(by
Cinthya)
É,
voltamos. Depois de um período de recesso. Um delicioso recesso carnavalesco.
Um recesso embalado pelos ritmos contagiantes da capital baiana. Um recesso que
nos proporcionou “ziriguidunziar” durante uma semana inteira. Uma semana
inteira de riso fácil, de sol escaldante, de tornozelos comprometidos de tanto
pular. Alegria, alegria, alegria.
E o
carnaval é isso. Um período onde a gente dá um stand by nos problemas e
tristezas e se joga na avenida para sorrir, para provar um pouco de leveza, de
suingue, de energia, de emoção. Como se a gente acionasse o “reset” no campo
emocional e voltasse recarregada, zerada. Embora o físico se esgote nessa festa
profana, a mente descansa, desopila, se liberta e volta com força total para
enfrentar os atropelos diários da vida.
Há doze
anos atrás eu brinquei meu primeiro carnaval em Salvador. E lembro
perfeitamente de estar na Barra, quando o bloco Ara Ketu chegava na avenida.
Lembro da emoção. Eu estava na pipoca, mas isso não importava, a emoção era
imensa. Eu me arrepiava toda. Os olhos brilhavam e não tinha como não me
identificar com aquela banda, com aquelas raízes, com aquela batida. Algumas
coisas fazem parte da gente, ainda que a gente não saiba. Basta que você
presencie para perceber que existe uma ligação forte entre vocês, no caso,
entre eu e o Ara.
Dois anos
após, estava eu em Salvador, mais uma vez, e no dia que deveria retornar soube
que haveria o ensaio do Ara Ketu. Não pensei duas vezes, fiquei. Inventei uma
desculpa na empresa (deveria trabalhar no dia seguinte) e fui virar pipoca ao
som da voz do Tatau. Em decorrência disso, recebi a única advertência da minha
vida profissional e respondendo ao meu chefe que pediu para que falasse sobre o ocorrido eu
disse: “Onde devo assinar? Eu não me arrependo. Faria tudo de novo.”. Ele
suspirou fundo e rasgou a advertência.
Então
passaram-se mais dez anos e eu voltei a Salvador. Dessa vez para pular do lado
de dentro da corda, dessa vez para abraçar o Tatau e poder dizer o quanto o
admiro, como artista, como pessoa, como ser humano iluminado que ele é. Dessa
vez pude desfilar sobre o trio e ver o carnaval sob outra ótica, mas com a
mesma emoção. Cada batida, cada suingada, cada refrão faziam com que meu
coração estremecesse, minha pele arrepiasse e tudo entrasse numa gostosa
ebulição dentro de mim.
Então hoje
eu sou lembrança e gratidão. Lembrança de todos os momentos, das lágrimas por
ver o Tatau de volta ao Ara Ketu, pois ele é do Ara Ketu, o Ara Ketu é dele,
eles são nossos e nós somos deles. Não tem jeito. Foi lindo. Foi emocionante,
foi pura energia. Jamais esquecerei desse carnaval. A cada momento um flash me
invade a mente e o sorriso (re)nasce.
Agradeço
imensamente a toda equipe do Ara Ketu que contribuiu para esse momento mágico
em nossas vidas. Tatau, em primeiro lugar, Adriana Soledade, Célia e João Filho,
obrigada a todos pela paciência, pelo carinho e pelo respeito. Não é a toa que que cantamos que o Ara Ketu é Bom Demais!
3 comentários:
Olá Cinthya!
Agora, um bom descanso. [sorrio]
http://jefhcardoso.blogspot.com lhe convida e espera para ler e comentar “O Grande Circo Nonsense – Vila Abranches”. Abraço e boa semana.
Uauuuuuu
Que legal Cyyyyyyy
Arakatu é um dos blocos que mais gosto em Salvador e já tivero prazer de pular dentro de suas cordas.
Maravilhoso
Boa volta meninas
Bjs
Debby :)
Ahhhhh
Quero ver as fotosssssssss
kkkkkk
Bjs
Debby :)
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