quarta-feira, 11 de abril de 2012

P E R I G O !


(by Cinthya)

Todos os dias eu ando de moto. Não porque eu gosto. Não porque é o meu meio de transporte preferido. Não porque eu julgue ser seguro. Não. Eu ando de moto todos os dias porque preciso mesmo. O meu trabalho é uma tremenda contramão da minha casa e a moto, ou Moto Taxi acaba por ser o meio mais conveniente a ser usado para essa minha locomoção diária.
Eu ando tão tensa numa moto, mesmo sendo carona, que chego ao destino com o corpo doído de tanta tensão, te tanto susto que passo, de tanto medo. Já senti carro freando nas minhas costas, mas tão próximo que cheguei até a encomendar a minha alma ao Senhor (risos). Hoje o condutor atendeu o celular, pilotando. Achando pouco ele ultrapassou um caminhão na faixa contínua, falando ao celular e próximo a uma lombada. Então eu precisei explicar para ele que o meu destino era o trabalho e não o IML. Ele riu e disse que sabia o que estava fazendo.
Quinta-feira passada um colega de trabalho que insiste em pilotar moto sem habilitação e sem prática sofreu um acidente de moto, porque, se já não bastasse não ter habilitação, não ter prática, ainda bebeu muito álcool e foi pilotar em alta velocidade. O resultado não poderia ser outro, não é mesmo? Isso não é lógico? Não é óbvio? Pra mim é óbvio até demais. Mas para os Senhores Pilotos de Motocicleta isso não é tão óbvio assim. Eles têm algo dentro deles que inflama o ego de super-heróis! Eles acreditam que ainda que bêbados, ainda que de moto, ainda que em alta velocidade, não cairão. E, se caírem, não se irão se machucar.
Meu colega está vivo, ainda bem. Mas outro cara, colega de minha parceira de blog que também aderiu à casadinha suicida (bebida + moto) não teve a mesma sorte. Pagou com a vida o preço desse deslize. Descobriu que não existe super-herói coisa nenhuma. Descobriu que não tinha super poderes nenhum. Percebeu que não tinha mais reflexos suficientes para evitar um trágico acidente. Ele percebeu que errou. E o preço a ser pago por esse erro foi a vida. Um lindo rapaz com um futuro todo pela frente acabou ali.
Meu Deus, é tão óbvio. Moto é tão perigosa, infinitamente mais perigosa que carro. Qualquer queda você se machuca todo, você se quebra todo. E se não bastasse esse alto grau de risco, ainda bebem (muito) antes de pilotar. E anda correm muito ao pilotar.
Esqueçam o ego. Esqueçam esse lance de se sentirem grandes : “Eu sei pilotar. Eu consigo. Eu estou bem. Comigo nada disso acontece”. Esqueçam. Tenham a humildade de assumir que não têm condições. Entreguem a moto a alguém que possa conduzi-los com segurança. Por que vocês podem errar, o álcool acentua essa margem, e o preço a ser pago pelo erro é muito alto. Depois de morto, ninguém terá chance de voltar atrás e fazer diferente.
Se for beber, deixa a moto em casa.

2 comentários:

O Divã Dellas disse...

Quando penso em Thiê chega sinto o peito apertar...
29 anos, uma filha de poucos meses e uma vida toda pela frente...
Como disse um outro amigo nosso: Ele já tinha gastado as 7 vidas dele. Teve diversas outras chances e continuou insitindo no erro. Pagou com a vida e trouxe o sofrimento para tantas vidas...

Moto não é brincadeira não, Parça! E sua amiga aqui aprendeu. Juro que aprendeu! rs

Beijos!

Verônica

Lília disse...

Eu tenho pavor de moto e graças a Deus, poucas vezes eu preciso usar esse transporte. O fato é que bebida e direção não combinam e muita gente inocente já pagou com a vida pelo abuso de outras. Se o cara bebe e se joga no mar, problema dele. O problema é beber e arriscar a vida de quem não tem nada a ver com isso!! Fogo!