“E” e “Se” são duas palavras, que separadas
são, inofensivas, mas quanto as juntamos, elas vestem uma roupa assustadora,
com elas podemos disparar o gatilho das dúvidas e arrependimentos e sensações
de desconforto. “E se eu tivesse ido por aquele caminho?” “E se eu não tivesse
feito o que fiz?” “E se eu tivesse ficado com ele?” “E se eu não tivesse tido
medo?”
Às vezes eu paro e fico pensando
na minha vida, nas escolhas que fiz. E essas duas palavrinhas me aterrorizam.
Questiono-me como minha vida teria sido, se as escolhas que tivesse feito
fossem outras. Depois, paro, penso e descubro que não há do que me arrepender.
As escolhas que fiz foram as melhores que poderia fazer naquele momento. Se
escolhi o caminho que escolhi foi por achar que, naquele momento, era o melhor
a fazer.
Aí meu segundo questionamento:
Você tem orgulho da vida que leva? Tem orgulho da profissão que escolheu. Tem
orgulho das coisas que faz? A vida é uma só, uma vez tomada uma decisão, não há
mais o que fazer a não ser arcar com as conseqüências dela.
Conversei com algumas pessoas
próximas nos últimos dias e pude constatar que mais da metade, se pudesse,
mudaria a vida que tem. Trocaria o caminho que segue, escolheria outro caminho.
A maioria das pessoas que me cerca não tem orgulho da profissão que tem, não
tem prazer no que fazem, não estão satisfeitas com os frutos que estão
colhendo. Frutos das escolhas que fizeram lá atrás.
Qual o sentido da vida? O que
estamos fazendo? Para onde estamos indo? Seguindo como robôs, vivendo uma
rotina de repetições e alheios a sentimentos e sensações. Os ânimos estão se
abrandando, o amor está esfriando. Conseguimos nos manter indiferentes aos
dramas vividos por pessoas próximas de nós. Coisas chocantes não nos chocam
mais. Será que perdemos a capacidade de nos indignarmos?
Desacreditados, desmotivados,
saturados, indiferentes, insensíveis... Foi isso que nos tornamos? Só eu acho
isso? Eu estou confusa ou o mundo está confuso?
Não, definitivamente as coisas
não estão no seu curso normal.
Verônica
2 comentários:
Nossa, ótima reflexão.
Eu não tenho mais orgulhos que arrependimentos, mas acho que ninguém consegue ser 100%. Vivemos de escolha, e convivemos com aquela dúvida de como teria sido se estivesse escolhido outro caminho.
Beijs
Me questiono sempre, sobre minhas escolhas, as vezes bate um medo de ter feito a escolha errada, bate tantas dúvidas, medo, mas a vida é feita de escolhas né, e escolhi esse caminho vou indo ate ver onde isso vai dar.
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