Num mundo cético, prático e
dinâmico onde o concreto vence o abstrato acreditar naquilo que não se vê está
se tornando cada dia mais difícil. Alimentar a fé no invisível, crer no que não
podemos ou tocar é uma missão que requer muita força e convicção. Perceber isso
é fácil, é só olhar em volta.
A verdade é que vivemos numa
prisão sem muros onde temos total liberdade e não podemos fazer muito, não
fazemos o que queremos e as nossas escolhas, nem sempre são, quase nunca são,
reflexo da nossa vontade. Alimentar a fé é uma das poucas coisas que ainda
podemos fazer, mesmo indo de encontro à massa.
A fé é algo interessante, eu
diria: impressionante. Você acreditar, de verdade e do fundo do coração, em
algo que você sabe que existe, mas nunca viu não é fácil. O pai de uma colega
de trabalho está doente, e todas as vezes que eu pergunto por ele e ela me põe
a par do quadro eu só consigo dizer: “Ele vai ficar bom!” E eu acredito nisso
de verdade. A mãe de uma amiga está doente e todos os dias que pergunto por
ela, minha amiga me como ela está e eu só consigo responder pra ela: “Ela vai
ficar boa, amiga!” E eu acredito piamente nisso.
Acredito porque a Força Maior que
me rege, nunca me desapontou nunca me desamparou. Sempre tive as respostas para
todas as perguntas, até para as perguntas que nunca fiz. Cedo ou tarde tudo
acaba se encaixando, tudo acaba fazendo sentido. Como um quebra-cabeça que
encontra suas peças.
Eu estava me sentindo podada,
restringida, sem expectativas. Acreditei que ganharia asas e as ganhei. Diante
disso percebi que estava limitada a um espaço físico que não satisfazia a minha
necessidade de voar. Não conseguia alçar grandes vôos, não conseguia galgar
sonhos maiores, desbravar terras longínquas. Necessitava de um espaço maior,
acreditei que teria uma oportunidade e tive. Ganhei um céu inteirinho para voar
para onde bem entender. E assim estou disponível e disposta para conquistar
grandes coisas. Fruto da minha fé? Acredito que sim! Resultado do trabalho?
Também! Por que não?
Eu não estou falando de religião,
não estou falando denominação, nem de nada disso. Estou falando de fé. A minha
é em Deus e Ele nunca me deixou com a sensação de desalento. Respeito, porém
não entendo, quem não tem Fé em algo. Quando o nó aperta recorre a quem? Quando
a alegria é muita, agradece a quem? Isso que, pelo menos pra mim, não faz
sentido.
Estou satisfeita com a minha fé e
desejo o mesmo, até para quem não a tem. A sensação de satisfação é extasiante.
Verônica
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