segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A Volta


(by Cinthya)

É, voltamos. Depois de um período de recesso. Um delicioso recesso carnavalesco. Um recesso embalado pelos ritmos contagiantes da capital baiana. Um recesso que nos proporcionou “ziriguidunziar” durante uma semana inteira. Uma semana inteira de riso fácil, de sol escaldante, de tornozelos comprometidos de tanto pular. Alegria, alegria, alegria.

E o carnaval é isso. Um período onde a gente dá um stand by nos problemas e tristezas e se joga na avenida para sorrir, para provar um pouco de leveza, de suingue, de energia, de emoção. Como se a gente acionasse o “reset” no campo emocional e voltasse recarregada, zerada. Embora o físico se esgote nessa festa profana, a mente descansa, desopila, se liberta e volta com força total para enfrentar os atropelos diários da vida.

Há doze anos atrás eu brinquei meu primeiro carnaval em Salvador. E lembro perfeitamente de estar na Barra, quando o bloco Ara Ketu chegava na avenida. Lembro da emoção. Eu estava na pipoca, mas isso não importava, a emoção era imensa. Eu me arrepiava toda. Os olhos brilhavam e não tinha como não me identificar com aquela banda, com aquelas raízes, com aquela batida. Algumas coisas fazem parte da gente, ainda que a gente não saiba. Basta que você presencie para perceber que existe uma ligação forte entre vocês, no caso, entre eu e o Ara.

Dois anos após, estava eu em Salvador, mais uma vez, e no dia que deveria retornar soube que haveria o ensaio do Ara Ketu. Não pensei duas vezes, fiquei. Inventei uma desculpa na empresa (deveria trabalhar no dia seguinte) e fui virar pipoca ao som da voz do Tatau. Em decorrência disso, recebi a única advertência da minha vida profissional e respondendo ao meu chefe que pediu para que falasse sobre o ocorrido eu disse: “Onde devo assinar? Eu não me arrependo. Faria tudo de novo.”. Ele suspirou fundo e rasgou a advertência.

Então passaram-se mais dez anos e eu voltei a Salvador. Dessa vez para pular do lado de dentro da corda, dessa vez para abraçar o Tatau e poder dizer o quanto o admiro, como artista, como pessoa, como ser humano iluminado que ele é. Dessa vez pude desfilar sobre o trio e ver o carnaval sob outra ótica, mas com a mesma emoção. Cada batida, cada suingada, cada refrão faziam com que meu coração estremecesse, minha pele arrepiasse e tudo entrasse numa gostosa ebulição dentro de mim.

Então hoje eu sou lembrança e gratidão. Lembrança de todos os momentos, das lágrimas por ver o Tatau de volta ao Ara Ketu, pois ele é do Ara Ketu, o Ara Ketu é dele, eles são nossos e nós somos deles. Não tem jeito. Foi lindo. Foi emocionante, foi pura energia. Jamais esquecerei desse carnaval. A cada momento um flash me invade a mente e o sorriso (re)nasce.

Agradeço imensamente a toda equipe do Ara Ketu que contribuiu para esse momento mágico em nossas vidas. Tatau, em primeiro lugar, Adriana Soledade, Célia e João Filho, obrigada a todos pela paciência, pelo carinho e pelo respeito. Não é a toa que que cantamos que o Ara Ketu é Bom Demais!

3 comentários:

Jeferson Cardoso disse...

Olá Cinthya!
Agora, um bom descanso. [sorrio]
http://jefhcardoso.blogspot.com lhe convida e espera para ler e comentar “O Grande Circo Nonsense – Vila Abranches”. Abraço e boa semana.

Debby disse...

Uauuuuuu
Que legal Cyyyyyyy

Arakatu é um dos blocos que mais gosto em Salvador e já tivero prazer de pular dentro de suas cordas.

Maravilhoso
Boa volta meninas
Bjs
Debby :)

Debby disse...

Ahhhhh

Quero ver as fotosssssssss

kkkkkk

Bjs
Debby :)