terça-feira, 12 de julho de 2011

O contato que não foi feito



Na ultima sexta-feira tentei várias vezes falar com um inquilino, queria comunicá-lo que o contrato havia chegado ao fim e saber dele se havia interesse na renovação. O inquilino não atendeu a ligação e agendei para fazer a mesma ligação na próxima segunda-feira. Até aí tudo normal, procedimento corriqueiro aqui no trabalho. Seria tudo normal se no domingo eu não tivesse ficado sabendo, através de um amigo, que esse jovem senhor de quarenta e poucos anos havia falecido num acidente de trânsito. Acidente de moto pra ser  mais exata.

Eu fiquei chocada com a notícia, não tinha como não ficar, mesmo tendo pouca proximidade com ele, por saber que ele tinha dois filhos, um de quatro e um de quatorze, e por saber que ele tinha uma esposa apaixonada. Era um marido excelente e um pai dedicado. Era um profissional competentíssimo, mesmo seu ar arrogante em vários momentos não impedia de despertar admiração em quem o conhecia, tanto é que a tragédia repercutiu nas duas cidades e deixou muita gente triste. Uma vida que se foi. Se perdeu. E deixou tudo inacabado.

Não atendeu minha ligação, não renovamos o contrato, ele não foi levar as crianças na escola, não compareceu ao trabalho, não voltará para casa no final do dia, não encontrará sua esposa esperando-o, enfim... Acabou! De maneira estúpida e pegou todo mundo de surpresa. Uma vida que foi interrompida.

De maneira brilhante e com muita sensibilidade minha amiga e parceirona Cinthya sintetizou ontem a celebração à vida. Numa sintonia magistral ela disse tudo que eu gostaria de dizer. E que aprendamos a valorizar cada minuto do nosso dia e cada dia das nossas vidas, porque pode acabar de repente. Não é só conversa fiada não, é fato!

É inevitável não refletirmos quando acontecem coisas assim. É impossível passarmos imune diante de uma situação como essa. Uma estupidez que custa caro. Custa uma vida. É impossível não nos colocarmos no lugar dos entes queridos e dos amigos quem lamentam a perda. Perder um parente, ou um amigo é perder um pedaço, um pedaço arrancado sem aviso prévio e sem anestesia. Doi na carne. Doi na alma.

Eu ainda tenho muito a fazer da minha vida, morrer não faz parte dos meus planos, mas as coisas não são como eu quero, infelizmente! Por isso, quero fazer valer a pena cada segundo de vida.

Aconselho que vocês façam o mesmo!



Verônica


3 comentários:

Selma disse...

Triste isso...
Aconteceu algo semelhante comigo. Mas no caso a pessoa havia sido selecionada pra uma vaga numa empresa.

Anônimo disse...

Enquanto celbramos à vida, alguém vem pertinho de nós lamenta uma morte... Muito triste isso!

Jussara

Mirys Segalla disse...

Vixi, Verô...

Conselho aceito!
Na verdade, eu já "propago" esse conselho por aí, há um tempinho... mas é SEMPRE bom recordar!

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com