(by Cinthya)
A vida é feita de escolhas. A cada instante a gente se vê optando por esse ou aquele caminho, por essa ou aquela roupa, por esse ou aquele emprego. A escolha é sempre livre, mas nem sempre fácil. Algumas vezes a gente demora apenas alguns segundos para optar, outras vezes passam-se dias, meses a até anos para que tenhamos certeza de qual caminho seguir (e vale ressaltar que nem sempre temos essa certeza).
Fazer escolhas sempre significa abrir mão de algo. E aí vem aquele velho clichê de que “não podemos ter tudo”. Para abraçar novas coisas, precisamos primeiro soltar as coisas antigas. Para guardar as novas roupas compradas, precisamos desocupar o closet tirando de lá as roupas velhas. Para que nos tornemos loiras, precisamos tirar de nós o “cabelo moreno”. E assim é a lei da escolha.
O que a gente não pode esquecer quando estamos num processo de decisão, de escolha é que ao abraçarmos a escolha, precisamos inevitavelmente abraçar também as conseqüências que a acompanham. E esse detalhe faz muita diferença, pois nem sempre atentamos a ele e depois de tudo feito, da escolha feita nos chega um monte de conseqüências para as quais não tínhamos nos preparado.
Gosto sempre de frisar a escolha que fiz ano passado quando tinha em minhas mãos o emprego em uma multinacional, emprego esse que estava me consumindo todo o tempo que eu tinha (e mais algum) e dessa forma não me deixando viver e curtir o meu filho, a minha família, a minha vida e, na outra opção, um mercado de trabalho onde, dificilmente eu conseguiria de início o salário que a multinacional me pagava.
Foram meses de análises, de medidas, de pôr no papel os pós e os contras de uma e de outra escolha. E eu findei por escolher a vida e deixei a multinacional pra trás. Com essa minha escolha vieram, é claro, as conseqüências de não ter mais um taxi à minha disposição, um salário legal, plano de saúde, status (esse é o que mais vicia as pessoas) e uma estabilidade de oito anos. Eu tinha plena consciência de que dizer não para aquele emprego significaria dizer não a todas as mordomias que ele me proporcionava.
Pois bem, eu disse não e abracei a escolha e as conseqüências. Hoje ando de ônibus, ando de moto taxi ou a pé mesmo. Pago meu plano, ganho metade do que ganhava, mas tenho tempo para viver, para ouvir e curtir o que para mim tem verdadeira importância.
Muitas vezes a gente escolhe ficar numa determinada situação apenas por comodismo ou pela mordomia que essa situação nos traz, e tapa os olhos para valores esmagados e para a insatisfação da alma. Isso não é legal. A vida vai passando, os dias vão passando e, embora o corpo vista Prada, a alma mina sangue. De que adianta?
Enfim, escolhas são sempre escolhas. Ao fazer a sua, mire nela, no novo caminho, nas conseqüências que ela trará. Escolha consciente do que está fazendo, pra depois não choramingar. Opte pela felicidade, pelo crescimento do ser humano que existe em você. Analise os dois lados antes de optar por um deles. E ao optar, abra bem os braços porque você não acolherá nos braços somente a escolha feita, as conseqüências dela também virão.
2 comentários:
Verdadíssima , Ci ! Até mesmo para as escolhas devemos estar fundamentalmente preparados ! Muitas não são mesmo fáceis mas devem ser encaradas com total maturidade. Show de bola ! Grande Beijo e sempre aqui.
P.S.Já visitou meu novo cantinho de poesias ? www.vidainversoepoesia.blogspot.com
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Também fiz uma escolha parecida... emprego concursado, salário bom... pelo meu filho. Não falta nada, o pai dele, graças tem um ótimo emprego e estabilidade, embora eu sinta às vezes, vontade de um elogio profissional, não voltaria atrás. Eu diria que é preciso ter coragem para escolher e encarar depois. Mas tudo vale por esse grande amor. Beijinhos e feliz dia das mães para você!
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