sexta-feira, 20 de maio de 2011

Arrumei as Malas e... Fui!

(by Cinthya)

Às vezes a gente se encontra numa determinada situação sem se sentir totalmente feliz e, ao mesmo tempo, sentindo-se completamente acomodada, acostumada. Como se o nosso “eu” tivesse sido moldado para aquilo. Nessa zona de conforto a gente se sente, de certa forma, segura, pois sabe que, muito embora não tenhamos tudo o que almejamos no nosso íntimo, temos algo concreto, palpável e, na pior das hipóteses não ficaremos de mãos abanando.

Mas... E quando aquela vontade de ir além nos incomoda, aponta em nossos corações e começa a tomar forma dentro de nós, crescendo e apertando tudo? Quando, por mais que estejamos numa situação estável, sentimos um desejo imensurável de seguir adiante, de dar mais um passo, de crescer mais um centímetro, de enxergar além?

Quando isso acontece a gente fica apreensiva, se sentindo pequena, olhando para o alto e desejando chegar lá, chegar ao topo, crescer e isso é ótimo. E seria ainda melhor se não existisse o medo de largar o cômodo, o “pouco garantido” em busca do “muito incerto”. É como pular de um precipício? É como entrar num quarto escuro? É como chegar num país estranho? Talvez. È uma sensação de insegurança, de provar o novo, abrindo mão do velho.

E então, o que fazer? Qual desejo prevalece? Continuar no patamar atual ou se arriscar a subir mais um degrau? Como tudo nessa vida, para essa decisão também é requerido uma análise, um estudo, porque escolher uma opção significa abrir mão da outra. E não é fácil dizer adeus, em circunstância alguma.

Eu não sei se dará certo. Não tenho garantias. Não tenho nada que me assegure uma indenização caso eu quebre a cara. Não tenho nenhuma garantia de que, se não der certo e eu precisar voltar encontrarei o mesmo abraço aqui... Não tenho garantias. Só tenho coragem e vontade de ir além, confiança no meu taco, na minha intuição. Certeza de que posso ser maior, de que podem me dar muito mais, de que eu mereço muito mais.

Eu não posso me contentar com “o pouco”, se sei que existem grandes chances de ali na frente encontrar “o mais”. Em alguns campos de nossa vida, não cabe esmola. O sentimental é um deles. Então, de repente, nem é pelo desejo do “mais” em si. É por não admitir o “pouco”.










3 comentários:

Van disse...

Seguir a intuição é primordial , seguir o coração é imprescindível , fazer o que nos traz felicidade é o que não tem preço...Siga e seja sempre feliz , minha linda ! Grande Beijo !

www.meusescritoseoutraspalavras.blogspot.com

www.vidainversoepoesia.blogspot.com

Vitor Brandão disse...

É sempre mais fácil se agarrar à segurança do cotidiano que não satisfaz do que buscar a mudança... Mas, o que seria da vida se sempre nos apegassemos ao "mais fácil" ?? A graça da vida está em se arriscar, buscar novas experiências, sair dos trilhos...É bom seguir o nosso instinto e fazer algumas "loucuras" !

Ana disse...

Quem não se arrisca e muda não vive, apenas deixa a vida passar.
Sou mais o novo e se acontecer de "quebrar a cara" tem tempo para voltar, recomeçar e o mais interessante é que sempre aprendemos com a experiência.
Beijokas