quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Eu Morri e Continuei Vivendo...



Eu morri de rir quando mainha me contou uma façanha que ela aprontou na ultima viagem que vez. Ri até minha barriga doer e ao retomar o fôlego senti como se tivesse renascido. Como é bom libertar o corpo e a alma numa deliciosa gargalhada.

Eu morri de arrependimento quando eu recusei aquela viagem dos sonhos. Um final de semana em uma praia maravilhosa ao lado daquele cara que eu acreditava ser maravilhoso. Ganhei a vida quando descobri que na verdade tinha pulado uma fogueira. O tal cara não era tão maravilhoso assim e a viagem estava mais pra pesadelo que sonho.

Eu morri de orgulho quando minha amiga me contou que recebeu uma proposta de emprego de uma grande empresa e deixaria o emprego mediano em uma lojinha de pequeno porte no comércio local. Vivi para ver que as vezes é necessário recuar para poder avançar.

Morri de raiva quando presenciei uma das maiores injustiças da minha vida, (esse assunto merece um post) mas recebi uma lufada de vida quando o injustiçado deu a volta por cima e o injusto se arrependeu. As lições foram inúmeras.

Morri de pena quando tomei conhecimento que uma pessoa próxima está pondo fim em sua vida e em sua carreira brilhante, enveredando por um caminho sombrio e tortuoso e quanto mais se aproxima das trevas, se afasta da luz e a volta vai ficando mais difícil. Vou permanecer viva, agarrada a esperança de ver essa pessoa renascer.

Morri de vontade de comer aquelas guloseimas deliciosas e pôr abaixo todo esforço da dieta. Vivi e venci o desafio de não cair em tentação, morri de orgulho de mim mesma pela força e dedicação. Vivi para ouvir vários elogios.

Morri de gratidão quando alcancei uma graça que nem esperava. Deus é infinitamente maravilhoso comigo e por mais que eu não mereça Sua Misericórdia é grande. Então, surgiu em mim a necessidade de nascer de novo. Novos hábitos, nova postura, nova visão sobre a vida. Sinto como se uma nova vida tivesse sido dada a mim.

Ao longo desse caminho de morte/vida eu percebo que nosso renascimento é constante e intermitente. Descobri que a cada vitória uma nova chance de vida recebemos e a cada derrota, idem!

Quando morremos, matamos em nós muita coisa que nos atrapalham nesse processo de evolução. Matamos nossos medos, nossos preconceitos, nossas frustrações, nossas desconfianças...
Recebemos novas e intermináveis chances. Chance de começar de novo, chance de ver a vida por um outro prisma, chance de se arrepender, chance de pedir perdão, chance de perdoar...

Muitas mortes e várias novas vidas é o que eu quero para a minha vida.

Verônica

3 comentários:

Ricardo disse...

Eita...
Cada dia melhor essa menina, viu! Belo texto Vel!
Show!!!

O Divã Dellas disse...

Corada com seu elogio, amigo querido!! Obrigada pelo carinho e pela generosidade! Um beijo!

Verônica

Anônimo disse...

Parabéns!