quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tua Falta Em Mim


(by Cinthya)


Não era teu aquele leito

Que recebeu meu corpo

Na noite passada.

Em vão procurei o calor

De tuas mãos

Naquelas mãos que

Em vão me procuravam.

Não eram teus

Aqueles lábios...

Beijos perdidos...

Não era tu, meu amor

Retornando ao teu lugar.

Mas eram tuas

Aquelas lágrimas que derramei,

O gemido que abafei,

O prazer que não senti.

Não era teu aquele leito,

Mas ainda te pertence

O coração que nele deitou.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Super Pai



Ele sempre foi hum homem reservado e de hábitos simples. Vida pacata, poucos amigos e sem opções de lazer. Um profissional  extremamente dedicado ao trabalho. Unicamente ao trabalho. Devido ao rigor com que sempre conduziu sua profissão colecionou inúmeros desafetos, justamente por esse motivo nunca quis constituir família, para não ter um ponto fraco perante os inimigos.

Educado de voz grave e tom forte, fala baixo mas faz-se ouvir. A força, aliás, sempre foi a espinha dorsal da sua profissão. Agindo com rigor e de maneira enérgica, sempre dentro da lei. Um homem honesto e justo, assim ele quer ser lembrado quando seus musculos não tiverem mais firmeza.

Considera-se um salvador de vidas, não como um médico agindo diretamente no ferimento, mas de maneira preventiva uma vez que tira criminosos do convívio social das famílias de bem

Acontece que o destemido e dedicado policial foi pego de surpresa e numa atividade de rotina encontrou-se com o amor. Depois de relutar muito resolveu, enfim, dar uma chance ao coração e optou por ser feliz.

 Trocou o revólver pela mamadeira e a viatura pelo carrinho de supermercado. A atividade mais perigosa que exerce, eventualmente, é subir no telhado para arrumar a antena da TV. A única coisa que lhe tira o sono é o choro do bebê e sua maior preocupação é protegê-lo.

Só sente o coração apertado e adrenalina em alta quando o pequeno adoece. Sua vida hoje é dedicada à família. Tornou-se um filho mais amoroso desde que conheceu a sensação do 'amor sem fim'.

Ainda ocupa um cargo burocrático na polícia e tem uma vida feliz.

Abaixo, uma música que relata a história de sua vida.

Verônica





Homem-aranha


Eu adoro andar no abismo
Numa noite viril de perseguição
saltando entre os edifícios
vi você
Em poder de um fugitivo
Que cercado pela polícia, te fez refém
lá nos precipícios
Foi paixão à primeira vista
me joguei de onde o céu arranha
te salvando com a minha teia
Prazer, me chamam de Homem-aranha
Seu herói

Hoje o herói agüenta o peso
das compras do mês
No telhado, ajeitando a antena da tevê
Acordado a noite inteira pra ninar bebê

Chega de bandido pra prender,
de bala perdida pra deter
Eu tenho uma idéia:
Você na minha teia
Chega de assalto pra impedir,
Seja em Brasília ou aqui
Eu tive a grande idéia:
Você na minha teia
Hoje eu estou nas suas mãos
Nessa sua ingênua sedução
que me pegou na veia
Eu tô na tua teia

Fala Que Eu Te Escuto


(by Cinthya)

Ontem eu estava numa festa de família, todo mundo animado, conversando, bebendo e sorrindo. Adoro essas reuniões onde a desacontração acontece e a gente lava a alma. Num certo momento eu sentei ao  lado de uma pessoa querida e começamos a conversar. O som estava alto e eu me aproximei mais para ouvir melhor, ela conversou, conversou... Falou muito sobre muitas coisas e de repente se deteu num assunto que não tinha muita ligação com o que se passava, mas senti que ela precisava falar.

À medida que ela falava, a emoção surgia. E, de repente, ela caiu no choro. Emocoinou-se e chorou até sentir-se aliviada. Eu a escutei, enxuguei suas lágrimas. Por um momento me senti triste, fora do ambiente de festa, mas depois me senti bem por ter ajudado uma pessoa que precisava.

Quantas vezes a gente convive com uma angustia dentro de nós e não conseguimos encontrar uma pessoa que possa nos escutar, que possa nos ceder um tempo do seu tempo para nos ouvir, sem nos julgar, sem nos analisar, apenas nos ouvir, apenas nos abraçar e se fazer presente em nossas vidas no momento que a gente mais precisa.

O mundo nos exige uma dedicação louca ao trabalho, à casa, aos filhos, ao marido, aos estudos e a tudo que não seja o próximo. E a gente vai seguindo a vida de uma forma estranha, centrados apenas em nós mesmos e esquecendo de quem está ao nosso lado, doido pra que a gente dê um minuto de ousadia e se disponha a ouvir.

O combustível do mundo é o amor! Vamos tirar os olhos do nosso umbigo e ver quem está ao nosso lado, ouvir quem precisa falar, sentar e dedicar um minuto de nossa preciosa vida para ajudar o outro.

Uma excelente semana à todos!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Príncipe E O Perfume (?)


(by Cinthya)

Esse fato ocorreu há uns cinco anos atrás, mas sempre que me lembro, solto uma sonora gargalhada daquelas que fazem a gente limpar a alma e renovar-se por inteiro. Lembro que o rapaz era um poço de charme e beleza, alto, cabelo negro, sorriso lindo e o que mais chamava atenção era a sua fama de cheiroso. Mas ele era cheiroso de verdade, daqueles que fazem a gente seguir atrás só pelo cheiro. Por acaso, ele ocupava uma posição de destaque na empresa onde trabalhava.

Parecia até que o cheiro do perfume já estava no organismo dele porque até o papel que ele pegava ficava cheiroso. Era uma loucura. Quando ele chegava na empresa as moças se assanhavam todas e todas queriam ganhar um "Bom Dia". Ele também era muito educado e gentil.

Certa vez, precisei que ele assinasse uns papéis para dar andamento em uns processos da empresa. E ao entrar na sala percebi que ele mudou a fisionomia, logo em seguida minha atenção se dissipou e eu me vi sufocada com algo que ainda não tinha descoberto o que era. Ele, todo sem graça, me pediu para sentar e quis logo assinar os papéis e só então eu percebi o que estava fora da normalidade. A sala estava invadida por um odor estranho que em nada lembrava o cheiro daquele perfume. E eu me senti zonza pelo susto, pelo contraste de realidades. Era como se eu sentisse mesmo a minha decepção estampada no rosto.

O pobre rapaz estava tão sem graça e eu além de sem graça, sem fôlego também. Foi uma situação constrangedora e enquanto ele assinava a imensidão de documentos, eu, do meu lado prendendo a respiração, ficava a imaginar que por tanto tempo eu acreditei que uma pessoa cheirosa não emitia gases fétidos!!! O bom é que até nós mesmas estamos à mercê de um dia deixar escapar algo parecido com isso e, de repente, lembrar que não bebemos perfume francês na noite anterior.

Engraçado como a gente cria uma imagem da pessoa e esquece que a pessoa é humana e como tal tem suas necessidades fisiológicas como todo ser as tem. Embora cheiroso, um dia ele vai fazer algo nada cheiroso, mas com isso a gente se acostuma, tem gente que até divide o cheirinho em baixo das cobertas (tem mesmo!).

Mas o cara mencionado acima continua lindo, charmoso e cheiroso, afinal de contas, quem foi a cigana mentirosa que disse que homem charmoso e cheiroso não solta pum fedido?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O silêncio de quem ama



Você critica minhas escolhas, não está ao meu lado quando eu mais preciso, não me apoia nas minhas decisões. Já demonstrou por diversas vezes que não pretende construir um futuro ao meu lado, mas mesmo assim eu te amo. Amo a ponto de passar por cima de tudo isso e aguentar em silêncio a dor da rejeição. Amo o suficiente para recompor as minhas forças diariamente para conseguir carregar esse fardo tão pesado. Prefiro esse peso a ter que seguir leve, vazia e sem você.

Nem de longe parece o homem pelo qual eu me apaixonei há anos atrás. Você mudou radicalmente e parece outra pessoa, suas escolhas são sempre individualistas e você vive tomando decisões precipitadas. Geralmente as decisõe mais importantes não me incluem e isso machuca. Você não imagina como machuca. Se sou condescendente é por amor, mas não pense você que amor não acaba. Tanta complacência e compreensão um dia se findarão.

Espero do fundo do coração que esse dia não chegue. Não conseguiria seguir o meu caminho sozinha. Espero ansiosamente pelo dia que um estalo de consciência apazigue seu coração amargurado e você volte a me amar. Tal qual um Messias, esse amor será a minha salvação. E por ele, aguardo fielmente. Mantendo-me firme, mesmo diante das situações mais dificeis eu vou suportar.

Não estou te ameaçando nem pressionando para que você seja o que eu quero. Quero apenas que você volte a ser como era; o meu amor! Peço tão somente que você reflita e perceba que seu comportamento está sucumbido os meus sentimentos. Tudo de mais lindo que existe dentro de mim está sendo destruído por você. Tudo está mergulhando num mar escuro e revolto. Aquela linda tarde de sol está se transformando numa tarde escura e uma tempestade se aproxima.

Quando penso em te deixar meu peito dói, meu coração acelera e minha boca seca. Não consigo imaginar um futuro sem você e até as mais terríveis humilhações que você me faz passar tornam-se pequenas diante do desespero que é imaginar a minha vida sem você.

As inúmeras noites de sono que perco chorando pela dor que você me causa não são nada diante das noites de frio e solidão que me esperam, caso você me deixe. Não há futuro em mim sem você e sei que essa fase vai passar. Você vai voltar a me amar!


PS: Perdoem a demora na publicação do texto, mas tive que mudar radicalmente o que eu tinha preparado quando recebi esse texto que mexeu tanto comigo.

Texto recebido por email. Leitora prefere não se identificar, mas quis compartilhar sua dor e desespero conosco.

Verônica

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Preço Da Vida

(by Cinthya)

Minha irmã chegou em casa e me contou uma história triste, muito triste. Falou sobre um rapaz que suicidou-se na nossa cidade vizinha. Disse que era um rapaz novo, que estava no trabalho e que pulou de uma certa altura, perdendo a vida.

Nem os policiais, nem o Corpo de Bombeiros conseguiu fazê-lo mudar de idéia, ninguém conseguiu apagar a dor dele. Pelo que soube, ele era depressivo e quantas pessoas são depressivas hoje em dia! Muitas nem sabem disso. A depressão é uma doença terrível! Ela destrói o combustível do Ser Humano: vontade de viver!

A depressão chega calada e vai tomando conta de tudo, vai destruindo os sonhos, vai tapando a visão e a pessoa mergulha num poço escuro e sem perspectiva de luz. O depressivo precisa de ajuda, muita ajuda. Quem nunca teve ou estudou sobre não faz idéia do tamanho da dor que uma pessoa nesse estado sente. Não sabe como é olhar para o lado, olhar para frente e não ver nada. Não sentir nada além da vontade de acabar com tudo.

Porém, um detalhe importante: acabar com tudo não significa acabar com a vida. Um suicida não quer dar cabo de sua vida, ele planeja tudo na intenção de acabar com a dor. É a dor que o incomoda e não a vida. É a dor que ele quer matar quando se joga de cima de um prédio. A dor que de tão grande engoliu todos os seus sonhos e sem sonhos uma pessoa não vive.

Se você conhece alguém depressivo, não se canse de dar amor a essa pessoa, carinho, atenção.

A vida não tem preço e é muito triste ver uma pessoa tão jovem absolutamente despida de vontade de seguir. Se você tá se sentido triste por dias seguidos, sem ânimo, desolado, querendo ficar sozinho. Cuidado! Essa doença triste chega dessa forma, de mansinho, e toma conta de tudo.

Vamos celebrar a vida! Ela não tem preço!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Mala Sem Alça


Todo mundo tem uma mala sem alça na família. Ou no ciclo social. Geralmente essa espécie é amargurada, invejosa, mal amada e pessimista. Nas reuniões de família sempre deixam o clima tenso e nem precisam fazer muito esforço para torná-lo quase que insuportável. Só vê defeitos e só tecem críticas. Seus alvos são todos os membros da famílias, ou qualquer um que esteja ao alcance do seu veneno. Aliás, todos os seres que respiram são alvo em potencial...

Se você está namorando questiona sobre o casamento, se é noivo, ela trata de avisar que está enrolando ou sendo enrolada. Se já casou pergunta pelo filho, se tem o primeiro pergunta pelo segundo, se tem o segundo pergunta pelo terceiro e se tem o terceiro acusa-o de ter filhos demais.

Se seu namorado é estudioso, é chamado de nerd e até de maluco. Se é mais despojado, com certeza é um vagabundo irresponsável que certamente não terá futuro nenhum a lhe oferecer. Se é responsável e tem um bom emprego é acusado de só pensar em trabalho, é chamado de ambicioso e obcecado.

Se você está com um peso legal, para ela está gorda demais e deveria fazer um regime, ou está magra demais e parece doente. Seu cabelo não tem brilho, sua pele está  manchada e sua roupa é sempre imprópria para a ocasião. Definitivamente, você não sabe escolher o que vestir.Aliás, cafona você, viu?!

Se você faz algum trabalho artesanal, aos olhos dela seu trabalho é horrível, de um amadorismo extremo e você cobra caro demais por ele, certamente não tem noção de preço e muito menos sabe o que é qualidade no acabamento, se tivesse consultado-a provavelmente ela teria te dado uma idéia melhor.

Seu carro é feio, velho, fora de moda e com certeza você pagou caro por ele, se tivesse pedido ajuda ela daria uma dica de um carro melhor com um preço mais justo. Para quê um carro melhor se você dirige tão mal? Sua casa tem uma cor que não combina com as cores do muro externo e dos portões, precisa, no mínimo de uma boa reforma. Você não sabe escolher programas de TV e suas opções de lazer são incultas. Seu vocabulário é demodé, seus sonhos são utópicos demais ou simplórios demais.
E assim vai... O rosário de ofensas e críticas desse tipo de pessoa é infindável e acredite, ela não mudará nunca, por mais paciência que você tenha.

Essa figura pode ser representada por uma tia, ou um tio, uma irmã, ou um irmão, uma amiga ou um amigo... Enfim, elas podem estar onde menos esperamos. Observe-as e livrem-se delas!

Verônica

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Estratégia De Felicidade



 
(by Cinthya)

Acredito que muita gente já passou por um relacionamento amoroso daqueles de abalar as estruturas, daqueles de nos fazer meter o pé na jaca e ir fundo mesmo. Um relacionamento daqueles que nos deixam sem estribeiras, nos tomam o fôlego, nos deixam de pernas bambas. Alguns relacionamentos têm o dom de nos deixar zonzos, tontos. E isso é gostoso até certo ponto.

Eu já vivi relacionamentos tão intensos, mas tão intensos que mesmo quando eu percebi que a hora do término se aproximava, ainda assim, eu insistia em ficar mais um pouco. E nessa hora eu percebi que  as coisas tomaram um outro rumo, uma outra roupagem. A gente entendia que era melhor terminar o relacionamento, mas a química que nos dominava quando a gente se via era maior que tudo isso. Daí a gente mergulhava de novo naquele fulgor, um nos braços do outro e... Depois e agente se via rebuscando forças para seguir nossas vidas, separados, para o bem de todos.

Se a gente tinha tanta química e na cama era tudo perfeito, porque não seguir? Muitos perguntaram isso. E eu respondi que um relacionamento não se resume ao sexo. O sexo é um fator importantíssimo, mas não é tudo. Precisa-se de carinho, de atenção, de respeito, respeito, respeito e respeito. Num relacionamento acho fundamental que os parceiros se apoiem, cresçam juntos, aprendam o que for preciso aprender para que a história a dois seja um sucesso.

É preciso ter consciência do que se quer para que se saiba o que esperar do outro, da história, do relacionamento. Ele era muito bom, mas eu não conseguia me visualizar ao seu lado, como sua mulher, feliz, realizada e apaixonada. Não foi fácil, mas conseguimos nos distanciar e abrir espaços para novas pessoas em nossas vidas. E hoje percebemos que fizemos a escolha certa.

Tenha consciência de que a vida te oferece sempre um leque de chances de ser feliz e que basta coragem de se projetar dez anos à frente e ver se consegue visualizar-se feliz e não conseguindo, ter peito pra parar o processo e procurar outros ares. Isso dá leveza à tudo e as coisas se encaixam, como deve ser.

sábado, 20 de agosto de 2011

Soneto de Felicidade



Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes


Essa manhã de sábado, de céu azul e pássaros cantando na minha janela, acordei sorrindo. Sonhei que um amigo muito querido recitava esse soneto para nmim. Foi só sonho, mas foi lindo!
Ótimo sábado a todos e muita felicidade!

Verônica

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Eu Posso Fazer Mais Do Que Isso!



 
A mãe de 26 anos parou ao lado do leito de seu filhinho que estava morrendo de leucemia. Embora o coração dela estivesse pleno de tristeza e angustia, ela também tinha um forte sentimento de determinação.

Como qualquer outra mãe ela queria que seu filho crescesse e realizasse seus sonhos. Agora isso não seria mais possível por causa da leucemia terminal. Mas, mesmo assim, ela ainda queria que o sonho do seu filho se tornasse realidade. Ela tomou a mão do seu filho e perguntou:

- Filho, alguma vez você já pensou no que gostaria de ser quando crescer? Você já sonhou com o que gostaria de fazer da sua vida?

- Mamãe, eu sempre sonhei que seria um bombeiro ao crescer.

A mãe sorriu e disse:

- Vamos ver se podemos transformar esse sonho em realidade!

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local, onde se encontrou com um bombeiro de enorme coração. Ela explicou a situação de seu filho, seu último desejo e perguntou se seria possível dar ao seu filhinho de seis anos uma volta no carro de bombeiro em torno do quarteirão.

O bombeiro disse:

- Veja, NÓS PODEMOS FAZER MAIS DO QUE ISSO! Se você estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, na próxima quarta-feira, nós o faremos um Bombeiro Honorário por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco, sair para atender as chamadas de incêndio! E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme verdadeiro para ele, com chapéu, com nosso emblema e botas também.

Três dias depois o bombeiro pegou o garoto, vestiu-o em seu uniforme de bombeiro e escoltou-o do leito do hospital até o caminhão dos bombeiros. O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão e foi levado até o quartel central.

Ele sentia-se no céu. Ocorreram três chamados naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todos os três. Em cada chamada ele foi em veículos diferentes: no caminhão tanque, na ambulância dos médicos e até no carro espcial do chefe do Corpo de Bombeiros. Ele também foi filmado pelo programa da TV local.

Tendo seu sonho realizado, todo amor e atenção que foram dispensados acabaram por tocar o garoto tão profundamente que ele viveu três meses mais do que os médicos haviam previsto.

Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a enfermeira chefe, que acreditava no conceito de que ninguém merece morrer sozinho, começou a chamar ao hospital toda a família. Então ela lembrou do dia que o menino havia passado como um Bombeiro e ligou para o chefe e perguntou se seria possível enviar algum bombeiro para o hospitla naquele momento de passagem, para ficar com o menino.

O chefe dos bombeiros respondeu:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS DO QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. E faça-nos um favor... Quando você ouvir uma sirene e ver as luzes dos nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o Corpo de Bombeiros vindo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes.  E você poderia abrir para nós a janela  do quarto dele.

Cinco minutos depois, uma pick-up e um caminhão com escada Magirus chegaram ao hospital, estenderam a escada até o andar onde estava o menino e 16 bombeiros subiram pela escada até o quarto. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram e falaram para ele o quanto eles o amavam.

Com um sopro final, o menino olhou para o chefe e perguntou:

- Chefe, eu sou mesmo um Bombeiro?

- Você é um dos melhores! - disse o chefe.

Com essas palavras o menino sorriu e fechou seus olhos pela última vez.

E você, diante da vida, tem respondido: "EU POSSO FAZER MAIS DO QUE ISSO"?

Reflita se sua vida tem sido em serviço ao próximo e tome uma decisão hoje mesmo.



Autor Desconhecido (mas muito sábio)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Separar Faz Bem


Quando entramos em um relacionamento, geralmente, fazemos uma promessa de que será para sempre. O que não levamos em conta é que esse para sempre pode durar, um mês, um ano, dez anos ou bem menos que isso...
Todo romance começa muito bem, e são feitas promessas de amor eterno, de parceria eterna e de companheirismo mútuo, mas em alguns casos com o passar do tempo as diferenças se sobressaem e a sintonia outrora perfeita começa a falhar e começam os choques de comportamento, de gostos, de pensamentos e a incompatibilidade é tanta que a situação torna-se insustentável.

"Acontece que lá no comecinho da nossa história fizemos uma promessa de que seria para sempre como podemos pensar em terminar tudo agora? É contra os meus princípios faltar com a minha palavra, eu prometi que seria para sempre e será. Vou aguentar a barra e vou sobrevivendo até onde der..." Doce engano. Triste erro cometemos ao insistirmos em uma relação porque promessas foram feitas. "Se nos separarmos agora, depois de tantos anos de casados, o que os outros vão pensar?"

Muitas pessoas, não só as mulheres os homens também, cometem o erro de abrir mão de si pra viver em favor do outro. Perde a personalidade porque se moldou ao gosto do parceiro, vive pela metade porque metade de si não lhe pertence mais, foi doado a pessoa amada e quando se deparam com o fim do relacionamento sentem-se perdidos e incapazes de continuar seguindo sozinhos. Afinal, estão incompletos. 

Quando a separação é inevitável, não conseguimos pensar na maneira fria que a outra pessoa vem nos tratando há vários meses, não lembramos do desprezo que estamos recebendo, e das noites de lágrimas que derramamos, só nos prendemos aos momentos bons que vivemos juntos, momentos esses que não voltarão mais. A única pergunta que lateja na cabeça é: 'e agora, como vou conseguir sobreviver sem você?'

Depois de um longo período de sofrimento, você acorda numa bela manhã de sábado, com céu azul e os pássaros cantando na sua janela e percebe o quanto aquele relacionamento estava te fazendo mal, atrasando sua vida, nesse instante recebe um sopro de vida e uma injeção de ânimo e recomeça sua caminhada, segue sua trilha com passos firmes e confiantes. A partir daí a mudança que geralmente começa de dentro é percebida imediatamente.

Você muda seu guarda-roupa, fica mais bonito e vistoso, põe um brilho no olhar e um sorriso sincero nos lábios. Olha para trás e extrai as lições positivas do que hoje é apenas passado. Nesse momento, você consegue se orgulhar de si e percebe o quanto se separar te fez bem.


Verônica

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Saber Esperar, Uma Característica Dos Vencedores!



(by Cinthya)

A vida é uma roda gigante, já dizia o poeta. E de fato é mesmo. Ninguém é feliz o tempo todo, como também não se é infeliz todo o tempo. As fases alternam-se e quando a gente aprende a entender isso, passamos a perceber que esse processo é necessário para nosso crescimento e que a felicidade acaba sendo o somar de todas essas coisas, de todos esses altos e baixos que formam a nossa história.

Há dois anos atrás eu estava feliz, com um trabalho maravilhosos e amigos que eram também meus colegas de trabalho. A gente se dava muito bem e trabalhar era tão prazeroso que ninguém reclamava de hora extra. A gente rendia muito e ria muito mais ainda. Se eu contar aqui o que aprontávamos... Enfim, melhor nem comentar. Mas a gente elevou a empresa a um nível muito alto de qualidade. Tanto sucesso fez que acabou caindo no poder de um monstro (no sentido de gigantesco) na área de alimentos e aí tudo mudou. Enfim, vamos pular essa parte.

Há um ano atrás eu estava num momento atormentado, assumindo as consequeências de uma decisão importante e necessária. Eu estava adentrando um crescimento ímpar na minha vida. "Meti os peitos" como dizem e paguei pra ver. Mas nunca desacreditei que um dia voltaria a viver aqueles momentos de glória. Apesar de todas as nítidas impossibilidades de tudo aquilo acontecer novamente, eu continuava alimentando aquela certeza de que o impossível não ganharia essa partida!

A gente fica cega quando está na tormenta. Acreditar torna-se difícil porque o lado ruim é mais visível e parece ser mais fácil viver infeliz do que ser o contrário disso. No entanto, eu acreditei. E o improvável aconteceu. Uma nova chance de construir tudo de novo, no mesmo ramo, com os mesmos amigos, numa nova empresa. Contando, ninguém acredita. Mas acreditem: nada tem o poder capaz de destruir a vontade do Criador!

Eu acreditei. Hoje estou por cima, de novo. Amém.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

E na hora de arrumar a mala...


É aquele desespero.


O que levar, como arrumar para caber tudo, aquela pergunta que fica latejando na cabeça de todo "e se eu esquecer alguma coisa?" E assim vai. É um verdadeiro Deus-nos-acuda!

Quando vou viajar, levo tudo que posso, a possibilidade de querer usar algo e não poder por ter deixado em casa é desesperadora. Então saio jogando tudo dentro da mala, depois peço ajuda a alguém para conseguir fechá-la.

Ao contrário de mim, minha mãe é organizadíssima, começa a preparar tudo com uns três dias de antecedência, dobra cada peça da melhor forma possível para caber mais coisas, leva somente o necessário, evitando assim, carregar peso desnecessário. Sempre sai com uma mala super organizada, compacta e com o essencial.

Minha irmã viajou recentemente e pude perceber que ela herdou da minha mãe a organização e o preciosismo na hora da arrumação da bagagem. Passou e dobrou cada peça cuidadosamente e arrumou bem direitinho para não deixar nada de fora. Mas, herdou de mim o hábito de levar peso em vão e peças que com certeza não irá usar, mas que por ventura poderá sentir vontade de usar e assim não poderia deixá-la em casa.

Numa viagem, independentemente do motivo, alguns itens são indispensáveis, o bom humor, a alegria e a positividade ocupam o topo da lista. Há quem leve uma muda de tristeza, em alguns casos é impossível não levar. Numa viagem de partida, numa mudança de vida e de cidade, por exemplo, sempre vai a saudade de quem fica acompanhada da tristeza pela certeza do afastamente, ainda que seja físico.

Mas o ideal é vestir o melhor sorriso encher a mala de alegria e esperança e seguir viagem rumo à felicidade. Afinal, uma vida nova estará começando.

Boa viagem e boa semana à todos!

Verônica

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hérois De Carne, Osso E Erros!


(by Cinthya)

Ele é o maior exemplo de humildade que eu conheço. Me deu chances de aprender muito sobre muitas coisas. Ele se mostrou forte quando o mundo desmoronou em sua vida. Quando os problemas tomaram proporções gigantescas ele teve a humildade de passar para outras mãos as rédeas da situação, reconheceu que não tinha mais condições de tocar adiante, na dianteira de tudo.

Ele é extremamente sábio. Ele teve a grandeza de espírito para se manter firme quando a tempestade passou arrastando tudo que não fosse rocha. Ele viu seus "amigos" se afastando, um a um, e ele descobriu o verdadeiro sentido de tudo. Ele errou. E sei que ele nunca se perdoou por isso. Ele se culpa e esse é o único motivo que o impede de ser pleno e completo.

Mas até o erro dele serviu para nos fazer crescer. Uma lição sem precedentes. Nós crescemos tanto, tanto, que hoje cuidamos dele e o protegemos de tudo o que possa lhe fazer mal.

Algumas vezes ele é rancoroso, mas entendemos que ficariam algumas sequelas daqueles dias tão difícies. Que bom que as sequelas foram mínimas.

Hoje ele não tem mais um andar tão firme, precisa de bastão para se apoiar. Seus cabelos negros perderam espaço e os fios brancos cobrem sua cabeça e é neles que deposito um beijo todos os dias. Hoje ele tem um olhar diferente, tem uma vida diferente e, embora ele pense que cometeu um grande erro, eu sei que tudo o que aconteceu só serviu para manobrar nossas vidas para um caminho melhor.

Ele é meu herói. Um herói de verdade, com defeitos, com mágoas, com dores. Um herói imenso em força. Ele é minha maior lição. Ele é meu pai. E eu trago muitas recordações de nossa vida, de sua importência, das vezes que nossos temperamentos se enfrentaram, das vezes que pedimos perdão ao outro. Lembro de minha primeira bicicleta, lembro de tanta coisa importantes, tijolos de minha personalidade. Um dia nós vamos nos separar, é inevitável. Cada dia é um dia a menos e por isso me esforço em fazer de seus dias dias mais felizes.

Sr. Vicente, receba todo meu orgulho de ter-lhe como MEU PAI!

Pai, eu te amo!

PS: na foto, o meu pai e o meu filho!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

C E G O S


(by Cinthya)

De quem é esse olhar
Que me condena os atos
Que me reprime os gritos?
De quem é essa mão
Que levanta-se sobre mim
Que tenta, inutilmente
Me impor medo?
Quem é você?
Responda-me!
Quem é você que não sabe viver...
Que não sabe amar...
Que não sabe sorrir...
Não calo o meu grito!
Não controlo a minha loucura!
A sua loucura é mais insana.
O seu olhar é mais cego.
A vida é louca!
E a loucura,
Dentro de mim
É sã!
É vida!
É liberdade!
É poesia!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Uma Chance Para A Vida


(by Cinthya)

Certo dia eu estava no salão de beleza, cuidando dos meus abençoados cabelinhos quando ouvi o meu cabeleireiro falar sobre um amigo, que também era gay e que acabara de descobrir que era portador do virus HIV. Ele contava para uma terceira pessoa que esse amigo tinha decidido dar cabo da própria vida, que estava assombrado com a "novidade" e que não queria mais viver, não com aquela doença.

Aquilo me tocou tão fundo. Eu não sabia quem era o rapaz que estava doente, mas prestando atenção na conversa eu acabei descobrindo onde ele morava. Sai do salão com a sensação de orbigação de fazer algo por aquele moço. Como eu não tinha jeito de chegar na casa dele, de cara limpa, resolvi fazer uma carta e foram páginas e páginas de palavras de carinho. Então um dia quando eu voltava do trabalho, passei na casa dele e entregei a carta, saindo em seguida.

No dia seguinte ele me procurou. A gente não falou nada, apenas nos abraçamos e ficamos ali em silêncio. Depois conversamos muito, fiquei sabendo de muita coisa da vida dele e ele da minha. Passamos a nos ver sempre e sempre que ele se sentia sozinho, me ligava e eu ia estar com ele. Ele desistiu de morrer. Nos tornamos grandes amigos.

Ele mudava de casa e me chamava pra ir visitá-lo. Até que um dia ele mudou e eu não soube para onde, ficamos um tempo sem nos ver. Nisso o tempo foi passando e certo dia eu ia passando perto do salão de beleza onde tudo começou e uma amiga me chamou para me dizer que havia acontecido algo muito triste e que não tiveram como me avisar. O meu amigo foi encontrado morto, todo machucado, morto a pauladas e pedradas e jogado no lixão da cidade.

Eu não sei descrever o que senti naquela hora. Ele que tanto quis morrer e redescobriu a vida, acredtiou de novo, deu uma chance a si mesmo... Então, aconteceu isso. E eu não sei, eu nunca vou saber o que exatamente aconteceu. Não roubaram nada dele, nada além da vida. Uma vida que por si só já tinha sido tão difícil!

Não sei pra que tanta maldade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fazer O Bem Sem Olhar A Quem


(by Cinthya)

Sei que muita gente me taxa de boba, dizem que sou cabeça fria e que faço vista grossa para tudo (ou quase tudo). Talvez eu seja. Mas o que acontece é que eu não sei viver a desarmonia. Parece que uma reação alérgica me invade o corpo quando percebo a desarmonia num ambiente. Não gosto de ver ninguém batendo boca, não aprecio nenhum tipo de maldade sendo feita a outras pessoas e desejo muito profundamente mesmo que todo mundo tenha, no mínimo, paz em suas vidas.

Não, esse texto não é uma psicografia recebida de Madre Tereza de Calcutá. Sou eu mesma quem escreve e sou eu mesma que nasci para viver em harmonia e por isso eu ando sempre tentando estar bem e equilibrada e tentando equilibrar todos que estão à minha volta.

Ambientes negativos me fazem sentir pesada. Pessoas negativas me fazem ficar com dor de cabeça. Presenciar um bate boca me dá náusea. É instantâneo! É mais forte que eu. Eu faço um esforço à mais, se preciso for, para ter paz, viver a paz, dar a paz.

Por eu ser assim, gosto de fazer o bem. Lembro que recentemente eu estava numa agência bancária, com um boleto pra ser pago e sem grana para fazer o pagamento inteiro. Fiquei sentada, buscando calma para enxergar uma saída, buscando a força do Criador dentro de mim para que eu enxergasse um caminho (porque os caminhos sempre existem, mas nem sempre a gente os vê). Eu estava sensível demais naquele dia. Então vi que um homem que estava sentado à minha frente acabava de levantar e deixava na poltrona um monte de notas de cinquenta reias. Eram muitas notas mesmo! Imediatamente meu estômago gelou ao pensar no desespero que aquele homem sentiria ao perceber que perdera o dinheiro.

- Senhor! Senhor! - eu levantei gritando até que ele olhou pra trás. - o Senhor deixou cair algo na poltrona.

Ele quase perdeu a cor quando viu que o dinheiro havia caído. Me agradeceu e foi pagar as suas contas pois já era a sua senha que o caixa chamava.

Eu voltei pra minha angustia de não sabe de onde tirar grana para quitar meu boleto a tempo. Mas como Deus não desampara os seus, eu sofri um bocado, mas consegui resolver tudo, de forma digna. De alma limpa e coração tranquilo. Sou muito grata à vida por poder deitar à noite e adormecer com a consciência tranquila na certeza de ter feito o que pude para fazer o bem acontecer.

E não é demagogia não. É que se isso não for a razão maior, o que justificaria nossa existência aqui?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Carta aberta ao George Clooney da minha rua



Prezado senhor,

Diante dos últimos acontecimentos, gostaria de fazer algumas perguntas e tecer alguns comentários relacionados a sua pessoa e às coincidências que rondam alguns fatos.

Quais suas reais pretensões ao fitar o meu olhar quando nos cruzamos? Pra quê tanta gentileza, ao parar para me ajudar com o pneu furado? Ou me ceder a sua vez na fila do super mercado? O que passa por sua cabeça ao sair da academia com aquela camiseta branca ligeiramente suada e abrir aquele sorrisão ao me ver? Aliás, quem te ensinou a dar esse sorriso que me tira do sério?

Morando há 18 meses no mesmo bairro por que não tínhamos nos encontrado antes? E por que nessas duas últimas semanas já nos cruzamos pelo menos um dúzia de vezes? Coincidência? Destino? Ou será que o senhor anda me seguindo e forçando encontros casuais? De onde o senhor veio? Por que se aproximou de mim? Quem disse ao senhor que eu queria despertar? Seja o que for, peço que não pare e não suma pois eu estou adorando...

Eu sei que o senhor é um engenheiro bem sucedido de quarenta e poucos anos que se divorciou recentemente... Sei também que é a simpatia em pessoa; cede seu lugar na fila do super mercado, ajuda uma mulher parada no acostamento com o pneu furado, ajuda velhinhos e cegos a atravessarem a rua, recolhe cachorros perdidos e os encaminha ao centro de adoção, esbraveja quando alguém joga lixo na rua ou derruba uma árvore, é generoso e atencioso com as crianças é sempre solícito e prestativo. Tem hábitos saudáveis e pratica esportes.

O problema é que tanta gentileza despretenciosa torna-o insuportalmente irresistível.Quem te deu essa segurança irritante de saber que é tão desejado? É muita petulância de sua parte ser tão bonito, educado, inteligente e charmoso assim. Como ousa a me tirar da zona de conforto e tomar posse dos meus pensamento dessa maneira?

Como um excelente engenheiro que eu sei que é, acredito que tudo na sua vida seja milimétricamente calculado e se eu pudesse dar números ao senhor, certamente seriam: 41 anos, 1,87m, 90kg, 3% de gordura corporal, 148 de Q.I. e um sorriso de valor incalculável.

Já, senhor Clooney, que não posso pedir que o senhor desapareça, nem conseguiria essa façanha, peço apenas que o senhor não suma do meu campo de visão pelos próximos 2 mil dias.



Certa de poder contar com a sua total atenção, agradeço antecipadamente.


Atenciosamente,



Verônica - A vizinha encantada

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Amiga Fura Olho!


(by Cinthya)

Eu sei que ela não é dócil, não é extremamente educada, gentileza não é sua maior caracteristica e fala palavrões como ninguém. Mas basta que se aproxime o meu namorado ou o namorado de alguma outra amiga para que ela se transforme na personificação da candura. E da sua boca só saiam expressões (sempre dirigidas ao parceiro de outrem) tipo "meu bem", "meu amor", "querido". Impossível conter a fúria e a vontade de voar em seu pescoço.

Se o nome dele é Marcos, ela o chama de Marquinhos; Se é Paulo, vira Paulinho; Antonio, será Toninho e assim vai criando uma intimidade que engasga qualquer namorada. Não pode ver um homem que quer sempre ser o centro das atenções e faz TUDO para que isso aconteça. Perde a noção do ridículo e fica cega até ver seu objetivo alcançado.

Ainda que ela nunca tenha visto seu namorado antes, creia, basta que você os apresente para que em menos de dez minutos o nome dele no diminutivo já estaja ecoando no ar. E ela é assim mesmo, folgada, espaçosa, apelativa e não admite não ser a mulher mais observada da roda de amigos. Ela não sossega enquanto todos os olhares masculinos não mirarem-na com desejo. Ela age sempre assim, indiferente do local onde esteja. E ela é sempre duas: uma para as amigas e outra para os homens que apareçam por perto (inclusive os namorados das amigas).

Eu não sei em qual cartilha ela estudou, porque não respeita ninguém. Esse comportamento pode até ser um distúrbio, mas que já me tirou do sério uma série de vezes, isso já! E muitas outras amigas já compartilharam a mesma queixa. Naquela figura eu não confio nem sob tortura, nem sob ameaça de morte. A criatura é terrível. Obcecada por "aparecer" a qualquer preço. E com isso vai perdendo crédito com as amigas (e ganhando com os namorados das amigas, affff!).

Infelizmente eu conheço essa pessoa e já ouvi aquela voz "doce" e "melosa", cheia de "encanto" e "ternura" pronunciar o nome do meu amor no diminutivo... E a cada vez que ela falava ele levava um chute na canela. Até que ele não aguentou mais e me chamou para irmos a outro lugar (já estava mancando). Daí ela pegou a bolsa e disse que ia também, no que ele prontamente respondeu: "De jeito nenhum. Será um programa pra dois. E eu já estou acompanhado" (o que um homem não faz pra não perder a perna!?!).

Ah, minha "amiga", como eu gosto de você... Gosto de você bem longe do meu namorado, claro! Até porque quem lê o Divã sabe a confiança que eu deposito na fidelidade masculina!

PS: Ah! E só pra deixar registrado: Eu não sou fã do Latino!

sábado, 6 de agosto de 2011

Adocica, meu amor! Adocica...


Esses últimos dias venho vivendo momentos de pura nostalgia...

Reencontrei grandes e queridas amigas da época do segundo grau (Santo FaceBook), escutei Sérgio Reis, falei por telefone com amigos que fizeram parte da minha infância... Enfim, estou bem no rítimo de "recordar é viver!"

Daí, lembrei de mais uma coisa que mexeu (literalmente falando) muito comigo na infância; A lambada! Eita rítimo bom, envolvente que só de lembrar já me dá vontade de levantar da cadeira e sair balançando o corpo.

Quando criança, tive o privilégio de ter váaaaarios conjuntinhos iguais das dançarinas de lambada. Sainha rodada e bustiê frente única. Era saia verde-limão, rosa pink, vermelho paixão... E os tops sempre combinando a estampa com a cor da saia. Ter mãe costureira te dá mais vantagens rsrs

Rezava para chegar logo o domingo, mainha me dava aquele banho caprichado, fazia a faxina geral, me enchia de loção perfumada e colocava essa roupa deslumbrante. Eu me achava linda ficava me sentindo o lencinho umedecido que limpou o bum bum da Sasha (que nem era nascida nesse tempo) Enfim...

Vaidade é um traço da minha personalidade que me acompanha desde que eu me entendo por gente. Ela foi diminuindo e amadurecendo conforme a idade e a experiência foram chegando, mas ainda é bem viva e latente.

Então... Vaidosa, bonitinha e bem arrumada o que eu queria mesmo era sair mostrando meu look pra fazer inveja nas outras meninas, quando rolava uma musiquinha aí é que eu me acabava mesmo jogava a a cabeleçeira pra um lado e pra outro, fazia movimentos com o corpo que mais perecia uma mola e arriscava uns passinhos ensaiados, isso podia ser na calçada de casa, ou na casa de alguma amiguinha. Quandi não estava tocando lambada na casa de ninguém e me dava na telha eu dança sem música, aliás, sem música não! Eu cantava e dançava... o que eu não podia era passar despercebida! haha

Todo meu sucesso durava pouco mais de meia hora, era o tempo máximo que eu conseguia ficar fora do campo visual da minha mãe, era o tempo de dar uma volta na outra rua e voltar pra casa antes de ouvir o tão temido grito "ôh Verôooonica" quando ouvia esse grito, tomava o rumo de casa tal qual uma flecha.

Quem disse que morar em cidade pacata não tem suas vantagens?
Eu fui uma criança muito feliz! Tenho orgulho de dizer isso.
A seguir um dos muitos rítimos que embalaram a minha tragetória.

Beijos e bom final de semana à todos!

Verônica


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A MAIS BELA


(by Cinthya)


A mais bela poesia
Escrevo sem nada escrever.
Poesia eterna e concreta.
Pura.
Absoluta.
Sem letras escrevo
As palavras da alma minha.
A intensa emoção.
A mais bela poesia
Escrevo sem nada escrever.
Poesia que sai dos meus poros
Quando o teu amor
Invade o meu íntimo de mulher;
Poesia que explode no meu gemido
Quando o meu desejo é saciado;
Que se eterniza num sorriso
Quando o teu prazer é derramado em mim.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Receita para (re)conquistar um grande amor




A maioria das pessoas procura um consultor esotérico quando perde um grande amor. A dor da perda, a perplexidade de se saber dispensável, o risco iminente de ser preterido em favor de outro, são componentes psicológicos que, num repente, levam uma pessoa, decidida e independente, a buscar ajuda.

Nós, aqui do Divã, pensamos em um jeito prático e divertido de resolver esse problema. Vamos trazer o amor de volta cozinhando. A seguir uma receita infalível e super prática para você arrasar na arte da (re)conquista. Mesmo que não consiga resgatar o amor perdido certamente servirá para atrair outros grandes amores. Em suma: se não fizer bem, mal também não irá fazer. Vamos à receita:



Bolinho de Recomeço


Ingredientes:

3 xícaras de chá de força de vontade
1 colher de sopa de orgulho
2 xícaras de café de sensação de liberdade
2 colheres de sopa (bem caprichadas) de amor próprio
Doçura à gosto
Um punhado de desprezo para polvilhar
Superação para fritar


Modo de Preparo:

Em um recipiente transparente e muito limpo, livre de qualquer ranço de dependência ou inferioridade,  coloque a força de vontade mexendo lentamente para desenvolver, acrescente o orgulho, a sensação de liberdade e o amor próprio. Mexa tudo, mas tomando muito cuidado para não desandar. Quando todos os ingredientes estiverem bem misturados é hora de pôr a mão na massa. Misture, com as mãos, até tomar um forma consistente. Acrescente a doçura e faça os bolinhos.

Em uma frigideira espaçosa coloque a superação para aquecer. Deixe esquentar bastante e quando estiver em ponto de fritura coloque os bolinhos. Vire sempre para que frite de maneira homogênea. Tire quando estiver dourado.

Arrume os bolinhos em uma travessa bem bonita e polvilhe um pouco desprezo por cima. Sirva acompanhado de um belo sorriso.

Rende várias porções e faz o maior sucesso.

Dica importante: Esses bolinhos não combinam com passividade, humilhações, paranóias e crise de abstinência. Caso esteja com algum desses problemas é melhor evitá-la por enquanto. Risco iminente de congestão.

Atenção: Essa não é uma receita fixa. Os ingredientes podem ser substituídos e as quantidades podem ser alteradas de acordo com  as necessidades. Cada um pode imprimir sua marca, dando um toque pessoal, acrescentando ou subtraindo algum ingrediente. Pode, inclusive, criar um molho especial, seu toque à gosto. O mais importante, nessa receita, é que cada um descubra o cheff que existe dentro de si.  E assim, supere os obstáculos e drible as dificuldades.

Bom apetite!!


Verônica - A cozinheira do amor

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Amores Que Partem... Amores Que Ficam!


(by Cinthya)

Um sorriso que chora...
A falta do que ainda tenho.
Minhas mãos trêmulas e inseguras
Procuram as tuas.
Procuram você.
Nos meus olhos um misto.
Sentimentos em mecla:
Dor.
Prazer!
Um silêncio que grita em nós.
Um tempo sem sentido.
Os seus olhos nos meus:
Cumplicidade.
E eu assim:
Toda menina,
Toda criança,
Toda sua.
Você vai...
Permanecendo em mim.
E eu?
Eu permaneço...
Indo com você.
E que a vida abençoe
Os amores que partem
E...
O amores que ficam.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Bruxa Está Solta



Prezada Senhora,

Percebo que a senhora anda rondando as imediações da minha vida e não estou gostando nada, nada disso. Portanto, peço encarecidamente que a senhora se retire do meu convívio, pois sua presença me desagrada profundamente. Gostaria de deixá-la a par das consequências de sua insistência.
Caso não atenda o meu pedido, terei de partir para a ignorância. Tomarei sua vassoura e a deixarei a pé. Logo em seguida quebrarei a referida vassoura em vários pedaços e um deles enfiarei goela a baixo para calar seu riso estridente e assombroso. Arracancarei esse verruga da ponta do seu nariz com uma pinça de sobrancelha. Cuidarei pessoalmente para que a senhora receba um tratamento odontológico à altura. Arrancarei todos os seus dentes (ou o que sobrou deles) com um alicate de mecânico e sem anestesia. O tratamento capilar será a base de escova de aço e amaciante de roupa. O tratamento facial, para essa pele cansada e irrugada será feito unicamente de excrementos de gato.

Bom, com tudo isso. Acredito que não tenho mais nada a dizer. A decisão agora é toda sua.

Sem mais para o momento.




Esse foi o jeito divertido que eu encontrei para mostrar como eu enfrento os meus problemas. Não me abato diante deles, não me assusto com a intensidade dos acontecimentos e não penso em desistir, correr, ou me esconder em baixo da cama.

Embora eu me ache até corajosa, e de fato o sou,  as vezes, como todo ser humano, eu fraquejo. E em meio a tantos acontecimentos em meio a um turbilhão de emoções e me vendo sem saída num lapso de fraqueza eu chorei. Lágrimas de pesar e preocupação, lágrimas de sofrimento e frustração, lágrimas de dor e desespero. Desaguei num choro compulsivo onde pude limpar minha alma e criar coragem para tomar uma atitude extremamente importante e mais que necessária.
Eu não sei ainda até que ponto essa ação vai me prejudicar ou me ajudar. Não sei as consequências dela, não tenho (ainda) a solução para o meu problema, mas, fiz! Fiz pois era necessário e fiz porque naquele momento era tudo que eu poderia fazer.

Agora, torço para que tudo corra bem e eu consiga, enfim, ter uma noite de sono tranquila.
Ando cansada de apagar focos de incêndio em minha vida. Quando apago um, vejo que outro logo se inicia bem ali na frente. Me canso e me queimo muito nessa maratona interminável. O que era faísca logo vira uma labareda e toma proporções maiores como se o material em volta fosse todo inflamável, vai ver que é e eu não sei.

Tem dias que me sinto como se estivesse numa canoa, no meio do oceano à deriva e nesse mar revolto eu vejo que ainda pode piorar, vejo uma tempestade se formando ao longe e logo, logo me alcançará. Estou perdida, sozinha, frágil e aparentemente sem saída. Ondas gigantescas tendem a me tragar. O risco de naufrágio é iminente. Mas eu não me entrego! Acredito na vitória. Eu não sei como, mas eu sinto que sairei dessa, ilesa sem nenhum arranhão e cheia de histórias pra contar. E olha que não é histórias de pescador.


Bom, a seguir cenas do próximo capítulo.

PS: Dona Bruxa é melhor a senhora se mandar. Acredite no meu aviso.

Verônica

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Tempestade Passou!


(by Cinthya)

É típico do ser humano viver reclamando. A gente reclama da falta de dinheiro até conseguir um emprego que pague bem e passamos a reclamar de ter que acordar cedo para ir trabalhar. Reclamamos do fato de não ter um namorado e quando o encontramos reclamamos por perder a liberdade. Reclamar é o ponto forte de muita gente e algumas fazem desse hábito um estilo de vida, tornando-se pessoas extremamente negativas e pessimistas.

Hoje, não quero reclamações. O mês de Julho foi um mês de provações bem pesadas, é verdade, e em alguns momentos eu parei e fiquei a pensar que não podia, de forma alguma, deixar o medo me engolir. Precisei olhar pra mim mesma e buscar serenidade e força. Quando a gente está no olho do furacão as coisas tomam uma proporção gigantesca e é preciso impor a si mesmo que não se deixe levar, que se segure nos galhos, nos troncos, nos prédios.

Quando a gente toma a postura da coragem e enfrenta o problema, fica mais nítida a solução. Eu vencia uma etapa e via outra pipocar, vencia mais esta e via outra se abrir. Um dia eu parei e disse ao vento: “Não adianta. Eu não vou desistir. Eu vou vencer e vou alcançar meu objetivo!”. Até o último instante a batalha exigiu de mim um esforço imenso. Um teste de paciência, de esforço, de jogo de cintura, de humildade e de fé. Mas, engana-se quem pensa que eu sou fraca.

Então, quero brindar à vida. Quero que todos saibam que não importa a dimensão da tempestade, um dia ela acaba e o arco-íris aparece no seu céu. Eu sei que sentimos frio, medo, desespero, mas não podemos deixar de acreditar e não podemos viver a reclamar. Eu opto por focar a solução e não o problema. Opto por fazer planos para quando tudo aquilo acabar. Isso me dá força pra enxergar a saída.

Eu vejo a vida como um ciclo, onde nada é estático, onde nada é permanente. As coisas começam e terminam, é inevitável e a gente passa por todas elas. Aliás, nós escolhemos passar por tudo e crescer ou se deixar prender em determinadas etapas e por lá ficar, perdendo a chance de ver todas as outras oportunidades que ainda surgirão.

Um dia eu vou partir, um dia a minha história aqui vai chegar ao fim eu penso nisso todos os dias. E isso não me deixa deprê, pelo contrário, isso me impulsiona a fazer da minha vida o melhor que eu possa fazer. Afinal, é a minha vida!

Julho levou a tempestade e o meu sorriso continua vivo!