Te amo porque você chegou na minha vida de mansinho. Não exigiu nada, não impôs nada, não demonstrava pretensão alguma... Foi chegando com quem não quer nada e se estabeleceu, definitivamente, dentro do meu coração.
Te amo porque isso me faz bem e o fato de sentir a veracidade da reciprocidade é só um complemento. Que bom que é assim! Mas, se não o fosse eu amaria do mesmo jeito.
Te amo porque você cuida de mim quando estou doente, faz sopinha, compra remédio, dorme do meu lado me fazendo cafuné e me acompanha ao dentista porque sabe que sairei de lá sentindo dores (maldito aparelho).
Te amo porque você pertence ao mundo das letras e ainda assim foi se aventurar no universo dos números só para me socorrer. Aprendeu álgebra só pra me auxiliar na matéria que mais me consome na faculdade.
Amo-te porque você me liga no meio do dia e quando eu menos espero só pra saber se eu estou bem.
Amo-te porque a saudade que eu sinto de você quando estamos longe é inversamente proporcional à necessidade que sinto da sua presença. Amo por amar e não por precisar.
Amo-te porque quando você chega é como se o sol se abrisse e as flores sorrissem para mim. Sua presença me traz alegria e calma.
Amo-te porque antes de ser meu parceiro na cama você é meu amigo, confidente, ouvinte, conselheiro...
Amo-te porque esse amor é um sentimento leve, suave, tranquilo... amar você não me traz carga alguma e é uma delícia sentir-me amada da mesma forma. Com tamanha leveza.
Amo-te porque sinto que, se por algum motivo, amanhã esse sentimento não existir mais, surgirá outro, talvez gratidão ou amizade.
Amo-te porque isso só me faz bem. Antes de amá-lo, amo a mim e certamente esse é o nosso ponto de equilíbrio.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
Ps: Texto enviado por uma leitora. Um presente para nós. Uma delícia de leitura! Amei!
Verônica
Um comentário:
E se isso não for amor... o que mais pode ser ??? rsrsr
Lindo lindo e eu sou completamente suspeita para falar, escreverou definir o amor..
Bjs grandes..
Debby :)
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