Na ultima sexta-feira tentei várias vezes falar com um inquilino, queria comunicá-lo que o contrato havia chegado ao fim e saber dele se havia interesse na renovação. O inquilino não atendeu a ligação e agendei para fazer a mesma ligação na próxima segunda-feira. Até aí tudo normal, procedimento corriqueiro aqui no trabalho. Seria tudo normal se no domingo eu não tivesse ficado sabendo, através de um amigo, que esse jovem senhor de quarenta e poucos anos havia falecido num acidente de trânsito. Acidente de moto pra ser mais exata.
Eu fiquei chocada com a notícia, não tinha como não ficar, mesmo tendo pouca proximidade com ele, por saber que ele tinha dois filhos, um de quatro e um de quatorze, e por saber que ele tinha uma esposa apaixonada. Era um marido excelente e um pai dedicado. Era um profissional competentíssimo, mesmo seu ar arrogante em vários momentos não impedia de despertar admiração em quem o conhecia, tanto é que a tragédia repercutiu nas duas cidades e deixou muita gente triste. Uma vida que se foi. Se perdeu. E deixou tudo inacabado.
Não atendeu minha ligação, não renovamos o contrato, ele não foi levar as crianças na escola, não compareceu ao trabalho, não voltará para casa no final do dia, não encontrará sua esposa esperando-o, enfim... Acabou! De maneira estúpida e pegou todo mundo de surpresa. Uma vida que foi interrompida.
De maneira brilhante e com muita sensibilidade minha amiga e parceirona Cinthya sintetizou ontem a celebração à vida. Numa sintonia magistral ela disse tudo que eu gostaria de dizer. E que aprendamos a valorizar cada minuto do nosso dia e cada dia das nossas vidas, porque pode acabar de repente. Não é só conversa fiada não, é fato!
É inevitável não refletirmos quando acontecem coisas assim. É impossível passarmos imune diante de uma situação como essa. Uma estupidez que custa caro. Custa uma vida. É impossível não nos colocarmos no lugar dos entes queridos e dos amigos quem lamentam a perda. Perder um parente, ou um amigo é perder um pedaço, um pedaço arrancado sem aviso prévio e sem anestesia. Doi na carne. Doi na alma.
Eu ainda tenho muito a fazer da minha vida, morrer não faz parte dos meus planos, mas as coisas não são como eu quero, infelizmente! Por isso, quero fazer valer a pena cada segundo de vida.
Aconselho que vocês façam o mesmo!
Verônica
3 comentários:
Triste isso...
Aconteceu algo semelhante comigo. Mas no caso a pessoa havia sido selecionada pra uma vaga numa empresa.
Enquanto celbramos à vida, alguém vem pertinho de nós lamenta uma morte... Muito triste isso!
Jussara
Vixi, Verô...
Conselho aceito!
Na verdade, eu já "propago" esse conselho por aí, há um tempinho... mas é SEMPRE bom recordar!
Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com
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