sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Paquerando no trânsito

Paquerar no trânsito é uma delícia! Quem nunca paquerou pode fechar o vidro e seguir em frente. Quem, assim como eu, adora essa prática saudável de massagear o ego pegue uma carona com a gente.

As vezes sinto saudade da época que isso acontecia com mais frequência.. Outro dia estava vindo pra casa com minha irmã na garupa, como de costume, e um rapaz passou por nós em outra moto e ficou do nosso lado, olhou, buzinou e como viu que não demos bola ele adiantou o lado dele, não se conformando, olhou pra trás e buzinou de novo. Eu, irritada, perguntei: "Esse idiota tá reclamando do quê?" Aí Vanessa respondeu: "Verônica, ele não estava reclamando, ele estava te paquerando.
É, pelo jeito estou enferrujada na arte de paquerar no trânsito, não consigo reconhecer sequer uma paquera.

Antigamente saía com mais frequências com as meninas (imaginem um carro cheio de mulheres) e quando isso acontecia quase sempre voltávamos com histórias engraçadas para contar. Não me lembro de uma paquera que tenha começado no trânsito e tenha se prolongado, mas me lembro de situações bem engraçadas.

Cinthya, minha parceira, é uma figura nesse quesito. Ela só sabe ri. Lembro que uma vez estávamos indo pra Juazeiro de moto, abre parentêse: eu estava aprendendo a andar de moto, imaginem as barbeiragens, fecha parentêse. E um rapaz chegou perto de nós e disse algo. Cinthya sorria quando eu fazia uma besteira no trânsito. Eu estava incomodada com aquele homem tão perto de mim, eu tinha a sensação de que a qualquer momento as duas motos colidiriam. Aí calhou de eu dar uma barbeirada e Cinthya cair na gargalhada. O coitado desistiu de ficar perto daquelas duas malucas e  se mandou. Definitivamente, nossa paquera no trânsito não foi bem sucedida.

Hoje em dia os vidros fumês vieram pra acabar com essa coisa tão gostosa. A gente não vê nem se tem alguém dentro do carro. Se é homem ou mulher, se é gato, se está sozinho ou acompanhado. Mas nem sempre é impecílho. Dia desses estava parada no sinal, no carro da empresa, e parou um carro do meu lado com dois rapazes (lindos) disseram alguma coisa que eu não consegui entender, mas o sinal abriu e eu arrastei o carro deixando-o confuso e sem a chance de dizer qualquer oura coisa. O diferencial dessa paquera é q ele baixou o vidro pra paquerar e eu pra receber a cantada. Ou seja: nós derrubamos as barreiras que impedem uma paquera.

Vou finalizar esse texto do mesmo jeito que iniciei; afirmando que: Paquerar no trânsito é uma delícia!

Verônica

4 comentários:

Ju Dourado disse...

Vel,

O meu relacionamento começou com uma parada no quebra-molas, saindo do Shopping Barra em Salvador. Ele parou, nos olhamos, seguimos em frente, paramos no sinal e ele foi me seguindo...
E lá se vão 11 anos, de idas e vindas, mas de muito amor!!!!
Então meninas, olhem pros lados... quem sabe rende alguma coisa!!!!

O Divã Dellas disse...

Poxa,Ju! Seu comentário foi encorajador!

Vou passar a olhar pro lado, e quando alguém me paquerar vou me dar ao trabalho de ouvir o que a pessoa tem pra dizer hahaha

Beijos, querida!!!

Venha mais vezes ao Divã!

Verônica

Anônimo disse...

Estava na estrada quando uma SW4 conduzido por um homem charmoso, encostou logo atrás, e ali ficou até ter chance de ultrapassagem... Teve chances, mas não ultrapassava. Quando eu tomava a iniciativa de ultrapassar, logo olhava ele também ultrapassava e poderia até me ultrapassar, mas não, ficava na minha cola. Estranhei, pois cheguei a reduzir para ele partir.. mas logo reduzia também. Comecei a acelerar e então ele me ultrapassou e deu um lindo sorriso... Apenas me ultrapassou e desacelerou para que eu ficasse logo atrás... Resolvi fazer uma graça e ultrapassei sem chance dele me pegar... logo ele me ultrapassou e novamente fez um ar de estar gostando da brincadeira, e confesso me senti pisando em nuvens... ai ai... Logo que ultrapassou reduziu o maximo e iniciou um flerte mais sutil, sinais de alerta no veiculo dele, ou até mesmo dando sinais de seta que não poderia ultrapassar. Logo chegamos em pista dupla e eu tinha toda chance de sair dali, mas não o fiz e ele notou que era mutuo o desejo. Logo tomei o meu destino e ele para o destino dele. Mas aquele frio na barriga foi continuo... Mas sinto que foi um relacionamento lindo, de pouca duração, sem chances de frustração ou cair na rotina. E é isso... Ai ai SW4 quem és tu.

Anônimo disse...

Nossa amiga, eu sempre tenho essa vontade de um flerte assim na estrada. Quando li sua história, me vi da mesma forma. Algo inesperado, uma sensação tão gostosa, nossa demais!!! O que tive parecido agora foi um lindo que empateou comigo no semáforo e me convidou para um sorvete, estava um calor terrível, mas na agora acabei não aceitando. Era bom demais pra ser verdade rsrsrs perdi.