quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Diário de um folião...







... que odeia carnaval!

Antes de entrar no texto, gostaria de abrir um parêntese:

Recebi alguns pedidos dos meninos tímidos, que lêm o Divã mas não comentam, pedindo pra ver a versão do homem na história publicada ontem. Pois bem, o Divã é democrático e todos têm o direito de expor suas respectivas opiniões. Entrei em contato com a outra parte envolvida e ele (depois de ler o texto) topou me contar a sua versão. Recebi o texto dele, fiz alguns ajustes (com a aprovação dele, óbvio!) e tô postando. Fecha parêntese e vamos ao texto:

Verônica

"Querido diário, aliás, querido não que isso é coisa de frutinha. Fala aí brother! É o seguinte: namorava há quase um ano com uma menina muito bacana, gente boa, bonita, inteligente e diferente de mim. Nossas diferenças apareceram logo, mas por gostar dela e da nossa relação resolvi tentar. Tentar me adaptar, tentar melhorar também, tentar ser mais compreensivo, mas não tem jeito. Água e óleo não se misturam. Ela é espevitada e eu sou na minha, ela é extrovertida e fala pelos cotovelos e eu sou de ficar calado só observando e curtindo o silêncio, ela adora rua e eu dou um braço pra ficar em casa, ela adora festa, pagode, barulho, cerveja e eu amo o silêncio, a poesia e a calmaria e de preferência nada de álcool. Ela adora o chiclete e eu o Chico... Buarque. Estava na cara que não daria certo, mas o sexo se encaixava com tanta perfeição que eu fui ficando, ficando... Mas só isso não basta. Pesa, mas não basta. E chegou um momento que eu vi que pra mim não dava mais. Eu não tenho amigas as poucas conhecidas que tenho cumprimento com um discreto aceno. Ela, conhecia a cidade inteira e era tanto "inho" Fulaninho, Cicraninho, Beltraninho... Quando vi aquilo, fui inxando, inxando... Ela se requebra mais que a Carla Perez no tempo do Tchan e tem um pandeirão maior que o dela, os caras só faltavam voar em cima... Tava fazendo papel de otário. Eu vi que não ía dar certo esse negócio de carnaval. Isso não é pra mim. Chamei ela pra ir acampar com a galera lá na ilha, ela não quis... Disse que não abriria mão do carnaval dela por ninguém nesse mundo. Ótimo! Deixei ela lá na requebrança e fui pra minha vida parada. Claro que o namoro não acabou por causa do carnaval. Acabou porque não ía dar certo. Eu disse isso pra ela. Disse que pra mim não dava mais, ela achou que fosse birra e ciúmes. Normal, ela era tão barulhenta e espalhafatosa que nem prestava atenção pra o que eu dizia. Mas eu já tinha avisado. Beleza! No Stress! Quando o carnaval acabou ela pediu pra voltar. Não voltei e nem vou voltar, mas não é por birra nem por orgulho. É uma decisão pensada e já estava mais do que previsto que isso ía acontecer.
Ela é uma menina maravilhosa, como eu disse antes, não a desmereço em nada. Desejo toda felicidade do mundo. Desejo, inclusive, que encontre um cara que tenha a ver com ela e que eles sejam felizes. Namoros acabam por incompatibilidade de comportamento sim e o nosso acabou. Bola pra frente a vida continua."

2 comentários:

Selma Helena Lessa disse...

E que cada um encontre a felicidade e paz tão desejada. Ceder demais ( vale para os dois) enverga ou quebra o relacionamento. Achei interessante a versão masculina do fato.

Debby disse...

OI Vel....
AMEI esse post... e quanto mais eu lia o anonimo mas me identificava com ele...
Amo carnaval mas sei também que as vezes temos que ceder em algum momento de nosso relação se quisermos que vá adiante..
Amei, amei e amei...
Bjs
Debby :)