Os Sinais

(by Cinthya)

No meu dia a dia me pego recebendo respostas para questões que me deixam, de alguma forma, intrigada ou duvidosa sobre como agir, qual caminho seguir. Sabe aqueles momentos onde a gente parece que fica cega e não enxerga um palmo à frente do nariz ainda que a vida cobre uma definição nossa?

Certa vez eu estava totalmente contaminada por um sentimento nada agradável. Estava acumulando uma tal de mágoa dentro do meu coração e esse sentir me deixou muito mal, pois esse é um tipo de sentimento que suga todas as nossas forças e nos empurra precipício abaixo. A gente se perde da gente mesmo e as coisas ao nosso redor vão perdendo a vitalidade. A única coisa que importa é a mágoa. E tudo nos remete a ela. Eu, definitivamente, não estava bem.

Foi aí que, antes de dormir, por algum motivo a minha mãe, ao terminar a novela, mudou o canal da TV e eis que estava lá o Padre Fábio de Melo (aquele Gato) falando com muita sabedoria sobre um tal sentimento destruidor e o preço que se paga por alimentá-lo. Sim, era sobre a mágoa que ele falava. As minhas lágrimas rolaram na mesma hora. E ele falou com tanto poder e, ao mesmo tempo, com tanta doçura que aquelas palavras me inundaram o coração e me fizeram enxergar as coisas por outro ângulo. Foi mais fácil “vencer” depois desse recado que recebi.

Antes de ontem eu conversava com uma amiga, que também foi Mãe Solteira e que também só tem um filho, sobre a tênue linha que divide o amor materno sadio do exagero. Desde cedo eu tenho me policiado para não fazer de Pedro minha única fonte de alegria, pois assim corro grande risco de sufoca-lo e de não deixa-lo amadurecer, crescer e aprender a ser livre. Essa conversa com minha amiga me trouxe novamente uma dessas grandes dúvidas que surgem e, para aliviar a tensão, fui ler o Blog da Mirys, uma mãe extraordinária e lá, num post triste  , mas muito especial , ela mencionou uma música “Deus Cuida de Mim” e eu fiquei com os versos dela na minha cabeça, muito embora eu nunca tivesse escutado a música.

À noite, eis que minha mãe muda o canal da TV de novo e eis que, de novo,  passa o Padre Bonitão falando. E ele discorre exatamente sobre o amor materno e sobre os riscos do exagero desse amor. E como ele fala bem! Ele tem uma humildade e uma sabedoria que atingem meu coração. As minhas lágrimas insistiram em rolar de novo. E, ao terminar, ele cantou... Qual música? Deus Cuida De Mim...

E então, eu posso ou não dizer que Deus me ama?

E eu não sou católica, não sou evangélica, não sou espírita, não sou umbandista, não sou budista e não me rotulo com nenhuma religião. Mas mesmo assim Deus me ama, porque eu sou do bem. E Ele sempre manda sinais desse amor e esses sinais me ajudam a decidir pelo melhor.

Que nunca nos falte a sabedoria para enxergar os sianais de Deus!

Leiam:
Post citado no texto (blog da Mirys):
 http://diariodos3mosqueteiros.blogspot.com/2010/10/aquela-musica-diario-da-mirys.html