No último sábado o mundo recebeu a notícia da morte de uma das mais polêmicas cantoras do mundo. Para muitos não foi novidade nenhuma. O prenúncio dessa tragédia já teria vindo em forma de escândalos e era visível na aparência da moça. A musicalidade e o talento da cantora conquistaram legiões de fãs mundo afora... Dona de uma voz forte, um temperamento explosivo e uma personalidade excêntrica a menina londrina que conquistou o mundo se jogou nos braços da morte. O único mal irremediável.
Lentamente e de uma maneira muito dolorosa a jovem de 27 anos pôs fim em sua vida simplesmente porque não conhecia o significado da palavra limite. Assim como Amy, aos 27 anos, morreram Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. Todos eram grandes ídolos da música. Perdemos também Cazuza, Cássia Eller, Renato Russo e tantos outros... De um jeito ou de outro, suas mortes tiveram ligações com álcool e drogas. Todos vítimas de suas fraquezas. Buscaram uma fuga onde não havia um caminho de volta. Álcool, cigarro e alucinógenos passam a compor o cardápio dos grandes astros logo que suas canções passam a fazer parte das nossas vidas. Trágica coincidência.
Sensações que sentimos como: solidão, tristeza, fraqueza, dor, angústia, saudade de não se sabe o quê e tantos outros demônios que nos atormentam, certamente atormentaram essas pessoas também. Alguns buscam refúgios nos livros, nas músicas, na família, no(a) parceiro(a), nos amigos... Outros, sem a mesma quantidade de opções, buscam refúgios nas drogas sintéticas, no álcool, no cigarro e daí em diante seu destino está traçado. E o final nunca é bom.
Felizardos conheceram o fundo do poço e saíram dele cheios de esperança, experiência e vontade de viver... Nem todos, aliás, pouquíssimos tiveram essa sorte. Raros exemplos de pessoas que são contempladas com uma segunda chance.
Sinceramente eu nem era muito ligada nas músicas da cantora, mas a história de vida da mulher sempre me tocou. Sempre despertou compaixão. Me entristecia ver nas fotos a sua decadência física. A aparência cada vez mais debilitada. Não entrava, não entra, na minha cabeça, por mais conflitos internos que ela pudesse ter, eu não aceito que uma pessoa ponha fim em sua vida assim, de uma forma tão agressiva.
Pessoas tão boas para as outras, acabam se tornando tão ruins para si mesmas.
Que nossa fraqueza nunca alcance estágios que não possamos recuar. Que nossa reflexão seja completa, sincera e que nosso pedido de socorro seja claro. Nossa vida é ímpar e preciosa demais para ser estragada, só porque não aguentamos a pressão. Se esconder atrás de um porre, ou de uma "sensação legal" que dura horas e te corrói por dentro não irá resolver o problema que te aflige. Seja qual for seu tormento, encare-o de frente e mostre que você é mais forte que ele. Caso isso não seja possível, contorne-o. E sobretudo, peça ajuda. Sempre haverá alguém que te ama, perto de você para te estender a mão.
E no dia que o nó apertar muito e você não quiser conversar com ninguém que esteja perto de você, mande um e-mail pra nós. Ou venha aqui no Divã descarregar a sua dor. É pra isso que estamos aqui: Para ajudar as pessoas, ouvir(ler) seus problemas e dar o melhor conselho que pudermos. E se ainda assim, você continuar triste, nós chorarmos com você.
Verônica
2 comentários:
Vel.... Show de texto!
Bom... Eu acho que a Amy, bem como tantos que você mencionou, faziam parte de um mundo ímpar, onde a inquietude da alma é diretamente proporcional a capacidade de criar e inversamente proporcional à capacidade de lidar com isso!
Os escritores antigos tinham que pegar uma tuberculose, sofrer "bissurdo" mesmo... Alguns compositores se alimentam de desilusões amorosas e por aí vai...
Vai entender...
O que eu acho mais triste é que os bons vão logo, já os ruins perduram... (rs)
Put's!
Algumas pessoas vão se corroendo aos poucos porque cultivam o ódio e o rancor onde deveria haver amor.
O ódio também mata, assim como o álcool, o crack e o cigarro.
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