terça-feira, 26 de março de 2013

Vai Na Fé



Num mundo cético, prático e dinâmico onde o concreto vence o abstrato acreditar naquilo que não se vê está se tornando cada dia mais difícil. Alimentar a fé no invisível, crer no que não podemos ou tocar é uma missão que requer muita força e convicção. Perceber isso é fácil, é só olhar em volta.

A verdade é que vivemos numa prisão sem muros onde temos total liberdade e não podemos fazer muito, não fazemos o que queremos e as nossas escolhas, nem sempre são, quase nunca são, reflexo da nossa vontade. Alimentar a fé é uma das poucas coisas que ainda podemos fazer, mesmo indo de encontro à massa.

A fé é algo interessante, eu diria: impressionante. Você acreditar, de verdade e do fundo do coração, em algo que você sabe que existe, mas nunca viu não é fácil. O pai de uma colega de trabalho está doente, e todas as vezes que eu pergunto por ele e ela me põe a par do quadro eu só consigo dizer: “Ele vai ficar bom!” E eu acredito nisso de verdade. A mãe de uma amiga está doente e todos os dias que pergunto por ela, minha amiga me como ela está e eu só consigo responder pra ela: “Ela vai ficar boa, amiga!” E eu acredito piamente nisso.

Acredito porque a Força Maior que me rege, nunca me desapontou nunca me desamparou. Sempre tive as respostas para todas as perguntas, até para as perguntas que nunca fiz. Cedo ou tarde tudo acaba se encaixando, tudo acaba fazendo sentido. Como um quebra-cabeça que encontra suas peças.

Eu estava me sentindo podada, restringida, sem expectativas. Acreditei que ganharia asas e as ganhei. Diante disso percebi que estava limitada a um espaço físico que não satisfazia a minha necessidade de voar. Não conseguia alçar grandes vôos, não conseguia galgar sonhos maiores, desbravar terras longínquas. Necessitava de um espaço maior, acreditei que teria uma oportunidade e tive. Ganhei um céu inteirinho para voar para onde bem entender. E assim estou disponível e disposta para conquistar grandes coisas. Fruto da minha fé? Acredito que sim! Resultado do trabalho? Também! Por que não?

Eu não estou falando de religião, não estou falando denominação, nem de nada disso. Estou falando de fé. A minha é em Deus e Ele nunca me deixou com a sensação de desalento. Respeito, porém não entendo, quem não tem Fé em algo. Quando o nó aperta recorre a quem? Quando a alegria é muita, agradece a quem? Isso que, pelo menos pra mim, não faz sentido.

Estou satisfeita com a minha fé e desejo o mesmo, até para quem não a tem. A sensação de satisfação é extasiante.

Verônica

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