quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Meu Ébano

(by Cinthya)

Carta Aberta ao Luciano Rocha (Salvador/BA)

Nos conhecemos numa inusitada manhã de Junho, festa de Santo Antonio na cidade de Canudos/BA. A noite foi-se e a manhã me encontrou ainda na rua, na festa. Não demorou para aquele negro lindo, alto me intimar para uma conversa. Surpreendido por uma garota nada convencional, ele que achou que ia me encantar foi por mim encantado.

De lá por diante foi só descoberta. Tanta coisa interessante aconteceu entre a gente! Coisas que o destino tecia minuciosamente para dar certo (e dava). Eram fatos desses que a gente só vê nas histórias de novelas ou filmes de romance.

Nem de longe eu conheci um negro tão bonito. Bonito por dentro e por fora. Todo higienizado (ha ha ha), mais perfumado que moça em noite de quermece. Ele não media esforços para me agradar. Esse eu sei, fez muitas loucuras de amor e também recebeu outras tantas. A nossa história era viva. A gente vivia sem medo e apostava as fichas que tínha na certeza de que a vida foi feita para o amor.

Homem de festa. Sempre envolvido com bandas e cantores soteropolitanos sempre arrasou nas boates de Salvador/BA. Moçoilas se desmanchavam por ele e ele sempre exibia com orgulho a Rainha de Seu Coração: Euzinha!

Nos afastamos da mesma forma que nos encontramos, pelas mãos caprichosas do destino. Hoje sei que ele está magoado, mas sei que o mesmo destino ainda vai trabalhar para que não fiquem manchas nessa história. Afinal, tanto ele quanto eu somos do bem, nascemos para o bem e nos nossos corações não há lugar para nada que não seja amor.

Negro Lindo, muito obrigada por ter me ajudado a escrever um dos capítulos mais lindo da minha vida! Você sempre será o Negrão por quem eu tiro o chapéu e indiferente de estarmos ou não juntos, você sempre estará em mim, como uma linda lembrança, como uma linda história, como uma das pessoas mais bonitas com quem eu convivi.




Meu Ébano
(Alcione)

É!
Você um negão
De tirar o chapéu
Não posso dar mole
Senão você créu!
Me ganha na manha e baubau
Leva meu coração...


É!
Você é um ébano
Lábios de mel
Um príncipe negro
Feito a pincel
É só melanina
Cheirando à paixão...


É!
Será que eu caí
Na sua rede
Ainda não sei!
Sei não!
Mas tô achando
Que já dancei!
Na tentação da sua cor...


Pois é!
Me pego toda hora
Querendo te ver
Olhando pras estrelas
Pensando em você
Negão, eu tô com medo
Que isso seja amor....

Moleque levado
Sabor de pecado
Menino danado
Fiquei balançada
Confesso
Quase perco a fala
Com seu jeito
De me cortejar
Que nem mestre-sala...

Meu preto retinto
Malandro distinto
Será que é instinto
Mas quando te vejo
Enfeito meu beijo
Retoco o batom
A sensualidade
Da raça é um dom
É você, meu ébano
É tudo de bom!...


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Faz Uma Loucura Por Mim



As vezes, pensando em nós e tudo que vivemos e passamos, chego a conclusão de que o que falta, de verdade, é você fazer uma loucura de amor. Você fala tanto que me ama e nos sentimentos que lhe toma quando estou em seus braços, mas pra mim, palavras são apenas palavras.

Acho que falta a pimenta para temperar esse relacionamento que o tempo tornou insosso. Certamente o condimento essencial seria algo do tipo, marcante.

Sei lá, que tal ir a pé do Rio a Salvador? Ou limpar os trilhos do metrô? Tá bom... Eu sei que é pedir demais. pode ser algo menos extravagante, mas não menos marcante. O que eu quero é ver algo que me faça pensa: Poxa, ele gosta mesmo de mim.

Há quem diga que os mais belos gestos de amor estão escondido nos mais singelos e simplórios atos do cotidiano, mas comigo isso não cola não. Quero badalação, fechação e coisas marcantes. Como leonina forte que sou, não me contento com menos.

E aí, vai encarar? Topa fazer uma loucura por mim?


Verônica




Faz Uma Loucura Por Mim

Faz uma loucura por mim
Sai gritando por aí bebendo e chora
Toma um porre, picha um muro que me adora

Faz uma loucura por mim Fica até de madrugada, perde a hora Sai comigo pra gandaia noite afora
Só assim eu acredito nessa históriaQue você sentiu saudade de me ter Põe na prática besteiras da memória Pensa menos, faz de tudo, manda verVem pra dentro, tenta ser da mesma escóriaComo já fiz mil loucuras por você

Só assim eu acredito nessa história
Que você sentiu saudade de me ter
Põe na prática besteiras da memória
Pensa menos, faz de tudo, manda ver
Vem pra dentro, tenta ser da mesma escória
Como já fiz mil loucuras por você
Nós dois se é pra recomeçar que seja até o fim Nós dois se não é pra ficar, não gaste o teu latimNós dois, só posso te aceitar ao ver que você fazUma loucura por mim
Depois que você me provar que vai fazer assimDepois você pode
provar o que quiser de mimDepois já posso acreditar que você foi capazDe uma loucura por mim
Faz uma loucura por mim
Se tem outra em tua vida manda embora

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Estranha Loucura

(by Cinthya)

Existem tantos tipos de relacionamento... Tanta gente que vive hiper feliz com seu parceiro e tanta gente que vive triste, mas não deixa de mão a ideia de ter um parceiro. E assim mergulham numa relação doentia, dependente.

Não precisamos procurar muito para encontrar relacionamentos assim onde a gente se permite viver num inferno, se permite ser humilhada, se permite passar por todo tipo de perrengue apenas para não perder o “ser amado”. Não sei que raios de necessidade é essa de se ter alguém para dizer que é “seu”, mesmo que em troca disso você abra mão de sua felicidade.

É bom amar? É ótimo! Ser amada então é bom demais. Mas bom mesmo é uma relação com respeito, onde os dois existem, onde os dois falam e escutam, onde os dois opinam, onde os dois decidem. Assim é gostoso! Assim é bonito de se ver e delicioso de se viver.

Mas um relacionamento doentio é triste demais. Você procura o brilho nos olhos e não encontra. Na verdade você não encontra nada concreto que te remeta à felicidade. Aliás, momentos de felicidade passam a ser relâmpagos passageiros, quase escassos.

Por que as pessoas se permitem viver assim? Por que não acreditam que podem ficar muito melhores sozinhas do que em companhia de quem não lhes faz bem? A razão maior de um relacionamento de amor é o AMOR. E amor não é doentio. Amor respeita, amor cuida, amor zela, amor faz bem, amor faz sorrir. Em nada amor rima com humilhação. Em nada.

Acho que todo mundo quer um amor pra si. Tenho certeza de que todo mundo quer ser feliz e viver feliz. E é isso o fundamental: Ser Feliz! E a gente consegue estar feliz sozinho, a gente consegue construir em bases sólidas uma história feliz até que um dia a gente se depare com um parceiro legal, disposto a colaborar com a nossa felicidade.

Histórias de "amor" estranho tendem a nos acorrentar. Parece um vício. Sugam a alma da gente. E isso pode ser tudo, menos amor. Ser dependente não é algo saudável. Bom é ser feliz! Curtir até o momento em que nos fizer bem, depois, voar. Existem muitos amores para serem vividos, não tenha medo de recomeçar!


Estranha Loucura
 (Alcione)


Minha estranha loucura
É tentar te entender e não ser entendida
É ficar com você
Procurando fazer parte da tua vida
Minha estranha loucura
É tentar desculpar o que não tem desculpa
É fazer dos teus erros
Num motivo qualquer a razão da minha culpa
Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpada bandida
Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você
Eu acho que paguei um preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco
Me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer?
Vai sentir falta de mim
Sentir falta de mim
Vai tentar se esconder
Coração vai doer
Sentir falta de mim

sábado, 26 de novembro de 2011


 "Existem coisas reservadas pra gente que foge do nosso entendimento, mas que lá na frente vai fazer todo sentido. Por isso nunca perca a fé."

Atribuíram essa frase a Reinaldo Gianechinne e eu achei fantástico. Analisem a profundidade dessas palavras. O sentido que elas fazem. É fascinante ver uma pessoa que tem fé. Crendo que, apesar de todos os males que se abateram sobre elas, tudo ficará bem. Tudo findará de maneira positiva.

Eu particularmente, tenho muita fé. Tento ser o máximo de positiva que posso, tento ser serena e otimista mesmo nas situações mais adversas. É verdade que nem sempre consigo, mas sempre tento.

Eu me emociono ao ver pessoas lutando pela vida. Eu admiro pessoas predestinadas, otimistas, positivas e que não desistem nunca.

Como foi com José de Alencar, agora está sendo com o Reinaldo Gianechinne, Hebe, Lula e Dilma. Admiro
a positividade e a sede de viver. Nas minhas orações, peço a Deus que reestabeleça a saúde deles.

Verônica

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Férias é assim...



... tudo de bom!!!

O Divã fez um ano no ultimo sábado e eu não estava aqui pra celebrar. Pedro adoeceu durante a semana e Cinthya se viu às voltas com ele, tendo que se desdobrar e perdendo noites de sono e eu nem pude ajudar.
Enfim, tanta coisa aconteceu e eu longe do mundo cibernético.

Estou em Salvador gozando de férias relâmpago que já terminam semana que vem. Comendo tudo que tenho vontade, dormindo tarde e acordando com ainda mais sono... cansando o corpo e descansando a mente.

Não me desliguei totalmente do trabalho, recebo mais de uma dezena de ligações por dia e resolvo coisas, mesmo estando aqui lonjão... Mas ainda assim, posso afirmar que estou me divertindo muito. Queria que não acabasse nem tão cedo, mas está acabando. Afinal, alegria de pobre dura pouco.

Enquanto não acaba, estou aqui me jogando. Praia, boate, pizzaria, visita a pessoas que não via há tempos e boas gargalhadas. Encontros, reencontros e despedidas. Eita coisa boa é férias!!

Verônica

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cadê O Presente!


(by Cinthya)

Estava no Face quando vi que uma grande amiga postou algo dizendo que estava num dia triste. Que estava de alma triste. E eu perguntei porque aquilo. Ela não soube explicar. Apenas estava triste. Então eu comecei a falar sobre tudo o que ela tem de rico na vida dela, de tanta coisa que ela tem e que muita gente gostaria de ter. De quantas conquistas a vida lhe proporcionou.

Não sei porque em certos dias a gente acorda assim. A gente vê que não tem motivo aparente para estar triste, mas insiste em assim permanecer. E é preciso que alguém nos alerte e nos faça olhar ao redor para enxergarmos que nem temos tantos problemas assim que mereçam tanta homenagem.

Os dias que passam não voltam mais. As horas que passam são horas a menos no percurso. O amanhã é algo totalmente improvável. Ninguém sabe de nada. E ainda assim nos permitimos não curtir o que temos. Ainda assim nos permitimos sair de perto das pessoas sem dizer que "eu te amo". Ainda assim deixamos o sorriso escondido por trás de uma cara amarrada e azeda.

Dias contados e ainda deixamos que o sol nasça sem trazer luz pro nosso quarto. Nem olhamos o luar mudando de fases, nem as nossas crianças descobrindo o mundo. Vivemos ansiando pelo futuro ou com saudade do passado, mas nunca vivendo o presente. Somos loucos, por muitas vezes. Alimentamos medos, neuras, crises. Nos deixamos escravizar pela nossa psiquê. E esquecemos que quase todas as respostas estão em nós mesmos.

Somos loucos, afinal porque não aproveitar o dia de hoje se o amanhã é coisa tão imporvável?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

E Agora, Mãe?


(by Cinthya)

Vida de Mãe Solteira não é fácil.  A gente vai tirando de letra, é fato. Mas sei que sequelas vão se aglomerando dentro de nosso emocional e a gente finda por moldar-se, mesmo que inconscientemente. De repente a gente se vê presa em pensamentos e atitudes que antes não condiziam conosco. A gente vai aprendendo a conhecer um lado da vida que antes era totalmente desconhecido. E você descobre nas pessoas a admiração por você e também o asco e o preconceito que muitos te lançam. E isso, por mais que a gente não dê bola, machuca e fica guardado em algum lugar aqui dentro.

Meu filho está dodói. Há duas noites eu não durmo bem, cuidando dele, verificando a temperatura, pondo remédio para desobstruir o nariz, tentando acalmá-lo. Pela manhã o deixo chorando: "Mãe, porque você tem que ir trabalhar? Por que você não fica pra cuidar de mim?". E saio. Com o coração despedaçado, mas com a certeza de que tenho que ir, tenho que ganhar o nosso pão.

No trabalho, poucas pessoas se importam se você está 100% ou 10%, o trabalho tem que ser feito e os resultados são cobrados. Você trabalha, cansada, sonolenta e preocupada, mas trabalha e consegue atender à demanda. Louca pra chegar em casa você se desmancha em zelos com o filho. Cuida, vê se a medicação foi ministrada corretamente, vai ao médico novamente, conta o dinheiro pra ver se dá pra comprar os demais remédios.

Você nem tem tempo pra chorar ou se sentir fraca. É tudo muito intenso e tudo sobrecai sobre você mesma. Então, não dá pra pensar muito. É agir ou agir. Não temos escolha. Se o filho chora, é você quem tem que acalentar, mesmo com o coração em pedaços, você tem que ser forte e acalentar. Se ele te pergunta "Mamãe, porque tá doendo?" é você quem tem que engolir à seco e procurar a melhor resposta para dar pra ele.

Quando enfim ele adormece nos seus braços você desmorona. É o único momento em que você pode chorar sem que ninguém veja. É o momento onde você sente o reflexo do peso das emoções do dia. É o momento no qual você se despe da roupa de Mulher Maravilha e chora como uma simples mortal.

Aí você olha pro filho, tão inocente, tão dependente de você e vê que a vida te deu um laço que nunca, em hipótese alguma será desfeito. Um amor tão grande e tão forte que chega a doer. Um misto de sensações de poder e impotência tomando conta do mesmo ser, ao mesmo tempo.

À todas as Mães em Carreira Solo (assim como eu), o meu abraço, o meu respeito e a minha admiração. E, que Deus proteja os nossos filhos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Eu Tô Apaixonado...

(by Cinthya)

Adoro celebrar o Amor!

Já perceberam como é gostoso de se ver uma pessoa apaixanada? Ja notaram como a gente fica mais leve quando estamos nesse estado de graça? Toda roupa cai bem, todo xampú hidrata, toda cor de esmalte combina com a pele, toda música é linda.

Estar apaixonado nos faz chegar mais perto de Deus, da Criação, do Universo. Tudo tem mais cor, mais brilho. As coisas fazem mais sentido. A gente sorri mais, com isso atraímos mais pessoas para junto de nós, afinal, nos tornamos agradáveis, positivos e, é claro, quem não gosta de estar perto de gente assim?

Todo programa é legal, não importa se seja um mega show ou um barzinho na esquina, em qualquer lugar a gente se diverte, pois as coisas vão de dentro pra fora. É o nosso íntimo que está lindo. É a nossa alma que está bela. Somos nós que despejamos felicidade.

Quisera nos permitir estar sempre apaixonados. Para que todos os dias nascessem com um brilho especial, para que essa paz de espírito jamais se acabasse, para que esse prazer em viver nunca nos abandonasse. Quisera estar sempre assim, lindamente apaixonados, com borboletas no estômago, com flores na alma e música no coração. Quisera não disperdiçar nem um segundo da vida com tristezas e pensamentos cinzas. Quisera ser eternamente, lindamente, plenamente apaixonados. Depende de nós! O amor é alimentado, construído. A beleza do outro é esculpida pelos nossos olhos. Até para amar precisamos ser sábios.

O meu filho disse "Mamãe, acho que estou apaixonado"... Ele provavelmente não saiba definir paixão, mas os olhinhos sorriram quando ele falou sobre isso. E eu achei lindo, é claro. A pureza das crianças ilumina a alma! E é ele quem canta pra gente, com toda emoção.

E viva o Amor!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Aquele Ex Que A Gente Nunca Esquece

(by Cinthya)

Coisa boa é namorar. Ave Maria! Conhecer gente legal que se entrosa bem com a gente, gente que tem tudo de bom pra oferecer, mas que por um motivo ou outro a relação não seguiu em frente. Mas quem disse que o fato de terminar a relação significa que as lembranças também tenham fim? Nada disso!

Sempre existem as pessoas que marcam de uma forma tão intensa que mesmo depois da relação acabada a sua presença continua em nossa memória. Pessoas que tocaram fundo, que preencheram lacunas, que realizaram desejos, pessoas que fizeram o inusitado acontecer, que nos surpreenderam de alguma forma, que foram diferentes, autênticas, únicas.

Eu tenho um ex namorado que está sempre presente em minha vida. Não importa se eu esteja bem com alguém, ainda assim eu me pego lembrando dele, recordando as situações que vivemos juntos. Não sou mais apaixonada por ele, mas ele continua aqui dentro, como uma lembrança muito boa de reviver. É um daqueles "ex" que nos acompanham a vida toda.

Lembro que ele se esforçava para me fazer surpresas. Certo dia fomos namorar na beira do rio. Ele andava num carro alugado que não tinha som, daí ele levou o notebook e um CD que tinha ganhado de uma garota que ele namorava antes de me conhecer. Bem, eu só reclamei pela falta de respeito dele com os sentimentos da garota, mas que aquela trilha sonora entrou para nossa história  é fato.

Hoje não temos mais contato. Desentendimentos aconteceram, mas as lembranças de nós dois continuam aqui comigo e sei que nem tão cedo sairão.

É muito legal se tornar eterno na vida dos outros. É muito bom deixar os outros se tornarem eternos em nossa história. Viver as histórias de forma intensa, se permitir sentir. Isso é vida.

sábado, 19 de novembro de 2011

O Divã Dellas Completa 1 Ano!


(by Cinthya)

Adoro acompanhar a evolução da vida e de tudo o que me cerca. Há um ano atrás Verônica me convidava para dar um pontapé inicial num projeto ambicioso: Criar um blog com postagens diárias! Como não sou de correr da raia e amo escrever, topei.

Delicioso ver que a cada dia as postagens vão surgindo, algumas vezes vêm fácil, outras vezes nem tanto. Existiram ocasiões em que a própria falta de assunto a ser abordado foi o assunto abordado. E assim chegamos aqui, no nosso primeiro aniversário. O primeiro de muitos, tenho certeza. As leituras cresceram com o tempo, o tempo também trouxe pessoas novas, diferentes que foram atraídas para cá pela nossa arte de escrever sobre tantas coisas que aconteem na vida das pessoas e que, normalmente, passam desapercebidas.

Para nós, tornar o cotidiano o nosso principal objeto de pesquisa é uma meta. Escrever sobre coisas simples, sob uma ótica diferente. Explorar o mundo com olhos de simplicidade e de sinceridade. Ser audaciosa, ser verdadeira, ser feliz.

Medos, amores, temores, romances, família, mentiras, sarcasmos, sexo, orgasmos, príncipes, ogros. O preto e o branco explorados e expostos em textos leves.

Fazer a diferença no dia de quem nos lê. Acertar em cheio o coração de quem acompanha nosso trabalho. Fazer as pessoas refletirem sobre as coisas mais importantes da vida. Tudo isso é o que nos faz continuar a escrever, dia após dia.

Parabéns ao Divã Dellas e obrigada a todos que contribuiram para o sucesso absoluto desse primeiro ano. Eu não sei vocês, mas os meus dias tornam-se melhores quado passo por aqui.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Amores, amores! Dinheiro à parte.


Eles são jovens, universitários, independentes, seus respectivos empregos são estáveis e a saúde financeira de ambos é tranquila. Namoram há tempos e compartilham muita coisa, muita coisa mesmo, exceto o dinheiro.

Apesar de conhecê-lo há bem mais tempo, me tornei mais amiga dela (cumplicidade feminina) e ela divide comigo seus problemas. Me contou que houve uma época em que o namoro andou balançado por problemas financeiros. Apesar de morarem em casas separadas e possuírem orçamentos distintos, andaram comprando coisas juntos e gastando por conta. Resultado: ambos no vermelho e acusações mútuas.

Ela me contou que ele é um homem maravilhoso, mas tem traços de uma personalidade usurpadora. Queixou-se do investimento que faz quando vão sair. Os gastos com: unha, cabelo, depilação, lingerie nova, etc, etc... Acrescido a isso, uma coisa que o gato não abre mão que a divisão das despesa com: restaurante, entrada pra show e teatro, conta do motel (fiquei passada), etc, etc...

Claro que essa história de direitos iguais tem seu lado positivo, mas não deve ser levado tão ao pé da letra. Em um relacionamento o que deve haver de essencial é o companheirismo. Se o gato tá quebrado, a gata segura a onda e vice-versa. Mas, quando isso passa a ser um imposição e seja em que tempo for, chega uma hora que vai rolar atrito.

 Meu amigo de longas datas, já sabia da fama de muquirana que le tem, mas não imaginei que fosse tanto. Por se tratar de um assunto extremamente íntimo e complicado, nunca me atrevi fazer piadas sobre. Ela se queixou também de uma época em que ele tomou um empréstimo no nome dela e não tinha o compromisso de pagar as prestações em dias, pagava, mas sempre atrasado e por pura displicência. Mostrou um lado relapso e descomprometido que ela não conhecia.

Ele por sua vez, se queixa que a namorada gasta demais, compra demais, é vaidosa demais e não se preocupa com o futuro.

Por fim, resolveram dar um basta nessa homogeneidade financeira e ficar cada um no seu cada qual pra manter a saúde mental de ambos e garantir a felicidade do relacionamento. Enfim, um casal que se ama, mas que não se entende quando o assunto é dinheiro.

Verônica

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Feliz Aniversário, Meu Amor!



Não é novidade nenhuma, para quem me conhece pessoalmente, me acompanha nas redes sociais ou que ler o Divã, o respeito, a admiração e o amor que tenho por minha mãe.

Hoje ela completa 64 anos e é com muito amor que celebramos essa data. 64 anos de muita luta e muita superação. A vida nunca foi fácil pra ela, sempre enfrentou muitas batalhas e venceu todas. No quesito força eu não poderia ter exemplo melhor.

Quanto mais eu falo sobre todo o amor que tenho por minha mãe, mais eu tenho a certeza de que palavras jamais serão capazes de mensurar o que sinto. Só me resta agradecer a Deus por essa dádiva de ter sido criada e educada por uma mulher tão honesta, batalhadora e generosa.

Como minha mãe é leitora assídua do Divã e eu tenho certeza que ela lerá esse post, queria deixar aqui a minha homenagem e o meu desejo de feliz aniversário pra ela.

Mãe, se mais vidas eu tivesse, em todas elas eu queria ter a senhora como minha bússola, minha orientadora, minha amiga, minha guia e conselheira. Te amo mais do que tudo na minha vida.
Felicidades mil para a senhora.
Beijos!
Te amo!

Verônica

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ela Teve A Sorte De Um Amor Tranquilo


(by Cinthya)

Existem paixões avassaladoras, isso é bem verdade. Paixão capaz de nos fazer perder a cabeça e comprar briga somente para ter momentos junto da pessoa amada. Existem relacionamentos que são fogo e, como tal, podem nos queimar a qualquer momento ou, ainda, podem simplesmente apagar caso caia a chuva ou passe o vento. Esse tipo de sentimento é gostoso, claro, mas é incerto na mesma proporção.

Já tive relacionamentos onde eu não media esforços pela simples loucura de estar com ele, não me importava com mais nada. Quando a gente se via, a pele queimava e pronto. Deixávamos tudo pra trás. De tão intenso, esgotou-se logo. Acabou. Aos poucos o ciumento apareceu também e as coisas foram desandando.

Existem também amores tranqüilos. Esses são mais quietos, esses sabem esperar a hora certa, sabem abrir mão, sabem ouvir, sabem falar. Existem amores serenos. Amores que se desejam e se realizam juntos, sem que a loucura tome suas mentes. Amores de dias brancos, como canta Geraldo Azevedo, onde só é prometido o que se pode dar, o que se está ao seu alcance. “Te prometo o sol, se hoje o sol sair... Ou a chuva, se a chuva cair”.

Esses amores têm os pés no chão, constroem o relacionamento em bases mais sólidas, por serem tranqüilos lembram que pode cair a chuva e constroem um teto, por serem serenos evitam que o fogo chegue e queime tudo.

Eles são cúmplices, têm sincronia, dançam no mesmo ritmo, falam a mesma língua. Esses amores escrevem histórias de sucesso, e mesmo quando eles acabam os pares continuam a se respeitar, porque entendem que há uma hora pra tudo.

Enfim, “eu quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Essa música define bem a história da Fabrízia e do Daniel (Fortaleza/CE). Eles se encontram de uma forma nada convencional. O destino trabalhou (como sempre faz) e os dois se aproximaram cada vez mais. De uma forma serena, com os pés no chão eles construiram seus sonhos e nem os ventos vindos do outro lado do oceano atrapalharam essa história.

"Eu sei que eu deveria estar soltanto fogos ou gritando ao mundo sobre esse momento tão especial. Sei que é isso que todos esperam que eu faça. Mas o que posso fazer é dizer que está sendo tudo muito suave e que enfim eu encontrei a 'Sorte de Um Amor Tranquilo'". Disse ela, no dia do seu casamento.

Toda felicidade do mundo para vocês, Casal de Luz!














segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"Quem Sabe Faz A Hora Não Espera Acontecer"


(by Cinthya)

Estávamos os quatro irmãos reunidos a jogar conversa fora. Relembrando as travessuras da infância, contando os micos dos outros, as surras que levávamos e a velha “lenda” na preferência pelo mais velho e pelo mais novo da prole. Eu e minha irmã ficamos em desvantagem pois estamos entre os dois meninos que são o primogênito e o caçula.

Daí começamos a falar sobre quem ia cuidar de quem quando envelhecêssemos. Acabou tudo sobre caindo para o meu filho, visto que é a única criança da casa. Então começamos a falar sobre filhos. Eu fui a única que não casou e a única a ter tido filho (sou toda às avessas, alheia a regras), os meninos com casamento estável, ainda não tiveram suas crianças, ficam adiando, deixando pro próximo ano e quando chega o novo ano chega também uma nova faculdade, uma pós, um novo emprego e o filho é de novo programado para o ano seguinte.

Quando eu falei que são todos uns molões que ficam inventando desculpas para não assumirem o compromisso de colocar um filho no mundo, eles responderam que estão esperando a hora certa para isso acontecer. Que essa hora ainda não chegou, que querem o filho, mas ainda não estão preparados. Que quando pensam no tamanho da responsabilidade, findam por adiar o projeto.

Bom, cada um pensa de um jeito. Mas eu ficaria muito feliz se eles optasse por ter filhos, porque nós sempre vivemos em meio a família grande, porque acho que um ser humano tem em si o desejo de procriar como se isso até fosse uma das suas finalidades. Lembro que quando me descobri grávida e fui contar para o meu diretor na époa, ele disse: “Parabéns Cinthya. Um ser humano só pode ser completo, só sente a plenitude após ter um filho”. Eu nunca esqueci aquela frase.

Então o que me questiono é se existe mesmo um tempo certo para que as coisas aconteçam ou basta que nós metamos a cara e façamos acontecer?
Mas já pensou, chegar na velhice sem ter filhos e netos para encher a casa no almoço de domingo, ou o meu filho não ter nenhum primo para brincar, sair. Enfim. Eu ainda quero mais filhos, porque gosto de família grande e feliz!

A hora de ser feliz é sempre a atual. 








sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Amigos Do Peito

(by Cinthya)

A gente encontra muita gente na vida. Todo dia tem gente nova cruzando nosso caminho e todo dia nós cruzamos o caminho de alguém. Conhecemos gente a todo instante. É o moço da padaria, a caixa do supermercado, o taxista, o recepcionista do hotel, a moça da banca de revista, os 50 alunos da sala de aula da faculdade.

A vida é cheia de encontros. Mas são poucas as pessoas que entram na nossa vida para ficar, que acendem na gente uma chama de amor, de admiração, de afinidade. E entre tanta gente a gente encontra as pessoas que continuarão conosco mesmo quando a revista for comprada, a viagem for concluída ou chegar a formatura.

Às vezes me pego pensando nas artimanhas da vida para aproximar as pessoas afins. Às vezes me pego tentando desvendar a questão da afinidade, da empatia, da comunhão de energias. De como a gente encontra pessoas nas quais depositamos toda nossa confiança, todo nosso carinho. Pessoas que sabemos estarão sempre conosco, dividindo a gargalhadas e enxugando as lágrimas. Testemunhando o casamento e nos amparando na separação.

É muito bonito ver uma amizade sincera. Em verdade a relação entre amigos é sublime porque ela vem isenta de alguns sentimentos que envenenam relacionamentos do tipo amorosos. A amizade é livre de um monte de coisa indesejável.

Amigo está presente sempre e isso a gente nem questiona. Amigo está ao nosso lado mesmo quando mora a quilômetros de distância. Amigos sabem quando a gente não está bem e se esforçam para nos presentearem com um sorriso. Amigos acendem uma vela numa cebola assada e cantam parabéns no nosso aniversário, afinal, nem sempre se tem grana para comprar um bolo. Amigos fazem uma festa de aniversário surpresa, dentro do ônibus, à caminho da capital baiana para brincar o carnaval.

Amigos não medem esforços para nos fazer o bem. Amigos são assim, lindos, amados e apenas basta que sua imagem apareça em nossa mente para nosso sorriso estampar o rosto. Sei que é clichê, mas quem tem amigos tem a certeza de nunca estar sozinho.

A todos os meus amigos... Os de 25 anos de amizade, os de 10 anos de amizade, os de 5 anos de amizade, os recém-chegados... A todos vocês, todo o meu amor.

Como fundo musical, as vozes dos amigos Pedro (meu filhote) e Ana Luiza (arrasando, claro!)










quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quando Se Tem Um Amor Escondido...



Querendo aflorar...

Estar ao lado sem desejá-lo é improvável. Olhá-lo e não me imaginar em seus braços é impossível, assim como é impossível, também, não fazer planos contigo.
Fico imaginando como você dorme, se acorda de mau humor, se gosta de frutas ou de café preto pela manhã, qual é o seu programa de TV favorito e o que gosta de fazer nas tarde chuvosas. Fico me perguntando qual é o seu prato preferido e a música que você mais gosta. Gostaria de saber o que mais te encanta e o que te irrita nas pessoas... Queria tanto saber mais sobre você, queria tanto poder participar da sua vida.

É torturante pra mim vê-lo triste e não poder ajudar. Conter a empolgação ao vê-lo vibrar não é uma missão fácil, mas eu tenho me saído muito bem. Não poder tocá-lo nem fazer um carinho quando conta algo triste ou sério. Fingir indiferença quando, na verdade, é só em você que eu penso. Aliás, você é o primeiro pensamento que me vem à cabeça assim que acordo e é pensando em você que eu adormeço.

Não sei de onde tiro forças para suportar o golpe de vê-lo falar de suas conquistas amorosas, suas aventuras, decepções e desilusões... Não entendo como consigo agir com naturalidade ao ouvi-lo contar sobre aquele amor não correspondido. Logo eu, vendo o meu amor chamar alguém de amor. Saber que não o tenho e que ele deseja outra.

Na era das possibilidades e da comunicação é inimaginável que uma pessoa consiga manter um sentimento escondido, guardado e sufocado dentro de si. As vezes me sinto uma covarde por ocultar esse amor, outras vezes me sinto uma heroína, afinal, é com um esforço hercúleo que eu consigo a proeza de disfarçar as evidências e não deixar que percebam o sentimento que tenho nutrido por ti.

É um sentimento unilateral. Só cabe a mim. Só beneficia e prejudica a mim e só pertence a mim. Cultivá-lo é loucura, mas abandoná-lo é impossível. Dividi-lo eu me recuso e descartá-lo idem.
Quem sabe um dia, ao olhar meus olhos, você consiga ver tudo que tenho para dizer e que as palavras são incapazes de expressar.

... Pássaro mudo, longe do ninho. Sem forças pra voar...

PS: Esse não é um texto auto-referencial.

Verônica

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pense Primeiro. Fale Depois!


(by Cinthya)

Muita gente diz que eu sou contida, calada, introspectiva em muitos momentos. De fato. Eu gosto de observar, de analisar, de reparar, de ouvir. Apesar de eu ter sempre uma resposta na ponta da língua e de, com isso, ganhar fama de malcriada, nas situações onde eu tenho que me expressar, seja opinando ou (principalmente) julgando, eu não falo antes de pensar.

Me custou um pouco aprender essa arte, porque muitas vezes a gente tem vontade de explodir ali, na hora. De gritar, desabafar, falar mal, condenar... Pra depois cair no remorso, sentir-se injusta ou malvada. Aprendi a engolir a seco a minha ansiedade, a controlar os meus impulsos. Ver, ouvir e analisar. Só depois eu falo, só depois eu exponho, só depois eu comento. Antes disso, qualquer colocação pode ser motivo de arrependimentos futuros.

Chegar o mais próximo possível da certeza, para só depois defender com unhas e dentes o meu ponto de vista. Escutar tudo o que o outro tem para dizer, para então saber o que eu preciso ou não falar. Afinal, saber silenciar também é uma arte. E, diga-se de passagem, uma arte nada fácil de ser desenvolvida.

Tenho um colega de trabalho que é extremamente impulsivo. Fala pelos cotovelos, acho que ele pensa e fala instantaneamente. Com isso, muitas vezes, ele tem que voltar atrás e corrigir muito do que foi dito. Ele disse que não se controla e que já se prejudicou bastante por conta dessa impulsividade.

Semana passada, numa conversa entre amigos, uma pessoa querida fez uma brincadeira comigo da qual eu não gostei nem um pouco. Achei extremamente de mau gosto e desnecessária. Mas como estávamos num barzinho, todo mundo rindo, se divertindo, achei melhor calar. Voltei a me divertir e na hora certa vou ter a chance de comentar com essa pessoa sobre a sua atitude. Aí eu já estarei de cabeça fria, sem o fulgor da irritação a corroer a razão. Assim, a conversa terá mais sucesso do que se acontecesse na hora imediata.

Enfim, eu posso até falar pouco. Mas não preciso de muito tempo ao lado de alguém para ter um perfil traçado de sua personalidade, de seu jeito de ser. Isso eu aprendi cultivando o silêncio, a arte de observar, ouvir, analisar e só depois expor (se isso se fizer necessário).

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Homem Também Sente Falta


A Ala feminina é predominante aqui no Divã. Disso todo mundo sabe, mas o que pouca gente sabe é que os meninos estão se chegando cada vez mais. O cordão de leitores passivos (que não participam nunca, embora se mordam de vontade) está aumentando cada dia mais. A prova disso é que eu recebi um email de um rapaz que é leitor do Divã há algum tempo e nunca fez nenhum tipo de contato. Ele vive um drama e gostaria de dividir suas dúvidas conosco.

Leiam e divirtam-se.

Verônica



"Queiram perdoar a invasão e a ausência de apresentação. Digo-lhes apenas que sou leitor do blog de vocês graças ao facebook há um tempo e me senti à vontade o suficiente para estar aqui abrindo a minha vida e compartilhando o meu problema.

Namoro há alguns anos com uma mulher maravilhosa, inteligente, independente, destemida e audaciosa. Nosso relacionamento, que parece perfeito aos olhos dos outros, me deixa lacunas e me traz muitas dúvidas. Minha namorada é muito ocupada, tem uma jornada de trabalho dupla e deixa a desejar nos detalhes da nossa relação. O que mais me desagrada é o fato de ela nunca ter demonstrado sequer algum ciúmes por mim. Já conversei com alguns amigos e fui taxado de idiota. Dizem que eu tenho ao lado a mulher que todo homem sonha ter. Ela não bisbilhota meu celular nem mexe no meu computador. Ela não questiona sobre o que fiz ou com quem estive enquanto estivemos separados. Ela não liga perguntando onde eu estou e que horas eu vou ao seu encontro. Ela não me enche de perguntas e nunca fez cara de desconfiada.

Uma vez eu fiquei com outra menina como um tipo de vingança pela indiferença dela. Fiquei pensando que quando a encontrasse e inventasse qualquer história ela acreditaria e naquele momento eu seria superior por estar enganando-a, mas foi ao contrário; me senti péssimo, um idiota sem caráter. Para ela não fez diferença, ela nunca soube, mas para mim fez toda.

Isso tudo me deixa confuso e por diversas vezes eu já me fiz essa pergunta: 'será que ela gosta de mim?' Nunca tive coragem de abordar o assunto com ela. As vezes sinto-a um tanto reticente e dispersa, outras vezes percebo que quem está assim sou eu e essa dúvida tem sido a sombra do meu relacionamento.

Ela protesta quando eu desmarco um encontro, se irrita quando eu me atraso, mas sempre alegando o respeito ao outro e a falta de atenção com o compomiso assumido. Perfeccionista ao extremo, gosta de tudo organizado nos mínimos detalhes. Mas tem uma coisa que me desmonta. Cara, minha namorada não tem ciúmes de mim. Olha que doido!

Ela parece não ligar a mínima se a partir de amanhã eu simplesmente sumir. A impressão que tenho é que minha presença é dispensável e minha ausência indiferente. Quando estamos juntos eu não consigo reclamar, nem poderia, ela é doce, atenciosa, meiga, nosso sexo se encaixa perfeitamente e temos uma sintonia boa... As vezes acho que a única coisa que falta é ela ser um pouco mais 'mulherzinha'.

Posso estar sendo um babaca, mas sinto isso como falta de amor, sei lá... Como pode uma pessoa gostar e não sentir ciúmes?

Estou pronto pra ser xingado, mas precisava contar isso. rs

Obrigado pelo espaço, meninas!

O Namorado inseguro

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"Quando Essa Febre Baixar..."


(by Cinthya)

Sou uma mãe completamente apaixonada pelo meu filho. Amo o ofício da maternidade e, como disse uma amiga de infância, depois de ser mãe eu descobri o meu dom nessa vida. Descobri minha maior e mais forte vocação. Não reclamo de nada do que tive e tenho que abrir mão em prol de um excelente relacionamento com o Pedro. Aliás, eu não reclamo porque esse nosso relacionamento já é o que eu tenho mais precioso.

Nesse final de semana eu estive doente, mas logo sarei porque o meu pequeno também adoeceu. O meu menino é esperto demais, conversa pelos cotovelos e adora brincar, mas basta que lhe chegue a febre para que ele ceda e fique molinho, calado. Aquilo me arrasa, mas Mãe não pode nem chorar, tem que correr contra o tempo para resolver tudo. Principalmente se for uma Mãe Solo como eu.

Cheguei com o remédio e ele não queria tomar de jeito nenhum. Então sentei ao seu lado e conversei com ele. Só nós dois. Expliquei direitinho que se ele bebesse o remédio ficaria bom para então brincar de novo. E falei que eu beberia também um pouquinho. Daí ele bebeu e deixou um restinho que eu pinguei na minha boca e fiz cara de quem achou aquilo uma delícia dos Deuses. Na segunda vez, do mesmo jeito.

Ele percebeu que estava realmente melhor e mais disposto e agora a pouco quando fui ministrar a dose do seu remédio ele tomou tudo e nem deixou nada pra mim. Ainda disse: “Mamãe, quando esse remédio ‘de delícia’ acabar você compra outro?”.

As crianças são dádivas. E elas são moldáveis. A criança reflete muito de nossa imagem e nós nem percebemos isso. O meu filho não é santo. Tem seus momentos de teimosia, fica no cantinho da disciplina sempre que desobedece. Mas ele tem uma capacidade de compreensão que me encanta. Ele sabe me escutar e confia no que eu digo. E essa relação nossa é construída diariamente, em cada detalhe, em cada instante que estamos juntos. Ele percebe a importância que eu dou à companhia dele e faz o mesmo comigo. Ele sente como eu me esforço para estar com ele, para ouví-lo e acaba por fazer o mesmo.
 
Meu filho entra numa loja de brinquedo, num dia em que eu não tenho R$ 1,00 sobrando e se eu digo que não posso comprar nenhum dos carrinhos que ele tanto gosta, ele simplesmente diz: “Tá bom, Mamãe, então eu vou só olhar.”. E nisso ele beija os brinquedos, olha tudo. Quando a gente sai ele diz: “Mamãe, quando você tiver muito dinheiro você pode comprar aquele carrinho pra mim?”. Certo dia em que eu estava com crise de garganta, com muita dor, ele disse: "Mamãe não fique assim, eu vou cuidar de você." e nisso pegou uma pomada (para assaduras) e passou no meu pescoço dizendo "Pronto, Mamãe. Já passei a pomadinha. Você vai sarar logo."

Meu filho só tem 03 anos, mas me dá tanta lição! E ainda há quem me condene por não abrir mão de nenhum momento ao lado dele.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Velha Dor de Cotovelo


(by Cinthya)

Alguns relacionamentos acabam acabando mesmo. Fica tudo resolvido, fica tudo esclarecido e as partes seguem seu destino, com o "dever cumprido". Viveram tudo que se tinha pra viver. Foi bom, mas acabou. Entenderam e terminaram. Beleza pura!

No entanto, existem relacionamentos que acabam de um lado só. Terminam porque um quer. Um vai embora e o que fica, sempre fica a chorar, sempre sente que perdeu mais. Não é uma sensação boa, de fato. Já estive nas duas posições: de quem parte e de quem fica. E posso assegurar que, quando eu o vi partir, me doeu mais do que quando a decisão de partir foi minha.

Quando a gente está nessa situação onde o relacionamento acaba só de um lado, a gente sai na noite à procura de algo que nos faça esquecer o amor acabado. Que dê um ponto final nessa história e deixe nosso coração "zerado" para algo novo. Mas aí você, em meio a risadas e drinks, vê numa mesa não muito longe aquele sorriso que por tanto tempo foi parte de você. Você percebe que ele sorri para os companheiros de mesa, você repara que ele está muito bem vestido (mais do que quando namorava com você). Aquilo te incomoda.

Você afirma para as suas amigas que "ele tá fingindo que está bem, mas na verdade ainda gosta de mim". As amigas olham e tentam concordar com você, mas é difícil. De repente, você o vê aos beijos com outra garota. Xi! Acabou a noite, afinal, como ele pode fazer isso? Vocês terminaram tão recentemente! Como ele pode sair na noite e ficar com outra garota?

Nessa hora você esquece que saiu no mesmo intuito, que saiu à procura de algo que preenchesse essa lacuna deixada por ele. Algo que fizesse sua vida ter sentido de novo. Mas ele foi  mais rápido e aí o orgulho foi tocado, esmiuçado, esmigalhado.

O bom é que tudo isso passa. O bom que isso também faz parte da vida. O bom é que a gente vai aprendendo. É só ter calma e enxergar tudo por uma outra ótica. É a velha roda da vida, gente, não tem jeito. Ninguém foge dela.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Janaina acorda todo dia às quatro e meia...




Janaina acorda todo dia às quatro e meia
E já na hora de ir pra cama, janaina pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu
Janaina é passageira
Passa as horas do seu dia em trens lotados
Filas de supermercados, bancos e repartições
Que repartem sua vida

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser.....

Janaina é beleza de gestos, abraços,
Mãos, dedos, anéis e lábios
Dentes e sorriso solto
Que escapam do seu rosto

Janaina é só lembrança de amores guardados
Hoje é apenas mais uma pessoa
Que tem medo do futuro- que aconteceu ? -
Se alimenta do passado

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser.....
Já não imagina
Quantos anos tem
Já na iminência
De outro aniversário
Janaina acorda todo dia às quatro e meia
Já na hora de ir pra cama, janaina pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu


A rotina da Janaina, personagem da música interpretada por Bruno Gouveia, não é diferente da vida de muitas pessoas, pessoas simples como nós. Que têm sonhos, planos, desejos, frustrações, medos, dores, obrigações, rotinas e uma infinidade de atribuições.

Pessoas que acordam muito cedo, dormem muito tarde, enfrentam uma jornada tripla se dividindo entre a casa, o trabalho, marido (esposa), filhos... É, a vida não é nada mole.

Essa correria é até interessante, imaginem como seria difícil e entediante viver na pasmaceira? Dormir e acordar refém da inércia e da falta de perspectiva.

O problema é que essa tal correria cansa muito e em algum momento da vida nos deparamos com uma pergunta: Para quê? Para quê tanta correria, tanta luta, tanta batalha, tanta disposição...

Nos lembramos com saudade dos tempos de outrora onde os sonhos nos moviam, esses agora guardadinhos lá no fundo do nosso ser. Amores que nunca vivemos, embora quisessemos muito. Viagens que sempre planejamos, mas nunca executamos e ficamos diante de outra pergunta: Tudo isso vale a pena?

Se tem uma coisa que eu sinto medo, é de descobrir que minha vida não fez muito sentido.

Verônica




terça-feira, 1 de novembro de 2011

Me consigam uma bússula, por favor!



Ele sempre foi muito calado, observador. Sempre foi de falar pouco e sentir muito. Sempre teve correndo em suas veias o sangue de um verdadeiro artista. Poeta e sonhador, consegue ver beleza no cotidiano e extrai poesia das coisas simples...

Como todo artista sempre teve a alma inquieta e nunca foi muito compreendido pelas pessoas que lhe cercavam. Acredito que tentando se encontrar se perdeu nos braços de um amor leviano. Encontrou uma companheira que nada tinha a ver com ele e era egoísta demais para perceber a beleza interior do homem que estava ao seu lado. Casou muito novo e queimou diversas etapas de sua vida.
Com tantas diferenças e casado com uma pessoa individualista demais para partilhar a vida a dois aconteceu o provável; o casamento acabou logo.

Disposto a viver tudo que não tinha vivido e decidido a recuperar o tempo perdido, o agora não tão jovem assim, poeta, sonhador e artista mal compreendido se jogou na balbúrdia como quem se joga em uma piscina de água doce e cristalina de um oásis no meio do deserto. Seu comportamento não condizia com sua alma sensível e com seu coração generoso. E ele estava infeliz, como uma constante em sua vida, ele tinha a infelicidade e o vazio como companheiros inseparáveis.

Quanto mais sofria, mais coisas bonitas ele produzia. Afinal, é no caos que se produz melhor.

Os anos se passaram e na busca desenfreada por uma felicidade utópica esse poeta continua dando passos largos e insistindo em sair da sua rota. Será que ele não percebe que está se perdendo ainda mais?

Pois bem, o jovem poeta de coração bom e cabeça confusa continua procurando a pessoa certa, mas insistindo em se relacionar com as pessoas erradas. Fez seu segundo casamento e a noiva escolhida, tal qual a primeira, é insensível à sua poesia, e desinteressada pelas coisas que lhe interessam. É notório que algo não está certo, pode ser clichê, mas é fato que o que começa errado é provável que termina errado. 

Nós que o amamos e o admiramos nada podemos fazer a não ser torcer. Torcer para que ele acorde e veja o erro que está cometendo e ao mesmo tempo torcendo para que a atual escolhida perceba a tempo o homem ímpar, raro e especial que tem ao lado.
Ele está lá tentando ser feliz pra sempre (sem saber que o pra sempre, sempre acaba) e nós estamos aqui tentando entender as surpresinhas do amor.

Verônica