terça-feira, 31 de julho de 2012

Coração de Férias


É isso mesmo! Dei férias pra o meu coração!
Coitadinho há tempos não batia, só apanhava. Tava fraquinho, se quebrando facilmente, sem discernimento do que é útil e do que é descartável, acelerando e me dando principio de taquicardia sem motivos aparentes. Enfim, meu coração estava trabalhando no limite.

Claro que eu tenho minha parcela de culpa, nos tiros furados que dei, a iniciativa foi minha, assim como nos tiros certeiros também. Não tenho tido o devido cuidado com ele e tenho forçado-o ao limite sempre, experimento sensações e frustrações constantes. Justamente por cobrar demais é que resolvi dar esse merecido descanso. O fato é que eu tenho colaborado bastante com o meu biógrafo, o que minha vida não pode, de maneira alguma, é ser chamada de pacata ou parada porque a movimentação aqui é grande.

Me permito viver histórias que me levam ao riso ou a lágrima, algumas me deram muitas alegrias, outras, profundas tristezas, e outras boas gargalhadas, mas de todas elas extraí algo. Como nessa ciranda de sentimentos e sensações quem mais sofre é o pobre coração, então... é exatamente ele que vai sair de férias agora.

Fiz uma faxina, um bota fora e me libertei dos entulhos, tudo que ocupava espaço e acumulava poeira. Quem teve o privilégio de entrar no meu coração, é porque fez por merecer, mas ultimamente os critérios de seleção do pobrezinho estavam tão mixurucos que me vi obrigada a me livrar de cada coisa... Quando ele voltar à ativa as coisas estão bem diferentes.

Nada de amores por enquanto, nada de paixonites, nada de acelerar freneticamente. Quero dar um tempo daquelas sensações de borboletas no estômago, mãos frias, suor na testa, pernas trêmulas... Não quero mais adormecer sorrindo pensando 'naquela pessoa especial' não quero mais acordar sorrindo e contando as horas para ver 'aquela pessoa especial'.

Quero dar o máximo de mim para outras áreas, até então, negligenciadas. Faculdade a mil, minha dieta indo de vento em popa, família feliz, tranquila e em paz graças a Deus! Trabalho, como sempre, correria total... E os amigos? Ah, os amigos... esses terão mais atenção que nunca. Minha vida social que já não anda nada parada vai receber um up.

A vida é composta por fases e essa agora é a minha. Quero paz, não quero suspiros nem olhos brilhando.

Verônica

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Apenas Um Abraço




(by Cinthya)

A vida dispõe de mecanismos diversos para fazer pessoas se encontrarem, conversarem, se ajudarem. Do nada surgem oportunidades que a gente abraça e que nos levam para outros ares, para conhecer pessoas diferentes. E cada pessoa é um mundo. Cada um traz em si um mundo de defeitos e qualidades, de perdas e ganhos, de lutas e calmaria. Cada um com o seu valor, com o seu sorriso e com a sua dor.
Fazendo uso de um desses mecanismos a vida me levou para uma cidade pequena, para ministrar aulas em curso profissionalizante para jovens e adultos. E em uma das turmas, uma aluna, ao terminar a aula, se aproximou de mim e pediu um tempo para conversarmos. Ela trabalha com o pai numa loja e queria alguns conselhos sobre um relatório que o pai havia solicitado e que ela não sabia como desenvolver.
Eu desenhei um esboço do que seria esse relatório e ela prestou atenção. Ao final ela disse que tinha começado a escrever algo, mas que era bem diferente do que eu estava fazendo, e me mostrou “o relatório”. À medida que ela lia, os lábios tremiam e as palavras quase não saiam.  O pai pedira para ela fazer um relatório sobre o objetivo dela na empresa e o que, de fato, ela estava fazendo (pois ele acredita que ela não está rendendo o que ele esperava). Mas o que ela passou para o papel foi um acervo de sentimentos de uma filha de pais separados que luta todos os dias para ganhar o carinho e a admiração do pai que sempre foi ausente na sua vida.
Em certo momento eu perguntei : “Vocês nunca se abraçaram?” E ela desatou num choro tão sentindo e tão profundo que eu quase fico atônita. E disse que em toda a sua vida, apenas uma vez o seu pai a abraçou. Uma única vez e que seu coração ficou pequeno nessa hora, que ela nunca esqueceu esse dia. Ela disse que imagina e sonha como seria bom se ele fosse realmente um PAI pra ela, que se preocupasse, brigasse, protegesse. E olhou pra mim e disse: “Professora, como é ter um pai?”
Tinha tanto sofrimento naquele olhar, tanta amargura e tanta solidão. Ela falou que tem mais cinco irmãos por parte de mãe (com pais diferentes) e cinco por parte de pai (com mães diferentes). Disse que se sente perdida em meio aos erros dos pais e que, no final das contas, ela ficou sem carinho de um e de outro. E luta desesperadamente pelo direito de ter um pai.
“Se um dia ele disser ‘ eu te amo’, vou chorar tanto agradecendo a Deus, porque eu acho muito lindo essa frase ‘eu te amo’ e sempre sonhei com o meu pai dizendo isso pra mim, mas não sei se vou conseguir.”
Essa menina tem dezessete anos e traz tanta amargura no peito que me deixou sensibilizada. Ao término de nossa conversa ela disse que estava se sentindo melhor pelo simples fato de ter desabafado. E eu disse para ela não ter medo, ir fundo no objetivo dela. Que fizesse a carta, que fosse sincera, que deixasse a emoção sair e se transformar em palavras. E que, não temesse, chegasse e desse o primeiro passo. Abraçasse o pai, e não se sentisse mal caso ele não retribuísse o abraço de imediato. Mas que esse abraço se tornasse uma rotina até ele se render. Pois um abraço sincero e cheio de amor quebra qualquer reação, qualquer dureza, qualquer gelo.
Que os pais tenham mais responsabilidades com os filhos. E eu não falo da responsabilidade material, mas que sejam responsáveis pelo emocional de seus filhos. É obrigação de pai e de mãe, abraçar e beijar sua prole, indiferente de viverem juntos ou separados.  Todo filho tem o direito de ouvir dos seus pais ‘eu te amo’, porque é muito triste ouvir uma menina de dezessete anos, tão bonita e com uma vida toda pela frente, que convive diariamente com o genitor, olhar pra mim, chorando, e perguntar: “Como é ter um pai?”

domingo, 29 de julho de 2012

Por que as pessoas entram nas nossas vidas?


Texto lindo e reflexivo! Nada melhor para uma manhã de domingo!

Verônica



Por que as pessoas entram na sua vida?

Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente SORRIA.

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."

Martha Medeiros

sábado, 28 de julho de 2012

Coisas Que a Vida Ensina Depois dos 40



Esse texto tem como título coisas que a vida ensina depois dos 40, mas algumas delas eu aprendi antes dos 30.

Verônica



Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

Artur da Távola

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Vigança




(by Cinthya)

Quantas e quantas vezes a gente se pega maquinando algo maléfico para dar o troco em alguém que um dia nos fez um mal terrível! Quantas e quantas vezes sentimos o corpo todo entrar em adrenalina quando a raiva invade nosso cérebro e descarrega ondas agitadas que em nada nos faz bem. Aliás, O BEM é algo que some de nossas memórias quando abrimos brecha para rancores e desejo de vingança.
Todo mundo traz feridas em seu íntimo, saradas, cicatrizadas ou ainda abertas, não importa. Em algum dia, alguém abriu uma ferida em nós e desencadeou um mundo de mágoas, dores, lamentos e desejo de vingança. É quase impossível não desejar o mal a quem o mal nos fez. É até natural enviar energias negativas sempre que o fato vier à memória. E isso é ruim demais, ruim para quem recebe as energias e ruim para quem as emite.
Só tem desejo de vingança quem permanece no passado, acorrentado aos momentos de dor. Quem continua dia após dia cutucando a ferida aberta, ainda que arda, ainda que sangre, dia a dia, se mexe nela e ela não sara. Só alimenta o desejo de vingança quem não quer sarar do mal, quem não quer enxergar a possibilidade de dias melhores, mais amenos e serenos.
Existe sempre uma opção, indiferente da dor que se sinta, indiferente do tamanho da vingança que se planeje, independente do tamanho da árvore do ódio que está crescendo dentro de você.  Existe sempre uma outra opção e essa abre horizontes mais extensos e mais coloridos. Mais suaves, mais alegres, mais cheios de vida.
A cada um cabe a escolha de seguir a vida, pisar na estrada e recomeçar com novas finalidades, novos sentimentos e sonhos ou continuar com os pés afundados na lama do ódio e ver tudo perder a cor ao seu redor, ver seu próprio corpo se petrificar e suas feridas continuarem abertas, numa dor incessante. Sem falar que praticar a vingança vai colocar você no mesmo patamar do seu algoz. Serão iguais na maldade. A vingança anula qualquer condição de vítima que pudesse existir.
A solução é simples, muito mais simples do que se pode imaginar: basta querer. Dê o primeiro passo e não alimente mais essa corrente negativa que te prende a quem te fez o mal. Alimenta outros tipos de pensamento, abre os olhos para outras pessoas, povoa a mente com outros desejos. Se permita viver de outra forma. A vida vai passando, as oportunidades vão surgindo e inúmeras pessoas esperam para cruzar o seu caminho. Abra as portas da sua vida para a felicidade entrar. O que passou é passado e é sempre nos dada a chance do recomeço.
E, para quem nos deseja o mal, a gente deixa a dica: senta e observa como é que se faz pra ser feliz! 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amadurecer


Quanto tempo leva o processo de amadurecimento humano?

O que é ser considerado uma pessoa madura?

Saber lidar com os reveses da vida dá esse status de pessoa madura, mas o que é saber lidar? Manter o auto-controle frente a uma situação adversa é sinal de amadurecimento, mas pode significar indiferença, ou pode significar ainda que a pessoa não se deu conta da real situação. Depende de quem avalia.

Outra forma de amadurecimento é criar resistência diante das bordoadas que leva da vida, mas isso pode ser confundido com amargura e insensibilidade. Tudo vai variar de acordo com a análise. Ter um espírito altruísta e solidário é uma maneira muito madura de se viver, mas esse desprendimento e benevolência podem ser caracterizados como imaturidade, fragilidade e o que seria chamado de maduro passa a ser chamado de bobo.

Envolvendo coisas do coração aí é que não tem amadurecimento certo. A gente enfia os pés pelas mãos mesmo e nem pensa nas consequências. A paixão entra a racionalidade sai é inevitável. Quando nos apaixonamos perdemos o tino e a razão. Agimos por impulso e movido, na maioria da vezes, unicamente pelos sentimentos. Fazemos e falamos coisas bobas, sem sentido, coisas que depois de um tempo, e já com o fogo da paixão apagado, ou mais brando, olhamos pra trás e pensamos "puxa, quanta bobagem!"

Falta de traquejo nos relacionamentos, dificuldade de lidar com determinadas situações, ansiedade, desconfiança exagerada, excesso de fragilidade... são considerados atos imaturos quando nada mais são que sequelas deixadas pelo amor anterior. Feridas cicatrizadas superficialmente, mas que por dentro ainda machucam. Marcas de um amor que se foi e deixou apenas a dor no lugar. Julgar imaturidade é fácil, dificil é se colocar no lugar daquela pessoa e tentar entendê-la.

Conheço trintões que se comportam como adolescentes que acabaram de sair da puberdade. O instinto animal de caçar e abater a presa é incontrolável. Eu acho isso uma imaturidade sem tamanho, mas há quem pense "fulano é um homem maduro, um conquistador nato." Conheço rapazes de vinte e poucos anos que trazem consigo uma seriedade e uma visão sóbria da vida que parecem já terem vivido o dobro de sua real idade, mas há quem diga "Aquele é um ranzinza, não se permite viver as delícias da juventude, amadureceu muito rápido. É um amargo."

Da mesma forma, conheço moças e senhoras que agem de forma divergente da idade que possuem, mas aí me surge uma dúvida: qual é a idade que permite ser desprendido, aventureiro, irresponsável, imediatista??? Qual é a idade que obriga a ser cauteloso, cuidadoso, racional, ponderado, equilibrado???

Agir certo ou errado, não significa amadurecimento ou imaturidade, até porque certo e errado é relativo, depende de que lado você esteja e depende mais ainda de quem esteja avaliando. Se ficarmos a mercê da avaliação de outrem corremos o sério risco de parar no sanatório.


Pensando cá com meus botões, pude concluir que ainda não amadureci. Pensando um pouco mais percebi que amadurecer é muito difícil. Então decidi, serei uma eterna criança brincando de viver no jardim da existência e usufruirei ao máximo de cada brinquedo do parquinho do amor.


Verônica - A Imatura

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Meu Namorado Não Tem Interesse Por Sexo


(by Cinthya)
Recebemos e-mail de uma leitora que nos pede ajuda para entender o que se passa no seu relacionamento, pois o namorado dela não tem tanto interesse no sexo como ela gostaria que tivesse ou, como outros caras, com certeza, teriam. Apesar da relação estável, de não haver vestígios de traição, de ele ser carinhoso e atencioso, ele se esquiva do sexo, ou pelo menos, não dá ao sexo o valor que normalmente se dá. É estranho? A Roberta tem certeza que sim. E busca aqui opiniões sobre o que pode estar acontecendo em seu relacionamento.
Vamos lá:
Meu nome é Roberta, namoro há um ano e três meses, no começo do namoro era tudo normal, mas sempre achei que não tínhamos relações sexuais com a mesma frequência que tinha com meus ex, já namorei outras duas vezes antes, meus antigos namorados tinham mais interesse, mas até aí tudo bem.
Depois de um tempo passamos a ficar duas semanas sem ter relação, eu sempre falava que estava com saudade, ele sempre tinha uma desculpa, mas passávamos no máximo duas semana sem fazer amor. Hoje, já completamos um mês e meio sem sexo.

Ele fala que é normal, que sempre acontece com ele, que as ex namoradas reclamavam muito, ele ou elas não aguentavam e acabavam o namoro. Ele sempre explica que não sabe por que isso acontece com ele, que queria ser normal, mas que ele não tem o mesmo interesse por sexo que as outras pessoas. Sempre fala que me ama muito, mas que sabe que eu não estou feliz, que sabe que se ele não mudar um dia vou acabar o relacionamento. Nunca falei nada sobre acabar, hoje conversamos mais uma vez, ele falou que vai tentar mudar.

Não sei mais o que fazer, não sei se devo esperar uma mudança ou se desisto, as vezes fico tão cansada de ter que tá falando que estou com saudades pra poder fazer amor com meu namorado, agora que fiquei um tempo sem falar nada, só pra ver no que daria, já estamos a um mês e meio sem.

Ele é ótimo na cama, o melhor que conheci (apesar de não conhecer muitos), ele é sempre muito carinhoso e atencioso, quando fazemos amor ele é sempre muito preocupado em me agradar. O problema é a falta de interesse em começar. Tenho 24 anos e ele 26. Sempre me achei bonita e percebo que outras pessoas acham, na verdade não sei nem o que pensar, não tenho resposta para o problema, por isso resolvi escrever, nunca tive coragem de conversar com alguém sobre o assunto.

Não tenho nenhuma desconfiança sobre traição. O único problema é a falta de sexo.
Então, Roberta. Acho que devemos ir até o fim naquilo que acreditamos. Mas temos que prestar atenção se aquilo em que acreditamos está nos fazendo feliz, pois muitas e muitas vezes investimos em algo por vários motivos (orgulho ferido, pirraça, desejo de provar que podemos, medo de ficar só) e esquecemos o motivo principal: a nossa felicidade.
No caso de vocês a clareza é fundamental. Conversar, esclarecer, tentar chegar ao motivo desse desinteresse dele. Pode ser algum distúrbio, pode ser que ele precise de ajuda médica, pode ser um mundo de coisas, mas que ninguém descobrirá se ele não quiser (e pode ser, inclusive, que ele já tenha a resposta, mas não queira falar).
Então, se você quer continuar, ajude-o nessa descoberta. Mas nunca esqueça que é de extrema importância que nós estejamos felizes nas nossas escolhas. Se não estamos, temos infinitas chances de mudar, de escolher de novo, de refazer, de recomeçar. E isso vale pra todos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Preço Que Se Paga



O preço que se paga por confiar em alguém é, muitas vezes, a decepção. Mas a recompensa é que algumas pessoas realmente honram a confiança depositada e se tornam mais que um amilo leal. Um verdadeiro irmão.

O preço que se paga por acreditar no amor é, muitas vezes, se frustrar por não ter esse amor correspondido ou por perceber que aquela pessoa não é o que esperávamos. Mas a recompensa são os momentos vividos e por mais que tenham sido curtos, a gente percebe que não foi em vão. Cada minuto que passamos pensando naquela pessoa e um sorriso discreto brotou nos nossos lábios tornam esse sentimento nobre.

O Preço que se paga por se permitir viver é, incontáveis somas de desilusão, frustração, sensação de abandono... Mas a recompensa são as alegrias, as conquistas, as vitórias, as realizações. Somando tudo isso, sempre sobra um saldo positivo.

O preço que se paga por escalar uma montanha alta e de subida ingrime, é muito esforço e suor. A recompensa é a vista privilegiada que temos lá de cima. Quando contemplamos a paisagem exuberante, lembramos que valeu à pena cada gota de suor derramado.

A vida é um contrato de risco, não temos garantia nenhuma de que será fácil, algumas cláusulas exigem doses de coragem, a probabilidade de sofrer é grande, mas se não arriscarmos e não estivermos dispostos a pagar o preço que se pede, ficaremos em débito com a nossa consciência.

Viver é isso: cair, levantar, sorrir, chorar, se decepcionar, se surpreender, acreditar, desconfiar... É a soma de tudo isso que faz nossos dias valerem à pena. Viver recuando é covardia, evitar possibilidades nos priva da sensação maravilhosa de conquista e do sabor delicioso de vitória.

Já me decepcionei inúmeras vezes, já tive várias tentativa frustradas, já tive vários amores não correspondidos, não correspondi outros tantos, chorei, prometi nunca mais acreditar e no dia seguinte lá estava eu tentando de novo. Os momentos bons que vivi guardo todos no coração, os ruins que me machucaram e me fizeram sofrer, tento extrair as lições, sempre há lições nesses momentos, e o resto eu esqueci. Ou estou tentando esquecer. Arrependimento, definitivamente, não faz parte do meu vocabulário.

Minha existência não é em vão. É assim que justifico minha presença aqui.

Verônica

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Motel


(by Cinthya)

Se eu disser “corre daqui quem nunca andou num motel”, correria quase todo mundo, inclusive eu, claro. O motel trouxe praticidade para a vida de muita gente. Um lugar chique (ou nem tanto) onde você pode ter um momento intenso (ou nem tanto) com o seu parceiro, sem precisar estar em casa. Eu já fui a motel apenas para conversar, já fui para dormir e, óbvio, já fui fazer também aquilo para que o motel foi feito. Eu, e muitos, muitos, muitos outro s casais já passaram por lá.
Então, se a gente for analisar friamente, o motel é um lugar higiênico? Não. Não é. E ainda bem que na hora do “vamos ver “, na hora do “fogo da paixão” a gente não pensa muito nesses detalhes. Não pensamos em quem deitou ali antes de nós, se os lençóis foram de fato trocados, se são bem lavados, se tudo é desinfetado, enfim. A menos , é claro, que se ache um fio de cabelo na cama onde vocês nem deitaram ainda. Então, recepção acionada. Troca de lençóis ou troca de quarto, ou ainda, troca de motel.
Eu não entro em banheira de motel. Não é frescura (ou pode até ser). Mas usar uma banheira que sei que é usada por muitas outras pessoas, por muitos outros casais que fazem sexo ali dentro...Hum hum... Não me desce redondo essa ideia. E a isso se acrescenta a facilidade com que uma mulher adquire inflamação ou algum outro desagrado.  Não. Definitivamente não dá.
Mas, há uma saída para usarmos a banheira, se não a temos nem na casa dele, nem na minha (e o motel substitui a vaga do que seria a “casa nossa”). Em certo episódio da Grande Família, a Nenê (Marieta Severo) e o Lineu (Marco Nanini) foram pro motel com o mesmo pensamento que eu sobre a higiene e, como não são bobos, levaram todo material de limpeza e higienizaram tudo antes de usar. Parece loucura? É não. Eles não são os únicos. Não é somente ficção, podem acreditar.
Essa é a saída para que eu possa fazer uso daquela banheira enorme e linda, com aquela iluminação perfeita, com aquela música deliciosa, com aquele vinho maravilhoso, com aquele parceiro incrível. É assim. Para tudo a gente acha uma saída, nem que o preço seja um mico desses: entrar no quarto de motel com balde, cloro, pano de chão, rodo, etc, etc, etc... E só depois de tudo devidamente higienizado, se entregar às delícias do prazer.
Tudo pelo amor (e pela saúde, claro!)!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Base de Tudo



(by Cinthya)

Acredito mesmo que o respeito é (ou pelo menos deveria ser) a base sólida onde deveria se erguer todo e qualquer tipo de relacionamento, seja amizade, seja amoroso, seja familiar, seja apenas social. Enfim, o respeito é um pré-requisito para que a harmonia se instale, que o sucesso aconteça e as pessoas se entendam.
Eu não preciso aplaudir o que o outro faz, não preciso tirar o chapéu para as escolhas que eu, certamente, faria diferente, não preciso concordar, não preciso trazer para mim o ponto de vista alheio. Mas eu tenho, obrigatoriamente, que respeitar. É minha obrigação enquanto ser humano, enquanto ser que convive em sociedade, respeitar as escolhas, as opiniões alheias.
Um detalhe essencial para que se aprenda a desenvolver o respeito pelos outros é aprender a enxergar as pessoas além do que o externo apresenta. Aprender a enxergar cada pessoa como uma criação única de Deus, com traços peculiares e intransferíveis, com gostos só seus, com medos só seus, som sonhos, com mágoas, com desafios, com traumas. Cada pessoa é um infinito de sensações e deve, antes de qualquer coisa, ser respeitada como tal.
Todas as pessoas vieram do mesmo ponto de partida e todas alcançarão o mesmo ponto de chegada, então, sinceramente, não entendo porque entre a largada e a chegada tem que existir tantas tentativas de se provar superior aos outros. Em vez disso, seja agradável. Em vez disso, seja amigo e serás sempre solicitado. Seja limpo. Aprenda a respeitar as diferenças e a conviver bem com elas.
Orientação sexual, tatuagens, cor de cabelo, gordura, magreza, deficiência física, loucura... Nada disso faz uma pessoa ser, no sentido mais profundo da palavra, diferente de você. Em cada criação está o universo do Criador (e não somos todos, obras do mesmo Criador?). Respeite isso. É muita mesquinhez querer apontar nos os outros algo errado que nós encontramos. Cada um tem a vida que escolheu e daí?
Eu tenho sentido na pele o sabor desagradável do preconceito. Primeiro por ser Mãe Solteira e agora, mais recentemente por minhas tatuagens. As pessoas chegam a beirar o ridículo com comentários desagradáveis. Eu sei que sou a melhor mãe que posso ser e não tenho medo de “medir” minha maestria com nenhuma mãe que tenha tido filho dentro dos “moldes corretos” do casamento. Da mesma forma minha integridade moral não é menor do que a de uma pessoa que me aponta por conta das minhas tatuagens. Nuca foi e nunca será.
Venho de uma criação onde o respeito é a base de tudo. Os meus pais são assim e nos passaram isso e isso eu passo para o meu filho: As pessoas são o que escolhem ser e a nós, cabe a incumbência de respeitá-las, porque a vida alheia é ALHEIA. Cuidemos então da nossa.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Aprendendo a controlar o ciúme


Lendo o site PXP Achei uma materia super bacana sobre o Ciúme resolvi dividir com vocês, vale à pena a leitura.

Verônica



COMO LIDAR COM O CIÚME? – O ciúme é um sentimento muito natural do ser humano. É comum ter medo de perder uma pessoa amada, mas se exagerado este sentimento pode minar outros sentimentos como o amor, provocar brigas, desentendimento, estresse e até mesmo se tornar doentio, patológico. Muitas pessoas acreditam que o ciúme é fundamental para o relacionamento, pois o ciúme moderado pode sinalizar cuidado e preocupação, mas a dose deste deve ser muito pequena para que o relacionamento não enfrente problemas futuros.

O sentimento começa a mostrar sinais de exagero quando há falta de confiança, quando o espaço não é respeitado e quando os pequenos e insignificantes detalhes tomam proporções inacreditáveis. O companheiro ciumento deixa de enxergar o outro e passar a se sentir proprietário, desrespeitando o espaço e a condição de ir e vir que todos têm direito.
É comum que o ciumento tenha esta característica por ter baixa auto-estima e por ser pouco confiante e muito inseguro, num relacionamento a dois, o parceiro pode tentar ajudar o outro a reconhecer suas qualidades e demonstrar que foi por elas que eles estão juntos, ou seja, ajudar o ciumento a reconhecer em si o que há de bom numa tentativa de controlar o sentimento negativo.

Quando o ciúme passa a ser um sentimento de posse, é preciso procurar ajuda, se possível de um profissional. Veja como identificar o ciúme excessivo com os sinais citados abaixo:
- Total desconfiança em relação ao comportamento do parceiro e de pessoas próximas.
- Desrespeitar a privacidade do outro. Investigar celular, e-mails, ligações e bolsos sem autorização prévia.
- Fantasiar situações. Passar a imaginar cenas de traição, infidelidade ou perigo para o relacionamento, este é um dos sinais que mais indicam perigo e necessidade de ajuda.
- Impedir que o outro faça programas sozinho, como sair com os amigos ou até mesmo ir ao mercado.
- Ter necessidade de saber a localização e onde o parceiro está a todo o momento, fazendo ligações constantes e até indo ao local onde ele está.
Uma vez detectados estes sinais, é hora de ter uma conversa franca e procurar ajuda o quanto antes. Manter uma boa relação a dois depende de esforço e dedicação mútua. Valorize os bons sentimentos e busque o melhor para você.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sou Sua Amiga



(by Cinthya)
Sou agraciada por amigos na minha caminhada. Muitos, sinceros e lindos amigos que seguem ao meu lado, seja fisicamente distantes, seja fisicamente próximos. Todos, sem exceção, estão espiritualmente presentes, juntos, grudados. E é tão bom isso, tão maravilhoso. Me sinto tão rica, mas tão rica que chega a ser complicado pedir mais coisas a Deus, juro. Agradecer me deixa mais à vontade.
Não tenho ex-amigos. Não tenho intrigados na minha vida. Uma vez amigo, sempre amigo. A gente pode até se distanciar por vários motivos, mas a amizade, o carinho, o afeto, a vontade de ver o outro bem, continuam acesas. Não apagam.
De onde vem a receita para amizades consistentes e duradouras? Estáveis e cheias de ternura e verdade? Não sei. Só sei que os meus amigos eu trato com respeito, com delicadeza, com sinceridade. Só sei que estou sempre ao lado deles, mesmo quando eles tomam o caminho errado (aliás, o caminho que EU julgo ser errado).
Se acreditar que eles estão no erro eu os informo, eu alerto, eu até brigo, dependendo do grau de seriedade da coisa. Mas se ainda assim eles insistem em permanecer na mesma posição, se eles optam por continuar no mesmo caminho, se eles usando o livre arbítrio que Deus lhes deu,decidem pelo que me desagrada, eu só posso respeitar e continuar torcendo pra que dê certo, pra que sejam felizes.
Se der certo, vibraremos. Se não der certo, nos empenharemos em reconstruir tudo mais tarde e assim vamos levando nossas vidas. Sabendo que os amigos existem, que nos amam, que querem o nosso bem, mas que não podem mudar aquilo que decidimos, que não podem entrar nos nossos corações e arrancar de lá os sentimentos que nutrimos. Amigos se respeitam. Amigos respeitam a escolha do outro, ainda que seja completamente diferente do que julga ser certo. Amigos são assim.
Então, minha amiga. Estou contigo sempre. A escolha é sua. O coração é seu. A vida sua pertence somente a você. Mas eu estou aqui, indiferente do que você venha a escolher, indiferente do seu sucesso ou insucesso. Eu estou aqui. Eu sou sua amiga e estamos juntas nessa.
Esse é o meu papel. Esse é o papel de um amigo!
PS: Eu te amo.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Que eu nunca perca

 

 

Depois de uma noite mal dormida e a mente ainda processando as ultimas informações, nada melhor que uma oração.

Verônica


Que eu não perca….
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo sabendo que as rosas não falam…
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro
que nos espera pode não ser tão alegre…
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é,
em muitos momentos, dolorosa…
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles acabam indo embora de nossas vidas…
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
Mesmo sabendo que muitas delas são incapazes
de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda…
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo
que inúmeras forças querem que eu caia…
Que eu não perca A VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que
eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim…
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas
que verei no mundo escurecerão os meus olhos…
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda
São dois adversários extremamente perigosos…
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida
são inúmeras e deliciosas…
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu…
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia os meus braços estarão fracos…
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VIVER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos
e escorrerão por minha alma…
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes
me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia…
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado…
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno…
E acima de tudo…
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um
é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois…
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHO
SE CONCRETIZADA NO AMOR!


Chico Xavier

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A Elegancia


(by Cinthya)
Muitas vezes eu me considero parecida com uma camaleoa, me adaptando às situações que aparecem e que eu, sozinha, não posso mudar. Então nesses meus passeios pelos altos e baixos da vida eu descobri coisas que realmente têm valor e que, muitas vezes (ou quase sempre) são esquecidas pelas pessoas.
Eu descobri que o preço da roupa que eu uso em nada reflete o valor que eu tenho guardado em mim, ou seja, o fato de eu ter grana para usar uma roupa caríssima não significa necessariamente que eu tenho uma índole à altura ou que eu seja, em algum ponto, melhor do que uma pessoa que use uma roupa mais barata.
A marca da minha roupa é apenas a marca da minha roupa e nada mais que isso. Muitas vezes as pessoas se prendem a esse detalhe como se a marca da roupa agregasse algum valor moral ao seu dono e não é assim. Quando eu tenho grana, eu compro coisas mais caras sim, desde que me agradem. Mas eu também compro minhas roupas em lojas populares e isso não significa dizer que eu ando mais ou menos elegante.
Elegância é algo de gosto, de postura, de interior. Se você é elegante não importa a marca da roupa que você usa, não importa o preço do sapato que você compra, nem da bolsa. Pessoas de bom gosto e elegância se vestem bem em qualquer loja, seja ela de grife chiquérrima seja ela uma loja popular.  Pois, nesse caso, não é o preço da roupa que vai te dar classe, é o seu bom gosto em se vestir, é a sua graça, a sua beleza interior.
Algumas pessoas já nascem elegantes e não importa o que use.Qual a ocasião, qual a loja, qual a marca da roupa. Elas simplesmente são elegantes. Elegância tem muito a ver com coisas simples como educação, respeito ao próximo e sensibilidade do que, propriamente com a marca da roupa que se veste.
Pessoas elegantes se saem bem em qualquer ambiente porque sabem respeitar as diferenças, sabem aparecer sem luzes de holofotes acompanhando-as. Elas simplesmente agradam. E a sua graça é a simplicidade. Elas dispensam exageros. Elas simplesmente surgem e brilham porque a luz é própria delas e as acompanham onde quer que vá e com qualquer marca de roupa de que usem.
Então, esquece a grife. Ser elegante é algo muito além disso!

sábado, 14 de julho de 2012

As coisas boas da vida


A seguir a minha lista com dez coisas que fazem a vida valer a pena:

* Colo e carinho de mãe

* Água gelada numa tarde quente.

* Um sms inesperado

* Uma ligação no meio do dia daquela pessoa especial

* Sentar em frente ao mar e pensar, pensar, pensar... até o entardecer

* Cheiro de terra molhada

* Um abraço apertado

* Amizades verdadeira

* Comer fruta tirada do pé

* O sorriso de uma criança

Abaixo, a lista do Rubem Braga.

Verônica


Uma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fez esta pequena lista:

- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.

- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.

- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos servente de pedreiro.

- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.

- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor.

- Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – a mulher que não te deu e não te dá, essa amaldiçoada.

- Viajar, partir…

- Voltar.

- Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio

- Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte – o assim chamado descanso eterno.

Rubem Braga

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Gratidão



(by Cinthya)

Acho que o começo de todo estado de equilíbrio começa com o sentimento de gratidão. E esse sentimento tem mesmo que ser maior do que ambição, maior que desgosto, maior que medo, maior que qualquer outra coisa que possa nortear a vida. Se sentir grata pelo que tem, pelo que recebe e pelo que é, não significa dizer que está acomodada e que não sonha em galgar novos desafios. Não é isso.
Gratidão, no meu ponto de vista, tem uma ligação profunda com humildade. E sentir-se grata é algo muito gostoso. É um estado de espírito tão bom que não dá vontade nenhuma de sair dele. Com a gratidão a gente aprende a dar mais valor ao que temos, embora simples, embora pequeno, embora menor do que imaginamos ou desejamos. A gente vai percebendo que o valor de cada coisa depende do olhar que lançamos sobre ela e que esse olhar depende de como nos sentimos, do que trazemos no coração.
Ser grato é ser claro, transparente e justo. Justo sim. Por que o temos é unicamente o que merecemos ter, sem mais e nem menos. A gente colhe apenas o que plantou, a gente recebe de volta apenas o que ofereceu. A velha lei do retorno funciona mesmo. É nítido, é claro. Quando a gente entende isso, esquece a revolta, esquece o sentimento desagradável que nos faz sentir-se vítima da vida, vítima de alguém, vítima do destino.
Não. Vítimas não. Somos reflexo de nossas escolhas, somente isso. Simples assim. Se não estamos contentes com o que recebemos, então não seria hora de mudar a nossa postura, de plantar outro tipo de semente para que a colheita seja mais doce? Vale parar, pensar e analisar. Vale mudar. Sempre é válido mudar.
Ser grata. Ser grata por tudo que temos é bom... É muito bom. E eu sou grata, muito grata, pela linda mãe que faz aniversário hoje, pelo meu filhote, pela minha família, pelos meus amigos e pelo lindo presente que Selma, uma leitora muito especial, nos enviou. Fiquei lisonjeada, fiquei emocionada, fiquei “me achando”, fiquei GRATA.
O-B-R-I-G-A-D-A !

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dar ou não dar? Eis a questão...


Ontem eu estava no facebook e uma amiga me chamou no bate-papo pra pedir uns conselhos.

- Vevel, estou com uma dúvida, queria que você me ajudasse.

- Se eu puder, ajudo sim!! Qual é o seu problema?

- É o seguinte: ser solteira hoje em dia é complicado demais. A gente conhece um cara e no primeiro encontro o cara já quer que a gente dê pra ele. Quando eu digo que não é a hora ainda que quero conhecê-lo melhor, ouço que ele não está interessado em relacionamento, quer só ficar e me aconselha a fazer o mesmo. Curtir o momento. Aí pensei: ou viro piriguete e dou pra todos os caras que conhecer, ou viro uma beata e faço voto de castidade, não dou pra mais ninguém. Ai Vevel, o que é que eu faço?

(Desculpa, mas eu ri!)

- Amiga, relaxa! Se você conhecer um cara bacana e se sentir á vontade pra ir as vias de fato com ele, vá em frente! Curta a momento e faça o que tem vontade. Não se prenda a paradigmas de que isso pode e isso não pode. Certamente você está se envolvendo com as pessoas erradas, um homem de verdade não faz certo tipo de pressão. Um homem de verdade, por mais que não queria compromisso, nem relacionamento sério, sabe respeitar o tempo de uma mulher, sabe envolvê-la e fazer com que ela sinta confiança para embarcar num história bacana, por mais que seja breve.


O papo ficou por aí, mas o conselho continua valendo. Façam apenas o que sentirem vontade, sem esperar que o outro retribua, aliás, sem esperar nada da outra pessoa. Faça por você, e porque quis fazer. Esperar algo de uma pessoa que você mal conhece é pedir pra se decepcionar.

É impressionante que em pleno século XXI ainda tenhamos certos dilemas. Eu sei que é um drama, é uma situação chata que minha amiga está enfrentando, mas é um tanto dantesco, sei lá... meio primitivo.
Alguns homens esqueceram do respeito, agem numa pressa, num imediatismo, como se o mundo fosse acabar amanhã... Cabe a mulher não se permitir ser usada, ser tratada como objeto, ser desrespeitada.

Meninas, se imponham! E se o cara vier nesse papinho cheio de pressa, sejam categóricas: não!

Respeito é bom e nós gostamos!

Verônica

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Descarado!




(by Cinthya)
Estava eu na balada, me divertindo como sempre faço, dançando como sempre acontece e bebendo como não pode deixar de ser. As amigas que são empenhadas na missão quase impossível de me desencalhar (sim, elas acham que eu estou encalhada... Não sei por que cargas d’água elas pensa assim! Se nem eu estou preocupada com isso...) me apontam um e outro cara que está me olhando.
Dentre alguns, um era mais interessante. Talvez pelo biótipo, altura, roupa, sei lá. Mas como a festa já passava da metade, elas armaram uma armadilha e o cara conseguiu chegar ao meu lado. Quase não conversamos e ele logo me beijou. Depois as coincidências surgiram, os nossos filhos com o mesmo nome, torcendo pro mesmo time (Sport Clube).  E isso era o bastante pra mais de dois dias de conversa (mas não dava tempo). Descobrimos afinidades.
Ele falou que era separado, que o casamento acabou e foi traumatizante para ele, que precisou de auxílio de uma psicóloga para ajudar no processo, enfim. Eu só não me comovi porque a vida me endureceu um pouco em relação a isso e sei que sempre existe a outra parte da história que, com certeza, não seria menos traumática que essa.
O referido “recém-separado” me ligou no dia seguinte (supus ser ele pelo DDD do numero), mas eu não pude atender pois estava ministrando uma aula. Então hoje, decidi ver se aquele era mesmo o celular dele e (com muita peleja) passei uma sms:
Torcedor no Náutico, ligaram para você perguntando se você era Fulano que trabalha na Max Print? Então, foi uma detetive que eu contratei para te achar. Hahaha! Tudo bem contigo? E o seu Pedro? O meu está lindo. Beijão!”
No que ele prontamente respondeu:
Espertinha você, hein. Só tem um problema: eu sou casado! Te ligo quando retornar a Petrolina.”
Só comigo acontece essas coisas.... (kkkkkkkkkkkkkkkk). Eu, quase que no automático rebati:
Faz o seguinte: liga mais não. De problemas já bastam os meus. Tchau!
E, nisso, vai se confirmando a máxima... Vou vivendo pra mim. Eu saio, me divirto, danço, bebo, canto, mas passar disso tá complicado. E não é por falta de pretendentes, é por falta de qualidade mesmo! No entanto, dos males o menor, mil vezes estar na minha posição do que no lugar da esposa.
A vida me prega cada peça. Acho que vim por encomenda, só pode. Adoro tudo isso. Adoro ter história pra contar. Me divirto com os meus atropelos. E assim vou sendo feliz, vivendo o que há pra viver.
Um brinde à vida! Um brinde ao descaramento desse rapaz!

terça-feira, 10 de julho de 2012

A Recompensa!


Sábado eu estava aqui no trabalho, eis que ouço alguém chamando "Verônica, encomenda pra você".

Quando olho uma caixa do correio, já sábia do que se tratava e já sabia de onde vinha, mas meu coração palpitou de alegria como se fosse surpresa.

Selma é o sonho de toda blogueira, é a leitora que todo mundo que se arrisca a escrever deseja ter. Ela é inteligente, doce, sensível, fiel, carinhosa, engraçada e dispõe de uma simpatia invejável. O trabalho de ter se preocupado em comprar presentinho, fazer um presentinho pra nós, uns sachês super cheirosos, ter ido no correio postar, enfim... Isso tudo só expressa o carinho e a admiração que ela tem por nós. E nossa gratidão é impossível descrever em palavras. Selma, saiba que a recíproca é exatamente a mesma e que você tem um lugar especial no nosso Divã e nos nossos corações.




Um carinho sem tamanho de uma pessoa que não nos conhece, não conhecemos pessoalmente, mas que sinto como se fossemos amigas de longas datas.

A recompensa por essa tarefa árdua e complexa de compartilhar textos diários aqui no Divã. As horas dedicadas estudando as histórias, lendo e respondendo emails, dando conselhos, enfim...

Quando me perguntam se vale à pena, eu respondo sem ponderar: É claro que vale!



É impressionante a energia que recebemos. Os emails carinhosos de pessoas que não conhecemos, mas se identificam conosco e com nossas histórias. A confiança que essas pessoas depositam em nós, compartilhando seus dramas e dores. Esse é o combustível que nos move. É a mola propulsora que nos impulsiona a querer fazer cada vez mais e cada vez melhor.




Selma, querida!! Sinta-se beijada e abraçada por nós!! Esse post é um agradecimento a você por todo esse carinho, atenção, gentileza e simpatia conosco adoramos, adoramos de verdade os nossos presententes. E nesse post, aproveitamos o ensejo para agradecer a todos os leitores que acompanham o Divã. Muito, muito obrigada!!!

Verônica

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Eu Me Amo!



(by Cinthya)

Então, o dia nasceu e o sol chegou para me acordar e dar o prazer de levantar da cama e curtir mais um dia! Que venha o trabalho, que venham os amigos, que venham os desafios da vida! Eu estou pronta. Aliás, prontíssima! A minha roda gigante parou em cima e estou aqui só curtindo a vida, vendo tudo do alto.
Quando me sinto assim, pouca coisa (ou quase nada) me abala. Uma força imensa me acompanha e o dom de dar leveza a tudo reina absoluto. Então essa leveza reflete na minha áurea e eu me torno uma pessoa muito melhor. O espelho me agrada, me acaricia e me puxa o saco. E eu adoooro! Qualquer roupa cai bem, qualquer maquiagem fica perfeita (e sem maquiagem também fico bem).
É muito mais gostoso viver quando me sinto assim. A minha pele fica melhor, o meu cabelo fica melhor, o meu sorriso fica mais feliz. Eu saio com os amigos e me divirto muito, danço, canto, bebo, converso, namoro. Tudo na boa, tudo na paz, sem cobranças, sem inseguranças, sem estresse. Apenas quero viver, apenas quero curtir cada dia, cada hora, cada minuto aqui. Não me preocupo com aprovações alheias, apenas quero ser eu mesma. E só. Goste quem gostar.
Essa sou eu. Essa é a minha essência. Não importa se estou em casa, se estou na festa, se estou no trabalho. Eu estou feliz e é isso que importa. Não importa se vou dormir as 04h da manhã e levantar as 05h40min para trabalhar. Não importa. Eu levanto e levanto feliz, pode ter certeza.
Com muito custo eu consegui virar páginas que me incomodavam, que interferiam na minha vida de forma negativa. Eu venci mais uma e hoje saboreio o delicioso pólen da liberdade. Dessa alma minha que sempre viveu para a liberdade. E assim eu estou hoje, graças a Deus, feliz, livre, inteira, forte.
Eu me amo. Amo mesmo. Me acho massa! Me acho arretada! Me acho caceteira (como dizem aqui no nordeste). Tenho tirado de letra os obstáculos que me aparecem. Tenho levanto depois de cada tombo. Tenho conseguido escalar os poços onde me afundo. Tenho limpado toda lama que por muitas e muitas vezes me suja. E tudo isso me faz forte, cada dia mais forte. Porque é exatamente como disse Nietzsche “Tudo aquilo que não me destrói, me fortalece!”.
E por isso eu sou quem sou. Porque nenhuma dor foi forte o bastante para me deixar caída por muito tempo. Eu levantei, sempre. E hoje sigo mais dura e mais forte, mais sábia e mais cautelosa. Não tenho medo da vida. Me jogo e vivo. Sou intensa e nada mudará isso.
Eu me amo! Ame-se também.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A arte de fazer sorrir


O poder do sorriso é impressionante. Você consegue sair do estado de mal humor para o ápice de uma gargalhada. O riso é terapêutico, refrigera a alma e desopila a mente cansada. Rubem Braga, meu cronista favorito fala do poder do riso. Como compartilho da mesma opinião que ele, vou dividir um texto lindo com vocês. A dica do dia é: Sorria!

Verônica


Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

Rubem Braga

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sofrimento




Noites insone. Dores físicas pelo corpo. Lágrimas.

É isso que você provoca em mim. Um sofrimento leve, superficial, contínuo, chato e incomodativo. Queria tanto me livrar de você e dessa instabilidade que você me traz.

Não é a primeira vez que sinto isso por sua causa. Não é a primeira vez que passo um dia improdutivo no trabalho, pensando e remoendo a dor que estou sentindo. E certamente não será a última.

A indisposição é mais forte que a minha vontade de trabalhar, ler, estudar, estar com meus amigo... Enfim.

Quando você chega a tristeza se estabelece. Você me desconcerta. Não consigo me concentrar. Não consigo formar um raciocínio lógico. Não consigo ponderar.

Chorar não é a minha praia, mas não há forma melhor de desabafar. Chega uma hora que eu não aguento o tranco. Ser forte cansa.

A noite que passei insone me custará a produção no trabalho, mas o desassossego que se estabeleceu não me permitiu um sono tranquilo. Não foi porque eu quis...

Eu já procurei até ajuda especializada, mas a saída que o médico me mostrou não me pareceu eficaz. Desisti.

Fica estampado na minha cara quando eu não estou bem.  Fica escrito no meu olhar. Todos percebem e afirmam que tristeza não combina comigo, mas eu não consigo evitar. Não consigo disfarçar.

Eu vou tomar uma providência, vou fazer o que for preciso para me livrar de você. Não vou mais ficar alimentando sofrimento. Não faz meu estilo. Não vou ficar nessa.

Decidi que depois de tanto tempo de sofrimento chegou a hora de fazer algo por mim. Afinal, a responsabilidade de cuidar de mim é minha e de mais ninguém.

Não pedi para ter você em minha vida e não vou aceitar isso passivamente.

Vou me livrar de você, cólica maldita!!!

Verônica

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Velhos Amigos


(by Cinthya)

O texto hoje é de Martha Medeiros e fala sobre a multiplicidade cultural que as amizades podem trazer. Abram-se para o novo.


VELHOS AMIGOS, NOVOS AMIGOS

Quem é seu melhor amigo(a)? Deixe ver se adivinho: estuda na mesma escola ou cursinho, tem a mesma idade (talvez um ano a mais ou a menos), freqüenta o mesmo clube ou a mesma praia.
Se errei, foi por pouco. Não é vidência: minha melhor amiga também foi minha colega tanto na escola quanto na faculdade e nascemos no mesmo ano. São amizades extremamente salutares, pois podemos dividir com eles angústias e alegrias próprias do momento que se está vivendo. Mas fique esperto. Fechar a porta para pessoas diferentes de você é sinal de inteligência precária.
Durante a adolescência, é vital repartir nossas experiências com pessoas que pensem como nós e que tenham o mesmo pique: é importante sentir-se incluído num grupo, de pertencer a uma turma. Perde-se, no entanto, o convívio com pessoas de outras idades e de outros "planetas", que muito poderiam lapidar a nossa visão de mundo.
Entre iguais, tudo é igual. A vida ganha movimento é na diferença. Se você é rato de biblioteca, iria se divertir ouvindo as histórias contadas por um alpinista experiente.
Se você tem muita grana, ficaria surpreso em saber como dá duro o cara que trabalha de dia para poder estudar à noite e o quanto ele precisa economizar para tomar dois chopes no sábado. Se você curte música, seria bacana conversar com quem curte teatro.
Se você é derrotista, seria uma boa bater um papo com quem já sofreu de verdade.
Você, que se acha uma velha aos 27 anos, iria se divertir muito com os relatos de uma cinqüentona irada. E você, beirando os 60, se surpreenderia com a maturidade de um garoto de 18.
Para os de meia-idade, nada melhor do que ter amigos nos dois extremos: da garotada que lhe arrasta para dançar até aqueles que estão numa marcha mais lenta, que já viveram de tudo e de tudo podem falar.
A cabeça da gente comporta rafting e música lírica, videoclipes e dança flamenca, ficar com alguém por uma noite e ficar para sempre.
É importante cultivar afinidades, mas as desafinações ensinam bastante. No mínimo, nos fazem dar boas risadas.
Vale amizade com executivo e com office-boy, com solteiros e casados, meninas e mulheraços, gente que torce para outro time e vota em outro partido.
Vale sempre que houver troca. Vale inclusive pai e mãe.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Silêncio




Quando não sabemos, ao certo o que dizer, a melhor escolha é o silêncio.

O silêncio é bom, faz a outra pessoa refletir, nos concede o benefício da dúvida e muitas vezes, fala mais que uma enxurrada de palavras.

Calar, ao invés de falar, é mais sábio, demonstra respeito e uma alta dose de alto-controle.

Ao invés de usar as palavras a seu favor e correr o risco de o feitiço virar contra o feiticeiro, é mais adequado ponderar, refletir e silênciar.

O silêncio é infalível, sempre passa a mensagem que queremos.

Desabafar na hora da raiva ou da dor é perigoso, uma palavra dita, tal qual uma pedra lançada não volta atrás e as vezes causa danos irreparáveis.

Estou pondo em prática a sabedoria do silêncio. Desabafo de outro modo, chorando, rindo, lendo, conversando... Dependendo do caso, até um grito forte serve para desopilar.

Depois que a raiva passa, depois que a mágoa passa, depois que a dor passa, depois que a tristeza passa as palavras se tornam desnecessárias.

Uma coisa eu aprendi: Em alguns casos, silenciar é melhor que falar!

Façamos silêncio então...

Verônica

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Importante É Ser Feliz




(by Cinthya)

Eu poderia estar cheia de olheiras, morta de cansada, com a cabeça doendo, os pés doendo, enfim, todas as características de quem brincou o melhor São João do mundo com uma energia inesgotável de quem ama essa festa maravilhosa, dessa região maravilhosa, desse povo maravilhoso.
Então, as olheiras os meus cosméticos resolveram. O cansaço eu nem sinto porque a euforia e a sensação de satisfação superam qualquer coisa que não seja bom, que não seja feliz, que não seja festivo.  Pele renovada, cabelo mais bonito, sorriso de canto a canto, muito papo pra ser colocado em dia, as resenhas, as paqueras... Ligar para as amigas e contar tudo e saber tudo delas também. É muito bom.
É muito ir para uma festa, com amigos, com família. Se divertir, dançar, beber, cantar, dar muita risada. Tudo isso sem fazer mal pra ninguém, sem prejudicar ninguém, sem fazer uso de nenhuma substância química que me leve ao nirvana. Agradeço a Deus todos os dias por não precisar de droga para me divertir, para me sentir nas alturas, para me sentir viva.
Eu gosto da vida. Gosto de viver a vida. Gosto do que preenche minha alma com boas sensações. Sair com os amigos para se divertir é uma dessas coisas. As pessoas gostam da minha companhia porque sabem que ao meu lado ninguém fica triste, sabem que eu pulo, danço, canto e não tenho problema nenhum em pagar mico sendo feliz.
O gostoso da vida é isso! O gostoso da vida é você se permitir ser leve, ser feliz, ser você mesma sem precisar de máscaras, sem precisar inventar uma personagem apenas para agrado alheio. Não! O bom da vida é sermos quem somos, mudando apenas quando nos convier mudar, tirando o peso, deixando a leveza de quem  tem um único objetivo na vida: ser feliz!
Eu sou leve, eu sou divertida, eu sou querida, eu sou amiga, eu sou amada, eu sou mãe, eu tenho um emprego, eu tenho inteligência, eu tenho saúde, eu tenho amigos e uma família linda, eu sou feliz! Sou grata e sinceramente, não dá para sustentar em mim outra coisa que não seja uma felicidade cristalina como essa que está aqui hoje. Uma felicidade simples, sem complicações, sem explicações, apenas felicidade. Leve, sutil e deliciosa.
O São João acabou, que pena! Mas deixou em mim um mar de coisas boas, sorrisos e mais sorrisos, lembranças e mais lembranças, histórias e mais histórias, músicas e mais músicas. Que saudade que eu já sinto! Que saudade! Os visitantes partindo e levando na bagagem as melhores lembranças, nossa cidade aos poucos vai retomando a sua rotina, mas o povo está diferente. Tem um brilho diferente no ar. Indiferente de ter sido (ou não) uma jogada política, a festa que oferecemos esse ano foi de dar orgulho mesmo. Que se repita sempre, pois o retorno é imensurável.
E para sempre: Viva São João!