(by Cinthya)
Eles tiveram uma história de amor intensa, muito intensa. Uma história daquelas que arrepia a pele sempre que se lembram das coisas vividas, da cumplicidade, das loucuras, da entrega. Foi realmente uma história ímpar.
O relacionamento amoroso acabou, mas as afinidades não permitiram que eles se afastassem. Continuaram amigos. Como ele é um conquistador incurável, sempre que possível investia cantadas nela. Como ela sabia como era bom estar com ele, vez ou outra se permitia viver um flashback daquela história. E assim passaram-se anos, dez anos.
Eles se viam quase todos os dias. E nessa ultima semana as investidas dele estavam pesadas, incessantes. Ela chegou a comentar com uma amiga que “estou me sentindo uma presa prestes a ser devorada pelo predador”. Mas ela estava em dúvida, não sabia mesmo se deveria ou não ceder às investidas dele, de novo, para, de novo, descobrir que ele não mudou.
Naquela manhã ele chegou a sua sala, no trabalho, com balas, chocolates e uma proposta: “Vamos namorar?”. Ela aceitou as balas, os chocolates, mas não respondeu a pergunta. Ele havia ligado no seu celular no dia anterior e ela não atendera.
Ele estava mais sensível e sereno naquela manhã. Como ela o conhecia muito bem, percebeu de cara que algo estava diferente nele. Não era somente no jeito de falar, de se expor. Algo no semblante dele estava mudado. Ela não sabia explicar. Conversaram por muito tempo, uma conversa agradável, sobre assuntos agradáveis aos dois. Eles tinham muita afinidade.
Quando ele saiu da sala, ela ficou a pensar na vontade de ficar com ele novamente, pensou em como estava ouvindo as musicas que compunham a trilha sonora deles dois., como ele estava povoando seus pensamentos naqueles últimos dias. Naquela manhã, antes dele chegar, ela estava viajando nas lembranças. Impossível não sorrir. Era muita coisa vivida. Antes de dormir, em suas orações, pediu saúde e vida para todos os seus amigos, inimigos e fez uma interseção especial para ele. Adormeceu.
No dia seguinte, ao chegar à empresa, comentou com a amiga: “Vou chamá-lo para almoçar e perguntar se ele não vai me convidar para o show de hoje a noite, afinal de contas, serão as nossas musicas”.
Ao calar a boca entrou na sala uma outra colega, esbaforida perguntando se ela soube o que acontecera com o Rodrigo ( Rodrigo é o nome dele). Ele tivera um problema de saúde na noite anterior e estava internado na UTI. Ela não sentiu o chão sob seus pés, perdeu o fôlego na hora. Mas se rebuscou rápido e se reencontrou. Pensou. Ligou para amigos em comum para se certificar do que acontecera. Correu ao hospital para ter certeza plena.
Ela se agitou, é verdade, mas dentro dela uma certeza lhe dizia que ele iria sair dessa. Ela não sabia se era a certeza ou se era a vontade dela de que tudo terminasse bem para ele. Não sabia. Mas a verdade é que ele se recuperou. Forte como m touro. Levantou de mais uma e ela ficou aliviada.
Com o tumulto do dia, ela não conseguiu vê-lo. Não achou prudente ir à sua casa. A família era maior prioridade numa hora dessas. Ficou em casa, agradecendo a Deus pela recuperação dele e pensando num monte de coisas que queria dizer e num monte de abraços que queria dar.
No dia seguinte, quando estava ainda pensando nele, alguém bate no portão. E, forte como um touro, ele chegou. E lhe deu o abraço que ela tanto queria receber, e lhe deu aquele olhar de cumplicidade que só eles têm. Sorriram. Calados. Almas coladas.
Então, que fique a lição. Nunca deixe de dizer que ama, se você realmente ama. Nunca deixe de abraçar quem você realmente gosta. Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
Ela teve uma nova chance. Mas poderia ter sido diferente.
3 comentários:
Lindo texto.....
Amei....
Olá, bom dia!
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Obrigada pela atenção.
Ótimo fim de semana e SUCESSO!
Beijos;
Jaynne Santos.
Gui, Jaynne obrigada pela visita. Voltem sempre sempre sempre, ok?
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