segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Levanta, Sacode a Poeira e Dá a Volta Por Cima!"


(by Cinthya)

Desde muito cedo eu aprendi que a vida é cheia de momentos distintos e diferenciados. Que as coisas acontecem e nem sempre a gente consegue impedir. Acontecimentos chegam e trazem consigo uma enxurrada de sentimentos, isso também é inevitável, foge ao nosso querer.

Muitas vezes os momentos são complicados, delicados, doídos. Muitas vezes acontecem coisas que nos deixam muito chateados, que nos empurram precipício abaixo e a gente se sente nada mais além do que um corpo numa queda sem fim. Isso dói e machuca. A gente admite que a dor é maior que a gente. A gente treme diante de um problema tão grande, de uma dor tão insistente.

Cada ser traz consigo suas dores e seus pontos mais fracos, e os problemas parecem adivinhar onde estão esses pontos e é lá que nos atingem. Machucando aquele cantinho tão sensível de nosso ser. E dói. Dói pra caramba. Dói tanto que a gente nem tem vontade de levantar da cama, nem tem vontade de falar com ninguém e, se pudéssemos escolher, nem o sol apareceria na nossa janela. A nossa noite interior reinaria absoluta.

Eu já vivi isso, na sua mais absoluta forma. Até que eu aprendi que posso reagir, que posso ser teimosa em não me render à dor. Aprendi que nenhuma dor é forte o suficiente para não ser amenizada pelo Santo Tempo. Descobri que tudo começa em mim, na minha vontade de não permanecer caindo nesse buraco sem fim. Tudo começa no meu desejo mais íntimo de sair de toda e qualquer coisa que tente apagar o meu brilho.

Eu sei que sou maior do que a dor. Não permito que ela me engula. Eu a recebo e a sinto, claro, não dá pra fugir disso. Mas em momento algum eu permito que ela seja maior que eu ou que ela sugue minha vontade e capacidade de reconstruir minha vida, meus sonhos, meu sorriso.

Resiliência é algo necessário. Ir até o fundo, conhecer o lado mais obscuro, mas nunca soltar a mão da certeza de que podemos voltar e que isso depende apenas de nossa vontade de sorrir de novo. E quando a gente volta, volta mais forte e mais sábio.

Não há uma dor que resista à sede de viver de uma alma forte. Não entregar os pontos é extremamente preciso. Ter inteligência para entender que os atropelos acontecem, não há saída. Mas a forma e a proporção do reflexo que eles causarão, vai depender do tamanho da importância que dermos a eles. É necessário lembrar que embora se esteja no meio da dor, existe em volta, muitos motivos para sorrir, basta querer enxergá-los.

Não vamos render homenagem a problemas! Reaja!

“Reconhece a guerra e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!”
















4 comentários:

Kamylla Cavalcanti disse...

Meninas saudads daqui!Nem tudo é fácil mas se perseguimos em seguir nossos sonhos e sermos persistentes tudo dá certo no fim! e se não deu certo ainda é pq não chegou o fim!bjs

Amélie Poulain disse...

A mais pura verdade: quando voltamos - lá do fundo do poço, ou qq outro que seja - voltamos mais fortes e muito mais sábios.
Experência própria!

Beijo grande!

Liberdade. disse...

sacudir a poeira e dar a volta por cima é prazerosamente necessário!

um abração meninas!

Anônimo disse...

esse texto é lindo!! Vou lê-lo sempre que o poço parecer não ter fundo, para me lembrar que sempre há uma saída, e a saída está em nós! Amei!