quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Minha Parte Na História


(by Cinthya)

Recentemente fui criticada por assumir que tenho muitos momentos de felicidade, tantos que posso me considerar uma pessoa feliz. Sempre defendi a bandeira de que felicidade não é um estado estático, ela é efêmera e cabe a cada um saber aproveitar os pedacinhos dela que surgem (por que eles surgem). Então, por conta desse meu ponto de vista, julgaram-me alienada, utópica, Cinderela.

Mas eu não vivo em contos de fadas e nem creio naquilo que não existe. Tudo o que eu falo é comprovado pela minha existência, pelas minhas experiências. E, sinceramente, eu não sei que vergonha as pessoas têm de assumir sua felicidade.

Se o mundo está errado, se os corruptos estão à solta, se o crime está mais organizado do que a polícia, enfim, se muita coisa está desandando, existe, em paralelo muita coisa andando nos trilhos certos e são justamente essas coisas certas que me dão a liberdade e a segurança de me considerar feliz. E isso está longe de significar uma alienação da minha parte em relação ao que está errado.

Acredito que a mudança deve acontecer dentro de cada um. Ela é individual, para então alcançar o geral. Não saio nas ruas gritando por direitos ou escrevo textos falando sobre política e politicagem, não dirijo greves e nem organizo invasão de localidades em prol de algum direito usurpado. Não. Eu não faço isso.

A minha parta na história da mudança é fazê-la surgir de dentro pra fora. É fazer as pessoas acordarem antes de precisar tomar medidas mais duras. A minha postura diante de tudo o que está errado é respeitar o próximo e suas escolhas, é não ter preconceito com a opção sexual dos outros, com a religião dos outros, com a cor da pele dos outros.

A minha postura é respeitar o espaço alheio. É educar meu filho da forma que eu julgo ser a mais sensata. É passar para ele valores sólidos que possam servir de alicerce para uma moral firme. Eu não jogo papel de bala no chão, eu não jogo coco vazio na praia. Eu não quero pra mim nada além do que seja meu.

Eu honro minha família. Eu amo os meus amigos. Eu sei ouvir e sei falar. Eu dou “bom dia” aos meus vizinhos, embora não conheça todos eles. Eu ajudo pessoas desconhecidas que passam por alguma necessidade. Eu não me importo em ceder minha vez na fila para quem está com um pouco mais de pressa.

Ah! Eu também choro, eu também xingo, eu também tenho momentos de falta de paciência. Nunca fui santa e não desenvolvo nenhuma vocação para isso. Mas eu tento fazer o meu melhor. Eu tento deixar nas pessoas sempre o meu melhor, a melhor impressão. Eu procuro errar menos possível. Procuro ser imparcial até ouvir os dois lados da história.

Essa é a minha parte na vida. Tentar despertar o melhor das pessoas e se eu conseguir fazer isso, quem sabe, conseguirei trazer mais sorrisos e menos ódio e com mais sorrisos e menos ódio as pessoas amam mais, matam menos. Partilham mais e roubam menos. Vivem mais e sofrem menos.

Cada um usa as armas que tem na luta por uma sociedade melhor. A minha é essa.

Um comentário:

Mirys Segalla disse...

Sou "alienada", "Cinderela", "Polliana" também... VAMOS JUNTAS???

Porque o mundo é beeeem melhor quando tem mais gente do bem e feliz, por aí!

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

PS: meninas, tô tentando falar com vocês, urgentemente, mas não consigo... me passem um e-mail de contato? Deixem num comentário, lá no Diário, que eu não publico, tá? É que vai rolar, de novo, blogagem coletiva de CONVIDADOS ILUSTRES, no Diário, e eu queria demais que vocês participassem!!! Obrigada!