancou-se, novamente, no closet e foi aí que se viu no espelho... E, tal qual o marido, teve uma expressão de espanto, olhos fixos naquele ponto...
Uma calda branca descia do seu órgão e ela não sabia de onde aquilo havia saído. A primeira impressão foi de medo, mas depois ela a puxou e percebeu então, que o pedaço de papel higiênico tinha ficado grudado no seu órgão sexual.
Primeiro veio a vergonha, mas depois ela gargalhou, gargalhou e foi ter com o marido que a essa altura já chorava de tanto dar risada.
E assim adormeceram, sorridentes, amados e parceiros nas delícias que só uma relação de cumplicidade proporciona.
Jamais esqueceram aquela noite!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Meus Oito Anos!

Conforme prometido, sempre que pudesse deixaria um poema, ou um texto para o deleite dos nossos queridos leitores. Eis aqui um dos meus favoritos. Eu li na minha infância em um dos muitos livros que a minha mãe tinha e me apaixonei pois me identifiquei muito. Vejam só vocês aos dez anos eu sentia saudade dos meus oito anos, acreditam?! Mas eu sabia, tinha a certeza de que ainda estava na melhor fase da minha vida, estava na minha infância.

As cicatrizes que trago no corpo revelam a menina levada  e travessa que fui, as lembranças que trago na memória me mostram a criança feliz e abençoada que fui.

Respeitável público. O Divã Dellas orgulhosamente apresenta O Mestre! Com vocês: Casimiro De Abreu.

Boa leitura!



Verônica




 

 

 

 

 

 

Meus Oito Anos



Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

 Casimiro de Abreu

E Agora?



A vida é linda né? Tudo é volátil, tudo é relativo, tudo é efêmero. Em questão de segundos e sem mais nem menos muda, se transforma e  você que sempre foi tão seguro de si, se vê na maior dúvida. E agora, o que fazer? Que rumo tomar?

Certo e errado é apenas uma questão de ponto de vista, certo! Mas como saber o que é certo e o que é errado diante de determinadas situações? Como resistir à tentação que ronda a sua vida e está à espreita esperando um vacilo seu para se estabelecer? Se entregar aos desejos é uma delícia, uma loucura deliciosa, mas arcar com as consequências dessa loucura é que são elas. Quer ver pergunte a um diabético que não resistiu a tentação de comer o doce quando foi proibido ou ao alcólatra que não resistiu ao primeiro gole.

Porque tudo que é gostoso ou é ilegal, ou é imoral ou engorda? O proibido dá um sabor a mais numa situação, isso é fato. Mas quando você pondera, geralmente quando está mais sereno, vê que não vale a pena ir pelo caminho "errado" eu prefiro chamá-lo de alternativo. Percebe que o mais seguro, ou mais cômodo é seguir a regra e não fugir do tradicional. O desconhecido assusta. Quando está tomado pelo calor dos acontecimentos quase sempre ignora isso. Então, aqui vai um conselho: Pense bem antes de tomar qualquer decisão, eu estou fazendo isso.

Tem uma frase muito famosa que atribuem a Nicolau Maquiavel "Os fins justificam os meios" segundo ele, não importa se o que você vai fazer é legal ou ilegal, ético ou anti-ético o que importa é que o resultado seja obtido, tanto faz o caminho que você terá de percorrer para alcançar um objetivo, o importante é que você alcance-o.
Quando dizem que uma pessoa é maquiavélica, significa que ela é má, fria, cauculista e não é bem sim, é isso também, mas não é só isso. A base de Maquiavel é a predominância da razão e não da emoção, aja de maneira premeditada e não de maneira precipitada, não se deixe levar pelo calor dos acontecimentos. Conseguir reprimir os desejos e dizer não a si mesmo é um perfeito exemplo. Não me parece nada fácil, mas é assim que é.
Mudando a linha de raciocínio...

Será que é possível outra pessoa te conhecer melhor que você  mesma? Será que essa pessoa teria a capacidade de fazer uma interpretação da sua  personalidade e descobrir coisas em você que você ao menos sabia da existência? Será mesmo que existe pessoas com esse dom? Ou essas afirmativas são apenas para manipular e desestabilizar?

É muita turbulência numa cabeça só, é muita inquietação para um pobre coração. Será que eu resisto a essa crise existencial? Creio que sim, e aposto que ao sair dela terei um monte de experiências para compartilhar aqui.

Alguém aí me arruma uma bússola? Ah, e uma corda por favor!

Beijos, amados!


Verônica

quinta-feira, 17 de março de 2011

"Como Se Não Houvesse Amanhã..."

(by Cinthya)


Na minha rua tinha um senhor de idade que sempre que eu passava com o meu filho ele brincava com o pequeno. Ele dizia o nome de um bicho e o meu filhote imitava. O senhor dava muita risada disso e o pequeno também. Quando nos aproximávamos o Pedro já olhava para ele esperando o desafio. Desde que o Pedro era bebê que esse senhor brincava com ele.
Eu estou conjugando o verbo no passado porque ontem o ciclo de vida desse senhor fechou-se.  Foi algo relativamente natural, um ciclo sem interrupções, sem deixar aquela sensação de “algo quebrado”. Ele teve a sorte de viver muito, constituir família, ter filhos e netos e bisnetos.
Fui visitar a viúva e eu e o Pedro lhe depositamos um beijo na face e ela disse: “Só vocês para me beijarem assim!”. Aquilo me partiu o coração. Eu tenho certeza de que os filhos a amam, de que os netos a amam, mas as pessoas sentem vergonha de expor os sentimentos. Todos nós precisamos de amor, amar e ser amado, beijar e ser beijado, acariciar e ser acariciado.
Quantas vezes nos despedimos de pessoas queridas sem lhes dizer o quanto são queridas! E quantas vezes essas pessoas esperam ouvir isso! A gente sempre acha que vai reencontrá-las amanhã ou daqui a pouco. Nos esquecemos completamente que a vida é um sopro e que nada sabemos sobre os segundos futuros. E só quando as pessoas nos deixam é que pensamos em tudo que queríamos falar e não falamos. Em tudo que sentimos por elas e nunca expomos.
A vida é tão rápida. Se a gente não colorir tudo com as cores do amor, que graça tem estar aqui?
Tratar bem é uma forma de amor, ser gentil é uma forma de amor, sorrir com graciosidade também é forma de amor. Mas, se puder, DIGA, FALE, EXPONHA! Isso faz um bem enorme para quem fala e para quem escuta. Isso salva vidas, sara feridas, enxuga lágrimas (e também as faz brotar, mas nesse caso, lágrimas de felicidade), cura doenças, gera harmonia.
Na minha casa, todos dizem “Eu te amo”. Não era assim no início, mas foi gostoso implantar essa política e ver muros sendo derrubados. O Pedro, meu filho, encanta as pessoas porque ele ama e diz isso a todo instante. Ele me acorda na noite dizendo que me ama. Ele acorda os avós cedinho dizendo que os ama. Ele interrompe o trabalho do pai para dizer: “Papai, te amo não. Te amo é muito.”. Ele é o resultado dessa implantação da Política do Amor no nosso lar.
Quando a gente ama, a gente é muito mais feliz porque nada nesse mundo substitui o amor e é o amor, apenas ele, que alimenta nossa alma! À medida que amadurecemos vamos percebendo que status passa, dinheiro acaba, perdemos o emprego... E quando estamos na pior nos chega um amigo e nos levanta o ânimo. O mesmo amigo que esteve conosco no topo, fica conosco no fundo do poço. E então? Qual o bem maior?

 “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.”

E isso é URGENTE!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Está Faltando Alguma Coisa...



Alguém aí já se pegou com a sensação de que "está faltando algo"? É exatamente assim que eu me sinto.

A vida tá boa em todos os sentidos prováveis, em paz com a família, empolgada com os estudos, o blog de vento em popa e dia após dia agregando pessoas novas e maravilhosas ao nosso convívio, tudo transcorrendo na mais profunda harmonia no trabalho, acabei de chegar de uma viagem excelente, a cabeça descansada, o coração sereno... Mas essa inquietação não me larga, sinto que existe uma lacuna que precisa ser preenchida, uma aresta a ser aparada, mas não consigo mensurar com exatidão do que se trata.

As vezes me pego mergulhada numa angústia sem sentido, numa nostalgia triste e não sei o que é. Estou longe do patamar que gostaria, acho que as pessoas se sentem assim meio vazias quando conseguem tudo que almejam, eu ainda tenho um longo e árduo caminho a percorrer antes de me considerar realizada, mas estou feliz, aliás, sou feliz, mas ao mesmo tempo estou triste. É paradoxal, eu sei! Mas é o que eu sinto, o que posso fazer?

A existência de perguntas sem respostas é uma constância em minha vida, com elas eu já não me preocupo mais, aprendi a conviver, mas o que me incomoda é essa melancolia que me cerca. As vezes sinto vontade de fazer algo que dê um giro de 180º em minha vida, mas tenho projetos em andamento que não posso abandonar. Queria largar tudo e começar uma vida nova em algum lugar distante daqui, mas tenho pessoas que precisam de mim e que não posso sequer pensar em abandonar, pessoas essas que eu não saberia viver longe, por exemplo: Minha mãe.

Assim fica difícil... Se nem eu mesma sei o que quero é improvável que consiga algo. Tem uma citação muito famosa que diz: "Nenhum vento é favorável para o marinheiro que não sabe onde vai." É mais ou menos assim que eu me sinto. Ando alternando de um estado de pura alegria para uma tristeza boba. É incoerência, eu sei! Mas não sei dizer o motivo. Não chega a ser uma depressão, nem vontade de morrer, nem preguiça de viver. Nada disso. Mas é a sensação triste de um vazio sombrio.

Já ouvi de uma amiga: - Você precisa é de um amor! Daí respondi: -Mas amor eu tenho, tenho o amor da minha mãe, amor dos meus amigos e amigas... Ela rebateu: -Mas eu estou falando é de amor de homem, de namorado... Então ponderei: -O amor de homem sempre vem acompanhado de ciúmes, sentimento de posse, infidelidade e outras cositas más... Enfim, demonstrações estranhas de amor. Não. Pesando a relação custo x benefício definitivamente vejo que não vale a pena.
Quando penso no turbilhão de emoções misturadas que um namoro acarreta, quando vejo as dores e delícias que ele traz consigo vejo que não é o que eu procuro, não no momento.

E assim vou vivendo, caminhando com minhas dúvidas e meus sentimentos confusos.

Tenho um amigo que sempre diz: "Quando você se sentir triste e com um vazio por dentro, vá comer que com certeza é fome." Talvez ele tenha razão!  Hahaha

Beijos, meu povo!

Verônica

terça-feira, 15 de março de 2011

E Quando Vejo O Mar...


"... E quando vejo o mar existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem..."


Blogueira sumida, viaja de férias e não acessa, mas o bom é que tenho uma parceira pra lá de especial que tocou o Divã brilhantemente todos esses dias e não deixou nossos adoraveis leitores desamparados

Gente que saudade de tudo isso aqui, que compõe o meu mundo prticular. Vocês nem imaginam a falta que faz. Nossa! Senti todos os dias que estava faltando algo, dificuldade de acessos, as vezes acessava do celular mas a página é pesada nem dava pra escrever nada. Mas, enfim voltei!

Voltei com a cabeça fervilhando de ideias e baterias totalmente recarregadas. Definitivamente, que venha 2011.

Nessa viagem eu pude chegar a 3 conclusões:

A primeira: Eu AMO o mar ele exerce uma função muito importante na minha vida e nele encontro uma fonte de energia inesgotável, retomei minhas forças e estou revigorada, preparada para o que der e vier. É impressionante o poder que o mar tem, quando morava na Bahia, se me sentia triste me sentava em frente a ele e deixava o vento levar toda a minha angústia e preocupações, quando queria sumir, bastava passar um fim de tarde ouvindo o barulho das ondas e olhando pro infinito que tudo melhorava, clareava. O mar é um antídoto poderosíssimo contra um mal que nos ataca de vez em quando: o desespero. 

A segunda: Eu sou viciada em Salvador, extremamente dependente.Minha nossa! A capital pernambucana é linda, show de bola, tudo de bom, mas Salvador é imcomparável. Dizem que lugar de baiano é na Bahia e eu discordo, acho que lugar de baiano, pernambucano, paraibano e etc... é pelo mundo conhecendo gente nova e culturas diferentes. Mas a capital do meu estado tem um sentido especialmente diferente, ao menos pra mim. E não ir pra lá é como se estivesse algo incompleto ou fora do compasso. Salvador é uma cidade agitada e turbulenta a vida lá é hiper corrida mas consigo vê-la de um prisma diferente, vejo-a como uma mãe acolhedora cheia de ternura que está sempre de braços abertos para receber os seus filhos. Ah, Salvador que não sai do meu pensamento!

A terceira: Minhas amigas fazem muita falta! Como me senti só no meio da multidão. Me sentia muito grata e até meio constrangida por ver o esforço das pessoas em tentar me agradar e me dar atenção, mas nada como estar ao lado das amigas, companheiras, parceiras divertidas e destemidas, né? Mas valeu à pena e foi tudo lindo.

É sempre bom a gente dar uma parada na vida e fugir pra algum lugar, de preferência um lugar lindo que te dê prazer. A fuga obviamente não resolverá seus problemas, mas certamente te dará muito mais força e energia para solucioná-los. Eu recomendo. Voltei de Recife com as baterias transbordando, com as malas cheias de histórias e de alma leve.

Júnior inevitavelmente fez muita falta e tudo que vi e vivi lembrei dele, mas onde quer que esteja sei que ele está torcendo por mim e feliz com a minha felicidade, como não o tenho mais, só posso me conformar como no final da canção: " ... Já que você não está aqui o que posso fazer é cuidar de mim..."

PS. Pra quem não entendeu o final onde cito Júnior, bastar ler Aqui

Verônica

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dias Melhores Pra Gente... Pra Sempre...


(by Cinthya)
Eu estava pensando sobre quanto vale um estado de felicidade... Um momento daqueles onde você simplesmente não está pensando em nada ruim, onde você está fazendo o que gosta, ao lado de quem gosta. Sem grandes preocupações povoando sua mente e sem ninguém te enchendo o saco.
A gente, muitas vezes, nem percebe, mas sempre passamos por momentos assim. Ontem eu estava nessa plenitude, tarde de domingo, tranqüila, em casa, com meu filhote, fazendo minhas artes, pensando em coisas agradáveis, ouvindo uma música gostosa e vendo o Pequeno Príncipe brincar com seus carros... Me senti leve, tranqüila, feliz.
Eu estava assim até ouvir, na TV do quarto do meu pai, uma notícia sobre um acidente ou algo assim... Sei que era algo ruim, trágico (não sei porque meu pai insiste em assistir a essas coisas), e comecei a pensar nessas pessoas, e esse pensamento foi expulsando todos os demais e eu me vi irritada, angustiada e chorosa.
Precisei me impor um estado tranqüilo de novo, respirar fundo, me concentrar, pensar em coisas boas... Aí os nervos foram se acalmando.
Mas é isso! A gente precisa alimentar o que é bom, não focar no problema e sim na solução. Quando focamos no problema colocamos uma lente de aumento nele e ele fica tão grande que finda nos engolindo. Se focarmos na solução, o problema perde o poder. E nos sentimos mais fortes para solucioná-lo.
Pode parecer trabalhoso ou improvável, mas nós temos o poder de moldar a nós mesmos, de moldar e mudar o que nos cerca, pelo menos no que diz reapeito a energias. E é algo compensador porque não tem nada mais gostoso do que se sentir leve, tranquila e em harmonia com o Todo.
São exercícios pequenos e diários que nos ajudam nessa tarefa: assistir coisas boas, ouvir coisas boas, pensar e falar coisas boas (e mesmo quando a situação é, de fato, péssima, trazer boas energias para que neutralize o clima pesado). Isso faz bem pra gente e traz gente para perto da gente, porque todo mundo gosta de quem é positivo!
As crianças são mestres. Elas não guardam rancor, não cultivam mágoas, nem dores, nem angustias. Elas veem sempre o lado bom de tudo e tudo para elas pode ser uma fonte de alegria, desde um brinquedo caro até uma lata de leite vazia. No mundo delas, tudo se tranforma. E essa transformação é sempre positiva!
Hoje é segunda-feira... Que possamos exercitar nossa Boa Harmonia e que a semana seja tranqüila e azul...

sábado, 12 de março de 2011

Metáforas

(by Cinthya)

Nunca gostei de pássaros em gaiolas. Por mais bonitos que sejam e por mais que eu me sinta bem em companhia deles, prefiro deixá-los livres.

Se eles quiserem cantar para mim, conhecem o caminho da minha janela. E se eles cantam na minha janela é porque não querem cantar em outro lugar naquele momento.

Eu amo os pássaros, mas eles são livres.

E eu também.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Três Pessoas Que Te Amam


(by Cinthya)
A gente vive a vida conhecendo gente nova, se relacionando com pessoas e firmando algum tipo de laço com elas. De algumas nós permanecemos junto, por muito e muito tempo. De outras a gente se separa, pelo menos fisicamente, mas mantemos uma sintonia de recíproco carinho. Existem também as pessoas que simplesmente passam e delas não temos mais notícias ou algum tipo de contato.
Existe, porém, uma outra categoria que se destina àquelas pessoas que um dia entraram nas nossas vidas, e trouxeram tantas coisas novas, tantas cores bonitas, tantas experiências maravilhosas que, por tudo isso, nunca saem de nós. Por mais que a vida as leve pra longe, por mais que passemos muitos anos sem vê-las, por mais que não escutemos mais a sua voz, sabemos que está tudo do mesmo jeito. Os sentimentos, o respeito, o amor. Tudo imaculado num cantinho especial de nosso coração. Um cantinho cheio de luz e de harmonia e que é acionado sempre que nossa alma precisa de coisas boas para tocar em frente. Pessoas que nos fazem chorar de saudade, aquela saudade gostosa.
Pessoas assim representam muito pra nós e basta que sua imagem invada nossa mente para um sorriso nascer nos nossos lábios e nosso corpo transbordar de amor.
Mas, e nós? O que nós somos para os outros? Em qual categoria costumamos nos encaixar na vida das outras pessoas? Somos alguém que simplesmente passou ou significamos muito? O que construímos dentro da vida dos outros? O que levamos para eles? Que sentimentos se acendem quando nossa imagem surge em suas mentes? Quais lembranças eles guardam de nós?
Há alguns dias venho com esse pensamento... E disse para mim mesma: “Cite três pessoas que você sabe que te amam. De verdade. Pessoas que não têm laços familiares (sangüíneos), mas que você sabe que te amam e que te escolheriam para seguir ao seu lado durante a jornada da vida” E fiquei feliz porque consegui citar as três pessoas sem sequer precisar pensar muito tempo. Pessoas que sei, gostariam da minha companhia agora, nesse exato momento. Pessoas que me recebem sempre com um sorriso nos lábios, com voz (ao telefone) eufórica e que me escolhem sempre como “a primeira a receber as notícias mais importantes de suas vidas”.
 “Eu estou grávida e você tinha que ser a primeira amiga a saber”, “Eu vou casar e você será minha madrinha casamento, claro.”, “Você será a madrinha do meu filho, do meu primeiro filho”, “Amiga-Irmã, eu te amo!”, “Não estamos mais juntos, mas sou um homem feliz por ter vivido uma grande história ao seu lado”...
Minha vida é recheada dessas riquezas e eu as valorizo muito, como deve ser!
Que saibamos dar o melhor de nós para cada pessoa que entrar em nossas vidas, porque não existe absolutamente nada nesse mundo mais importante e mais belo que o AMOR!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fim de Relacionamento (Cartas)


(by Cinthya)

Estava eu remexendo na minha bendita "Caixa de Retalhos de Mim Mesma" e me deparei com essa carta que escrevi em meados de 2005.
Tanto sentimento nessas palavras, tanta energia descarregada... E eu me pus a pensar para quem eu escrevi.
Pensei... Pensei... Pensei...
Poxa, se eu não sei guardar nem dinheiro, imagina se vou guardar rancor!
Não lembro quem foi o destinatário, mas sei que estou bem, feliz e cheia de amor (de novo). Prova suficienta de que os problemas passam, as dores se amenizam, o foco muda. E a gente continua sendo a gente. Gente que nasceu pra ser feliz e pronto!

"É difícil te dizer a sensação que estou sentido agora... Mas uma coisa posso afirmar: Não é amor!
A imagem que eu tinha de você está sendo transformada....  A cada fato novo que descubro vou percebendo que a pureza e o encanto que eu via em você eram frutos do meu amor.
Por te amar tanto eu findava tapando os olhos para muitas coisas, muitas evidências... Coisas que agora me parecem tão claras... Tão obvias, mas eu não via...
O fim do nosso relacionamento veio para tirar esse véu dos meus olhos... E as  coisas agora me parecem tão mais claras!
É muito ruim ter que ver você despido daquela pureza e fidelidade de antes...
Tem muita coisa que queria que você soubesse. Muita coisa que queria que soubesse que eu descobri...
Mas quer saber de uma?
Fica você com a sua consciência, se é que você tem. Fica com suas escolhas...
Não quero mais saber de nada que venha me fazer mal, nada que venha atrapalhar essa felicidade sólida que agora começo a construir dentro de mim...
Sabe, alguém me disse que a vida não joga pra perder e agora eu vejo que é assim mesmo.
Hoje eu estou decidida a ser feliz. Feliz de verdade. Feliz comigo e com quem gosta realmente de mim. Feliz com quem não me faça de boba, com quem não minta pra mim.
Não sei se há 100% de verdade nos fatos que me chegam, mas sei que as coisas se encaixam... Os fatos casam...
Hoje eu entendo que você não era pra mim.
Agora eu posso respirar profundamente e dizer:  Obrigada por ter saído de minha vida!
Eu amadureci muito com a lição que você me deu. Aprendi o quanto dói descobrir que a pessoa por quem você nutria um amor tão grande, simplesmente está se desmanchando nas suas próprias mentiras.
Quero que saiba de mais uma coisa: A vida é um solo fértil onde somos obrigados a semear... Podemos plantar as sementes que quisermos, porém, se plantarmos cebola iremos colher cebola... Não caia na ilusão de achar que vai colher morango, se a semente que você escolheu plantar foi outra.
Se cuida! Você pode enganar a mim ou até a você mesmo, mas à vida você não engana, e ela vai te cobrar tudo!"

PS: Dei muita risada de mim mesma imaginando a minha fisionomia ao escrever esses tão "sutis" versos.

Oh raiva, Meu Deus!!!

(risos)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cinzas


(by Cinthya)
Quarta-feira de cinzas e espero que estejam todos inteiros, todos salvos, todos prontos para retomarem suas vidas. Ops! Tá, tudo bem. Eu sei que pra quem pulou carnaval nos últimos cinco dias, com certeza, a sensação pode ser qualquer uma menos a de se sentir inteiro e pronto pra retomar a vida de labutas (risos).
Quando eu brincava carnaval a quarta-feira de cinzas sempre era sinal de saudade, de despedida, de adeus, do final de dias lindos e intensos. Era uma sensação de gratidão e de saudosismo. Era hora de dizer “Adeus” à capital (Pernambucana ou Baiana). Em um ano, em especial, era hora também de dizer “Adeus” a um lindo amor de carnaval, na certeza de que a gente, dificilmente, se encontraria de novo.
Então, para mim, quarta-feira de cinzas sempre foi sinônimo de “Adeus”, de “Saudade”, de “Acabou”, de “Vamos retomar a realidade”...
Esse ano eu não brinquei, fiquei em casa curtindo meu descanso tão merecido, brincando com meu filhote, dormindo até tarde, indo dormir tarde, enfim... Um merecido descanso... E hoje, a bendita quarta-feira de cinzas me traz a saudade de novo, saudade desses dias em que pude estar no lugar que mais aprecio no mundo: minha casa!
E por falar em saudade, deixo versos em homenagem a todos que viveram um amor de carnaval, daqueles que, apesar de instantâneos, serão levados para a vida toda nos corações:

Aos Amores que Partem, Aos Amores que Ficam

Um sorriso que chora
A falta do que ainda tenho.
Minhas mãos trêmulas,
E inseguras...
Procuram as tuas,
Procuram você.
Nos meus olhos um misto.
Sentimentos em mescla:
Dor.
Prazer!
Um silêncio que grita em nós.
Um tempo sem sentido.
Os seus olhos nos meus:
Cumplicidade.
E eu assim:
Toda menina,
Toda criança,
Toda sua.
Você vai...
Permanecendo em mim.
E eu?
Eu permaneço...
Indo com você.
E que a vida abençoe
Os amores que partem
E...
Os amores que ficam.