quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma Questão de Valore$ !

(by Cinthya)

Ontem eu conversava ao telefone com uma pessoa muito amada. E em determinado momento nossa conversa rumou para um dilema: “valorizar a situação financeira ou a paz de espírito?”. E mais uma vez me vi nesse embate, nessa discussão. Mais uma vez esse assunto me batendo à porta, me perseguindo.

Expus meu ponto de vista, sobre ter a minha tranqüilidade, liberdade e paz sempre em primeiro plano. Que nenhum dinheiro no mundo compra o meu sorriso, o meu “sentir-se bem”, o meu templo interior. Que eu não tenho medo de abandonar uma situação, por mais financeiramente vantajosa que ela seja, em nome de minha paz.

As pessoas falam de dinheiro como se ele fosse a importância maior da vida, como se a razão de cada um de nós termos nascido fosse juntar dinheiro, ganhar dinheiro, ter dinheiro. Essa pessoa amada com quem eu falava ontem discorria sobre a importância de ter carro novo, importado, de ser essencial ter muita grana, posição social, casarão, gozar de prestigio e status. E em momento nenhum ele falou em amor ao próximo, em simplicidade, em respeito, em caráter, em dignidade. Não. Ele não falou em nada disso. Apenas citou dinheiro, dinheiro e dinheiro.

Eu me senti tão mal que meu estômago embrulhou. É como se esses valores tão importantes para mim não tivessem mais sentido, fossem feios, ultrapassados. Fiquei lembrando do meu pais me falando sobre ‘dizer a verdade’, tratar bem as pessoas, enfim. Me senti esquisita (de novo), me senti diferente demais, me senti uma estranha no ninho. Senti vontade de chorar, mas não chorei. Pensei em muitas escolhas que fiz na minha vida, sempre baseadas no amor, no simples. Revivi sentimentos de amor que me mantém feliz e vi que eles em nada estão relacionados ao dinheiro.

Nesse momento meu filho entrou no quarto, onde eu estava sentada, calada e imersa nos meus pensamentos. Ao me ver ali, olhar fixo e marejado ele perguntou:

- Mamãe, você está ‘tiste’?

- Só um pouco, filho. Mas vai passar.

- Fica ‘tiste’ não, Mamãe. Eu te amo!

E me depositou um beijo na face. E me abraçou forte e deu aquele sorriso lindo esperando o meu sorriso de volta e eu sorri também.

- Mamãe, quer ‘blincar’? – disse ele me entregando um carrinho.

Nós fomos brincar e eu fiquei olhando para ele e pedi muita sabedoria a Deus para que eu consiga plantar no meu filho os valores tão belos que os meus pais plantaram em mim.

Posso parecer boba, mas não sou. Eu não mudo, não quero mudar, porque quando eu for para outras esferas quero levar o mais lindo que puder dessa minha história e nada que eu tenha visto nesse mundo é mais lindo que o amor. Nada.

8 comentários:

Andarilho disse...

Tem que valorizar a situação financeira até o ponto em que ela não atrapalhe a sua paz de espírito. Depois disso, é besteira.

Marcus Nascimento disse...

Hoje em dia estou ganhando menos, mas vivo MUITO MELHOR!

Van disse...

Ci ! Não se considere sozinha , amiga , eu tô junto contigo nesse barco.

Podem me achar louca , doida , varrida , desvairada , mas não vou suplantar meus valores por dinheiro nenhum , por status ou posição social nenhuma.

Pode ter a certeza de que o que fizer será sempre pautado no essencial dos valores e nunca nos fins materiais. Devemos ter , óbvio que sim , não sejamos hipócritas ao achar que não , o ter é bom , mas não é suficiente e só haverá sentido em ter quando ele vier acompanhado em SER , não há dúvidas disso.

Grande Beijo.

www.meusescritoseoutraspalavras.blogspot.com

O Divã Dellas disse...

Até que enfim meu amigo Kiko, sempre do contra, concorda com alguma afirmação nossa!!!

Êeee!!! Isso é motivo pra comemorar!!

hahahaa

Beijos, Kiko!!


Parça,

Concordo que paz de espírito não tem preço. E o dinheiro não é o senhor da minha vida.

Verônica

Will disse...

Concordo, primeiro o amor.
Abç, boa páscoa.

Anônimo disse...

Paz de espírito, solidariedade, generosidade, amor, todos esses sentimentos nos tornam melhores e nos fazem bem. Mas acho importante olhar pra o lado financeiro também. O dinheiro me proporciona uma vida confortável, visitar parentes que moram longe e matar a saudade, sair pra comemorar com amigos, conhecer lugares fantásticos e junto com os lugares pessoas maravilhosas, viajar , comprar bons livros, cuidar da saúde, enfim...isso tudo também faz bem pra gente e para ter precisamos de dinheiro.Também acredito que ter um reconhecimento profissional, ser admirado pelos colegas, ter um carro legal, uma casa gostosa de morar faz muito bem e não me deixa mesquinha, nem egoísta... Não temos que ser escravos disso,não deixar que bens materiais e dinheiro sejam maiores que amizade, liberdade, amor ao próximo ... muito menos viver de status que isso é coisa de gente vazia. Acho que podemos conciliar as coisas de maneira saudável e repassar aos nossos filhos a importância de uma vida feliz e equilibrada onde a simplicidade e humildade pode passear ao lado do dinheiro, desde que um não atropele o outro.
Beijos,
Selma.

Kamylla Cavalcanti disse...

Oh amore como vale a pena ter essas prioridades na vida...quem só pensa em dinheiro não tem paz quando ele acaba...nós temos paz com ou sem ele!
bjs saudads daki ;)

Mirys Segalla disse...

Ci:

Você já me leu o bastante para saber que não estou falando da boca pra fora: você arrasou!!! Era exatamente o que eu faria (mesmo me sentindo uma ET, como muitas vezes me senti). Mas, precisamos continuar acreditando no que achamos certo e espalhando amor por aí! Certo???

Orgulho de ser sua amiga (mesmo que só virtual)!!!

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com