quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aprendendo com as crianças


É na inocência das brincadeiras infantis que aprendemos a lidar com os problemas da vida.

A peteca é um jogo divertidíssimo que fez parte da minha infância. A gente faz um esforço danado pra não deixar a peteca cair e dá continuidade ao jogo. Na fase adulta, a gente também faz um esforço danado pra não deixar a peteca cair, e não vê a mínima graça nisso.

Eu costumava brincar de uma brincadeira que na minha terra, chama-se ôno um... Um elástico esticado e a gente se contorcendo pra alcançar e fazer as manobras sem tocar no outro fio. Na vida real, existem alguns problemas que exigem de nós o esforço e a técnica de um contorcionista. Saber se sair de um problema sem tocar o "fio proibido".

A brincadeira de esconde-esconde também reflete exatamente a nossa luta para nos escondermos de pessoas e situações que nos desagradam. Tal qual na brincadeira, na vida real a gente se esconde e não quer ser achado. O primeiro a ser descoberto dança.

E o bambolê? Para quê prova de jogo de cintura melhor que a brincadeira do bambolê? Não pode deixar o aro cair, não pode perder o equilíbrio nem o compasso. Ora rápido, ora devagar, mas sempre com um movimento harmônico. O jogo de cintura é exigido do individuo durante a sua vida inteira.

A importância do brincar no desenvolvimento das crianças e a importância de saber lidar com as situações adversas durante a fase adulta estão diretamente ligadas. Se engana quem pensa o contrário.

Na minha infância, meus companheiros de brincadeira eram meus dois irmão (Carlos e Júnior), logo, não rolava brincadeira de menina, eu tinha que acompanhá-los em suas preferências.  Futebol, bola de gude, pião, pipa e apostar corrida eram as minhas favoritas. Com elas eu também aprendi muito e dessas, se formos parar para pensar também extraímos lições que são úteis para o nosso dia-a-dia. Sinto saudade da época que minha maior preocupação era esconder minhas bolinhas de gude para meus irmãos não pegarem. Detalhe: eu tinha uma garrafa pet quase cheia delas. E colocava nome em cada uma.
Ah, uma grande preocupação também era esconder o boletim da escola, só pra adiar o castigo. Esse era inevitável, adrenalina ía a mil. E estudar (de véspera) para fazer a prova de matemática. Pronto, se resumia nisso os grandes problemas da minha vida.

Viva as crianças e sua sabedoria inocente. Que possamos, além de tudo isso, relembrarmos a nossa infância, a época em que não guardávamos mágoa onde 5 minutos de bico eram suficientes para curar nossa dor.
As crianças são grandes professores. Nós é que não nos damos conta.

Beijos, pessoal!

Verônica- A criança crescida

3 comentários:

Selma disse...

Amei o post Verônica! Estou sentindo a necessidade de resgatar a criança que um dia eu fui.
Beijos!

Anônimo disse...

Brincadeira de criança, como é bom, como é bom...
Ah, que saudade da minha infância!

Anônimo disse...

Não posso deixar morrer a criança que existe dentro de mim.

Obrigada por me ajudar a resgatá-la, Verônica!

Jussara